Últimas indefectivações

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

'Apito' com histórico arrepiante

"O Benfica não é nada favorito para o jogo de hoje à noite contra o FC Porto. Primeiro porque o FC Porto vem jogar em situação de desespero competitivo, depois porque o apito da marca Molten Whistle Valkeen, que produz acima de 125 decibéis, foi o mesmo da primeira mão que não expulsou Maxi Pereira, ou que há uns anos não marcou o penalty de Mangala que podia ter decidido um campeonato, ou ainda do célebre SC Braga-V. Guimarães quando disputávamos o título com o SC Braga. Sem colocar em causa a qualidade do apito, que dizem ser excelente, o melhor do mercado, tem um histórico arrepiante. Espero enganar-me, mas nestas matérias quase nunca acontece. Que seja de qualidade o Molten Whistle Valkeen.
O Benfica passou no Restelo com classe, e viu a concorrência andar aos trambolhões, mas está muito longe a conquista de objectivos. Hoje não poderemos esperar que o capitão adversário abandone o campo amuado com o jogo em movimento, teremos mesmo que ser melhores. Embora para mim seja de maior importância o jogo do campeonato, na próxima terça-feira há noite europeia e prestígio a defender. Em ambos os jogos era bom ter a Luz lotada e apoio do princípio ao fim. Esta equipa merece, os pupilos de Rui Vitória permanecem serenos e confiantes no rumo dos objectivos traçados. Rui Vitória sabe como ninguém que não é a falar nem aos berros que se ganham jogos e títulos. Jogar com qualidade e mostrar resultados é a única resposta de classe aos que não têm classe nenhuma.
O Marítimo já igualou o palmarés de Sporting e FC Porto na Taça da Liga. Chegou à final pela segunda vez e espera adversário. Eu desejo estar na final e ver o Benfica a vencer a prova, mas ainda é cedo para essas contas, que são de outro rosário.
Por agora nada mais temos, como adeptos do Benfica, que uma serena confiança."

Sílvio Cervan, A Bola

Uma mão cheia...

"... de golos abrilhantou a vitória no Restelo, a 13.ª nos últimos 14 jogos disputados no Campeonato Nacional e a 7.ª consecutiva na competição (a que se juntam os três triunfos na Taça da Liga), e aumentou para 59 os golos marcados à 21.ª jornada. É preciso recuar a 1975/76, em que o Benfica se sagrou campeão e teve em Jordão (30) e Nené (29) os expoentes máximos de uma veia goleadora apuradíssima, para encontrar uma época Benfiquista tão produtiva até esta ronda.
Jonas, com 23 tentos obtidos na principal prova nacional, é já o 52.º melhor marcador de sempre do Benfica em apenas época e meia de "águia ao peito". Com pelo menos 16 partidas por disputar, apresenta 28 golos por época, média que é superada somente por quatro atletas: Eusébio (42,5); Francisco Rodrigues (35,7); José Águas (34,5) e Arsénio (29,2). As estatísticas não nos dizem tudo, mas dão-nos pistas. Esta é evidente: Jonas é um dos melhores avançados da história do Benfica.
A reter está ainda o percurso fulgurante do ainda júnior Renato Sanches. A sua entrada no onze titular transfigurou a nossa equipa, conferindo-lhe a capacidade de recuperação de bola e, sobretudo, a dinâmica ofensiva que teimava em surgir esta temporada. A manter este nível exibicional, será bom começar-se rapidamente a pensar num substituto, pois estou convencido que será complicadíssimo mantê-lo no nosso plantel na próxima temporada. Não há, nesta altura, um único Benfiquista que não acredite numa vitória frente ao FC Porto. A nossa equipa merece este nível de confiança. Conquistou-a, jornada a jornada, após um início periclitante, que soube estancar e, creio, estará esquecido em Maio."

