Últimas indefectivações

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Empate...

Benfica 3 - 3 Oliveirense

Extraordinário como um jogo totalmente condicionado por uma arbitragem vergonhosa em prejuízo do Benfica (contei pelo menos 5 cartões azuis perdoados à Oliveirense!), acaba por ficar decidido por um erro a favor do Benfica!!!! Sim, a bola entrou mesmo...

Em relação ao jogo, fizemos uma das melhores primeiras partes da época... provavelmente a melhor. Defendemos melhor do que em jogos anteriores, mais 'fechados' e saímos quase sempre em velocidade!!!
Mais um enorme jogo do Lucas...

O campeonato muito sinceramente está perdido, agora é apostar tudo nas Taças e ir planeando a próxima época...!!!

Mais uma...!!!

Benfica 9 - 0 Damaiense


Estamos a marcar menos golos, do que no início da época! As adversárias podem estar mais 'motivadas' ou as nossas jogadoras com este contexto de baixa competitividade estão a baixar de rendimento...!!!

Derrota...

Benfica B 0 - 1 Académica


Jogo muito condicionado com a ausência do Florentino... com um meio-campo formado pelo Dantas, o Benny e o Ramos, todos jogadores ofensivos, com pouca propensão para a recuperação, tudo ficou mais difícil...!!!

Com algumas os contra-ataques, e algumas perdas de bola na 1.ª fase de construção, que fez uma grande exibição foi o Zlobin...!!!

Empate nas Aves...

Aves 1 - 1 Benfica
Edi


Sem vários jogadores (lesões, selecções, 'subidas' e 'descidas'...), a equipa tem perdido 'qualidade'...!!!

Aquelas 298 tão estranhas pessoas

"Onde se conta o que de muito estranho aconteceu em Setúbal, onde 298 pessoas se juntaram num ritual, na noite de segunda-feira

O insólito aconteceu no Bonfim, na última noite de segunda-feira, quando, inesperadamente, 298 pessoas, na grande maioria do sexto masculino, entraram para as bancadas do estádio para, ao que foi noticiado, verem um jogo de futebol entre uma equipa do chamado Belenenses SAD e outra equipa do Moreirense, representaria de Moreira de Cónegos.
A polícia, paga para os devidos efeitos, acompanhou de perto o estranho movimento àquela hora tardia de segunda-feira, mas não notou qualquer alteração à ordem pública, pelo que se limitou o observar e a controlar à distância.
Segundo as autoridades encarregadas de investigar o caso, terão sido apenas treze, os seres humanos que desceram do Minho ao Sado para se reunirem naquela fantasmagórico sessão. Há quem fale na possibilidade de tal ter acontecido por razões religiosas ou espirituais, mas não foram notadas nem velas, nem orações audíveis.
Tirando treze parcelas de gente à curiosa moldura humana fácil será achar o número de 286 algumas penadas, algumas das quais agitavam bandeiras azuis, ao que se supõe, simbólicas da entidade que, nos autos, se afirmou como visitada, embora explicasse que a casa era apenas emprestada.
Foi-lhe perguntado, então, qual o verdadeiro endereço da morada de família, mas imprevistamente respondeu não saber, por, neste preciso momento, não ter, sequer, uma casa para morar, andando, por isso, com equipamentos, bolas e outras bugigangas de um lado para o outro do país, sem rumo, nem destino certo.
Entretanto, pelo liso de relva verdejante entrariam, também, vinte e dois homens repartidos em duas metades vestidas de igual e ainda mais quatro de fardamento diferente. Todos esses causariam ainda maior admiração, porque, apesar do muito frio que se fazia sentir, vestiam calções.
Totalizavam, pois, 26 indivíduos, também todos do sexo masculino, e na grande maioria jovens entre os 20 e os 30 anos.
Quando um dos intervenientes no ritual, vestido de forma diferente dos restantes, apitou um apito estridente, os outros começaram a correr e a chutar uma bola de um lado para o outro, à medida que, nas bancadas, se ouviam vozes e se viam, à vez, festejos e iras, gritos e enxovalhos que seriam pouco razoáveis e qualquer manifestação religiosa, pelo que se tirou a ilação de se tratar, talvez, de gente pouco temente a Deus e mais crente nas ordens e desordens de Belzebu.
Enquanto os homens de calções andavam em correrias, foram-se mantendo nas bancadas as outras 298 pessoas e à medida que o tempo ia passando, como estava muito frio e não se juntaram, preferindo ficar dispersas pelas imensas cadeiras vazias, começou a haver gente a enrolar-se em mantas e, segundo pareceu, a preparar-se para dormir. Não o conseguiram porque outras continuavam a pular e a gritar e não deixavam ninguém sossegar.
A manifestação que, asseguradamente, não era nem de enfermeiros, nem de professores, nem de funcionários públicos, nem de devedores da Caixa Geral de Depósitos, terá durado cerca de duas horas, se considerarmos um quarto de hora em que os de calções foram para dentro de casa e os outros arrearam a comer os mais variados farnéis que tinham levado, tendo-se registado 53 sandes de chouriço, 27 panados, 45 asas de frango, 87 carraças só com manteiga e um número não apurado de bananas, peros e outras frutas da época.
Quando as 298 criaturas se acharam satisfeitos, saíram a penantes para suas casas. os treze que ainda iam de regresso ao Minho foram, então, declarados insanos. Os outros tiveram só uma repreensão registada da família.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

