Últimas indefectivações

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Luís Castro...

Manter ou vender o pistoleiro? | SL Benfica


"O Que É Que Tu Farias Em Relação Ao Pistoleiro?

27 jogos e 1507 minutos, onde produziu 7 golos e duas assistências. É esta a performance de Gonçalo Ramos nesta época. Com a entrada de Nelson Veríssimo, a sua utilização cresceu exponencialmente, em detrimento de João Mário.
Talvez pelas suas características únicas – é o melhor avançado a baixar pelo centro do terreno para ligar jogo, algumas vezes até iniciando a fase de construção – a verdade é que é uma das apostas claras do atual treinador das águias. Mas será que mostrou o suficiente para continuar na próxima época?
Como já analisei na semana passada, e se se vier a confirmar a chegada de Roger Schmidt, o Benfica irá passar a jogar na maioria das vezes em 4-2-3-1, e isso não implica logo à partida que tenha de haver uma revolução no plantel.
A qualidade está lá, e mesmo que alguns dos nomes que avancei – Gakpo, Veerman ou Vinícius – cheguem à luz, não é 100% líquido que Ramos seja cedido. Schmidt gosta de apostar na juventude, o seu trabalho no PSV o demonstra, e Gonçalo Ramos pode ganhar com isso.
Mesmo que perca espaço no onze inicial, dado que a tática de Schmidt leva a que haja um ponta de lança, dois extremos e um “número 10”, poderá acabar sempre por ser opção para entrar durante as partidas. Mesmo que para isso, o Benfica tenha de passar para o segundo sistema tático favorito do treinador alemão, o 4-3-3.
Lembrando que, Gonçalo Ramos nos últimos jogos contra equipas grandes, foi utilizado por Veríssimo no esquema de 4-2-3-1 como pivot, e se contra o Sporting as coisas não saíram assim tão bem ao número 88 encarnado, contra o Liverpool, em 78 minutos, conseguiu marcar um golo, tocar 35 vezes na bola e chegar aos 70% de acerto no passe.
Ramos tem apenas 20 anos e está em claro crescimento. Olhando para o exemplo de Darwin e a diferença do que era aos 20 e do que agora aos 22, percebe-se que o português pode ainda evoluir bastante.
Para isso, de uma forma ou de outra, irá contribuir Schmidt, ou mantendo-o na equipa a jogar ocasionalmente para desbloquear jogos, dar velocidade e ajudar na ligação defesa-ataque. Ou cedendo-o, e dando-lhe a oportunidade de crescer noutros ambientes.
A pior das hipóteses seria mantê-lo no plantel, com poucos minutos de jogo. Isso iria atrasar a sua evolução, como aconteceu a Ferro na segunda passagem de Jorge Jesus pelas águias, antes de ser cedido até ao fim da época aos croatas do Hajduk Split.
Se eu fosse Schmidt, Gonçalo Ramos seria para manter, nota-se que ainda tem muito para aprender, mas é uma mais valia. Vamos ver, até porque vem aí Henrique Araújo, que tem a mesma idade que o algarvio."

Roger Schmidt | Como joga o PSV Eindhoven?


