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sábado, 29 de março de 2025

Vermelhão: 3 Galos e regresso à liderança partilhada!

Gil Vicente 0 - 3 Benfica


Jogo em atraso, potencialmente complicado, com os jogadores a regressarem das Seleções a meio da semana, que acabou por correr bem, com o Benfica a dominar a partida (basicamente só permitiu uma oportunidade...), e até fomos eficientes, sem grande desperdício...


O Lage optou pelos jogadores com poucos ou nenhuns minutos nas Seleções, só o Nico foi 'sacrificado', o próprio Kokçu só fez o 1.º jogo da Turquia com a Hungria, no 2.º estava castigado! Os restantes titulares, não foram convocados, ou no caso do António e do Trubin, ficaram no banco das respectivas Seleções.

Este Gil está numa sequência negativa, trocou de treinador, tem qualidade na troca de bola, na 1.ª fase de construção, mas normalmente é pouco agressivo na última fase. Mas nos jogos em Casa com os Corruptos e com o Sporting deu muito boa conta de si! Hoje, o Benfica não deu hipótese... e quando falhámos nas marcações, na tentativa de pressão alta, a equipa foi agressiva nas transições defensivas...

Com o Amdouni e o Bruma nas Alas, os centro-campistas são obrigados a mais trabalho de cobertura, pois o Akturkoglu e o Schjelderup 'fecham' mais... o Di Maria nem por isso!

Nesta recta final da Liga, todos vão ser precisos, e esta rotação é importante para manter a motivação e o equilíbrio no balneário! Temos um calendário mais complicado que a Lagartada, ainda vamos ter os jogos da Meia-final da Taça com o Tirsense, é importante ter todos os jogadores com a cabeça no objetivo...

Agora, Farense na Luz, antes da deslocação ao antro da Corrupção. É necessário ter cuidado com os Amarelos! Acredito em algumas alterações, com o possível regresso do Di Maria e do Akturkoglu à titularidade... e do Pavlidis! E com o Barreiro no lugar do Tino...

Estamos na Final...


Benfica 6 - 3 Leões Porto Salvo

Má entrada, com o Leões a chegar ao 0-2 rapidamente, mas antes do intervalo, já tínhamos efectuado a remontada, com um 3-2, com alguma sorte, já que o Leões acertou várias vezes nos postes...
A 2.ª parte foi melhor, demos menos espaços, mas voltámos a demonstrar dificuldades contra esta equipa!

Voltámos a demonstrar nas situações especificas: em superioridade após a expulsão do Ré, tivemos quase a sofrer um golo; e no final com o adversário a arriscar o 5x4 voltámos a não transmitir confiança!

A Final será muito complicada, contra um adversário fresquinho, que não sofre golos...


Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Morte de Maradona: o que já revelou o julgamento

Otamendi: a idade é só um número


"Faz sentido pensar que o argentino pode ser para o Benfica o que Pepe representou para o FC Porto no final da carreira do central português. Reconhecer as próprias limitações é uma virtude

O mérito é fundamentalmente dele: foi a consistência que o levou de central questionado em determinado momento da época a nome consensual, indiscutível não só para o presente mas essencialmente para o futuro, a ponto de a sua renovação pelo Benfica, aos 37 anos, representar um ato tão natural como comer.
É do domínio do bom senso que Nicolás Otamendi prolongue a ligação às águias. Em primeiro lugar porque dificilmente ficarão os dois centrais com potencial de venda - Tomás Araújo e António Silva, um deles deve rumar a outras paragens porque o modelo de negócio continua a depender de saídas bem pagas; depois, a experiência continua a ser importante para o constante crescimento do elemento mais jovem de uma dupla; e em terceiro lugar (talvez a razão mais importante) porque não é fácil encontrar no mercado uma opção mais barata do que o custo dos salários do internacional argentino e com semelhante rendimento desportivo.
O antigo central da Seleção (provavelmente o melhor central português de todos os tempos) é e será sempre um caso à parte, mas começa a fazer sentido pensar que Otamendi poderá estar para o Benfica o que Pepe foi para o FC Porto na parte final da carreira – uma garantia de estabilidade num setor nevrálgico, voz de comando e exemplo do que deve ser um profissional de futebol ao nível dos cuidados com alimentação, descanso e restante treino invisível. E pensar, porventura, quantos mais anos (assim, no plural) poderá jogar de águia ao peito, tornando-se a Luz a casa onde ficará mais tempo (vai em cinco temporadas, tantas quantas as que esteve no Manchester City e mais uma que no FC Porto e no Vélez Sarsfield enquanto futebolista sénior).
Otamendi não é rápido, não é um ás na construção de jogo nem é particularmente assertivo nas bolas paradas ofensivas, mas também Pepe não era. No entanto tem consciência das suas limitações, um tipo de sabedoria que só se alcança no ponto mais alto da maturidade. Só dá o flanco quem pensa que pode ir a todas. E falha mais.
Basta ver o exemplo de Hummels: central de classe até aos 32/33 anos (foi, para muitos, o melhor da posição em certos períodos), perdeu protagonismo e impacto nas suas equipas (seleção alemã incluída). Dez meses mais velho, o argentino continua a ser capitão do Benfica e da seleção campeã do mundo. Há casos em que a idade parece ser mesmo apenas um número."

