Últimas indefectivações

sábado, 28 de abril de 2018

Dinheiro, isso mesmo, o vil metal

"Continua a provocar curiosidade – ou mera bisbilhotice – entre o público amante do desporto-rei, e não só, este taco-a-taco que se vai desenrolando entre o presidente e o treinador do Sporting. A discussão, sendo interna, será resolvida a favor de quem, na hora certa, tiver dentro de casa e do seu lado as forças indispensáveis. No entanto, tendo em conta a duração da contenda e a abundância de pormenores que têm sido servidos ao público, é caso para se dizer que ninguém sabe como isto vai acabar. De realçar o que tem sido também, no campo das figuras do clube, o firme posicionamento de uns, quer no pró quer no contra, e também o ‘desposicionamento’ estratégico de outros que, não querendo fazer má figura, e surpreendidos pela voragem dos acontecimentos, encontram-se em manifestas dificuldades para acertar no nome do triunfador, coisa que, ninguém duvide, é a que mais convém a quem anda metido nestas coisas. Observado do exterior, o caso parece cingir-se muito simplesmente a dinheiro. A isso mesmo, ao vil metal.
O presidente do Sporting gostaria de se ver livre do seu treinador, é o que parece. De preferência sem lhe ter de pagar um cêntimo dos 8 milhões de euros do último ano do contrato, é também o que parece. O treinador do Sporting, apesar de não ser sobrinho-neto de nenhum almirante, é muitíssimo mais sagaz do que o presidente e não lhe fez o favor de reagir com destempero na noite de Madrid e da primeira vaga de SMS’s. Nem nas noites que se seguiram. Aliás, jamais reagirá o treinador do Sporting de modo a colocar-se à mercê de um despedimento com justa causa. E é nisto que andam, basicamente. Um dia o presidente diz "acredito muito na equipa que escolhi para serem eu dentro das 4 linhas" e três dias depois o treinador diz "se o Sporting tem bons jogadores é sinal que o treinador os soube escolher", referindo-se, obviamente, a ele próprio quando diz "o treinador" e afrontando o presidente no limite, apenas no limite do aceitável.
É compreensível que a oposição a Bruno de Carvalho que, afinal, existe no Sporting – como ficou demonstrado na noite das vaias – reze a todos os santinhos para que Jorge Jesus triunfe sobre o presidente pela simples razão de que não apreciam o presidente e gostariam de ver outro no lugar. Já não é de todo compreensível que muitos benfiquistas, tal como o vêm expressando, pareçam estar a torcer pela queda do presidente a troco do reforço dos poderes do treinador. Não sejam parvos, amigos. É precisamente o contrário aquilo que vos devia interessar.
O treinador do Porto diz que a equipa está "como o aço" e o médico do Sporting diz que a equipa está como "o arame farpado". A imagem de Rafa na relva do Estoril, consumada a transcendente vitória da semana passada, diz-nos que, à falta de aço e de arame farpado, a equipa do Benfica lá vai fazendo os possíveis até ao fim."

