Últimas indefectivações
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Frustrante...
Bidossa 28 - 27 Benfica
13-15
Uma derrota, por um golo em Espanha, até pode não ser um mau resultado, mas gerimos muito mal os últimos minutos! Depois duma boa 1.ª parte, permitimos a reviravolta (com os apitadeitos a serem super-caseiros), mas na reta final, tivemos a oportunidade de dar a volta...
Agora, retificar nos restantes 3 jogos, para harantir a qualificação...
Eliminação...
AZ Alkmar 2 (4) - (3) 2 Benfica
Rego, Varela
(Rego, G. Moreira, Gomes)
Frustrante, porque temos melhores jogadores...
Marcámos praticamente no 1.º minuto, e podiamos ter marcado mais... Entrámos a dormir no 2.º tempo, e permitimos a remontada do adversário! A partir daqui, o AZ limitou-se a fazer anti-jogo, e o Benfica tentou por tudo marcar... com o treinador, a fazer as substituições com muito atraso!!! Chegámos ao empate no último minuto... e antes do final ainda tivemos outra excelente oportunidade!
Nos penalty's, acabámos por falhar dois e fomos eliminados...
Título no atletismo
"Esta edição da BNews é dedicada aos temas mais recentes da atividade do Benfica.
1. Bicampeões Nacionais de pista curta
O atletismo benfiquista revalidou o título nacional de pista curta masculino. No feminino terminou na 2.ª posição.
2. Atletismo: Benfica Campeão, mas sob protesto
O Sport Lisboa e Benfica congratula-se com a conquista, neste domingo, de mais um título de Campeão Nacional de atletismo em pista curta – o 13.º nesta vertente no sector masculino.
A par de mais um notável feito para o Clube fica o protesto, traduzido na ausência deliberada no pódio, em face do persistente incumprimento dos regulamentos por parte da Federação Portuguesa de Atletismo.
Em causa está uma gritante falta de isenção por parte da FPA sempre que o Benfica está em prova, o que só prejudica a imagem e a credibilidade da modalidade.
3. Data e horário definidos
A partida entre Benfica e SC Braga, no Estádio da Luz, relativa aos quartos de final da Taça de Portugal, é no dia 26 de fevereiro às 20h45.
4. O sonho do Edoardo e do Gabriel
Uma iniciativa conjunta do Futebol Profissional e da Fundação Benfica.
5. Últimos resultados
Em hóquei em patins, nos masculinos, o Benfica ganhou ao Juventude Pacense, por 6-2 e, nos femininos, venceu, por 1-3, na visita ao Turquel. A equipa feminina de voleibol foi derrotada, por 3-1, na visita ao Clube K. No râguebi, apuramento para os quartos de final da Taça de Portugal com a vitória, por 61-7, ante o RC Montemor. A equipa feminina de polo aquático obteve um triunfo ante o CA Pacense (28-10), já os Iniciados de futebol ganharam, por 1-2, perante o Rio Ave.
6. Agenda para amanhã
Em andebol, o Benfica visita o Bidasoa Irun em jogo relativo à 1.ª jornada da EHF European League, Main Round (19h45 de Portugal continental).
Às 13h00 de Portugal continental disputa-se, nos Países Baixos, o jogo dos 16 avos de final da UEFA Youth League entre AZ Alkmaar e Benfica.
7. Bom desempenho nos trampolins
A equipa de trampolins do Benfica conquistou seis títulos de campeão regional e 10 pódios no Campeonato Territorial de Duplo Minitrampolim e Tumbling.
8. Contributos importantes
José Lima participou no apuramento de Portugal para a fase final do Campeonato do Mundo de râguebi, em 2027.
Inês Viana alinhou por Portugal no jogo que resultou na qualificação inédita para o Campeonato da Europa de basquetebol no feminino. Mariana Silva também foi convocada, mas não foi utilizada.
9. Efeméride
Chalana, que nos deixou em 10 de agosto de 2022, nasceu há 66 anos.
10. Casas Benfica Resende e Castelo Branco
Representantes destas embaixadas do benfiquismo estiveram na Luz no desafio com o Moreirense."
As perceções de um Benfica campeão
"Um dia uma poeta americana, chamada Maya Angelou, escreveu algo que acabou por se tornar num daqueles ditados populares que passam de boca em boca, geração em geração: «Prepare for the worst, hope for the best.» Prepara-te para o pior, espera pelo melhor.
Uma espécie de «Racionalmente sê pessimista, porque a Lei de Murphy anda por aí, mas deixa um bocadinho de espaço no coração para um otimismo tonto e infundado».
