Últimas indefectivações

domingo, 1 de dezembro de 2013

Na liderança, sozinhos ou mal acompanhados, não faz mal...!!!

Rio Ave 1 - 3 Benfica

Não foi um jogo deslumbrante, mas dentro de todos os condicionalismos, mais 3 pontos, muito saborosos.
Além da desvalorização de todos os adversários do Benfica, outra estratégia dos Anti's é desvalorizar as ausências no Benfica: estamos a jogar sem o nosso melhor marcador (Cardozo), estamos a jogar sem o nosso maior desequilibrador ofensivo - que também tem um papel importante no equilíbrio defensivo do nosso meio-campo -, provavelmente o nosso jogador mais valioso (Salvio), estamos a jogar sem o jogador que melhor equilibra a equipa (Amorim), hoje ainda tivemos 3 laterais esquerdos lesionados!!! Por acaso, o golo sofrido, até foi da responsabilidade do jogador adaptado a defesa esquerdo!!! São poucas as equipas que ultrapassariam todas estas ausências, com vitórias...

O Rio Ave em casa, tem tido muitas dificuldades, mas isso só acontece porque os Vila-condenses são obrigados a 'pegar' no jogo... a especialidade do Rio Ave - tal como a grande maioria das equipas portuguesas -, é jogar em contra-ataque, no erro do adversário, fechadinhos lá atrás, e com saídas rápidas. Tal como tentaram hoje, contra o Benfica. Portanto todos os títulos no pré-jogo sobre esta estatística, só serviram para tentar desvalorizar uma potencial vitória do Benfica, ou enfatizar um potencial desaire do Benfica...

Na 1.ª parte houve poucas oportunidades. O Artur foi quase um espectador, mas o Benfica no ataque teve muitas dificuldades, não havia espaço nas costas dos centrais, e no meio-campo as sucessivas faltas, emperravam o ritmo do jogo. Nestas circunstâncias, os golos ou aparecem de bola parada, ou num erro defensivo, foi o que aconteceu... O Ederson ficou mal na foto - mas no intervalo do jogo, vi um bocadinho do Juventus-Udinese e o Buffon cometeu um erro igualzinho, mas ainda foi a tempo de recuperar e fez uma enorme defesa!!! -, mas o Rodrigo não desistiu da jogada e 'cheirou' o golo...
Ao intervalo estava desconfiado, o Benfica tem demonstrado uma enorme incompetência a gerir resultados... e mais uma vez confirmámos isso mesmo. Mas por outro lado, temos demonstrado saber reagir muito bem a golos sofridos, e desta vez, voltámos a provar isso mesmo!!! E ainda por cima, deu para o Lima, desbloquear a série negativa... e que golo: à Cardozo!!! O Lima com dois golos e uma assistência, acaba por ser o homem do jogo...
A expulsão do Vila-condense acabou com o jogo. Marcámos mais um, e podíamos ter marcado mais...
Apesar do triunfo, continuo a não gostar da deslocação do Enzo para a direita.

A liderança (sozinhos ou acompanhados) é importante, mais não decisiva. Mais importante que os desaires dos outros, o importante é vencer os nossos jogos, e recuperar os jogadores lesionados. Depois de todo o rebuliço interno, depois de maus resultados, depois de más exibições, o Benfica lidera. Nada está ganho, mas também nada está perdido, como muitos previram para estar altura!!!

Cosme desiludido !!!

Benfica B 3 - 1 Corruptos B

Se ontem nem o Capela conseguiu dar a vitória aos Corruptos, hoje, nem o Cosme conseguiu dar os 3 pontos aos Corruptos B !!! A novidade é mesmo, a ineficácia dos apitadores!!!

O jogo começou repartido, o Benfica mais rápido e mais objectivo, e os Corruptos a tentarem ter posse de bola, quebrando o ritmo inicial do Benfica. Em Portugal, este tipo de jogo, pouco objectivo, e com muitos passes laterais é muito elogiado, serve muitas vezes para mascarar outro tipo de xico-expertices...
Quando já todos tínhamos visto que os critérios de faltas a meio-campo, e o critério dos amarelos, iria ser totalmente diferente, ao primeiro mergulho dentro da área do Benfica: penalty para os Corruptos!!! Nada de novo... sorte teve o Steven em não expulso!!! Felizmente o Tozé mandou a bola para o Alfeite!!!
O Benfica respondeu com uma boa ao travessão... e a fechar a 1.ª parte, num canto, muito bem marcado pelo Urreta, o Steven inaugurou o marcador.
O início do 2.º tempo não podia ser melhor, novamente num canto do Urreta, Lolo faz o 2.º golo. A partir daqui o Benfica soube gerir bem a vantagem... e num ataque rápido o Hélder Costa em velocidade, fez o 3.º.
Já depois de ter ficado um penalty por marcar a favor do Benfica, os Corruptos marcaram um golo...

