Últimas indefectivações

sábado, 20 de novembro de 2021

Vitória...

Benfica 3 - 1 Viana
25-19, 25-18, 24-26, 35-33

Mal jogado... mas com os 3 pontos.

Bastidores: Taça...

As 5 alternativas a Veríssimo | SL Benfica


"As 5 alternativas para a defensiva encarnada: exequíveis ou utópicas?

A lesão grave contraída pelo internacional brasileiro obriga os encarnados a repensar o futuro do seu eixo defensivo e a procurar soluções que garantam a permanência da ultra competência evidenciada pelos titulares de serviço em 2021.
Além do supracitado, Nicólas Otamendi e Jan Vertonghen impõem-se naturalmente, mas é preciso pensar mais além. Com a idade dos dois, a sua sucessão tem que ser discussão urgente para os responsáveis encarnados. 
Estes têm a oportunidade de analisar de perto, diariamente, as qualidades de Morato, Tomás Araújo, António Silva, Pedro Álvaro ou Pedro Ganchas (e Branimir Kalaica, eternamente esquecido num limbo competitivo).
Por esta perspectiva poderíamos até considerar desnecessária a ida ao mercado para rejuvenescer o setor, dado o talento diferenciado disponível e o próprio historial do clube como seguro de vida. Depois de Rúben Dias, o Seixal prepara-se para lançar nova estrela para a ribalta do futebol europeu, caso se dê prioridade ao leque de talento disponível.
Se a intenção for o recrutamento de talento estrangeiro, surge o caso Lindelof como abonador de nova aposta certeira e tentaremos então discernir cinco nomes que poderiam ser analisados mediante variados prismas.
Há quem apoie um empréstimo de um elemento mais experiente que garanta rendimento imediato, sem necessidade de grande fase de adaptação e que venha apenas cumprir os seis meses até final da temporada.
Outros, mais precavidos, preferem nova aposta na juventude, assegurando elemento que participe na reformulação do plantel para os anos vindouros. Daremos, então, atenção às duas preferências e lançaremos para a mesa de debate nomes de origens díspares e de contextos competitivos opostos, introduzindo uns mais conhecidos e outros ainda na obscuridade mediática – e em mercados em que o SL Benfica deveria estar mais atento.

1. Tiago Coser
É o principal nome apontado pela imprensa desportiva nacional para reforçar o plantel em janeiro. Produto das escolas da Chapecoense, subiu em 2021 ao plantel principal e começou desde logo a acumular minutos no estadual Catarinense, no qual a equipa alcançou a final – perdida para o rival Avaí.
No Brasileirão, estreou-se à jornada 11, cumprindo 15 minutos na derrota frente ao Flamengo, por 2-1, sendo esses os únicos que contabilizou na fraca temporada do Chapecó, que se encontra na última posição e já virtualmente despromovido há muito tempo (a equipa está agora a 17 pontos do penúltimo classificado, o Grémio).
Daí que seja difícil entender-se a falta de aposta continuada em Coser, que demonstra qualidades suficientes para se assumir neste plantel da Chapecoense – faz parte dos sub-17 do Brasil e as suas características físicas imploram por futebol europeu, onde chegaria em idade ideal para aprimorar eventuais lacunas táticas.
Está avaliado num valor aproximado de um milhão de euros.

2. Fouad El Maach
Insere-se na lista pelo seu perfil técnico e pela relaxada gestão empregue pelo Mónaco na sua carreira, que possibilitaria uma abordagem mais convicta do SL Benfica.
Capitão da equipa secundária dos monegascos desde o ano passado (transitou dos sub19 com o mesmo estatuto), Fouad só em maio assinou contrato profissional (aos 20 anos de idade) e só agora começa a entrar nos planos de Kovac para a equipa principal.
De ascendência marroquina, Fouad destaca-se sobretudo pelo à vontade no trato de bola e na confiança com que se liberta na integração de jogadas ofensivas, fazendo uso do seu bom sentido posicional e da técnica acima da média. Participou na última CAN sub-20 pela seleção de Marrocos.

3. Ilya Zabarnyi
A opção mais ousada e que obrigaria a maior esforço financeiro mas, proporcionalmente, a que maior retorno desportivo asseguraria. Zabarnyi é o novo fenómeno ucraniano e demonstra capacidades de liderança invulgares para tão tenra idade.
A estatística que alimenta já chamou a atenção dos maiores colossos europeus e o seu valor de mercado cifra-se agora nos 11 milhões de euros – seria assim a última grande oportunidade do SL Benfica lutar pelo seu concurso, processo que seria facilitado se as águias se classificassem para a próxima fase da Liga dos Campeões, ultrapassando o FC Barcelona e o FK Dynamo de Zabarnyi.