E é muito nesta base que vivo o Benfica. Acho sempre que a coisa vai correr mal, até porque tenho a opinião de que o clube é mal gerido (fundamentada, parece-me, basta olhar como micro-exemplo para a gestão da posição de lateral direito e depois é a tal coisa...a lei de Murphy sempre a rondar o Benfica, qual abutre, com a lesão do Bah) e é portanto um Ferrari a ser conduzido há várias décadas por pessoas que não tiraram a carta de condução, mas ao mesmo tempo é um Ferrari e até pode ser que seja mais rápido do que os outros carros.
Também é um mecanismo de defesa. Como o clube já me desiludiu tanto, tento ao máximo não me iludir e sonhar, porque depois parece que dói mais. Mas...por Deusébio...caramba, como não sonhar? Nem que seja de forma tonta e infundada. No meio dos resmungos e suspiros, como não sair de vez em quando do nada aquele «BEN-FI-CA BEN-FI-CA» que sai lá do fundo da alma?
Se não sonharmos, é atirar a toalha ao chão e entregar o ouro ao bandido. Também não estou para isso. Isto tudo para dizer que o Benfica venceu o Moreirense à rasquinha e uma pessoa quer acreditar no título, mas assim fica difícil, Lage e rapaziada! Treinem lá mais essas saídas de bolas, pá!
Bruno Lage não tem o dom da comunicação. É óbvio. Até percebo o que queria dizer com o isolar o balneário do ruído exterior, mas utilizar as palavras «politiquices» e candidaturas «contra o nosso Presidente» só reforça a ideia de ser um homem do sistema e não perceber que ao utilizar essas expressões mais aumenta o ruído e afasta a união que tanto apregoa.
Já para não falar que duvido que algum jogador do Benfica saiba que há eleições em outubro ou quem é Manteigas, Noronha ou Galinha. Segundo ouvimos recentemente num podcast, os jogadores nem sabem quem é o nosso grande Valdo, quanto mais putativos candidatos a uma eleição daqui a 10 meses.
Lage está a lutar pela sua própria sobrevivência, porque sente que é um treinador a prazo (até para o próprio Rui Costa que, se o Benfica não for campeão, certamente quererá mostrar outro treinador conceituado para eleitor ver em outubro) e pelo menos dou-lhe o mérito de estar a esbracejar e ter aprendido com a sua queda em 2020, quando foi ao fundo por não ter exigido mais e melhor dos que estão à sua volta. Abaixo e principalmente acima.
Mas espero que se concentre em treinar a equipa e se é para ter um Lage a comunicar, gostei muito mais daquele do áudio em que falou da alma e do coração e não o que vem dizer o que acha que os outros vão gostar que ele diga. Ou o que ele acha que «deve» dizer e não o que «sente» dizer. Tenhas ou não um Lemos ao lado, Bruno.
O Benfica já venceu a Taça da Liga e tem obrigação de chegar à final da Taça de Portugal, mesmo tendo pela frente agora nos 1/4 de final um Braga que já nos venceu na Luz. Temos de ultrapassar o Mónaco, mesmo sabendo as dificuldades que passámos lá no Principado, mesmo a jogar com um a mais. E depois logo se vê, contra Barcelona ou Liverpool.
No verão haverá o Mundial de Clubes para nos entreter e honrar o Manto Sagrado e quanto ao campeonato...«prepare for the worst, hope for the best».
O Sporting tem Gyökeres, tem Hjulmand, tem um calendário teoricamente mais fácil, tem quatro pontos de avanço e o Benfica tem sido titubeante, teve as graves lesões de Bah e Manu, ainda vai ao Dragão, Braga e Guimarães e tem sofrido golos em barda e de forma desnecessária. Prepare for the worst...
Mas somos o Benfica. Somos o Sport Lisboa e Benfica. Somos o Glorioso. Somos o clube da vénia, do Ser Benfiquista e da águia altiva. Temos o Di Maria, o Pavlidis, o Otamendi e o Kokcü. Temos a maior onda de apoio no país, temos 60.000 em todos os jogos na Luz e queremos muito este campeonato.
Hope for the best... nem que seja de forma tonta e infundada.
Em caso de dúvida, é gritar «BEN-FI-CA BEN-FI-CA» e depois logo se vê."
Provas europeias: quem quer seguir em frente?
"Sporting e Benfica têm adversários ultrapassáveis, mas o objetivo do título será mais realista. FC Porto podia olhar para fora com esperança, mas isto era se ela ainda existisse...