O Benfica reforçou os B's com o Steven, o Mitrovic e o Cavaleiro (já é A !!!), e ainda com o Urreta... mas ficámos sem o André Gomes, e sem o Funes Mori ultimamente muito utilizados... No lado dos Corruptos, jogaram sem o Carlos Eduardo e o Herrera, mas mesmo assim sobraram muitas outras 'estrelas': Kléber, Kelvin, Reyes, Ricardo...
Destacar o facto do Benfica ter conseguido chegar ao fim do jogo com 11 jogadores!!! Pois quebrámos um série de 4 jogos, 4 expulsões!!! Lindelof, Rudi, Hélder Costa e o Bernardo que hoje fez falta...

Carraça não larga o osso

"Não sei o que se passa com quem...passa pelo cargo de presidente do Sindicato dos Jogadores mas a verdade é que é um cargo que garante bom futuro.
José Couceiro, por exemplo, continua por aí embora ainda use blazer com cotoveleiras.
António Carraça chegou a diretor desportivo do Benfica e não foi nada fácil tirá-lo de lá.
Couceiro é de novo treinador do V. Setúbal mas muitos queriam-no na presidência da Liga.
Carraça saiu do Benfica mas continua com um pé lá dentro, apenas à espera que Jorge Jesus receba guia de marcha (o que não está nada fácil).
Hoje, no Record, António Carraça conta a sua versão da história. Fala de Jesus como um psiquiatra fala de alguém que foi lobotomizado, fala de bruxos e curandeiros e fala ainda de um tal "engenheiro" brasileiro que continua na Luz a "motivar" os atletas e o treinador. Ou seja, lava a *** da cueca.
É assombroso que Carvalho da Silva não tenha podido, após muito anos de sindicalismo, ascender à presidência da República e que Torres Couto se tenha perdido nos meandros da política. Eram potencialmente tipos com muito mais futuro.
Mas o futebol é diferente do mundo sindical. Por aqui medram estes personagens que se equilibram eternamente e que apregoam projetos modernos de ciência feita. Tudo tretas e balelas. Saber de futebol é muito mais do que isso. Saber de futebol é ter "feeling", é ter nascido com o dom, é predestinação e talento, argúcia e esperteza, risco e coragem...
Não é para todos.
Repare-se em Pinto da Costa. O homem nasceu para isto. É um jogador de xadrez adaptado ao jogo das 17 leis: quando faz uma jogada, já está a preparar o que vai fazer 20 jogadas depois.
Acreditar nos Carraças e nos Couceiros é a mesma coisa que acreditar que um computador pode substituir um árbitro ou que é possível fazer uma boa cabidela com frango de aviário. Ou acreditar que a vaca que ri pasta nos Açores.
Mas vamos todos ver em breve que os "Carraças" deste futebol vão continuar por aqui. Não acontece só no futebol. O mundo das empresas também está enfestado de profissionais que passam toda uma carreira com bons vencimentos e desviando-se de todos os pingos de chuva, ora graças ao encosto dos amigos, ora porque o sistema necessita também destes fautores de inércia, que dão muito jeito quando é preciso ter uma plateia de néscios que aplaude a nossa incompetência.
No fundo, o parasitismo é em si um mérito.
Também não é para todos."