Vamos mostrar a tua cara e morres

"Foi o que fizeram pessoas apanhadas no meio de um escândalo maciço do futebol no Gana ao jornalista responsável pela história

No ano passado, um documentário intitulado "Número 12: Quando a Ganância e a Corrupção se Tornam a Norma", sobre corrupção no mundo do futebol no Gana, mostrou dezenas de árbitros e funcionários a receber dinheiro para viciar jogos. O impacto foi imediato, levando à demissão do presidente da associação de futebol nacional, Kwesi Nyantakyi, a quem a FIFA baniu do futebol para toda a vida, e ainda à extinção da própria associação nacional por decisão do presidente do país, Nana Akufo-Addo.
Na altura, vários dos intervenientes apanhados criticaram os métodos utilizados na investigação. O grupo que realizou o documentário, Tiger Eye P.I, é conhecido pela utilização de filmagens ocultas e - dizem as suas vítimas - de armadilhas ilegítimas. Nyantakyi foi atraído ao Dubai para ter uma conversa com um homem que dizia estar interessado em investir no Gana e que lhe entregou dezenas de milhares de dólares para ele ajudar a facilitar os seus negócios.
Na sequência do escândalo, um deputado e homem de negócios chamado Kenneth Agyapong (de quem se diz ser o primeiro ganês a ter um Rolls Royce de oito milhões de cedi, ou 1.347.569 euros) utilizou um canal de televisão que lhe pertence para revelar a identidade do principal jornalista envolvido na investigação: Ahmed Hussein-Suale, um homem de 31 anos.
Mostrando o rosto ampliado do jornalista, dirigiu-lhe invectivas e apelou ao público que "se ele aparecer, batam-lhe". Acrescentou que "alguém devia lidar com ele", oferecendo-se para pagar a quem o fizesse.
Na altura, Hussein-Suale foi aconselhado a afastar-se de Accra por motivos de segurança e ele assim fez durante algum tempo. Mas acabou por regressar a Madina, o subúrbio da capital onde vivia com a sua família. Achava que estava mais seguro entre eles.
Ele sabia que, para pessoas como ele, não haveria segurança absoluta em lado nenhum. "Desde que a minha imagem foi publicada e o público foi incitado contra mim, muita gente tentou atacar-me", explicava. "Esses criminosos são pessoas associadas com os poderosos do Gana e podem fazer tudo o que quiserem sem consequências".
A 16 de janeiro, ele ia visitar um sobrinho. Estava ao volante do seu carro, próximo de casa, quando dois homens em motocicletas se aproximaram. Deram-lhe um primeiro tiro no pescoço. O carro foi contra um loja, e um dos homens disparou-lhe mais duas vezes no peito. Segundo a descrição da BBC, a seguir virou-se para a multidão e sorriu, ponto um dedo nos lábios.

Organizações de Jornalistas Protestaram
Não é o tipo de evento que normalmente se espera no Gana, um país pacífico da África Ocidental que ocupa o lugar 23 num 'ranking' internacional de liberdade de imprensa. O crime emocionou o país e gerou protestos por parte de organizações de jornalistas em todo o mundo, tornando-se um dos casos relativamente raros (o assassinato de Jamal Khashoggi na Turquia foi outro) em que esse tipo de evento indigna o mundo.
Enquanto o presidente Akufo-Addo afirmava que tudo se ia fazer para descobrir rapidamente os criminosos, perguntaram a Agyapong se se arrependia de ter mostrado Hussein-Suale na televisão e incitado a que o atacassem. Ele respondeu que não, pois o que o grupo dele fazia era maligno. Não é a primeira vez que se diz isso da Tiger Eye.
Em 2015, quando o grupo mostrou dezenas de juízes e funcionários judiciais a receber subornos, houve advogados a deplorar que os criminosos fossem punidos mas não quem os tinha provocado a cometer o crime. Essa história era de Hussein-Suale, tal como outras que lidaram com temas tão ou mais polémicos: feiticeiros envenenadores de crianças, traficantes de orgãos humanos...
O homem de quem Hussein-Suale era o braço direito, o líder da Tiger Eye, é uma figura já lendária do jornalismo africano: Anas Aremeyaw Anas, um homem que andará na casa dos quarenta e tem no seu cadastro investigações sobre temas que envolvem corrupção e exploração do Estado ou de pessoas especialmente vulneráveis, e feitas sob os mais variados disfarces, incluindo o de mulher.