Arranca hoje nova fase das competições europeias e Portugal mantém-se em campo com três representantes: Sporting e Benfica na Champions League e FC Porto na Europa League. Nesta altura, o 6.º lugar do ranking da UEFA está mais longe e, por isso, está difícil crer que em 2026/2027 três equipas portuguesas possam disputar a maior e mais rica prova da Europa.
Até agora, com um modelo em estreia, ninguém sabia muito bem o que esperar da fase de liga, mas penso que hoje já podemos dizer que trouxe um interesse acrescido, apesar de, no fim, nenhum tubarão ter ficado de fora (conforme a UEFA decerto desejaria...). Os três grandes portugueses trouxeram histórias diferentes para contar desses oito jogos, mas todos deixaram para o fim a qualificação, sinal da dificuldade em competir ao mais alto nível a médio/longo prazo. Agora, têm dois jogos para confirmar (ou não...) que (ou se...) merecem estar nos oitavos de final, prolongando a agonia de um calendário sobrecarregado e de plantéis limitados por lesões.
Borussia Dortmund, Mónaco e Roma são os adversários de Sporting, Benfica e FC Porto, respetivamente. Trata-se do 11.º classificado da Bundesliga, o 4.º da Ligue 1 e o 9.º da Serie A - nada, portanto, que deva atemorizar alguém. Será mais difícil leões e dragões lembrarem-se disso quando entrarem no Signal Iduna Park e no Olímpico de Roma, deslocações já por si difíceis, mas ainda por cima deixadas para a segunda mão. Já as águias, sendo visitantes já amanhã e conseguindo guardar a decisão para a Luz, na próxima semana, certamente ainda guardarão memória da última vitória sobre o Mónaco, no final de novembro.
No entanto, e apesar destes registos e outras estatísticas que possamos apontar, creio que Sporting e Benfica chegam ao play-off da Champions a pensar mais no campeonato. Separados por quatro pontos na tabela da Liga, os rivais de Lisboa têm noção da diferença gigantesca para as equipas com mais probabilidades de vencer este troféu, por muito que inventem novos modelos. Fazer boa figura na Europa e ir o mais longe possível é positivo, mas será muito mais determinante para o sucesso da época ser campeão. Massacrados por lesões nesta altura, leões e águias nunca o poderão afirmar, mas talvez não saíssem muito chateados desta fase...
Já o FC Porto, agora praticamente arredado do título nacional, pode olhar para a Europa League e para os clubes ainda em prova como um escape. No entanto, quem viu a fase de liga saberá o quão difícil foi chegar aqui, quanto mais continuar..."
Meu querido Bah
"Nas últimas 4 janelas de mercado o Benfica foi sempre a equipa nacional mais ativa no mercado. Nestas 4 oportunidades que abrangem o decurso de 3 épocas o Sport Lisboa e Benfica contratou 5 laterais esquerdos e nenhum lateral direito (o empréstimo de Kaboré no fecho do mercado de verão não corresponde a nenhum planeamento desportivo ou scouting feito com um mínimo de exigência). Neste período, é justo dizer que, por comparação com as poucas alternativas que o antecederam na posição, Gilberto e André Almeida, a equipa da luz encontrou um reforço com a chegada de Alexandre Bah.
Com o terminar de carreira do André Almeida e a venda do Gilberto, nunca mais existiram dois jogadores "feitos" a lutarem pela posição.
Mesmo sendo "dos livros" que um jogador jovem e que chega pela primeira vez do estrangeiro devesse ter um jogador "da casa" com o qual competir, o Benfica fez as ultimas duas temporadas acomodando Alexander Bah a uma concorrência de (in)adaptados (Aursnes, Tomás Araújo) ou de jogadores da formação que o mais que lhes foi permito fazer, foi número para tapar buracos nas peladinhas no Seixal (João Tomé, Diogo Spencer) e agora é chegado o momento de (des)aproveitar Leandro Santos que ainda agora estava de malas aviadas para ser cedido a outra equipa, por ventura até, a titulo definitivo.
Discordo em absoluto daqueles que repetem até à exaustão que o Benfica terá o melhor plantel da Liga Portugal. Por muitos e bons jogadores, que os há, a vestirem de encarnado, o principal fator para avaliar a qualidade de um plantel é o seu equilíbrio competitivo, e este Benfica, já desde a temporada 22/23, é um Benfica coxo.
O Alexander Bah, apesar de ser um atleta comprometido e um jogador sério em campo, no mediano de qualidade do plantel encarnado, está abaixo do nível tanto nas componentes da decisão como na leitura de jogo, ou até na sua capacidade de antecipação e de reação a eventos inesperados na partida.