João Tomaz, in O Benfica

A hora da verdade

"Chegou a hora de mostrar o que vale este Benfica. De confirmar os resultados, as boas exibições, e a impressionante veia goleadora dos últimos dois meses. De calar os críticos, os mal-dizentes e as aves agoirentas. De responder aos provocadores e aos incendiários. De meter pressão máxima no rival de Lisboa, e afastar da corrida o rival do Porto.
Chegou a hora de mostrar o quanto cresceram alguns jogadores desta equipa. De André Almeida, Eliseu e Pizzi demonstrarem que estão num nível a que nunca haviam chegado antes. De confirmar que todos eles merecem discutir a titularidade na Selecção Nacional. De Jardel se arvorar definitivamente como patrão da defesa, e futuro grande capitão da equipa. De Renato Sanches se afirmar, já, como uma pedra preciosa para todas as circunstâncias. De Jonas prosseguir a sua caça insaciável à Bota de Ouro. De Mitroglou aumentar a inveja daqueles que não o conseguiram contratar. De Gaitán continuar a espalhar magia pela relva. De Fejsa ou Samaris confirmarem que, qualquer um deles é trinco de equipa campeã. De Júlio César gritar bem alto que é, ainda, um dos melhores do mundo.
Chegou a hora de mostrar que este Benfica já nada deve às versões anteriores. Que muitos dos seus jogadores nunca haviam evoluído tanto. De alcançar a 14.ª vitória consecutiva no campeonato, sequência que há décadas não era obtida. De se afirmar eloquentemente como a melhor equipa portuguesa, e a mais forte candidata ao título.
Chegou a hora da verdade. Hoje e terça-feira, FC Porto e Zenit são os adversários ideais para o momento. Medo? Nenhum! Confiança? Toda! Carrega Benfica!"

Luís Fialho, in O Benfica

Obrigados a ganhar

"Um clássico é sempre um jogo diferente. Pouco importam os momentos anímicos das equipas e a boa ou má forma em partidas anteriores. Dentro de campo, a motivação e a vontade de vencer superam qualquer circunstância. É o chamado jogo de tripla, em que ambos têm argumentos para ganhar, aliado ao facto de que ninguém pode perder. E pelo actual estado das coisas na Liga portuguesa, o Benfica-FC Porto que hoje se realiza tem tudo para ser um dos mais disputados dos últimos anos.
A derrota caseira com o Arouca complicou ainda mais as contas do FC Porto e os azuis e brancos, para poderem ter uma palavra a dizer neste campeonato, ou até mesmo na luta pelo acesso directo à Liga dos Campeões por via do 2.º lugar, não podem sair derrotados da Luz. Ganhar é o único resultado que manterá bem acesa a esperança de ser campeão este ano. Se pelo contrário a distância para o primeiro lugar aumentar para nove pontos, as hipóteses de sucesso serão bem menores.
Com os portistas ainda em processo de adaptação às ideias de José Peseiro, a equipa apresenta-se mais solta na frente, sendo capaz de criar mais ocasiões de perigo, mas os últimos jogos expuseram alguns erros na transição defensiva que terão de ser corrigidos. Os dragões correm assim contra o tempo à procura da sua melhor forma e os actuais problemas de lesões no centro da defesa também não ajudam, o que obrigará o treinador a fazer alterações no sector. No entanto. a importância do jogo e a superação individual que normalmente estas partidas provocam nos jogadores, garantem um FC Porto certamente forte.
Para o Benfica, o jogo chega na melhor altura. Recuperou a liderança depois de estar a vários pontos de distância, tem apresentado um ataque mortífero e, neste momento, é a equipa da Liga com mais vitórias conquistadas (17). Contudo, este jogo será um verdadeiro teste à consistência da equipa encarnada que, esta temporada, perante adversários de maior exigência não conseguiu impor o seu futebol. Frente a FC Porto e depois com o Zenit, poderemos confirmar se as águias chegam preparadas para estas batalhas.
O Benfica chega ao clássico igualmente pressionado para ganhar e não deixar descolar novamente o Sporting. Por coincidência, apresenta também condicionalismos no centro da defesa. Já o ataque apresenta-se na máxima força, com Jonas e Mitroglou a mostrarem estar de pé quente. Manterá Rui Vitória os dois avançados frente aos dragões? E como lidará a equipa com a previsível superioridade numérica dos dragões no meio-campo? Dúvidas para tirar esta noite. Mas tudo indica que o duelo táctico resultará num jogo aberto, com a bola a rondar as duas balizas, com águias e dragões a tentarem chegar ao golo.
Ao contrário do que aconteceu no ano passado, em que o Benfica apresentou uma postura mais conservadora, porque lhe bastava empatar para manter a liderança, este ano será diferente. Ambas as equipas precisam de vencer e até o empate pode acabar por ser um resultado penalizador. Adivinha-se por isso um jogo dinâmico onde quem marcar primeiro poderá desequilibrar as coisas a seu favor. 
Por seu turno, o Sporting sabe que pode aproveitar esta jornada para ganhar vantagem sobre um dos rivais, ou até os dois. Mas tem também um desafio difícil pela frente. As visitas à Madeira são sempre complicadas e o Nacional precisa de pontos para se distanciar da zona de despromoção. Além disso, as dificuldades sentidas pelos leões em partidas recentes obrigam ao máximo cuidado."