O Rosto e a Reputação
O rosto de Anas permanece desconhecido de grande parte do mundo (e no seu próprio país), mas não a sua reputação. Num editorial publicado esta sexta-feira no diário americano "The Washington Post", o jornalista conta: "À medida que se aproximava a data de publicar o que descobrimos, Nyantakyi e os seus aliados lançaram uma campanha viciosa de intimidação. Nyatakyi telefonou a Ahmed e ameaçou: se fizeres isto a gente como nós, podes facilmente perder a tua vida".
"Foram tomadas precauções sérias, mas sete meses depois Ahmed foi morto. Pelo mundo fora, jornalistas são mortos e perseguidos. A maioria desaparece anonimamente. Só alguns casos se tornam notórios, como o assassinato e desmembramento de Jamal Khashoggi, (colunista) do próprio Post". A seguir nota como é importante o papel da América na defesa da liberdade de imprensa, e como esse papel está actualmente posto em causa ao mais alto nível.
Anas lembra como rejeitou os serviços do jovem estudante de ciência política que um dia o tinha abordado, depois de ele falhar na primeira oportunidade que lhe deu. Hussein-Suale enviou-lhe uma carta a pedir uma segunda oportunidade e acabou por recebê-la. Desde esse dia foi brilhante em todas as investigações, garante Anas.
Nesta sexta-feira, Hussein-Suale foi homenageado no centro internacional de imprensa no Gana. Seis homens entretanto detidos por suspeita de terem tido um papel na sua morte foram libertados sob fiança. O mistério permanece."

Benfiquismo (MXC)

Do Japão até Lisboa...!!!

Félix já convenceu tudo e todos

"É o mais precioso produto da nossa formação depois de Rui Costa e tal como ele irá deslumbrar noutros emblemas mais tempo que no Benfica

No passado domingo o Benfica venceu por 4-2 o Sporting em Alvalade e no final do jogo houve uma sensação que podiam ter sido mais dada a superioridade encarnada. No dia seguinte, segunda-feira, o Benfica venceu o Sporting por 3-0 num importante jogo de voleibol, na disputa pela liderança do campeonato e ficou a sensação nos adeptos que há que melhorar o serviço. Na quarta-feira o Benfica venceu na Luz o Sporting por 2-1 na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal e os adeptos saíram do estádio com travo amargo.
Isso sim é o meu Benfica, sempre a vencer e sempre a exigir mais. Por mais fantástica que seja a realidade, está sempre aquém do nosso sonho. Por melhor que pareça o presente queremos mais para o futuro.
Esta semana João Félix convenceu quase todos os que ainda faltava convencer. É o mais precioso produto da nossa formação depois do maestro, mítico e inigualável Rui Costa. Provavelmente como o Rui irá deslumbrar noutros emblemas e noutros locais mais tempo que com o manto sagrado, mas enquanto o temos (espero que algum tempo) devemos saborear. O Rui Costa foi um dos dois únicos jogadores do mundo que me fez adepto de outros clubes, torcia pela Fiorentina e depois pelo AC Milan porque tinham o Rui Costa. Há jogadores que pelo perfume do seu futebol somam aos seus emblemas e acrescentam paixão pelo jogo. Rui Costa foi claramente um desses exemplos.
João Félix tem tudo para vir a ser um deles, se um qualquer seguidor de Jorge Andrade não lhe acabar com a carreira perante o beneplácito condescendente da arbitragem. É assim no reino da mediocridade, é mais fácil partir a perna e lesionar o talento do que tentar copiá-lo ou fazer melhor. Ao contrário dos que se indignaram com o estado do espírito do ex-internacional e comentador do serviço público, eu agradeço-lhe a franqueza e elogio-lhe a coragem. É assim que pensam, é assim que são e é por isso que nós não queremos ter nada a ver com eles. Eles os que pensam assim, eles os que convivem e convidam quem pensa assim, eles os que fazem assim, eles os que são cúmplices por acção e omissão de que permite este estado coisas.
Porque importante é ganhar ao Nacional, com a certeza que não vai ser tão fácil como foi o Sporting."

Sílvio Cervan, in A Bola