"O PSV Eindhoven, de Roger Schmidt, venceu o AFC Ajax na final da Taça dos Países Baixos por 2-1, num jogo de fortes emoções e no qual se conseguiu perceber, mais uma vez, as mais fortes características do treinador alemão, espelhadas na sua equipa.
Apesar da vitória, o Ajax teve diversos golos anulados e esteve por diversos momentos muito perto do golo que daria ainda maior conforto na final. Sim, porque começou mesmo a vencer. Os golos da reviravolta do PSV surgiram no início da segunda parte, de livre, cobrado ao segundo poste, e um minuto depois, numa recuperação de bola e fantástica jogada de Cody Gakpo, a grande figura da equipa dos Philips.
Mas, afinal, no que se baseia o jogo de Roger Schmidt? Pois bem, antes de qualquer tática, o treinador alemão pauta o seu estilo de jogo pela velocidade, fazer chegar a bola o mais rapidamente possível a zonas avançadas. Segundo palavras do próprio, “quando temos bola, procuramos soluções para a levar o mais rapidamente possível para zonas perigosas, mas o foco do nosso jogo é sempre a pressão defensiva”, aponta.
Outra das mais acentuadas características é a possibilidade de apresentar diferentes sistemas, apesar da intransigência em alguns aspetos do jogo. “Posso implementar a mesma ideia com sistemas diferentes”, refere Roger Schmidt. Esta temporada, já se viu o 4-4-2 (bastante utilizado), o 4-2-3-1 ou até o 4-3-3.
Resumidamente, podemos esperar de Roger Schmidt a pressão alta na primeira linha de construção do adversário, uma reação rápida à perda da bola, mesmo muito rápida, capacidade de sair a jogar desde trás, inclusive com a participação do guarda-redes na criação, dois médios-defensivos que garantem a solidez defensiva da equipa e laterais, extremos e avançados projetados no ataque. No vídeo abaixo, pode ver-se o momento em que o PSV perde a bola e a forma como os jogadores se dirigem no sentido de a recuperar, conseguindo mesmo chegar com perigo a zona de finalização.
Será, portanto, na transição ofensiva e na rapidez com que pretende chegar à frente que Roger Schmidt se irá destacar. Mas a questão que se impõe é apenas uma: terá o SL Benfica elementos que sejam concordantes com o estilo do jogo do seu novo treinador? Bem, terá certamente alguns, mas não todos. Aliás, a nova cara do SL Benfica nesta última fase da temporada, que até tem conseguido, de forma até inesperada, alguns grandes resultados, tem sido através de um jogo de calma e paciência, sabendo aproveitar um bloco mais baixo e aproveitar os lances de contra-ataque e exploração da profundidade para Darwin, Everton ou Rafa, como foi o caso dos jogos perante o Ajax, Liverpool FC e Sporting CP.
Terá o plantel tudo o que o exigente treinador alemão precisa? A mim, parece-me que quando o SL Benfica tentava ser mais impositivo nas partidas, mostrava-se uma equipa sem ideias e com visíveis debilidades do ponto de vista defensivo, até com equipas teoricamente mais fracas. Mais importante que tudo, terá ele o tempo necessário e a paciência dos adeptos para trabalhar um projeto a médio-longo prazo que permita ao clube um crescimento sustentado, sem entrar em histerismos por eventuais maus resultados?
Pergunto de forma retórica, acautelando a hipótese de que Roger Schmidt possa não ter sucesso imediato. Os encarnados estão sem vencer qualquer competição desde o dia 4 de agosto de 2019, quando venceram a Supertaça, e só voltarão a ter hipótese de erguer novamente um troféu perto de janeiro de 2023. É preciso que seja dado tempo para que o alemão implemente as suas ideias com firmeza e para que o plantel, reforçado ou não, possa vir a ser capaz de demonstrar uma outra face, não só no campeonato, como em todas as outras competições internas. Veremos o que o tempo nos reserva, com a certeza de que, pelo menos, será interessante acompanhar o novo treinador benfiquista."