Respeitar o clássico

"Só 24 anos depois de ter medido forças pela primeira vez com o Sporting (1 de Dezembro de 1907), o Benfica teve oportunidade de defrontar o FC Porto em jogos oficiais. Foi num jogo, disputado em Coimbra (28 de Junho de 1931), a contar para o Campeonato de Portugal, que acabou com o triunfo dos encarnados por 3-0. De então para cá, a rivalidade entre águias e dragões nunca mais deixou de crescer. São, no futebol, os clubes mais titulados de Portugal. Hoje, no clássico marcado para a Luz, o Benfica aparece com uma vantagem pontual sobre o FC Porto nunca vista, à data dos confrontos entre ambos os emblemas, nas últimas três décadas. Um olhar mais incauto sobre este jogo da 22.ª jornada da I Liga poderia levar a concluir pelo favoritismo encarnado: mais seis pontos, grande capacidade goleadora, lesões de última hora no adversário, todos estes argumentos poderiam concorrer para se formar uma opinião favorável ao sucesso encarnado no clássico. Manda, porém, não só a prudência mas também os ensinamentos da história que não se passe para essa conclusão, que pecaria, sem dúvida, por manifestamente exagerada. O FC Porto, a passar, na verdade, por alguns maus momentos, tem jogadores de enorme valor, está bem orientado e apresenta-se na Luz com a ambição de não dizer um adeus prematuro, não só à possibilidade de chegar ao título, mas também de conseguir o acesso directo à Champions. Há, neste momento particular da vida dos dragões, uma carga dramática susceptível de inverter tendências e mandar a lógica às urtigas. O maior perigo que o Benfica corre é entrar em campo a pensar que é favorito..."

José Manul Delgado, in A Bola

Algumas certezas sobre o clássico

"A teoria de que os jogos entre grandes são de tripla pode continuar a aplicar-se no duelo que está marcado para esta noite na Luz, mas, convenhamos, desta vez não terá a mesma força que a fundamentou noutras ocasiões.
Quer isto dizer que o Benfica é claramente favorito. E por duas razões simples: por um lado, atravessa um ciclo triunfal sustentado em exibições convincentes; por outro, defronta uma equipa desconfiada do seu próprio valor, com problemas disciplinares e físicos, estes agravados ontem com a lesão de Marcano, e outros traumas.
Vitória descartou um favoritismo declarado mas assumiu que o 'inferno vermelho' dá um contributo para que a balança penda para o lado das águias. Será mais um argumento a juntar aos restantes e que coloca os campeões numa posição de privilégio.
O FC Porto vencer na Luz não será um acontecimento extraordinário - fê-lo duas vezes nas últimas cinco visitas, tendo perdido apenas uma -, mas a efetivar-se irá contrariar toda a lógica da actual conjuntura. Esse é um estranho sinal, pois ninguém esta habituado a ver o FC Porto numa condição 'menor' face aos seus rivais.
A grande desvantagem do FC Porto pode, contudo, ser também uma... vantagem. Contraditório? Sim, mas passo a explicar a tese. Aos dragões só interessa um resultado: a vitória. Ora, se no tempo de Lopetegui haveria sérias dúvidas de que o técnico basco arriscaria tudo para ganhar, não hesito em dizer que José Peseiro o fará.
Com estes dados, fica a melhor das certezas: o clássico vai ser um grande jogo. Um duelo mais aberto do que é normal e a qualidade dos artistas pode proporcionar espiráculo de alto nível."