4. Alexandre Penetra
Se a opção for recuperar o monopólio dos principais talentos a despontar no campeonato nacional, a lógica obriga a pensar em Alexandre Penetra, produto do Benfica Campus que precisou de sair para ganhar notoriedade.
Subiu à equipa “A” dos famalicenses esta época e já se assumiu como uma das figuras da equipa, alcançando preponderância suficiente para ser capitão de equipa, processo de ascensão que culminou na chamada de Rui Jorge para os compromissos dos Sub-21 frente ao Chipre.

5. Lenglet / Umtiti
Duas das cartas foras do baralho de Xavi Hernández na revolução em curso na Catalunha. À espera da saída dos dois internacionais franceses estará Mika Marmol, mais uma pérola da La Masia.
Lenglet, de 26 anos, há muito que perdeu confiança dos adeptos blaugrana e nunca conseguiu assumir-se definitivamente, tendência acentuada esta temporada com apenas 374 minutos divididos por oito jogos.
Apesar disso, continua merecedor da confiança de Didier Deschamps no contexto de seleção (foi convocado para o último duplo compromisso, com Cazaquistão e Finlândia) e poderá ser esse um dos seus principais trunfos na procura de novo clube.
Everton FC e AS Roma já perguntaram por ele, e o SL Benfica teria forte motivo para o convencer a relançar a sua carreira com o fator Champions – o jogo no Camp Nou seria assim decisivo em duas frentes.
O caso de Umtiti difere pela capacidade demonstrada pelo internacional francês, que viu a sua afirmação ser interrompida pelos problemas físicos. Notícias recentes referem a intenção do jogador em conseguir nova e definitiva oportunidade de se mostrar, sobretudo agora com a chegada de novo treinador e com a introdução de novas ideias, que iriam de encontro às características inatas do francês."

Os 400 golpes


"Esteve complicada a passagem do Benfica aos oitavos de final da Taça de Portugal. O Paços de Ferreira esteve a ganhar até aos 78’, mas as mudanças em campo e o génio de Grimaldo deram o tiro de partida para a completa viragem da eliminatória, com a equipa da casa a ganhar por 4-1 em novas vagas de ataque e no dia em que Jorge Jesus completou quatro centenas de jogos no banco dos encarnados

Com a mesma certeza com que Antoine Doinel parece olhar para nós, quebrando a quarta parede, naquela fuga rumo à praia, Grimaldo também olhou para a bola, decidido, e transformou um livre direto que tinha tudo para ser um cruzamento num golaço que tudo mudou. Estávamos ao minuto 78’, o Benfica perdia na Luz frente ao Paços de Ferreira e a passagem aos oitavos de final estava em risco, no que se encaminhava para ser um amargo jogo 400 de Jorge Jesus no banco dos encarnados.
Mas se no final de “Os 400 golpes” não sabemos exatamente o que acontece ao miúdo Doinel, aqui sabemos bem o que se seguiu. A partir daí o Paços quebrou, depois de uma 2.ª parte de grande organização defensiva, e o Benfica em pouco mais de 12 minutos marcou mais três golos, como se todo o poderio atacante dos encarnados se tivesse guardado para o momento em que alguém desbloqueasse o caminho, as cabeças. E o desbloqueador foi aquele remate forte e colocado de Grimaldo, um pontapé em forma de arte do lateral espanhol.
Até aí o Paços, mesmo remetido às suas trincheiras, não tinha perdido do controlo. Na primeira parte, tinha valido aos pacences Vekic, mais um bom guarda-redes esloveno vindo dessa terra onde os bons guarda-redes parecem tão comuns quanto grãos de areia numa praia. Foi ele que tirou o golo a André Almeida aos 28’, após um cruzamento esquisito mas traiçoeiro do lateral-esta-noite-central do Benfica, foi ele que impediu Everton de marcar aos 42’, depois de uma combinação cirúrgica com Rafa. E antes disso já Darwin tinha falhado frente ao esloveno e Rafa tinha feito um painel de publicidade a uma rent a car sofrer após enviar um pontapé forte ao poste - ao Benfica não faltaram oportunidades, mas parecia faltar a cabeça fria.
O início da 2.ª parte começou praticamente com o golo do Paços que, apesar de todas as oportunidades da equipa da casa na 1.ª parte, nunca deixou de procurar a baliza encarnada, rondando também os terrenos mais adiantados. Porque Taça é Taça e na Taça mais vale arriscar. Aos 52’, Lucas Silva aproveitou a falta de ritmo de Lazaro, acabado de entrar para o lugar do lesionado Radonjic, voou pela esquerda e cruzou para a área. O corte defeituoso de Vertonghen encontrou Nuno Santos na marca de pénalti e o pé esquerdo do jogador curiosamente emprestado pelo Benfica ao Paços fez o resto. Houve um pedido de desculpas para a bancada, mas face à dinâmica do encontro, o golo não era escandaloso.
A partir daí o Benfica tomou conta do jogo, Jesus arriscou num 4x2x3x1, fez entrar Pizzi e Taarabt, mais tarde Seferovic, que não jogava desde agosto, mas a equipa demorou a adaptar-se ao novo sistema. E até aos 15 minutos finais, a única oportunidade flagrante seria um cabeceamento/tentativa de chapéu de Darwin, uma combinação improvável mas que quase resultava, com o uruguaio a ver bem a saída algo extemporânea de Vekic, a quem valeu a barra.
A pressão constante dos encarnados só se transformou em eficácia depois do empate de Grimaldo, numa bola parada. E a partir daí, como Antoine Doinel a fugir daquele reformatório para rapazes travessos, nunca mais olhou para trás e o ataque veio em novas vagas: Seferovic fez a reviravolta aos 82’, um belo cabeceamento a responder a um tão ou mais bonito passe de Taarabt, Rafa aumentou a conta aos 87’, num remate à entrada da área e já nos descontos foi Everton a colocar o resultado num talvez demasiado duro para o Paços 4-1, atirando com classe já dentro da área, servido por Seferovic.
Esteve complicada a passagem aos oitavos de final, mas bastou um momento, um tiro mágico de Grimaldo para o Benfica se encontrar e seguir em frente na Taça de Portugal. Um golpe glorioso, no dia dos 400 golpes de Jesus."