Ganhar em Barcelos


"O Benfica visita o Gil Vicente nesta noite, às 20h15. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Juntos
Em antevisão à partida, o treinador do Benfica, Bruno Lage, revela a mensagem passada ao grupo de trabalho: "Sermos uma família, uma equipa e uma tropa". E explica: "Em família, de estar juntos; em equipa, de correr uns pelos outros, de jogar como equipa; e tropa é de lutar uns pelos outros, pelo Clube, para conquistar títulos, que esse é que é o nosso grande objetivo."

2. Prémios entregues
Bruno Lage (Treinador do Mês), Pavlidis (Avançado do Mês e Jogador do Mês) e Tomás Araújo (Defesa do Mês) receberam os respetivos prémios relativos a fevereiro no Benfica Campus.

3. Calendário
Estão agendados os jogos da 29.ª à 33.ª jornada da Liga BetClic.

4. Parabéns, Vítor Martins
A glória do Benfica completou, ontem, 75 anos de vida e foi surpreendido por amigos e antigos colegas.

5. Últimos resultados
O Benfica ganhou, por 1-2, no reduto do Reus no jogo da 1,ª mão dos quartos de final da WSE Champions League de hóquei em patins.
Os Sub-23 de futebol venceram, por 1-3, na visita ao Estoril.
E, no futsal, as águias obtiveram o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal ao triunfarem, por 5-3, frente ao SC Braga.

6. Jogos do dia
Além do desafio de futebol em Barcelos, hoje há as meias-finais da Taça de Portugal de futsal. O Benfica defronta o Leões Porto Salvo, às 20h30, em Matosinhos.

7. Agenda para sábado
A equipa feminina de futebol do Benfica recebe o Racing Power no Benfica Campus às 17h30.
Em andebol há Sporting-Benfica nos masculinos e Benfica-Academia São Pedro do Sul nos femininos. Ambos os jogos são às 15h00.
Na Luz há jogos de basquetebol (Ovarense às 17h00) e voleibol (Leixões às 19h00).
Em râguebi, o Benfica desloca-se ao Belenenses (16h00).
Quanto a outras equipas femininas, a de futsal disputa as meias-finais da Taça de Portugal com o Fusal Feijó, às 14h00, em Matosinhos. A de hóquei em patins visita o Turquel (17h00). E a de polo aquático tem embate na piscina do Cascais (19h00).

8. Transferência
A futebolista Marie Alidou passa a representar o Portland Thorns FC. Em entrevista à BTV, a jogadora fala da experiência de ter jogado no Benfica e na paixão que sente pelo clube: "É mesmo verdadeiramente uma experiência incrível o que vivi aqui no Benfica, em Portugal. Amo o Benfica. É um clube incrível. E nunca vi, até agora, na minha carreira, um clube com adeptos como estes."

9. Seleções jovens
Foram muitos os atletas da formação do Benfica em representação de seleções.

10. História agora
Veja a rubrica habitual das manhãs de quinta-feira na BTV."

Onde está o Scaloni do futebol português?