Claro que há um favorito

"No dia 15 de Dezembro o Benfica empatou (0-0) com o União da Madeira e ficou, com o mesmo número de jogos, a cinco pontos do FC Porto, então 2.º classificado (a maior diferença negativa para os da Luz neste campeonato, entre os dois). Em menos de dois meses as coisas deram uma volta tal que o Benfica, hoje na liderança da Liga, recebe o FC Porto na 3.ª posição, com seis pontos de vantagem (a maior diferença positiva da época para as águias). Em apenas oito jornadas os bicampeões ganharam 11 pontos ao rival do Norte. Oito triunfos consecutivos que contrastam com o pior período dos dragões na prova, no qual somaram apenas quatro triunfos contra três derrotas e um empate.
Em véspera de um clássico ainda se utiliza o chavão que vem dos tempos da televisão a preto e branco: "é jogo de tripla, porque num confronto destes não existem favoritos". Conversa de quem, por precaução, não quer identificar uma equipa como superior. Não na história, mas no momento presente. E no dia de hoje, porque e só esse que interessa, o Benfica está bem por cima e os números são evidentes nessa matéria. Uma evidência como há muitos anos não se via: marcou nos últimos oito jogos o dobro dos golos do adversário (28 contra 14)e sofreu quase metade (5 para 8). Não há forma de olhar para o confronto que abre a jornada 22 sem reconhecer este desequilíbrio.
Face ao exposto, o Benfica joga hoje a grande oportunidade de afastar o FC Porto da corrida pelo título. Ou alguém acredita que a equipa de Peseiro terá uma palavra a dizer nesta Liga se deixar a Luz com nove pontos de atraso? Mas da mesma forma que esta é a grande chance dos encarnados, também é a última oportunidade para os dragões. Tal como na época passada o era.
Uma eventual vitória do Benfica terá de ser vista como normal. Daria sequência lógica ao percurso recente das equipas. Já o triunfo do FC Porto ganharia duplo significado: enorme resultado para os dragões, porque os mantinha vivos na corrida pelo 1.º lugar; enorme derrota para o bicampeão, porque falhava o 'xeque-mate' ao opositor. Se empatarem fica tudo na mesma? Não. Os seis pontos de vantagem benfiquista passam a valer mais por não ter de defrontar outra vez os portistas."

Futebol operático

"O jogo de logo entre Benfica e FC Porto é muito mais do que apenas um clássico, por mais importante que este seja, como afinal quase todos o são também. E tal é assim porque o que está em causa, para os dragões, é algo ainda mais determinante do que os três pontos. Apesar de ter tido um início de época terrível, para não dizer desastroso, o actual campeão foi capaz de se transmutar, com inequívoco sucesso, numa verdadeira equipa. Com o plus de jogar um futebol de ataque. Diz o povo que a sorte premeia os audazes. Não é disso que se trata. As águias marcam muitos golos porque os procuram. Mérito seu. E de Jonas, claro, fenomenal matador que faz com incrível simplicidade o que há de mais difícil, ou seja, golos, a verdadeira razão do jogo. Só de pensar que veio a custo zero do Valência, clube que o dispensou e pagou uma fortuna ao Benfica por Rodrigo...
Para o Benfica o desafio é importante porque pretende, aliás muito legitimamente, manter-se na dianteira da classificação. E como joga em casa e está manifestamente mais forte do que o Porto não pode deixar de ser considerado como favorito. Já para os dragões a disputa tem de ser encarada como a oportunidade ideal para provar que há momentos em que um conjunto de homens, formando um todo só, é capaz de se afirmar como lídimo portador de um estandarte que, quaisquer que sejam as contingências e vicissitudes de cada momento, há-de pairar sobre todas elas. Tal estandarte chama-se honra.
José Maria Pedroto gostava de dizer que futebol não é ópera. Pois não. Mas pessoalmente gostaria que antes do desafio da Luz fosse mostrada aos atletas portistas uma peça de Puccini chamada Madame Butterfly. Por lá se canta que «morre com honra quem não é capaz de viver sem ela»."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

Benfiquismo (XII)

Inferno...

Redirectas XXVIII - Chegou o Dia

Chegou o grande dia! Quem é que consegue fazer alguma coisa hoje. Deveria de ser proibido trabalhar. Enfim. As coisas são como são. Mas já conto os segundos até  poder estar junto da tela a vibrar uma vez mais pelas nossas cores. 20:30 GMT é a hora que importa reter. Quem me dera poder ir ao estádio. Não há nada que se compare a um jogo destes na catedral. Mas querem os Deuses que isso esteja bem longe de acontecer. Quem sabe um dia terei de novo essa alegria.
Vou ser mais um a puxar pela equipa a partir deste pedaço de chão algures no mundo. Seremos milhões. Uma catedral imensa. Estamos convosco rapazes. Vamos a isso. Vamos com tudo.

Na minha Redirecta de ontem, falei do nosso Renato Sanches. E não é que já falam os jornais que o Real Madrid está disposto a pagar os 80 milhões? Aumente-se a cláusula!

Entretanto a votação no site da Eurosport pelos melhores adeptos da europa está agora na segunda-fase. Os votos foram reiniciados e os lagartos estão em primeiro! Vamos todos votar. Usem diferentes browsers para votar mais do que uma vez. E limpem o cache se tiverem pachorra. O link é este: http://lebuzz.eurosport.co.uk/polls/vote-who-has-the-best-fans-in-europe-11002/