Últimas indefectivações

domingo, 19 de julho de 2020

Cadomblé doVata (negócios...!!!)

"O Negócio Jorge Jesus:
1. Vem para o SL Benfica facturar 6 milhões de euros brutos em ordenado por ano... dá 1 euro por benfiquista, mas para o castigar pelo Circo dos Vouchers, só pago a minha parte a partir da segunda época.
2. Para o deixar regressar a Portugal, o Flamengo vai ser indemnizado em 2 milhões de euros... o SLB fica responsável pelo pagamento de 1 milhão e a outra parcela do mesmo valor é liquidada pela esposa do técnico.
3. Contrato com duração de 3 anos... o primeiro é para varrer tudo; no segundo esbardalha-se totalmente ao comprido; no terceiro volta a dominar para justificar a renovação.
4. Traz adjuntos do Brasil, quer médico e jogadores do Flamengo... o SL Benfica já fretou 2 aviões para irem ao Rio de Janeiro buscar esta malta toda e 4 petroleiros para lhes pagar.
5. Luisão (para a estrutura), Garay e Gaitan podem regressar ao Glorioso... não concordo nem "desconcordo", só quero saber a que horas chega a Lisboa o Tacuarão Cardozão do Pezão Canhão."

Despedida sentida...!!!

"É sempre bonito e emocionante terminar em casa.
Francesco Totti no Olímpico de Roma, Ryan Giggs em Old Trafford, Rui Costa na Luz e, agora, Carlos Xistra no Dragão.
É esta a magia do futebol."

Jorge Jesus veio aqui, roubou nossos corações e foi embora

"Costuma-se pensar no Brasil que toda grande história de amor tem um samba perfeito para explicá-la. Nesse sentido, a relação amorosa entre o Flamengo e Jorge Jesus pode ser muito bem contada por uma canção de Paulinho da Viola, notório vascaíno, mas que pode emprestar seus versos aos sentimentos rubro-negros neste momento.
Acredito que todos os adeptos do Flamengo possam hoje dizer que o Mister «Foi um rio que passou em minha vida».
A música de Paulinho da Viola traz a história de um amor arrebatador, à primeira vista, impossível de se resistir. No caso dele, pela Portela, sua escola de samba. No caso dos flamenguistas por um técnico português com ar de nosso avô.
O coração dos adeptos do Flamengo «tem a mania de amor».
A Nação, com sua intensidade, não hesita ao abraçar e transformar qualquer jogador meia-boca em ídolo. Vive da empolgação de paixões momentâneas, que não deixam frutos, apenas ocupam o coração à espera da pessoa certa. Afinal, diz Paulinho, «o amor não é fácil de achar».
E não foi fácil, mesmo.
Embora tenha sempre contado com craques na sua história, como Leônidas da Silva, Zico, Júnior, Adriano ou Petkovic, o Flamengo nunca se tinha apaixonado totalmente por um treinador, um líder de um projecto. Jorge Jesus chegou e logo mostrou ser o homem para ocupar essa lacuna.
Desde que pisou no Maracanã pela primeira vez, ele não perdeu. E, com o tempo, os torcedores passaram a ter a certeza de que, enquanto o Mister ali estivesse, nunca mais haveriam de ir para casa desolados. Foi este sentimento que, acima da confiança nos jogadores, arrebatou cada rubro-negro de amor e idolatria.
No fim de cada jogo, o ritual repetia-se: o primeiro ato de celebração sempre era o cântico «Olê, olê, olê, olê, Mister, Mister!».
Parecia que todos nas bancadas tinham a certeza de que a prioridade nas saudações ali deveria ir para Jorge Jesus. Sabe aquela vontade de dizer «Eu te amo» ao se sentir totalmente apaixonado?
Parecia ser esse o sentimento, mas vindo de mais de 60 mil corações diferentes a cada partida.
Essa paixão arrebatadora praticamente não encontrou resistência. Se o Mister falhava no onze ou na substituição, qualquer incómodo se dissolvia naquele mar de admiração.
Inicialmente, a admiração de quem confiava que o amor daria frutos. Depois, a admiração por quem havia feito muitos rubro-negros terem uma sensação inédita: ser campeão da América.
Num ano, Jorge Jesus foi tudo o que a Nação sempre sonhou, trouxe tudo que cada rubro-negro desejou. Impossível resistir. Ele passou como um rio pelos torcedores do Flamengo, que permitiram que os seus corações se deixassem levar.
No fim do casamento, é normal que alguns prefiram os sentimentos negativos para aguentar a dor. Outros, só conseguem ver gratidão e afecto. Alguns, até sonham com um regresso.
Vinicius de Moraes, outro poeta, dizia que o amor deve ser infinito enquanto dura. E assim foi entre Flamengo e Jorge Jesus.
Hoje, o sentimento para muitos adeptos é de luto, como se a pessoa amada tivesse partido para sempre. Mas o que foi vivido será eterno: as conquistas, os sorrisos, todos os acenos daquele homem de cabelos grisalhos. Jorge Jesus foi muito amado.
Marcou, em pouco tempo, 42 milhões de corações para sempre."

O regresso de Garay


"Indubitavelmente um dos melhores centrais que passaram pela Liga no presente século, o internacional Ezequiel Garay poderá estar de volta a Portugal e ao Benfica.
Uma lesão grave no joelho imposibilitou-o de terminar a temporada em Valencia, onde se evidenciou sempre a um nível elevadíssimo, tal como em Portugal aquando da sua anterior passagem.
Essa será porventura a dúvida maior sobre o que se seguirá na carreira do Argentino. Com a certeza que a tremenda classe com que sempre brindou o tribunal da Luz não se apagará por uma paragem por lesão.
Nível técnico e cognitivo de excelência tornam Garay um elemento capaz de assumir preponderância na fase de construção em processo ofensivo, e também saber sempre escolher a melhor abordagem para cada lance defensivo.
Capacidades físicas outrora tremendas, bem expressas na agilidade e força que lhe permitiam vencer todos os duelos na Liga portuguesa, ainda que já carregado com trinta e três anos, assim recupere da lesão e Garay tem todas as condições para voltar a ser um porto seguro da defesa encarnada. Ele que com Luisão formou a melhor dupla de centrais do século benfiquista. E quem sabe da Liga.
O que terá perdido em capacidades condicionais adquiriu em experiência para abordar cada lance – E numa liga onde a oposição é substancialmente melhor.
Em Espanha actuou pelo lado direito do centro da defesa, ele que em Portugal com Jesus actuou sempre pela esquerda. E tal, é apenas mais um factor que se poderá revelar determinante para poder aumentar o lote de alternativas com qualidade no futuro plantel do Benfica."

Jesus, Brasil...

Recordações: Carlos Figueiredo...