"Trabalho incrível do selecionador argentino em contraciclo com a realidade do país e da própria América do Sul. Um exemplo para outros casos difíceis, como parece ser o português

Mais do que o apuramento sofrido de Portugal para a Final 4 da Liga das Nações – somando dificuldades também sentidas pelos outros favoritos França, Alemanha e Espanha –, a paragem do futebol de clubes fica sobretudo marcada pelo que aconteceu para lá do Atlântico, na América do Sul, em que a campeã do mundo Argentina, sem Lionel Messi, bateu os dois maiores rivais e garantiu desde já a qualificação para o Mundial. No mítico Centenário, em Montevideu, ultrapassou o Uruguai por 1-0 e, dias depois, no Monumental, goleou um Brasil que continua a viver num passado cada vez mais distante por claros 4-1.
É uma Argentina à espanhola, intercalando Copas Américas com o seu terceiro título mundial (2021, 2022 e 2024), tal como a Roja fez entre 2008 e 2012, mas continua esfomeada – em 2014, a Espanha não passou da fase de grupos – e finalmente confortável com a sua identidade, que remonta a mais de um século.
É essa a identidade de La Nuestra, que se contrapôs nos anos 30 com o pragmatismo uruguaio, primeiro campeão mundial e olímpico, acabou goleada em 1958 no Olympia de Helsinborg pela Checoslováquia (6-1) e renasceu integrada, duas décadas depois, no Menotismo, que contou com os conselhos mais radicais do adjunto Angel Cappa e, igualmente importante, da ditadura imposta pela Junta Militar de Jorge Videla.
Como também aqui os consensos são complicados, o país foi-se erguendo também no seu oposto. No pragmatismo cru, traiçoeiro e no limite da Lei de Osvaldo Zubeldía, vencedor de três Libertadores e ainda treinador de Carlos Bilardo, o pai do Bilardismo que, com duas fileiras de proteção ao melhor de todos os tempos e que emanava talento e classe por ele e pelos restantes, venceu mais um Mundial e foi finalista do seguinte.
O fantástico grupo de 94, treinado por Alfio Basile, um menotista que levara a seleção à vitória em duas Copas América mas também perdera em pleno Monumental com a Colômbia por 5-0, o que resgatou Maradona da reforma, acabou por implodir diante da Roménia, após o teste positivo do Pelusa, que acusou efedrina. Quatro anos depois, o kaiser Passarella, que tinha obrigado todos os jogadores a rigorosos cuidados capilares, o que excluiu Redondo, tropeçou na magia de Bergkamp e, em 2002, Loco Bielsa quedou-se na fase de grupos. Pekerman, o Queiroz das Pampas devido ao sucesso na formação, e o próprio Maradona chegaram aos quartos de final nos dois Mundiais seguintes, com Alejandro Sabella a ver de perto Gotze saltar do banco para dar o título à Alemanha no Maracanã. Sampaoli, por sua vez, valeu apenas os oitavos na Rússia. O deserto foi longo após a festa do Azteca, em 1986.
No entanto, numa Argentina que quanto mais pobre fica mais se apaixona pelo jogo - mesmo que nem sempre a qualidade do futebol indígena seja fantástica, para muitos adeptos é muito mais importante como se ganha do que o resultado –, com todos os encontros transmitidos pela televisão e os estádios cheios, não esquecendo obviamente os momentos de excessos e violência porque não há paixão sem extremismos, houve quem soubesse dosear e equilibrar a herança e a pressão, obrigatória na Europa. Falamos de Bielsa, curiosamente o selecionador derrotado há dias enquanto líder charrúa, mas sobretudo dos discípulos, entre os quais, Cholo Simeone, uma das influências de Scaloni, a par de Ancelotti e da sua liderança tranquila, Pep Guardiola, De Zerbi, Simone Inzaghi e Luciano Spaletti.
O trabalho do modesto jogador e antigo adjunto do Sevilha e da seleção, e apenas ex-responsável principal dos sub-20, é extraordinário. Em contraciclo com o caos no país (político, económico e até futebolístico), com o poder atual do futebol sul-americano – são oito pontos sobre o Equador e dez sobre Uruguai, Brasil e Paraguai na tabela; a Argentina sagrou-se ainda campeã mundial em 2022, sendo a primeira formação do continente a festejar desde o Brasil, vinte anos antes – o jovem técnico, em parceria com Pablo Aimar, conseguiu tornar de novo competitiva a seleção das Pampas.
Fê-lo como uma comunicação simples, clara e sempre exemplar, com a procura do equilíbrio, mesmo quando era obrigatório proteger não só Messi como também Di María, e a incorporação do pressing como arma fundamental, mas ao mesmo tempo recuperando o gosto de ter a bola, passá-la e atacar. Mesmo que a história e Bilardo lembre sempre aos compatriotas que há outro caminho, la Nuestra parece de volta. Ainda que com um tom diferente. Bem afinado.
Não sei se daqui a um ano a Argentina conseguirá novo título, o que seria tão surpreendente – não pelo trajeto de agora, mas pelo arranque – quanto extraordinário. Há mais candidatos fortes, como a velha conhecida França e a reinventada campeã europeia Espanha, mas também Inglaterra, Alemanha e talvez Portugal. Todavia, se a festa não pintar de azul celeste e branco será preciso entendê-lo. Não se pode ganhar sempre, porém pode trabalhar-se para isso. E nomes como Alexis Mac Allister, Enzo Fernández e Julián Álvarez, pelo menos esses, asseguram a continuidade.
Às vezes, pergunto-me qual é a identidade do nosso futebol? Só entre 1996 e 2000 nos deixámos de sentir pequeninos e conseguimos jogar olhos nos olhos com os maiores, consciência que se prolongou através do efeito Mourinho nas equipas de Scolari, até que o Bilardismo, ou se preferirem Fernandismo, de 2016, assente num losango de quatro médios-centros atrás de Nani e Ronaldo, se tornar expoente máximo de conquistas. Quando o caminho alternativo é eficaz, mesmo que banhado com tanta felicidade, é preciso tempo, ainda mais porque não é imediato que haja um Scaloni no futebol português. Bem precisávamos.
A seleção portuguesa precisa de lógica nas decisões, de se organizar e voltar a sentir bem consigo mesma. Falta-nos alegria, também porque nos falta identidade. A ideia certa. A consciência de equipa, não por excesso de individualismo, porém por falta de encaixe das peças. Só que Martínez se prepara para se manter fiel ao que tem feito e dificilmente criará a rotura que se reclama. E tudo acabará num desperdício geracional."