Se já tinha esta forte impressão sobre ele, mais a reforcei ao vê-lo atuar na Alemanha pela sua seleção. Se para a maioria dos jogos domésticos é mais do que o suficiente, tanto no plano defensivo como ofensivo, nos jogos a doer, é consistentemente um dos piores entre os melhores.
E mesmo assim em 4 janelas de mercado consecutivas a direção desportiva Benfiquista não planificou e priorizou a aquisição de um competidor à altura pela posição. E convenhamos, para um clube que já adquire jogadores a 20 Milhões de euros numa base regular, o mercado de laterais direitos com potencial para virem a ser de classe mundial está aberto, assim como o teto salarial do Benfica permite atrair laterais direitos consagrados mediante oportunidades de negócio.
E nem precisávamos de ir para muito longe, por exemplo era apanharem a A5 e ali mesmo ao lado ao Estoril Praia tiveram à mão de semear Tiago Santos (agora no Lille) ou mesmo o Rodrigo Gomes (no Wolves). Ambos mais do que capazes de conquistarem o lugar a Bah. Ou então mais recentemente que tal terem feito um esforço extra pela aquisição do Aberto Costa (agora na Juventus)? Mas a verdade é que ao dia de hoje não podemos sequer garantir que o Benfica tenha estado efetivamente interessado em contratar aquele que era o lateral direito mais promissor a atuar na nossa Liga.
Fazendo votos sinceros que desta vez seja dada a oportunidade a Leandro Santos que não foi dada a outros que vieram antes dele, deixo aqui o meu vaticínio:
Se o Benfica esta temporada não for campeão será muito pela ausência de Alexander Bah.
No entanto se a falta deste jogador, que não passa de um jogador regular, é de tal modo fatal para um grande clube como o Sport Lisboa e Benfica, a responsabilidade é de uma muito deficiente, direi mesmo negligente, planificação desportiva na composição do plantel para a temporada 24/25."
É o Benfica da exigência...
"Há 6 anos o Benfica fazia este resultado para a liga portuguesa, o que se seguiu foi um dos maiores ataques que já se viram em Portugal!
Políticos, ex jogadores, expertógolos, bloggers, radialistas todos em coro se uniram contra o Benfica!
Uns diziam que não se podia humilhar o adversário desta forma, outros diziam que isto feria os valores Benfiquistas, outros que a liga era demasiado fraca e que o Benfica não tinha lugar na mesma dado o seu poder de investimento desigual para os demais!
Resultado, a destruição do Benfica!
É nojento naquilo que se tornou a comunicação social, que desde a santa aliança se unido visando unicamente dividir para reinar!
Usam as mesmas táticas que o Jota Marques, truncam, mentem e omitem, distorcem a seu belo prazer, tudo para poluir a mente dos benfiquistas mais ingénuos e não só, estão, tal como Jota Mendes e Saraiva estava a soldo de interesses sujos, uns para benefício do seu clube outros para benefícios próprios!
Por aqui me acusaram de “avençado de Vieira”, ainda hoje o fazem…no entanto os que acusam acabam a mamar nas “Young Networks”, nas “Sport Tailors” da vida…nas redações dos diversos pasquins, em páginas estranhas criadas para subverter o benfiquismo aos Benfiquistas, aqueles que se regozijam com as vitórias e que ficam doentes nas derrotas, aqueles que quando ganhámos, ganhamos todos, e quando perdemos, perdemos todos, não daqueles que quando se ganha é por milagre e quando se perde é culpa da direção, do treinador, do massagista do raio que parta…
Todos os que alinharam no discurso inicial, de mim merecem desprezo puro e duro.
Ainda hoje maltratam o treinador que alcançou tal desiderato e maltrataram muitos dos jogadores que marcaram nesse jogo!
Criou-se um ambiente tão hostil que atualmente nem percebo como alguns atletas querem jogar cá, Bah lesionou-se e apesar de Lage ter dito publicamente que uma das alternativas seria Leandro Santos da equipa B, e que este não estando pronto tínhamos Tomás Araújo que até já tinha relegado Bah em alguns jogos para o banco, e ainda a hipótese de colocar ali imaginem só Aursnes que até foi mais produtivo o ano passado ali do que na posição que joga atualmente ou até Leandro Barreiro pode fazer a posição…mas não, todos alinham a atacar tudo e todos escudados no “estão a ver…eu bem dizia”…é triste, mas é o que temos!
É o Benfica da exigência…seja lá o que isso for!"