Bernado Silva e o Futebol Total


"Etihad Stadium, meias-finais da Champions. Palco maior para um encontro entre equipas repletas de nomes consagrados e futuras estrelas do futebol mundial, orientadas por dois dos maiores treinadores da história do desporto-rei. Palco ideal para a afirmação/confirmação total de um talento que vale muito mais do que os números deixam antever. Um talento que entende o futebol como poucos, como viria a dizer Pep Guardiola na conferência de imprensa após o jogo.
Possuidor de uma inteligência superlativa no que toca à percepção e compreensão do jogo, Bernardo Silva é um dos maiores compêndios futebolísticos da actualidade. Um verdadeiro tratado na arte de pensar e executar acções em campo, com e sem bola, sempre ao serviço da ideia, do modelo e da equipa.
Um facto deveras assinalável, pois vivemos numa era em que ainda somos testemunhas privilegiadas da classe de Modric, Kroos, Kimmich, Alcântara ou De Bruyne. Ainda assim, não existem médios como o pequeno mago citizen por estes dias. Não ao mesmo nível. Não com a mesma importância, o mesmo “peso” e a mesma mais-valia para as suas equipas. Pelo que joga e faz jogar.
Se a bola é condição sine qua non para a ideia e o modelo de jogo de Don Pep, Bernardo Silva é condição sine qua non para que o Manchester City possa estar mais perto das boas exibições, das vitórias e, consequentemente, das conquistas.
A forma como equilibra e aglutina a equipa sem bola, ora pressionando alto, ora “cortando” linhas de passe, a forma como acalma e aglutina a equipa com bola, com passes no timing certo, com a velocidade exacta, sempre de acordo com o que o jogo pede, mostra-nos não só um jogador cada vez mais completo, como também leva-me a identificar Bernardo Silva como o actual rosto maior do Futebol Total iniciado por Rinus Michels na década de 70, desenvolvido por Johan Cruyff na década de 90 e aperfeiçoado por Guardiola desde a década passada.
Porque tudo em Bernardo Silva faz sentido. Todas as suas acções são coerentes e congruentes. Porque nada nele é vão e em vão. Há sempre um quê e um porquê a justificarem cada acção, cada gesto, cada tomada de decisão. Sempre em prol da equipa em que joga e da ideia que o abraça, embala, potencia e eleva numa relação tão saudável e recomendável quanto recíproca.
Faltar-lhe-ão muito provavelmente mais golos para que possa subir aos patamares de quem só premeia e enaltece aqueles que marcam. Mas tudo o que possa faltar a Bernardo Silva em termos de finalização sobrar-lhe-á no génio, no carácter, na alma, no coração e na inteligência com que joga, disfruta e faz-nos disfrutar sempre que pisa um campo de futebol."

Boas perspectivas no andebol


"São vários os temas nesta edição da News Benfica, entre os quais a excelente vitória obtida, ontem, em andebol, e o sucesso na UEFA Youth League.

1
A nossa equipa de andebol deu ontem um passo muito importante para atingir o objetivo de chegar à final four da EHF European League. O resultado conseguido na Luz frente ao Gorenje Velenge (36-29) abre boas perspetivas quanto ao desfecho da eliminatória, sabendo-se que falta ainda a segunda mão na Eslovénia, que se antevê muito difícil (basta para tal constatar a desvantagem de dois golos ao intervalo). Os sete golos à maior poderão ser determinantes, mas nada está alcançado ainda.
O técnico Chema Rodríguez considerou que o Benfica conseguiu "um resultado bom" e lembra que o nosso adversário, na eliminatória anterior, bateu o Nimes por sete golos. "Estamos avisados", assegurou.

2
Não perca as entrevistas concedidas à BTV por Luís Castro, treinador campeão europeu Sub-19, e por Bruno Maruta, diretor do futebol de formação do Benfica. A conquista da UEFA Youth League e o processo formativo do Clube são os temas principais.
E amanhã, quinta-feira, a partir das 17h30, os campeões europeus são recebidos nos Paços do Concelho de Lisboa, uma justa homenagem após a grande conquista em Nyon.

3
O jogo da nossa equipa feminina de futebol na última jornada, em que vencemos o Clube Albergaria, por 2-0, teve um momento muito especial, o regresso à competição de Amélia Silva, afastada dos relvados mais de um ano devido a uma grave lesão. Veja aqui a peça da BTV.

4
No passado sábado deu-se a estreia de um jogo oficial de polo aquático no complexo de piscinas do Estádio da Luz, um momento assinalado pelas presenças da Ministra com a tutela do Desporto, Ana Catarina Mendes, e do presidente da Federação Portuguesa de Natação, António Silva.
Fernando Tavares, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica, realçou que "o Benfica faz uma enorme aposta no desporto feminino" e garantiu que "vamos continuar na senda desta aposta pela igualdade de género e o papel cada vez mais importante da mulher na sociedade".
Leia a reportagem aqui.