Mais um equivoco ou um sucesso? O tempo confirmará

"O Campeonato de Sub-23 é notícia.
No nosso país, já é tradição avançar com novidades sem primeiro se aprofundar uma análise consistente do que existe e procurar formas para aperfeiçoar e eliminar imperfeições. Fico sempre com a convicção de que teóricos sem prática pensam que o futebol pode ser o que eles pretendem, só por esse motivo: a sua pretensão! Não será presunção excessiva? Em vez de se resolveram erros e falhas, num movimento imparável, criam-se novos desafios sem que se corrijam as evidências que nos atrofiam.
Inventar passou a moda, a destino e repentes imparáveis, porque mediáticos.
A maior parte das vezes, repetem-se consequências desastrosas: tudo fica mais confuso….
Raramente se privilegia a estabilidade, as reflexões cuidadas e ponderadas sobre custos, investimentos, riscos e vantagens… é mais um tipo de surto febril: vem de repente e pronto, já está. 
Ora o futebol, como todas as outras actividades, precisa de análise e de acompanhamento permanente, de ponderação e de profunda reflexão antes do afã de inovar.
As “guerrinhas” de protagonismo, os apetites por destaques noticiosos e financeiros, suportados por um poder praticamente total e sem um controlo efectivo e independente, provocam situações que vão minando confiança, desperdiçando recursos, matando hipóteses de crescimento sustentado.
Vive-se no futebol, nos organismos que o tutelam, como numa passerelle de vaidades meteóricas, a disputar primeiras páginas, não pela “grife” mas por ideias, algumas vezes, demasiado absurdas e sem contraditório.
Importa é que sejam sempre contra algo ou alguém, nunca pelo futebol como prioridade absoluta. 
Falta capacidade para entender que a humildade, o diálogo, a sensatez e a sabedoria, são essenciais para compromissos duradouros e vantajosos.
O VAR arrancou apressadamente, sem ser testado de forma segura, com tempo e tranquilidade, não se conseguindo evitar a tempo tantos erros e vícios que acabaram por influenciar resultados de uma competição que se deseja exemplar, até para ganhar impacto internacional.
Curiosamente, a Liga inglesa adiou a entrada dessa tecnologia, até que a mesma comprove a indispensável excelência generalizada. Um bom exemplo a vários níveis! O que “nasce torto, tarde ou nunca se endireita”.
Mesmo que em menor número do que os acertos, as falhas do VAR potenciaram suspeições, por vezes confirmações de dúvidas inquietantes e um crescimento de violência verbal e não só, que paira no ar e que podem ter subvertido, algumas vezes, a verdade da competição, ainda que inadvertidamente. Ou seja, com paciência, com acompanhamento, com detecção de pontos fracos e alternativas de aperfeiçoamento, poder-se-ia hoje mostrar ao mundo que sabemos trabalhar bem e que o nosso futebol seria um excelente exemplo na utilização do VAR. Perdemos, para já, essa possibilidade.
Assim não aconteceu, digam o que disserem os mais fervorosos defensores, mesmo escondendo as imperfeições com lóbis mediáticos que, por mais esforçados, não conseguem milagres de ilusão. 
Depois surgem sempre problemas: equipas que a justiça obriga a integrar em competições de onde foram expulsas por decisões erradas (com técnicos especialistas que se repetem e continuam a exercer impunemente altos cargos desportivos!), casos e litígios que duram anos e provocam posteriormente muita dificuldade de resolução, prejudicando outros, alterações de quadros competitivos instantâneos, sem darem qualquer importância ao drama de clubes que passam a ter vários meses sem competições, acumulando obrigações contratuais sem receitas, até ao futebol jovem onde muita coisa está mal embora continue silenciado, logo despercebido. E assim vai continuar… 
Um dia será tarde e o mal estará profundamente enraizado. Calam-se vozes contrárias e incómodas com chamadas para cargos e distinções, internacionalizam-se amizades para utilização mediática, abrem-se portas a uma “globalização selvagem”, a um universo de investimentos sem controlo, onde alguns vão minando o jogo, as apostas e os resultados desportivos, a credibilidade de um jogo que sempre foi mágico e brilhante e que se pode tornar bastante obscuro. Por isso, defendo a realização de auditorias periódicas às entidades que tutelam o nosso futebol (há uma ideia generalizada de que se movimentam muitos milhões sem um controlo seguro, apertado, vigilante e preventivo). Bastaria nunca esquecer a sina do senhor Blatter e o que se passou na FIFA para ter presente os potenciais riscos de corrupção e de destruição de um património valioso, que exige uma imagem de solidez, de indestrutível seriedade e transparência.
Só assim as grandes marcas aceitam patrocinar e reforçar apoios. Credibilidade e honestidade são critérios em valor sempre crescente.
A desvalorização de campeonatos, além da omnipresente LIGA I, é um facto indesmentível; a distribuição arcaica dos direitos televisivos, nem sempre muito clara e justa, dá a ideia de um país a 5 velocidades: rápido, lento, muito lento, quase parado, a extinguir.
A invenção do campeonato sub-23 sob a égide da FPF, com alguns clubes a aderir de imediato, antes de haver regulamento e formato conhecidos, revela uma forma de estar muito preocupante. Dá a impressão de alinhamento de forças e de estratégia de confronto entre entidades, do que a opção racional por planos consolidados. Curiosamente, nesta altura, ainda sem conhecimento se vai haver um só campeonato ou mais um segundo escalão…
Numa competição da alçada da LIGA, já se coloca a hipótese de grande mudança: uma Zona Norte e uma Zona Sul (regresso a um passado bem distante), com alguns (?) a alegarem o peso das despesas e das deslocações, sem reflectirem com competência nas consequências.
Há uma grande probabilidade de desvirtuar a competição, caso uma zona seja muito mais competitiva do que a outra, logo prejudicando os clubes dessa série.
Como está, a competição tem a sua verdade desportiva garantida e despesas com critério uniforme; com mudança, mais um foco de desestabilização deverá ocorrer, pois haverá prejudicados e favorecidos em função da série em que competirem.
Presidentes da FPF e da LIGA, com diferença de meses, publicaram nos jornais desportivos artigos de opinião que são muito mais do que isso.
Para uns, a admissão de um diagnóstico sem terapia, disfarça um rotundo falhanço e admissão de incapacidade para resolver as questões mais complexas. Para outros, fica a ideia de mais um jogo de luta pelo “título” que consiga levar não há vitória mas antes à extinção/diminuição de influência do outro “adversário”.
Onde abunda confronto, por mais dissimulado que for, deveria haver cooperação e entendimento. 
Trata-se do Futebol e não de questões pessoais de poder, no fundo, pequenas vaidades embora bem lucrativas, num espaço onde ninguém vence e todos perdem, dos clubes aos atletas, dos agentes desportivos aos adeptos do futebol, E assim, com actores de “curtas- metragens” de qualidade duvidosa, vamos vivendo num ambiente virtual onde à superfície viaja a simpatia, a delicadeza, o sorriso, a modéstia e a educação e nos planos inferiores, tipo universo real, vão guerreiros, intriguistas com intenções destrutivas camufladas que acabam por travar “combates sucessivos”, mesmo que silenciosos, para derrotar o opositor e se possível anulá-lo. E o futebol, a quem se comprometeram honrar e defender? Palavras descartáveis, porque vazias, ocas…
Se os clubes apresentam dificuldades financeiras em suportar uma equipa sénior e vão heroicamente mantendo os escalões de formação, como será possível criar mais uma equipa (excepto os clubes que já tinham equipas B) com custos acrescidos de inscrição de atletas, despesas com técnicos, jogadores e staff, deslocações e todos os outros pagamentos do dia-a-dia? Será que se vai permitir a criação de um “parque especial de investimento maioritariamente estrangeiro” com total liberdade e dependência para os nossos clubes? “Barrigas de aluguer”, afinal tema em discussão neste momento na sociedade nacional.
Zona franca para movimentação de jogadores, num “mercado” cada vez mais livre e apetecível para longínquos e desconhecidos investidores?
Divulgam-se ideias (séries regionais, 1.ª e 2.ª divisão, Taça de Portugal específica, provas internacionais) bem como a possibilidade de os jogadores do campeonato sub-23 integrarem a equipa principal.
Recorde-se que em termos de campeonatos, os nossos regulamentos em vigor, apresentam diferenças (como se podem verificar nas provas Taça de Portugal e Campeonatos profissionais). Notar também a ausência de campos em relva natural.