A indústria do futebol, os investidores e a história da carochinha
"Esta semana conheceram a luz do dia um artigo de Eduardo Dâmaso nas páginas do Record intitulado "O futebol lava mais branco" e ecoaram bem alto as palavras de Luís Ribeiro, coordenador da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) sobre a realidade atual dos clubes de futebol e das sociedades desportivas em Portugal. Há muito que defendo publicamente algumas ideias sobre estes temas e por isso entendo que devemos refletir sobre estas duas intervenções públicas.
Luís Ribeiro sabe do que fala e diz: «há clubes de futebol em Portugal a serem usados para a lavagem de dinheiro, a serem usados para branquear proveitos de origem ilícita». Complementa confirmando que a PJ está a seguir com atenção a entrada de investidores estrangeiros em clubes portugueses e que há 40 inquéritos abertos associados à corrupção no desporto em Portugal, dos quais 35 ligados ao futebol. Decidi ouvir as declarações de Luís Ribeiro e este também refere que, formalmente, os contratos não têm um problema evidente, mas o que está em causa é a realidade material que os anima e os movimentos de branqueamento de capitais que implementam. Percebem-se estas declarações porque por vezes são os próprios advogados que redigem os contratos de compra e venda de sociedades desportivas que acabam constituídos arguidos e acusados pois não têm capacidade, nem meios, eles próprios, para seguir o rasto da proveniência dos capitais.
Por sua vez, Eduardo Dâmaso explica que «o branqueamento de capitais está a estoirar a sociedade portuguesa e o futebol é um dos instrumentos mais privilegiados» e faz uma reflexão sobre as promessas miríficas de investidores e «a destruição sucessiva de alguns clubes históricos do futebol português».
É fatual que o desporto português está socialmente assente no movimento associativo e a transformação do desporto promovida pelo regime das sociedades desportivas tornou-se, dizem os factos, um puro instrumento para esmagar os clubes.
Assistimos nos últimos anos a processos de extinção, insolvência ou dissolução que já afetaram cerca de 20% das sociedades desportivas constituídas até à data e que conduziram, em alguns casos, à queda de clubes históricos,
O regime abriu também as portas para a circulação de dinheiro ilícito de investidores opacos e inescrupulosos que vão rodando e dançando à vez em torno de clubes impotentes e aprisionados a uma sociedade desportiva.
Sabemos do que falamos já que contra tudo e contra todos, os sócios do Clube de Futebol "Os Belenenses" conseguiram abrir uma brecha nesse sistema de destruição que todos afirmavam inexpugnável e afirmaram a sua identidade e a continuidade do seu futebol profissional.
Não por acaso, logo de seguida à libertação do futebol profissional do Belenenses, a política acionou uma revisão do Regime Jurídico das Sociedades Desportivas, que começou bem, mas acabou muito mal. Os interesses contra os quais nos batemos aguardaram pelo final do processo legislativo para enxertar, à última da hora, o nº7, do artigo11º da Revisão de 2023 do Regime Jurídico das Sociedades Desportivas, que conduz ao seguinte regime: um clube que constitui uma sociedade desportiva fica para sempre aprisionado à mesma com uma percentagem mínima (agora, de 5%!); por sua vez, os "investidores" podem usar a sociedade desportiva e girar quando quiserem. A mensagem foi clara: quem manda aqui somos nós, aquilo que o Belenenses fez acabou e mais ninguém pode fazer. É uma mensagem errada, nomeadamente face ao terreno degenerado que Luís Ribeiro apresenta e Eduardo Dâmaso comenta.
Parece-me que não restam dúvidas que perante a factualidade exposta pelo Coordenador da PJ facilmente se percebe que o futebol em Portugal não tem tido capacidade para se autorregular.
Também se percebe "puxando a brasa para a nossa sardinha" o perigo a que uma "apetitosa" sociedade desportiva como a do Belenenses esta exposta.
Regressamos aos campeonatos profissionais em 2023/2024 e constituímos uma sociedade desportiva detida a 100% pelo Clube de Futebol "Os Belenenses", que está limpa e sem passivo. Trata-se de um relevante ativo desportivo, social, económico e financeiro que desperta enorme cobiça, porque o panorama apresenta sociedades desportivas falidas e entregues a quem não se sabe bem quem é e o que verdadeiramente representa.
Hoje a pressão sobre todos os dirigentes em Portugal, de quase todos os clubes, das ligas maiores aos distritais, para que criem sociedades desportivas e as vendam é enorme.
No nosso caso, muitos perguntam em tom jocoso se achamos que podemos sonhar em chegar de novo à 1ª Liga sem vendermos de novo a nossa sociedade desportiva.