Roberto Martínez: sádico ou masoquista


"O adepto da Seleção até nem se importava de sofrer, desde que visse a equipa jogar bem, pois desfrutava de grandes jogos. Mas tem sofrido por ver a Seleção jogar... nada.

Ficámos a saber no domingo à noite, depois da vitória de Portugal com a Dinamarca — 5-2 após prolongamento — que colocou a Seleção Nacional na final a quatro da Liga das Nações da UEFA, que é preciso gostar de sofrer para se acompanhar o futebol.
«Você sofreu? Eu desfrutei. O futebol é isto, não há jogos fáceis. Já viu os outros quartos de final? Alguém sofreu? Penáltis… A Dinamarca fez um bom jogo, fomos superiores. Se não gosta de sofrer não deveria acompanhar o futebol»
Para ser adepto encartado, segundo Roberto Martínez, temos de gostar de sofrer. OK, neste desporto de paixões, o coração tem de estar preparado para o sofrimento, faz parte. Mas a esse sofrimento não tem de estar implícito jogar mal. Esse sofrimento, na mais alta competição e entre oponentes equilibrados de primeiro nível, será inevitável até. E essa adrenalina até nos faz sentir vivos… desde que pela emoção de um grande espetáculo de qualidade. O pior é o sofrimento por vermos a nossa equipa jogar mal, quando sabe e pode jogar bem mais e melhor. Esse sofrimento é bem dispensável.
Pois tem sido esse tipo de sofrimento que tem sido mais habitual na era deste selecionador nacional. Um conjunto de excelentes jogadores, de topo mundial, que raramente joga bem junto. Um conjunto de jogadores que sempre que encontra adversário de primeira linha, como ele, tem imensa dificuldade para jogar bem. O adepto da Seleção Nacional até nem se importava de sofrer, desde que visse a equipa jogar com qualidade, pois desfrutava de grandes jogos, ganharia uns e perderia outros, mas desfrutava. Porém, o que tem acontecido é sofrer por ver a Seleção jogar... nada.
Com a Dinamarca, com os golos de Trincão, Portugal até começou a jogar qualquer coisinha, mas até lá, enquanto Martínez desfrutou, todos os outros sofreram. Porque realmente até ao minuto 86 era a Dinamarca que merecia desfrutar da passagem à final four. E o selecionador nacional bem pode agradecer a um dos jogadores que mais tempo tem deixado a sofrer no banco de suplentes…
Se Martínez tem desfrutado com as exibições da Seleção Nacional, então terá a sua dose de masoquista. E se acha que temos de desfrutar com o que temos visto, então terá também a sua dose de sádico por meter tantos a sofrer com o futebol (mal) jogado.
Aquela resposta de Roberto Martínez foi a uma pergunta na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo com a Seleção nórdica, segundo encontro desta data FIFA que teve uma primeira partida em que a equipa nacional não só perdeu como fez uma das piores, se não a pior, exibição dos últimos anos. E no seguimento de outros jogos mal jogados. Roberto Martínez, estou convicto, não disse a verdade: não desfrutou nada. Tanto que a resposta que deu foi no típico tom de quem está incomodado, de quem sabe que a crítica está a meter o dedo da ferida e por isso sentiu-se atingido. E nessa altura é tentador responder mal ao jornalista. Como se a culpa estivesse do lado de quem faz a pergunta.
Mas nesta jornada de março da Seleção Nacional, Martínez não foi o único a acusar o toque e a apontar o dedo aos primeiros que aparecem à frente: os jornalistas.
«Acho que a equipa tem mantido um nível excelente. Para mim, as gerações melhores são as que ganham, não interessa se são de ouro, prata ou latão. São aquelas que juntam as tropas, independentemente da qualidade que têm. Aproveito para dizer que não tenho gostado do negativismo à volta da Seleção e até acho que algumas perguntas que têm feito são uma falta de respeito. Agora precisamos que os adeptos nos apoiem e criem o ambiente que nós tivemos na Dinamarca»
Cristiano Ronaldo também usou do mesmo artifício para tirara o foco das más exibições. Depois pediu apoio aos adeptos que têm respondido e enchem os estádios (mesmo que através de bilhetes com desconto em cartão), mas para haver onda à volta da Seleção convém que esta jogue um bocadinho mais, que não deixe os adeptos a sofrer e os faça realmente desfrutar. Porque ninguém quer ser masoquista, nem mesmo o selecionador nacional."