Que avançado queres ser, e a maravilha de Everton


"Recentemente numa avaliação com um avançado de nacionalidade portuguesa lancei-lhe o desafio. Que avançado queres ser? Um que participa ou um que marca golos? É que quando a bola entra no último terço, torna-se mais difícil poder ser-se ambos. E essa é também uma das lacunas de Darwin. Ataca quase sempre a zona de finalização de perto para longe – a deslocar-se para o primeiro poste, partindo da zona da bola. Um avançado que se preocupe em fazer golos, quando a bola entra no último terço tantas são as vezes em que deve afastar-se. Esconder-se nas costas do central mais longe para a partir daí atacar ou o espaço nas suas costas, ou antecipar-se. Mas, sempre movendo-se de mais longe.
Finalizar é o momento mais visível em cada jogo. Ou assistir. Mas, tantas são as vezes em que sair de uma pressão forte é o que desbloqueia o lance. Sair com qualidade de onde geralmente ou se perde a bola, ou se bate na frente, é tantas vezes o catalizador do golo que surge na frente.
Seferovic mostra a Darwin como proceder quando a bola entra no último terço, Everton viu os holofotes recaírem sobre si depois de mais um belo golo. Porém, o mais difícil de todo o lance foi como o desenhou, muito antes de sonhar que iria marcar golo uns segundos mais à frente."

BnR: Paços...

SL Benfica 4-1 FC Paços de Ferreira: Um golaço para acordar


"A Crónica: Um Golaço Que Originou o Alavanque Do Banco

Numa reviravolta no Estádio da Luz, o SL Benfica venceu o FC Paços de Ferreira por 4-1, num jogo que deu golos para todos os gostos.
A primeira parte acabou por se revelar pobre e sem golos. Vimos um SL Benfica a criar ocasiões suficientes para marcar frente a um FC Paços de Ferreira que também não se limitou exclusivamente a defender.
Aos 17 minutos, o primeiro grande desequilíbrio foi criado. Darwin Núñez consegue isolar-se, mas o guardião Vecič evitou o primeiro do encontro. Pouco tempo depois, a fórmula repetiu-se, mas desta vez foi Rafa que esbarrou no poste.
A resposta pacense não tardou. Aos 24 minutos, Lucas Silva aproveitou uma bola perdida perto da grande área e rematou forte. A bola passou a centímetros do poste direito de Helton Leite.
O jogo começou a ficar inquietante para os jogadores e era a equipa de Jorge Simão que começava a beneficiar disso.
Na segunda parte, foi o FC Paços de Ferreira que entrou a sorrir. Aos 52 minutos, Nuno Santos fez o primeiro do encontro. Corte incompleto de Vertonghen e no meio da grande área o jogador apenas teve de rematar para o fundo das redes.
O SL Benfica reagiu com algumas substituições e com a alteração do sistema tático, mas o caminho do golo não aparecia. Destaque para os 65 e 73 minutos com uma dupla oportunidade falhada por Darwin.
Mas o empate acabou por surgir da melhor forma. Um grande golo de Grimaldo levantou as bancadas da Luz como se tratasse do golo da vitória. Livre cobrado de forma exímia pelo lateral encarnado e estava feito o empate.
A equipa pacense deixou de reagir e a reviravolta acabou por surgir aos 81 minutos na cabeça de Seferovic.
Já só dava SL Benfica, e, de forma fácil, a equipa de Jorge Jesus chegou ao terceiro e quarto golo por Rafa e Everton, carimbando a passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal.