Também muitas vozes internas e externas respondendo aos legítimos anseios da nossa massa associativa e de simpatizantes logo aparecem a apregoar a inelutável necessidade de vender a maioria do capital a um investidor para conseguir chegar rapidamente à primeira liga.
A todos respondemos o mesmo: temos traçado, pelo menos, duas linhas vermelhas muito claras quanto ao Clube de Futebol "Os Belenenses" e à nossa sociedade desportiva.
Sabemos bem o que não queremos.
Não queremos uma sociedade desportiva onde o clube não detenha uma maioria clara do capital, não queremos uma sociedade desportiva envolvida em escândalos e em lavagens de dinheiro, não queremos uma sociedade desportiva que passe a andar de mão em mão e de dono em dono.
Na minha opinião, também não devemos aceitar estar envolvidos em sistemas de multipropriedade de sociedades desportivas e de clubes, porque somos o Belenenses e não a equipa B, C ou D de uma instituição financeira, de uma marca de detergentes ou de um qualquer clube europeu.
É evidente que conhecemos bem o fenómeno da multipropriedade, não só os mais conhecidos como o City Group, a Red Bull, a Red Bird ou a 777 Partners que agrupam dezenas de clubes, originando uma movimentação muito pouco recomendável entre os ativos da maioria desses clubes que, de resto, têm originado variadíssimas queixas junto da UEFA e da FIFA, trata-se de um fenómeno emergente e que a todos deve preocupar.
Aliás, de acordo com o relatório anual da UEFA "The European Club Footballing Landscape", esta adverte que a propriedade múltipla "pode constituir uma ameaça palpável à integridade das competições europeias de clubes".
Com estes alertas e sinais acreditamos que a multipropriedade de clubes vai sofrer fortes limitações nos próximos anos por parte das entidades de supervisão tendo em conta o desrespeito grosseiro que origina pelas regras de fair play financeiro, da verdade desportiva e da integridade das competições.
Mas sabemos também o que queremos.
Entendo que qualquer visão de longo prazo para a sociedade desportiva do Belenenses deve assentar em 3 pilares, todos visando preservar a presença dos valores e da identidade do Belenenses: a manutenção de uma maioria clara na propriedade e na gestão; procurar parceiros que complementem as valências do Clube e potenciem as que já temos; o alinhamento com os valores da integridade do desporto e das competições, não aceitando dinheiro fácil de origens duvidosas ou fazer parte de poules de clubes detidos por empresários.
Se os requisitos que defendo afastam muitos dos investidores que por aí andam à procura da próxima vítima, muitas vezes trazidos pela mão de conhecidos comissionistas, também não é menos verdade que o facto do mercado estar encharcado de estruturas opacas e de branqueadores de capitais também afasta entidades decentes que aí pretendam investir.
O caminho que preconizo não é fácil, mas parece-me ser aquele que melhor realiza uma instituição centenária que tem a missão de honrar a sua história e que não pode trair duas vezes os seus fundadores.
Queremos um Belenenses honrado, digno, com identidade própria, com parcerias estratégicas fortes e consolidadas (em que estamos ativamente a trabalhar), um Belenenses que regresse o mais cedo possível à Primeira Liga.
Se o Eça andasse por aí por certo diria à maioria dos dirigentes que embarcam em histórias da carochinha que "vão num galopezinho muito seguro e direito rumo ao abismo", eu prefiro acreditar que ainda vamos a tempo de estancar o problema, de regular o que há para regular, de fornecer os meios necessários à PJ e ao MP para fazerem o seu trabalho e assim ajudarmos os clubes portugueses e os seus dirigentes."
O resto é conversa
"1. A caminhada europeia do Benfica prossegue no Mónaco já na próxima quarta-feira. Quer isto dizer que, afinal, o Benfica não foi a 'desilusão' desta primeira fase no novo modelo da Liga dos Campeões. E o resto é conversa.
2. Não é boa prática avaliar os benefícios ou os malefícios do mercado de inverno na hora do fecho do dito mercado de inverno. É muito, muito cedo. É no fim da ligação com o Benfica dos jogadores contratados, quando expirarem os contratos registados nesta janela de oportunidades, que se deve fazer o balanço destes investimentos. Quanto aos jogadores que chegaram... que sejam todos bem-vindos.
3. O Benfica apostou no investimento, apostou em jogadores para acrescentar qualidade e competividade, e é insensato - ainda que irresistível, admitamos - apostaram agora os adeptos nas apostas da SAD concretizadas em Janeiro, e em Fevereiro. Prognósticos só no fim, como dizia o outro.