Zero: ZZ - Há bilhetes, futebol e surpresas

SportTV: NBA - S03E25 - NBA na Europa? 🤯

Rabona: The REAL story behind Juve's disastrous COLLAPSE

O FC Bundestag e a extrema direita


"Sem aviso, um filme chamado Fuga para a Vitória volta a estar no radar da Cultura Pop e da Oitava Arte.
O dedo partido de Sylvester Stallone, o guarda-redes da Equipa de prisioneiros, que ao treinar movimentos num lance de grande penalidade com o King Pelé levou com um daqueles pontapés do Eterno Camisa 10 do Escrete, ainda é um dos momentos icónicos da fita.
O filme não foi remasterizado nem se fala de uma nova versão, mas o regresso deste épico resulta de um facto político: conheciam o FC Bundestag? Provavelmente não, mas a equipa do Parlamento germânico é uma instituição mista e que já contou com craques como os antigos Chanceleres Kohl e Schroder nas suas fileiras, entre outros nomes menos conhecidos.
Os membros da AFD [partido da extrema direita] foram proibidos de fazer parte desta Mannschaft, mas com os resultados das últimas eleições e o processo ganho num tribunal de Berlim, a Landgericht regional abre as portas do balneário a membros eleitos de um partido até agora banido pelas suas posições.
Com uma votação que membros da AFD consideram significante, o caso tornou-se no mínimo bizarro. E declarações como as de deputados eleitos pelos Verdes, que se recusam a «partilhar balneários com nazis e racistas», estão a criar a montante do nosso Jogo favorito uma luta política intensa.
Quem poderia imaginar que o Futebol, uma equipa constituída por Parlamentares que defronta Mannschafts constituídas por Profissionais de Várias Áreas da Sociedade Civil, uma tradição iniciada em 1967, levasse os Centristas a responder e a anunciar que a presença de membros da ADF não era socialmente inocente e era mais um passo para a «normalização» do partido de extrema direita.
O poder social do futebol é grande e, ainda sem conclusão de todo este processo, onde irão jogar os membros da ADF? No corredor direito do FC Bundestag!? Provavelmente."

‘Viva la muerte!’ ou o cansaço do Leão Enfurecido


"Unamuno é um nome basco como poucos. E Miguel traz à memória Victorio e o chamado de Bilbau.