Uma breve nota: James Rodriguez, jogador do Real Madrid emprestado ao Bayern de Munique, participou no primeiro jogo da meia-final da Champions, contra o clube que tem os seus direitos contratuais, porque a UEFA assim determina. Por cá, jogadores emprestados nas provas da LIGA não podem jogar contra o clube de origem embora o possam fazer na Taça de Portugal. São “especificidades” deste teor que Portugal deveria começar por resolver definitivamente, para contribuir para a eliminação de factores de suspeição.
A UEFA não poderá servir de exemplo?
Quanto ao campeonato de sub-23, como já nos habituaram as entidades que gerem o nosso futebol, o secretismo, a falta de divulgação e de discussão pública alargadas é sempre preterida em favor de planos de “especialistas”.
Infelizmente, o desconhecimento de todas as variantes e a capacidade para sentir e entender o futebol, para além do negócio, têm sido responsáveis por retrocessos que o tempo futuro acabará por revelar em toda a sua vasta extensão. O lamentável é que o futebol acabe por ter de pagar os erros dos que entretanto saberão sair, na melhor ocasião, para outros destinos, sempre sem responsabilização.
A pirâmide do futebol é hoje mais uma falácia que, com a urgência possível, precisa de apoio dos que defendem o futebol-jogo para o salvaguardar de aventureirismos imparáveis, que as escolhas para acolher os Mundiais revelam na plenitude.
É chegada a hora da afirmação das ideias, da divulgação das críticas e dos erros sistemáticos, e do fim dos silêncios cúmplices, estratégicos ou receosos.
O futebol precisa de contraditório, de portas abertas, de planos adequados para futuros favoráveis (Portugal abunda em talento para o jogo) e de coragem para um maior debate sem as incomodidades de dependências, sejam quais forem. São diversos os sintomas doentios que têm de ser tratados antes de se tornarem epidemia.
Há vírus que estão a moda: divulgação de denúncias anónimas à Procuradoria Geral da República, com objectivos que todos sabem ser invenções na hora, mas que vão minando os alicerces do futebol.
Neste caso, não pode haver quem proteste e quem bata palmas, pois todos serão vítimas.
A indignidade e cobardia do anonimato, sem indícios válidos, em momentos e datas precisas, merecem uma persistente investigação que permita identificar a fonte das evidentes falsas notícias, com a celeridade máxima.
Só com medicação adequada se pode conter a infecção com que o fanatismo procura derrotar o desportivismo. O futebol merece total empenho e dedicação.
A liberdade valoriza a criatividade, a tolerância, a paixão, e oferece as sementes para o nosso crescimento, desde que com dirigentes capazes de coordenar, mas sem nunca agrilhoar o património do nosso futebol.
O exemplo da antevisão do jogo entre o Desportivo de Chaves e o Rio Ave, que juntou um jogador de cada equipa, Pedro Tiba e Nélson Monte, num clima de amizade e fair play, no qual ambos lutam, com todo o empenho, pelo 5.º lugar, foi um momento de Grande Futebol: um golo fantástico e oportuno.
Adorava ser surpreendido positivamente por mais episódios deste género que nunca são anónimos, mas sempre devidamente personalizados."