5
Convidamo-lo a visitar a secção de notícias das Casas do Benfica no nosso Site Oficial para que conheça um pouco mais das nossas Casas e acompanhe a sua atividade, através de reportagens, postais e vídeos semanais sobre os momentos altos. Nas últimas publicações pode conhecer um pouco mais das Casas de Benguela, a primeira em Angola, e do Entroncamento, que tem mais de um milhar de associados."

Roger Schmidt


"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, informa que estão a decorrer negociações e existe um princípio de acordo para a contratação do treinador Roger Schmidt, a qual ainda não se encontra formalizada."

SL Benfica

Benfica Podcast #445 - The youth of today

Falar Benfica #60

Bela Guttmann, acabou a maldição


"A equipa sub-19 do Benfica que venceu a Youth Champions League fez mais do que ter vencido a competição de futebol juvenil mais importante do Mundo; quebrou um mito urbano e uma suposta maldição com 60 anos de história.

Cumpre-se agora o sexagésimo aniversário do bicampeonato europeu do Benfica e da memorável exibição de Eusébio, cilindrando o Real de Madrid que era, até aí, o dominador absoluto da Taça dos Campeões Europeus, com cinco vitórias nas primeiras cinco edições da prova. Recordando na sequência dessa vitória, Guttmann procura melhorar o seu salário e não tendo tido resposta sai lançando: "Sem mim, nem em cem anos o Benfica será campeão europeu". As oito finais europeias perdidas entre Taça dos Campeões, Taça UEFA e Liga Europa, a que se juntaram as três finais da Youth Champions, cimentaram esta lenda de que as finais estavam amaldiçoadas e o Benfica entrava inferiorizado. Daqui em diante vamos seguramente ouvir dizer que esta malapata era exclusivamente da equipa principal. Mas, na verdade, nas finais jovens anteriores não faltaram referências na comunicação à dita maldição. A lenda diz-nos que Eusébio, para a afastar, teria mesmo visitado a campa de Guttmann antes da final de 1990, como conta o antigo jogador do Milan, Ruud Gullit.
A vitória na Youth League tem assim dois efeitos. Desde logo, confirmar a formação do Benfica como a melhor do Mundo tendo estado em metade das finais. Mas também o de afastar esta ideia de uma qualquer pressão extra, determinada pelos insucessos anteriores.
Extraordinário é que esta vitória por 6-0, na final, tenha revelado uma equipa cheia de talentos que joga um futebol que, sendo moderno, tem muito do romantismo do futebol de outros tempos. Falta agora repetir a vitória com a chamada - Equipa A- muitos destes miúdos deixam-nos a ideia de que é possível.

Positivo: A formação do Benfica a dominar a Europa.

Negativo: Mais uma grande penalidade claríssima por assinalar a favor do Benfica no jogo com o Famalicão."

Benfica precisa de Roger Schmidt. E vice-versa


"Definir um perfil, sair da mesmice, alinhar conceitos e avançar com a contratação do novo treinador antes mesmo do término da atual temporada. O Benfica foi cirúrgico ao garantir - e também anunciar - o «princípio de acordo» com Roger Schmidt.
De saída com PSV, com quem tem contrato apenas até junho, o alemão é um nome de ideias muito bem definidas: futebol agressivo e ofensivo e aposta frequente na formação. Ou seja, tudo aquilo que as águias têm vislumbrado ainda antes da saída conturbada de Jorge Jesus.
Se errou na escolha de Jesus, o clube encarnado acertou em cheio ao optar por Schmidt, que, aos 55 anos, vai ter na Luz o maior e mais complicado desafio da carreira. A cobrança e a pressão vão ser naturalmente proporcionais às expectativas. Não poderia ser diferente.
Em busca de uma nova cara (dentro e fora de campo), o Benfica precisa justificar os últimos altos investimentos e apagar a imagem deixada a nível nacional nos últimos anos, enquanto Roger Schmidt carece de um título de peso no currículo. Um necessita (muito) do outro. Simples assim.
Mais do que convencer eventuais críticos, o primeiro passo do novo treinador encarnado é muito claro: montar o plantel à sua imagem, o que passa pela saída de jogadores menos intensos e o aproveitamento dos jovens da casa, especialmente depois do título inédito da Youth League."