Unamuno: um daqueles apelidos telúricos. Em basco significa algo como colina solitária. Depois veio Miguel: Miguel de Unamuno y Jugo, nascido em Bilbau, no Casco Viejo, no dia 29 de setembro de 1864. Foi basco que falou e em basco escreveu, mas para o final da vida tornou-se bastante salamanquenho. Cedo órfão de pai, sofreu o dano dos dias difíceis. Fixou a frase: «Edozein egunetan ongi deritzot», qualquer dia é bom para mim. Estudou em Madrid, fez-se homem de princípios. Ensinou os outros. Teve dez filhos e viu seis morrerem ainda meninos. A dor fechou-se-lhe num lugar escondido do peito e fugia em letras. Miguel pode ter sido, de certa forma, uma colina solitária. Um rochedo rompendo o mar de um Espanha que perdia as colónias, punha em causa a monarquia, entrava em decadência cultural e caminhava a passos lentos e inevitáveis para uma das guerras civis mais sangrentas e cruéis que alguma vez alguém viu. No dia 12 de outubro de 1936, na Universidade de Salamanca, leu com voz firme o que terá sido o discurso mais minaz da sua vida: «Infelizmente há aleijados demais na Espanha hoje em dia», disse falando do general Millán Astray, um aleijado de inteligência aleijada. Ouviu em troca: «Muera la inteligência! Viva la muerte!». E os falangistas apontaram metralhadoras à sua cabeça. Morreu mesmo, seis semanas mais tarde: esvaiu-se por desilusão.
No anterior mês de abril, a Guerra Civil parou o campeonato espanhol de futebol. Os rapazes deixavam os relvados para mergulharem nas trincheiras. Talvez porque o destino não contemple coincidências e seja inevitável por natureza, o último campeão fora Basco: Athletic Bilbao. O treinador era inglês de Wolverhampton, Frederick Beaconsfield Pentland, antigo internacional pela Inglaterra, que orientara a seleção olímpica da Alemanha e fora apanhado em Berlim no início da I Grande Guerra e encafuado na prisão de Spandau. Um episódio sem ballett…
Mr. Pentland raramente abandonava o charuto e o chapéu de coco. Um daqueles ingleses que estão seguros de que a Terra é um planeta onde existe a Inglaterra, portanto. Trouxe consigo métodos de treino até então não vistos no país Basco e pôs os seus jogadores a praticarem um jogo de passe e repasse, controlando a bola na sua progressão em direção às balizas adversárias e, na fase final desse processo, insistindo nos remates fortes ou nos centros bem direcionados para a cabeça dos avançados. Na baliza tinha um seguro de vida: o enorme Ricardo Zamora. Na frente um quinteto de espaventar uma manada de mamutes: Gorostiza, Lafuente, Iraragorri, Bata, Chirri II e Unamuno. Era precisamente de Unamuno que eu queria falar. Até parece que nem falei antes, mas enfim. Victorio Unamuno Ibarzabal, natural de Bergara, Muy Noble y Leal Villa, na confluência dos caminhos de Oñate, Elgueta e Zumárraga, no território da Guipúzcoa. Forte como a Torre Luzea de Zarautz, duro como as Rochas de Zumaia, batalhador como Basajaun, o Homem Selvagem das Madeiras, sagaz como os iratxoaks da mitologia basca, Unamuno derrubava centrais com a facilidade com que um martelo pneumático fura uma parede de adobe. Aprendeu com o pai o ofício de avançado. Em seguida requintou-o. O maior dos seus rivais vivia porta com porta, e também vestia a mesma camisola: Agustín Sauto Arana, o Bata, El León Enfurecido, que lhe disputava o lugar e marcou sete golos ao Barcelona num 12-1 que não voltou a ter lugar. Foi para Sevilha três anos, jogar no Bétis. E o Bétis, com ele, foi campeão. Atraía triunfos à moda de um íman. Mas, ao contrário de Miguel, tinha por dentro um chamado irresistível. Era Bilbau e las balbainadas. Talvez aquele luar que se espalha sobre a ria espelhando areias, o movimento quase sexual das Siete Calles, as sombras das bétulas do Parque de Doña Casilda. Por causa de tudo isso, Yves Montand cantou: «Vieille lune de Bilbao que l’amour était beau/Vieille lune de Bilbao fume ton cigare là-haut». Regressou e foram dois: ele e Vicente, seu irmão, o Unamuno II. E um ano apenas, campeão outra vez. Já o Leão Enfurecido desistira de lutar…"