Porque aposta Antero Henrique no Vitória de Guimarães

"Em vésperas de eleições no Vitória de Guimarães, uma notícia agitou o ambiente e despertou as atenções dos analistas: o anúncio de uma parceria entre o clube da cidade berço e o Paris St. Germain, no caso de Júlio Mendes conseguir a reeleição. Um anúncio pré-eleitoral que teve uma primeira confirmação na viagem a Paris do próprio Mendes nos primeiros dias de Abril, logo após o feliz desfecho dos votos.
A minha curiosidade acerca desta história levou-me a consultar um português que está muito por dentro destas coisas do futebol e da política. Por razões óbvias, mantenho o anonimato desta pessoa, especificando que se trata de alguém absolutamente credível e muito bem informado. Perguntei que significado político teria a aproximação do Paris St. Germain ao Vitória e se haveria alguma hipótese de se tratar de uma manobra de Antero Henrique para arrancar o clube minhoto da esfera de influência de outro Mendes: Jorge Mendes.
Antes de satisfazer a minha curiosidade, esta fonte explicou-me um aspecto: entre Antero Henrique e Júlio Mendes há uma relação sólida, de muito tempo, pelo que não há razão para nos espantarmos demasiado ante esta manobra política. Quanto à hipótese de tudo se tratar de uma iniciativa contra Jorge Mendes, esta pessoa responde-me que ela é plausível, mas que não será certamente o motivo principal que levará à parceria entre o Vitória e o PSG. O motivo principal seria outro, ligado à sede de vingança que Antero Henrique terá em relação ao seu ex-mentor, Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto.
Que no Verão de 2016 as relações entre Antero Henrique e Pinto da Costa se fecharam de forma tempestuosa é algo evidente para todos. Era igualmente impensável que o conflito se fechasse por ali. E agora, que o ex-número dois da hierarquia portista tem nas mãos o mercado de transferências do clube mais rico do Mundo, eis que o ajuste de contas com quem o forçou a abdicar se torna uma perspectiva realista. Além disso, tudo isto se passa num momento histórico particular para o FC Porto. No campo, a equipa vai lançada para voltar a vencer a Liga, com pleno mérito. Fora de campo, contudo, a situação da SAD continua a ser crítica no ponto de vista económico-financeiro. Por fim, a liderança de Pinto da Costa não pode ser eterna. O presidente completará em Dezembro 81 anos, talvez ainda vá a tempo de mudar de namorada mais um par de vezes, mas mais cedo ou mais tarde acabará por deixar a presidência dos Dragões.
Mas no meio disto tudo, estará o leitor a perguntar, em que é que entra a aliança com o Vitória de Guimarães? O objectivo seria o de criar, no Norte de Portugal, uma alternativa à hegemonia futebolística, política e cultural do Porto. E, neste sentido, a escolha do Vitória tem alguma plausibilidade. Não só por se tratar de um clube de grandes tradições, mas sobretudo porque tem uma massa adepta fortemente identitária. A única além das dos três grandes que, em Portugal, não admite o apoio a uma segunda equipa, isto é, a um desses mesmos três grandes. Os adeptos do Vitória são apenas vitorianos e, portanto, estão prontos a abraçar o desafio de se oporem ao poder portista no Norte. O pacto com o PSG, sob a batuta de Antero Henrique, seria o primeiro passo deste caminho.
É um cenário plausível, o que me foi apresentado por esta pessoa da minha confiança? Na minha opinião, absolutamente, sim. Que depois seja igualmente realizável já é outra conversa. Seguro é que um Vitória mais forte no campo e fora dele pode ser um problema sério para o FC Porto.