O que os miúdos do Benfica podem lembrar a Messi, Neymar e Mbappé


"Houve um tempo no futebol em que a conquista do título tinha como consequência quase imediata uma invasão de campo. Coisa pacífica, mas de uma euforia desmesurada.
A tensão crescia ao ritmo dos ponteiros do relógio. O povo aglomerava-se junto às linhas do campo, dando como margem um palmo de terreno em sinal de respeito pelas regras do jogo, e avançava desenfreado assim que soava o apito final.
Aquele era o momento dos adeptos e os craques não tinham alternativa a voltarem a ser comuns mortais. Vulneráveis, saíam em roupa interior como castigo por não terem pernas para correr até ao túnel. Convencidos ou não, juntos, celebravam numa anarquia saudável.
Parece ter sido noutra encarnação. Aquilo que se designa por futebol moderno impôs um distanciamento físico cada vez maior para adeptos e até para jornalistas.
Acomodámo-nos à nova realidade, até que no passado sábado nos deparámos com estupefação com aquele que será um novo estágio da «indústria do futebol»: os supostos festejos do Paris Saint-Germain pela conquista do título.
Assim que soou o apito final, num empate com o Lens com menos um jogador em campo, ouviram-se assobios nas bancadas do Parque dos Príncipes. Messi, Mbappé, Neymar e outras superestrelas cumprimentaram-se como se tivessem acabado de vencer o Torneio do Guadiana e recolheram a passo aos balneários.
Não havia nada de especial naquele feito alcançado por um conjunto de jogadores contratado para satisfazer o capricho de conquistar a Liga dos Campeões. Dado o investimento astronómico, capaz de driblar as regras do fair-play financeiro, o PSG cumpriu a obrigação de ganhar antecipadamente um campeonato em que corre à parte.
Ainda assim, aquela «celebração» expôs bem mais do que o distanciamento crescente, mas sim um alheamento evidente entre as celebridades e os seus fãs.
Os adeptos saíram do estádio de imediato e preferiram festejar nas ruas de Paris, por outro lado, uns quantos jogadores do PSG reuniram-se no dia seguinte em casa de Neymar para comemorar.
O plano não era este.
Durante a última década, a Qatar Sports Investment não descurou a relação entre as estrelas cintilantes que contratava e o seu público-alvo.
Comprou-lhes o afeto com cláusulas esdrúxulas nos contratos milionários, como bónus por acenar para a multidão nas bancadas – Neymar, por exemplo, recebia 375 mil euros mensais, como em 2018 divulgou um documentário da France 2, citando documentos revelados pelo Football Leaks.
Por outro lado, a administração garantiu espaço no Parque dos Príncipes à rapaziada dos «banlieues» a troco de um ambiente mais efervescente, contrastante com as tribunas em que a postura dos espectadores pouco difere da de um evento social, ao estilo de um desfile da Paris Fashion Week, onde se vai para ver e ser visto.
Tudo isto é, porém, uma construção artificial que se esboroa a partir do momento em que os adeptos, a mola real de qualquer clube, passa a ver os seus ídolos como vedetas, quando não como mercenários.
Os petrodólares podem juntar grandes jogadores e colocar-lhes o mesmo emblema ao peito. Não compram, porém, uma equipa. A identificação e o sentimento de pertença não estão à venda no mercado de transferências.
Se Neymar, Mbappé, Messi e companhia aceitarem um conselho depois daquele espetáculo deprimente do passado sábado, que olhem para os jogadores Bayern de Munique, que nesse mesmo dia não mostraram enfado na comunhão com os adeptos, apesar da rotina de terem vencido o 10.º título consecutivo e não o 10.º da história do clube.
Se já não tiverem memória futebol na sua essência, pois que espreitem os miúdos do Benfica, que na última segunda-feira golearam o Salzburgo na final e quebraram o enguiço na Youth League festejando na Suíça, rodeados de emigrantes portugueses, com a mais autêntica felicidade e sentimento de dever cumprido.
Há algo de profundamente errado no desporto quando se recebe uma taça com um encolher de ombros. A prazo, essa atitude desrespeitosa acabará por minar até o próprio negócio.
Por este caminho, o PSG será cada vez mais uma extravagância estupidamente cara de um estado que tanto pode comprar um clube como um Mundial.
Que a tradição popular nos salve deste assomo de novo-riquismo."