4. Diz-nos o Jornal Económico que Luís Ribeiro, coordenador da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, usou da palavra no Fórum Financial Integrity and Transparency in Sports (FITS) que decorreu durante esta primeira semana de Fevereiro em Lisboa. Na sua intervenção, o alto responsável da PJ chamou a atenção para as entradas de capital mais do que duvidoso pelas portas dos fundos de 'alguns' emblemas nacionais que estarão sob vigilância das nossas autoridades.
5. De acordo com Luís Ribeiro, existem 'situações em alguns clubes com a entrada de capital claramente não identificado quanto à sua origem nem quanto aos objetivos de quem adquire um clube'. Em prol dessa sonhada limpeza geral de que o Sport Lisboa e Benfica sempre beneficiará, esta é, sem dúvida, uma auspiciosa notícia para o futebol português. Pode não parecer, mas é mesmo.
6. No entanto, e ainda no âmbito da reunião do FITS, a melhor das notícias fornecidas pelo coordenador da Unidade Nacional de Combate à Corrupção é que a questão está a ser monitorizada de perto. 'É nossa preocupação quando temos dinheiro que circula nos clubes com origem pouco clara, porque, infelizmente, os clubes são usados para branquear proventos de origem ilícita', afirmou Luís Ribeiro. Trata-se, portanto, do fenómeno criminoso da lavagem de dinheiro à boina dos clubes de futebol. E quantos são? Não sabemos. E quais são esses clubes de futebol? Também não sabemos. Um dia saber-se-á, com certeza. Mas, enquanto esse dia não chegar, confiemos em que as autoridades nacionais terão a autoridade bastante para não deixar cair o assunto nem, muito menos, as investigações.
7. Sábado, 6 de tarde, Estádio da Luz,. Benfica-Moreirense. 21.ª jornada do Campeonato Nacional. Carrega Benfica!"
Leonor Pinhão, in O Benfica
Uma visão extraordinária
"A primeira vez que os espectadores assistiram a um jogo no 3.º anel foi meses antes da sua inauguração oficial
O antigo Estádio da Luz foi inaugurado com dois anéis, em 1 de Dezembro de 1954, mas não se esperou muito para se iniciar a construção da primeira fase do 3.º anel, em 1958. Ao longo dos meses, erguem-se paulatinamente as novas bancadas, com as obras e serviram como pano de fundo a muitos jogos de futebol.
A inauguração oficial teria lugar em 5 de Outubro de 1960, mas essa não foi a primeira vez que recebeu público. Concluiu-se que os cerca de 45 mil lugares do estádio não eram suficientes para albergar os milhares de benfiquistas que queriam celebrar a conquista do Campeonato Nacional de 1959/60, na jornada de consagração, em 29 de Maio. E a solução encontrada foi venderem-se bilhetes para o 3.º anel que... ainda não estava concluído!
Para garantirem a sua presença neste dia de festa, horas antes do apito inicial do jogo entre Benfica e Belenenses, já 'famílias inteiras, garridamente vestidas à Benfica, com os tradicionais farnéis tão característicos da nossa torre', chegaram aos terrenos da Luz. Rapidamente, 'tudo o estádio se enchia', em que os mais afoitos ultrapassaram inclusivamente as barreiras e se sentaram nas zonas ainda interditas do 3.º anel, ignorando 'os frequentes avisos, feitos pelos altifalantes'. A visão inédita do Estádio da Luz com público, desde o relvado ao topo era 'um espetáculo verdadeiramente extraordinário'.
Quando os campeões nacionais entraram no campo, foram largamente ovacionados e parabenizados. Então, 'frementes de ansiedade, nervoso e radiantes, saudaram o público', um gesto natural, mas que encerrava um grande significado. No final do encontro, mesmo com o resultado a não ter sido favorável às cores encarnadas, uma cascata de adeptos invadiu o relvado, para arrebatar uma recordação aos jogadores, e aí 'dançou-se, cantou-se, riu-se e chorou-se, a festejar um triunfo de sabor incalculável'.
Saiba mais sobre a construção do 3.º anel na exposição temporária Um por Todos e Todos pelo Estádio - Memórias do Estádio da Luz (1954-2003), no Museu Benfica - Cosme Damião."
Lídia Jorge, in O Benfica
Vamos com calma
"Fechada mais uma janela de transferências (ou praticamente quase), temos duas certezas: há quem aprove as contratações da equipa masculina de futebol e quem não concorde com elas. Está tudo bem. Assim é ser adepto desta modalidade. Todos temos as nossas táticas, sugestões e criticas, todos faríamos melhores substituições e contratações. Como a decisão de contratar jogadores ainda não é tomada por referendo público ou pelo maior número de likes nas redes sociais, resta-nos confiar em quem trabalha todos os dias com o plantel e em quem estuda o mercado.