Última nota: a pessoa com quem falei é portista. E traçou-me este cenário com grande preocupação."


PS: Delírios...

O Expresso mente e deturpa factos

"A Sport Lisboa e Benfica SAD lamenta e repudia que o Jornal Expresso na edição deste sábado, num artigo e editorial da sua Direcção sob o título “O Expresso e as investigações ao Benfica”, em diversos momentos minta e deturpe factos, designadamente sobre a origem e as datas da divulgação pública de recentes denúncias anónimas.
Diz o Expresso que “o canal de televisão do Benfica noticiou uma denúncia anónima entregue na véspera sobre um alegado plano contra o clube orquestrada por clubes rivais, com a conivência do sistema judicial e a participação de jornalistas”.
Essa informação é falsa. Basta consultar essa denúncia, que circula em diversos blogues, para verificar que ela tem a data de 23 de Fevereiro, e tendo sido supostamente endereçada a diversas entidades, um trabalho jornalístico minimamente sério teria levado o Expresso a contactar essas entidades, para confirmar o recebimento, a data e desde há quanto tempo tinham conhecimento dessa denúncia anónima.
De facto, nessa data nem sequer existia o denominado “Gabinete de Crise” criado pelo Sport Lisboa e Benfica, o que só por si faz cair por terra toda e qualquer insinuação de estar na origem dessa denúncia e torna ilegítima qualquer ligação desse teor.
Segunda mentira do Expresso: diz em editorial que, “na peça da BTV, o Benfica revela o que ninguém escrevera, identificando nomes de jornalistas alegadamente envolvidos no plano”. Essa informação é falsa. O conteúdo e nomes envolvidos nessa denúncia já eram públicos, horas antes de serem divulgados na BTV, quer nas edições online de diversos órgãos de comunicação social generalistas, quer em inúmeros blogues e sítios da internet. E o nome do jornalista do Expresso que consta nessa denúncia, Pedro Candeias, é sobejamente conhecido e objeto de permanentes críticas por parte dos milhares de Benfiquistas que participam nos mais diversos espaços de opinião pública, tendo em conta a permanente campanha de notícias negativas que faz sobre o clube Tetracampeão. A única diferença é que nenhum conteúdo divulgado pela BTV resultou da prática de um crime ou da violação do segredo de justiça.
Se o Expresso visa condicionar o livre trabalho dos canais informativos do Sport Lisboa e Benfica com campanhas orquestradas de pretensos crimes e investigações em curso, desengane-se. E menos conseguirá montando toda uma narrativa baseada em insinuações, falsidades óbvias e factos intencionalmente deturpados.
Nenhum responsável da Sport Lisboa e Benfica SAD faz denúncias anónimas. Pelo contrário, o que fazemos é público e em legítima defesa através da competente interposição de acções contra os responsáveis dos diversos crimes cometidos contra a nossa instituição. A saber, roubo e divulgação pública da nossa correspondência privada e queixas-crime contra incertos mormente as alegadas “fontes da Justiça” que têm alimentado todo o tipo de especulações jornalísticas.
De facto, a notícia do Expresso parece confirmar a inaceitável suspeita sobre a persistência com que “fontes judiciais” se convertem em “fontes jornalísticas”, as sistemáticas violações do segredo de justiça e o conluio e patente intimidade que manterão com os autores das notícias, que, candidamente, noticiam os respectivos estados de alma, processos de intenção, teses e teorias sobre a investigação e mesmo opiniões anónimas sobre a actualidade, pondo assim em causa o meritório esforço que está a ser desenvolvido pela Procuradoria-Geral da República e Direcção Nacional da Polícia Judiciária para se acabar com essas reiteradas violações do segredo de justiça.
O que causa perplexidade é ver o Expresso numa obediência a uma estrutura especializada em actividade criminosa, mas sobre isso terá oportunidade para se justificar nos tribunais.
A Sport Lisboa e Benfica SAD reitera a sua total tranquilidade sobre uma pretensa investigação a todos os jogos realizados nestas últimas 5 épocas, conforme relata a citada notícia. Vitórias obtidas com todo o mérito e verdade desportiva, conforme reconhecido por todos os nossos adversários no campo e pela cobiça feita sobre os nossos técnicos e jogadores, sendo que estes últimos brilham nas principais competições internacionais.
Uma investigação que, a ser verdade, naturalmente deverá ser alargada a todos os jogos dos nossos rivais, e num espaço temporal de pelo menos as duas últimas décadas.
A Sport Lisboa e Benfica SAD desde a primeira hora pediu, e tem colaborado intensamente com as autoridades judiciais, para que tudo se investigue em prol do cabal esclarecimento de todas as questões, e está certa que, nos locais e momentos próprios, a justiça será feita contra quem efectivamente tem cometido diversos crimes contra a nossa instituição.
Estamos numa fase decisiva da época desportiva, em que o Sport Lisboa e Benfica luta por conseguir um objectivo que nunca conseguiu na sua história, depois de pela primeira vez ter conquistado um Tetra, a obtenção do Penta.
Vivemos uma fase da nossa história de grande afirmação desportiva, com uma situação de grande solidez financeira e com um plano de futuro assente num elevado esforço de construção de uma nova geração de infraestruturas.
Nenhum esforço de desestabilização nos fará desviar deste caminho.
E muito menos através do crime organizado e do cibercrime de que temos sido vítimas, misturados com notícias encomendadas e sustentadas em factos falsos."