Modo de vida...


"Metem genuinamente nojo. A mentira é um modo de vida para estes senhores. Vitimização encenada digna de Hollywood, transformando um campeonato inteiro de roubos escandalosos a seu favor que os levaram num andor ao 1ºlugar em mais um "contra tudo e contra todos". Mais do mesmo. São 40 anos disto.
Entretanto, irá passar pelos pingos da chuva mais um episódio de violência protagonizado por Sérgio Coação e o Caga Tacos com a mania que é homem. Duas personagens do mais repugnante que pode existir no desporto a nível Mundial.
Siga a Liga da Farsa do Proença e do Fontelas! Desta vez, o Paulo Costa não conseguiu meter o bedelho."

Vantagem...

Benfica 36 - 29 Gorenje Velenje
(16-18)

Grande 2.ª parte, com o muro Sergey na baliza, a fazer toda a diferença... Sem o Belone e o Kallman (na ficha, mas não jogaram), foi preciso mais uma vez, ir buscar a vitória na garra, com um grande empurrão das bancadas!!!
7 golos é uma boa vantagem, mas nada está ganho, e com as lesões a incomodar (o Moraes também pareceu tocado...), tudo pode ficar mais difícil!!!

Bastidores: Nyon...

Rebentou o escândalo


"A W52-FC Porto poderá a vir ser extinta devido ao uso de drogas e doping nos seus atletas. O diretor da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro, foi detido pela Polícia Judiciária, após várias dezenas de buscas numa operação destinada à deteção de métodos proibidos e substâncias ilícitas suscetíveis em provas de ciclismo.
Como seria de esperar, o caso foi rapidamente abafado pela comunicação social. Do FC Porto, o silêncio é total e revelador. A cartilha adoptada e lançada para os vassalos presentes nos programas desportivos é clara: Separar a W52 do FC Porto e afastar as culpas e responsabilidades do clube de Contumil.
Infelizmente para estes peões amestrados, não faltam casos factualmente documentados que colocam a nu a podridão que sempre reinou no FC Porto ao longo dos anos.
𝟭𝟵𝟵𝟰 – 𝗖𝗮𝘀𝗼 ‘𝗦𝗲𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗲 𝗘𝗺𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻’: António Orlando Vinha Rocha Semedo, com 30 anos de idade, é um dos escolhidos juntamente com Emerson Moisés Costa para o controle antidoping. A urina dos 2 atletas acaba por ser trocada, isto porque Emerson está na iminência de poder render milhões ao FCPorto em virtude do interesse do Middlesbrough. Fruto de toda a situação, as culpas acabam por recair sobre Semedo que acusa positivo no teste de doping e acaba suspenso por um período de 1 ano de jogar.
𝟮𝟬𝟬𝟵 – 𝗙𝗲𝗿𝗻𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗠𝗲𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗮𝗱𝗺𝗶𝘁𝗲 𝗱𝗼𝗽𝗶𝗻𝗴: O antigo internacional português Fernando Mendes, agora com 42 anos, lança o livro “Jogo Sujo”, no qual admite leviandade referindo-se ao doping, assegurando que era prática comum na altura em que era profissional de futebol, deixando subentendido que se refere aos tempos em que representava o FC Porto: «Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome (…) Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser diretamente influenciado por essa dica.»
𝟮𝟬𝟭𝟯 – 𝗖𝗮𝘀𝗮 𝗚𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲: Em entrevista ao Programa do Jô, da TV Globo, Walter Casagrande falou da sua carreira de futebolista, do consumo de drogas e das substâncias dopantes que foi aconselhado a tomar quanto chegou ao FC Porto, na época 1986/87. «Usei umas quatro vezes. É uma situação que me envergonha, o que menos gosto de lembrar. Atrapalha-me muito mais do que pensar em todas as drogas que tomei. Era injetado e dava uma disposição acima do normal. Controlo antidoping? Não havia disso no FC Porto», disse.
𝟮𝟬𝟭𝟰 – 𝗖𝗮𝘀𝗼 𝗝𝗮𝗿𝗱𝗲𝗹: Mário Jardel, antigo jogador que passou pelo FC Porto e pelo Sporting, confessou que consumiu cocaína quando estava no FC Porto. Revelou ainda que tentava fugir aos controlos anti-doping, existentes na altura. Para tal, Jardel consumia apenas nas férias: «Consumia nas férias porque não havia controlo anti-doping».
Os anos passam e nada muda. Este é o verdadeiro ADN do FC Porto: a “amarelinha”, a medicina chinesa, as urinas trocadas, a Unilabs, por aí adiante. 40 anos se passaram e este clube continua a ter total domínio em todas as instâncias desportivas a nível nacional com a conivência da comunicação social e da justiça. É imperativo que exista uma restruturação dos principais orgãos de poder da Liga e da Federação. Só assim poderemos almejar por um desporto mais limpo e mais transparente.
Por tudo isto, rebentou o escândalo mas ninguém ficou surpreendido. Já dizia Conceição: «não vale tudo para ganhar»."