A ver pelas análises criticas ás chegadas de Manu, Belotti, Dahl e Bruma, alguma coisa foi bem feita por quem os trouxe. Mais do que 'fezada', como já lhes chamaram, são alternativas válidas para posições no campo em que a rotatividade poderá ser essencial para chegar ao 39. Dois jogadores na casa dos 30 anos e dois na cada dos 20 parecem-me uma boa mescla. Dois já conhecem o campeonato português, e não precisam de tempo de adaptação, um tem experiência no futebol italiano (e na seleção desse país), e o outro é um jovem sueco à procura de jogar mais, depois de uma temporada no banco a assistir aos jogos da Roma.
Só têm de provar em campo a sua qualidade, mas temos de fazer a nossa parte enquanto adeptos. Já sei que queremos tudo para amanhã, mas deixem-nos jogar antes de apontar-lhes o dedo. Neste momento da história do SL Benfica, nem Halland, nem Mbappé, Messi ou Cristiano iriam agradar a toda a gente.
Aqui há uns anos, um vídeo de um adepto benfiquista tornou-se viral. Numa entrevista antes de um jogo de preparação, dizia o Benfica é um clube muito grande. Se o Benfica explode, pode rebentar com o mundo'. E tem a sua razão. Espero que o estrondo seja de alegria e que o ruído abafe todas as vozes críticas."
Ricardo Santos, in O Benfica
Mais fortes
"Quadro jogadores para quatro diferentes posições; três deles internacionais pelos respetivos países; todos eles em distintos graus de maturidade e afirmação desportiva; dois deles portugueses e elementos destacados em equipas de classe média alta da nossa Liga; tudo isto a custos moderados e sem nos desfazermos de nenhum dos habituais titulares.
Os mercados futebolísticos são como os melões, e o que não falta são exemplos de investimentos avultados em atletas que não renderam como se esperava (Weigl, Everton Cebolinha e outros); e em sentido oposto, de contratações que não criavam grandes expetativas, e depois se revelaram absolutamente certeiras - sendo Jonas talvez o maior exemplo de sucesso. Por isso, vamos ter de esperar para ver o que rendem Dahl, Manu Silva, Bruma e Belotti, para um dia poder fazer um balanço mais rigoroso.
Mesmo sabendo que os prognósticos só se fazem depois do jogo, ou diria que, num mercado de Janeiro, com todas as suas vicissitudes, e sem entrar em loucuras, dificilmente um clube português se poderia reforçar mais e melhor do que o Benfica tentou agora fazer. Parece-me consensual que fica com o plantel mais completo e equilibrado do futebol luso, cabendo a Bruno Lage transformá-lo numa equipa forte (que de algum modo já mostrou poder ser) e consistente (que terá rapidamente de conseguir ser).
Seria fantástico que o campeonato começasse agora, infelizmente, os seis pontos de desvantagem são um peso que ainda temos de transportar às costas. Sobretudo porque três deles são dependem de nós. Ainda há muito campeonato, mas não há nenhuma margem de erro.
A época tem sido atípica, mas o que havia até agora para ganhar, foi ganho. Em tudo o resto, o Benfica mantém-se firme e com ambições, estando agora mais forte para dar as respostas que pretendemos."
Luís Fialho, in O Benfica
Incentivo
"O melhor incentivo é a conquista. Esta é a nossa convicção e é também a razão pela qual o projeto Para ti Se não faltares! oferece aos jovens uma verdadeira constelação de oportunidades de conquista que se alinham progressivamente ao longo de um percurso em que vislumbram e alcançam o seu próprio sucesso.
A criação de um sistema de incentivos e o envolvimento dos jovens desperta a sua ambição, ativa o desejo de superação e mobiliza todas as suas capacidades. Leva-os, com trabalho e foco, a alcançar cada conquista individual, que depois celebram em equipa recebendo a confirmação e o apoio dos seus pares. Tudo isto é fundamental na construção da autoestima e na afirmação das suas personalidades. Tudo isto é valorizado e celebrado no dia a dia pelas famílias. Mas, na adolescência, é sobretudo pelo reconhecimento pelo seu grupo que os jovens mais se valorizam. Essa é, portanto, a sua maior conquista e o melhor incentivo que se lhes pode oferecer. O resto, repetidamente ao longo do ano, são pequenos prémios de desempenho e atitude que relembram a cada dia que vale a pena sonhar e trabalhar, e que há nisso compensações imediatas, mas, para quem se esforça e sabe o que quer, o melhor ainda está por vir!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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