Benfiquismo (DCCCXI)

Juntos...

Uma Semana do Melhor... com sotaque!

Jogo Limpo... Tugão cada vez mais no fundo!!!

Vencer é mesmo o único caminho

"A época continua ainda sem Jonas ou, como parece, já sem Jonas. O melhor jogador do campeonato faz falta e limita muito o Benfica.

A vitória arrancada a ferros no passado sábado mostra o que foi este campeonato. O Benfica teve sempre mais obstáculos que os rivais para alcançar os mesmos objectivos. Certo que em condições de finalização normais, o jogo poderia ter sido decidido bem mais cedo, mas estivemos em risco de perder pontos até ao fim, contra uma equipa limitadíssima.
Rafa corre e desequilibra como poucos... e falha golos como nenhum. Há algum natural na altura da decisão que impede o jogador de atingir o patamar onde se reconhece poder chegar. Já Zivkovic, fez, contra o Estoril, um jogo fantástico. Para mim o melhor em campo que só não se percebe quando não está em campo. O que joga e faz jogar, como defende e como equilibra a equipa fazem dele um motor neste Benfica.
Este campeonato tem alguns vários pontos curiosos: o Benfica só chegará ao primeiro lugar, mesmo vencendo, se o FC Porto perder um jogo. O Sporting só chegará ao segundo lugar se o Benfica perder um jogo. O SC Braga só chegará a terceiro se o Sporting perder um jogo. Como a luta pelo quinto lugar e pela manutenção em aberto, há de facto interesse no que falta da Liga. Segue-se o Tondela, já tranquilo pela manutenção conseguida com justiça. Resta vencer sem muitas lógicas matemáticas. Vencer é mesmo o único caminho.
A época continua ainda sem Jonas ou, como parece, já sem Jonas. O melhor e mais decisivo jogador do campeonato faz evidente falta e limita muito o Benfica. Amanhã queremos uma Luz com boa assistência para ajudar no que falta fazer. E o que falta é vencer.
Ainda é cedo para garantir uma final de Liga dos Campeões entre Liverpool e Real Madrid, mas se tal viesse a suceder ficaria muito satisfeito. Emblemas de tradição (os meus preferidos dos seus países) é a vitória da Old School sobre os novos ricos deste futebol e para mim sempre motivo de regozijo. Ver o Manchester City e o PSG, autênticos clubes de estado (onde o dinheiro não custa dinheiro) ficarem de fora das decisões, dá alento e é positivo para o estado das clubes e do futebol. O futebol é paixão e emoção e quem quer reduzir o sentimento a um negócio, não percebe do negócio e não tem sentimento."

Sílvio Cervan, in A Bola