Voo suspenso

"Rodrigo, ao cair do pano, arrancou o primeiro triunfo da história do Benfica em Bruxelas. Cavani, em Paris, tirou o tapete ao Olympiacos. Da conjugação destes dois factos ficou em suspenso o voo das águias na Liga dos Campeões, para uma última jornada em que a equipa portuguesa parte em desvantagem em relação à grega. Pode parecer pouco, mas se nos recordarmos que meia dúzia de minutos antes o clube da Luz "já estava" na Liga Europa, o mínimo que se pode dizer é que vingou o mal menor. Resta saber se este balão de oxigénio ainda vai servir para alguma coisa.
O dado primordial a reter é que o Benfica acabou por cumprir o único objectivo que lhe restava : ganhar ao Anderlecht, fazer o que toda a concorrência fizera em Bruxelas. A grande diferença é que enquanto PSG e Olympiacos passearam na Bélgica, os encarnados passaram por vários momentos de aflição, boa parte deles - quase todos - mais por responsabilidade própria do que pela capacidade belga.
Jesus voltou a integrar Fejsa, numa solução que encerra alguns prós mas vários contras. O médio cumpre a sua tarefa, é certo, mas não se pode esperar que saia do seu raio de acção. Ou seja, com Matic à frente e Enzo atirado para a direita, foram inúmeras as ocasiões em que o vazio na zona central do terreno se tornou uma evidência, algo que o Anderlecht agradeceu. Depois, tentar que Lima e Markovic, conjugados, sejam capazes de colmatar a ausência de Cardozo é, porventura, pedir demais.
Repare-se que, durante toda a primeira parte, o Benfica aproveitou (honra lhe seja feita) a única verdadeira oportunidade para concretizar, obra de Enzo e Matic num lance de bola parada. Quando já estava a perder, acrescente-se. Houve, claramente, um défice de ligação entre o meio campo e o ataque.
A segunda metade começou praticamente com o fantástico trabalho de Gaitan, que Mbemba "transformaria" no 2-1 para o Benfica. Pensou-se, agora sim, com o resultado virado, aí está a oportunidade de ouro das águias para explorarem uma eventual subida dos belgas que, certamente, não iriam abdicar tão cedo. Certa uma coisa, errada a outra. O Anderlecht quis mesmo responder, mas o Benfica não aproveitou devidamente os espaços. Pelo contrário, instalou-se a ideia de que a vantagem era gerível, um pouco a aplicação do conceito "antes-um-pássaro-na-mão", pelo que os encarnados deixaram correr o jogo durante uns largos 20 minutos sem que nada de palpável se visse.
Jorge Jesus terá percebido que aquele comportamento tinha riscos. Troca Gaitan por Sulejmani, mas já não foi a tempo de impedir que Bruno aproveitasse um falhanço coletivo da defensiva encarnada. É o problema de querer controlar o jogo "à distância" : só corre bem se não se cometer uma falha que seja. Como se isto não bastasse, o Olympiacos empatara em Paris e o cenário era o pior possível, pois com os dois empates a história encerraria já esta noite.
Logo a seguir a Luisão falhar um golo "feito" e a Mitrovic responder na mesma moeda, com o jogo a ameaçar partir a qualquer altura, Jesus manda Rodrigo para o relvado. No momento da decisão, na última hipótese do encontro, naquela em que não se podia hesitar, Rodrigo colocou o ponto final e ditou o vencedor. Com direito a bónus em Paris. Jesus pôde, finalmente, respirar fundo.
A questão, agora, é o que fazer com o adiamento da possível qualificação para a última jornada. Em boa verdade, não há muito que pensar. O Benfica terá sempre de fazer melhor resultado frente ao PSG do que o Olympiacos perante o Anderlecht. Que é uma outra forma de dizer que, mesmo que os portugueses sejam fantásticos na Luz, estão sempre dependentes dos gregos serem péssimos em Atenas. No fundo, vai dar ao mesmo : os duelos com o Olympiacos é que foram a chave."

Tudo estragado

"Na última jornada, o Benfica ganhou um jogo que mereceu perder, o FC Porto empatou um jogo que mereceu ganhar e o Sporting ganhou um jogo que mereceu empatar. A equipa portista continua a ser uma equipa compacta, que sabe ter a bola e circulá-la, mas tem um problema em relação a épocas passadas: permite aos adversários aproximarem-se mais da sua baliza. Há situações de aflição dentro da área do Porto que antes não se viam.
O problema do Benfica é outro: quando parecia ter encontrado a táctica e o onze ideais, eis que Rúben Amorim e Cardozo se lesionam e tudo muda.
Já é azar! Claro que Jesus podia ter tentado manter o modelo, substituindo apenas Amorim (que de dispensável passou a fundamental) por um médio de características semelhantes. E André Almeida poderia ser um bom substituto: veio também do Belenenses, onde jogava a médio, e foi adaptado no Benfica a lateral. Talvez pudesse voltar a jogar no miolo.
Mas Jesus preferiu fazer uma revolução na equipa: voltou a ter só Matic e Enzo no meio-campo, e meteu quatro jogadores à frente – Markovic, Gaitán, Djuricic e Lima – que se embrulharam uns nos outros e não construíram uma única oportunidade de golo.
Não fosse um momento de inspiração ofensiva de Matic e o Benfica podia ter jogado a noite inteira que não meteria golos. Lima está fora de forma, Gaitán, Djuricic e Markovic não podem jogar todos juntos (é nota artística a mais), Rodrigo acabou para o futebol em S. Petersburgo, Cavaleiro está muito verde. Quando falta Cardozo, não há ninguém para marcar.
Ontem, o Porto confirmou o mau resultado de sábado. Hoje é a vez de o Benfica jogar. Se a equipa recuperar o sistema e a dinâmica que mostrou contra o Olympiacos, a conversa será uma; se se mostrar tão trapalhona como contra o Braga, será outra.
Mas não deixa de ser desesperante que, depois de Jesus ter encontrado o “sistema perfeito”, duas lesões – de Rúben e Cardozo – venham estragar tudo. Penso que, sem tantas lesões, o Benfica estaria bem lançado para ser campeão."