Vencer está-lhes no sangue. Entre outras coisas


"A equipa de ciclismo do W52-FC Porto está envolvida num escândalo de dopagem. Confesso que não estava à espera. Qualquer dia vão dizer que o " doutor Milagres” recorre a substâncias dopantes, que as recuperações em tempo recorde no futebol e nas modalidades não são fruto da medicina tradicional chinesa ou que a Unilabs, empresa liderada pelos filhos de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Luís Filipe Menezes, ex-presidente do PSD e da Câmara Municipal de Gaia, falsifica testes Covid-19. Uma cabala movida pelos centralistas, seguramente.
O ciclismo em Portugal é a modalidade com mais casos de dopagem. De tempos a tempos rebenta um escândalo - Maia, Liberty Seguros, FC Porto, FC Porto outra vez. É, e continuará a ser, um dos prazeres mórbidos de seguidores mais atentos do ciclismo mundial: um freak show à lá good old 90's, onde ninguém tem sequer a decência de disfarçar um bocado, em que aparecem estrangeiros medíocres feitos super-heróis ou portugueses a pedalar ao nível da nata do WorldTour - por vezes, imagine-se, até melhor!
Adiciona-se a isso praticamente um escândalo de doping por carro de equipa portuguesa, com personagens tão tenebrosas quanto ridículas, como Texugo Ribeiro, Vidal Fitas, Ruben Pereira, “Professor” Zé Santos, Hernâni “Bronco", entre muitos outros.
Por fim, para compor o quadro surrealista temos táticas sem qualquer sentido e um amadorismo (no pior sentido do termo, pois não há nada de errado em ser amador) total, que vai dos carros à transmissão televisiva. A única coisa que evoluiu foram os índices de parolice e a alquimia farmacêutica. O FC Porto no ciclismo estava em casa. Tal como está, por exemplo, no hóquei, mas no caso do ciclismo a coisa ainda se adequa mais porque o esquema vai para além da teia federativa e abarca entidades independentes (quem faz os testes antidopagem). Impunidade total garantida.
Doping na W52-FC Porto? Que surpresa!
Surpreendente não é o facto de os atletas do FC Porto andarem dopados, o que surpreende é ter havido detenções. Propomos que vão às restantes modalidades para a "surpresa" ser maior. A W52-FC Porto é apenas a ponta do iceberg.
Uma nota final para a comunicação social, que tem feito um esforço assinalável para dissociar o FC Porto da W52. Já faltou mais para virem dizer que o FC Porto foi enganado pela W52 e que é a vítima nesta história.
O SL Benfica neste lamaçal? Longe, por favor."