Ganhar em Bruxelas !

"Vitória frente ao Anderlecht garante Liga 2.
O Benfica alcançou, 4ª feira, um triunfo histórico, ao impor-se ao Anderlecht (3-2), naquele que foi o primeiro êxito de sempre de uma equipa portuguesa na capital belga, a contar para as competições da UEFA. Mas se, com este resultado, a Liga Europa está já assegurada, a continuidade na Champions League permanece em dúvida. Caberá à derradeira ronda decidir o assunto. Se Benfica, se Olympiakos.
Nova corrida, nova viagem, que é como quem diz, nova partida, nova equipa. Jesus "ressuscitou" Fejsa, que não actuava há já dois meses, e colocou-o a jogar ao lado de Matic, no corredor central, à frente do quarteto defensivo, enquanto Enzo e Gaitán tratavam dos flancos. Como se não bastasse uma tal inovação, a provocar, por arrasto, maiores mudanças, também André Almeida foi chamado, sobre a hora, para substituir, na lateral-esquerda, Sílvio, que não passou no "aquecimento".
O Anderlecht, que está longe da equipa temível que encantou a Europa - assim justificando a irredutibilidade que até agora manteve (em casa) com portugueses - entrou sem complexos, procurando ganhar vantagem, pois só assim poderia alimentar esperanças de prosseguir a sua aventura europeia. E, perante a inoperância ofensiva do Benfica, com Lima e Markovic sem grandes espaços nem inspiração, foram os belgas que se abalançaram mais no ataque.
Mitrovic foi a sua principal referência, obrigando Artur a algumas intervenções, mas também Bruno e Gillet se salientaram. Seria, porém, o central Mbemba a fazer o golo que a sua equipa tanto perseguira, num lance em que, após um canto, há um fora de jogo posicional de outro elemento que o árbitro entendeu não interferir na acção do guarda-redes.
O Benfica reagiu e não demorou a chegar ao empate, com a equipa da casa, estática, a ver Matic cabecear sem oposição, depois de livre de Enzo. O golo, que já era reflexo da subida de rendimento dos encarnados, lançou ainda mais a equipa para a frente, figurino que se manteve no início da 2ª parte, e que conduziu ao 1-2 (Mbemba, p.b. 52'), um resultado que constituía, então, o corolário de um ascendente indiscutível. 
Aguentar a vantagem passava a ser o desafio seguinte, mas aí o Benfica sentiu dificuldades no teste, tanto mais que o Anderlecht nunca deixou de acreditar na recuperação. De imediato, entrou Acheampong para revitalizar as acções atacantes dos belgas e, um quarto de hora depois, Vargas, enquanto no Benfica o esgotado Gaitán cedeu o lugar a Sulejmani, outro que foi resgatado ao "exílio", pois há largo tempo que não jogava.
As alterações de um lado e de outro deixavam perceber uma maior agressividade ofensiva por parte do Anderlecht e isso terá determinado o 2-2 (Bruno, 77'), numa fase em que os belgas mais carregavam em busca de um melhor resultado. Mas Jesus ainda não tinha esgotado todas as munições. E, com o meio-campo bem preenchido, arriscou então o ataque com a entrada de outro avançado, Rodrigo.
É verdade que a equipa ainda passou por alguns momentos mais delicados, mas a ambição de uns pode ser a salvação de outros. De tanto se "esticar", o Anderlecht foi apanhado em contra-pé. Lima, Sulejmani e Rodrigo na finalização, construíram o 2-3 mesmo ao cair do pano. Desta vez, e contrariando histórias recentes, Jesus teve um final feliz, que ele, em boa verdade, também fez por merecer. E, para além disso, acabou (honni soit...) com a maldição de Bruxelas."