A Figura
Haris SeferovicA escolha do ponta-de-lança encarnado como figura deste encontro prende-se por dois fatores: o golo que deu a vitória à equipa do SL Benfica e a coesão e ligação ofensiva que trouxe ao jogo. Um regresso de sonho para o avançado suíço.

O Fora de Jogo
Nemanja RadonjicJogo muito pobre para um lateral que, teoricamente, deveria assumir grande parte das investidas ofensivas do SL Benfica.
Desta forma, a profundidade das laterais defensivas encarnadas foram quase sempre pela esquerda e ala direita acabou por mostrar uma quebra ao longo do encontro.

Análise Tática – SL Benfica
A equipa de Jorge Jesus apresentou-se num 3-4-3, em que era visível uma maior dinâmica e ataques pela esquerda com Grimaldo a oferecer profundidade e Everton a puxar para espaços interiores.
Pela direita, víamos Rafa e Darwin a buscar a profundidade, com o uruguaio a vir buscar jogo fora da área e no corredor direito. Nemanja assumia a lateral direita quase como um extremo puro e André Almeida aparecia como terceiro central do lado direito para apoiar algumas lacunas defensivas. Antes do final da primeira parte, vimos uma equipa impaciente e a errar passes.
A segunda parte acabou por dar continuidade ao final da primeira, e , depois da desatenção defensiva que culminou no golo sofrido, o sistema tático passou para um 4-2-3-1, colmatado com a saída de André Almeida e entrada de Pizzi.
Destaque para a substituição de Taarabt por Gedson, o que permitiu uma maior circulação de bola e ligação de jogo, que era algo que faltava à equipa. Seferovic entrou e beneficiou disso.
Com a passagem garantida, equipa tranquilizou e cresceu no domínio do jogo, sendo que os espaços para a criação de jogadas de perigo aumentaram.

11 Inicial e Pontuações
Helton Leite (6)
Grimaldo (7)
Morato (6)
Vertonghen (4)
André Almeida (5)
Nemanja (3)
Weigl (5)
Gedson Fernandes (4)
Rafa (6)
Everton (6)
Darwin (3)
Subs Utilizados
Pizzi (5)
Taarabt (6)
Lázaro (4)
Seferovic (7) 
Gonçalo Ramos (-)

Análise Tática – FC Paços de Ferreira
A equipa de Jorge Simão apresentou-se num 4-3-3, sem uma postura muito defensiva, mas com uma coesão que procurou tardar o golo do SL Benfica ao máximo.
Viu-se a procura do erro do adversário para conseguir transições, principalmente na fase final da primeira parte quando o SL Benfica apresentou um maior nervosismo. Também foi uma equipa que soube aproveitar o jogo pouco ligado do adversário.
No entanto, o feitiço virou-se após as substituições operadas por Jorge Jesus. O SL Benfica conseguiu um empate através de um lance de bola parada e a partir daí a equipa perdeu o equilíbrio todo e abriu espaços.

11 Inicial e Pontuações
Vekič (5)
Fernando Fonseca (4)
Flávio Ramos (6)
Maracás (5)
Antunes (6)
Rui Pires (5)
Luiz Carlos (6)
Nuno Santos (7)
Juan Delgado (4)
Lucas Silva (6)
João Pedro (5)
Subs Utilizados
Abbas Ibrahim (4)
Uilton Silva (4)
Hélder Ferreira (-)
Denilson Jr. (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível colocar questões ao treinador do SL Benfica, Jorge Jesus.

FC Paços de Ferreira
Não foi possível colocar questões ao treinador do FC Paços de Ferreira, Jorge Simão."

À Benfica


"A primeira parte foi encarnada, mas faltou o golo. Grimaldo e Everton demonstraram cada vez maior entrosamento e pelo seu carril esquerdo criou o Benfica lances suficientes para ganhar vantagem. Vekic, o guardião pacence adiou até ao limite o golo encarnado. Primeiro num passe de morte de Grimaldo para Darwin e depois perante Everton que após uma tabela surgiu na área para finalizar de pé esquerdo. Pelo caminho, Rafa isolado por André Almeida, acertou no poste, não sem antes ter recebido o passe longo do seu colega de forma absolutamente genial.
Weigl sempre certinho foi definindo rotas ofensivas encarnadas. O Benfica circulou, encontrou espaços e libertou os seus corredores para chegar às zonas de finalização, só que não marcou e foi para o intervalo empatado.
Um corte deficitário de Vertonghen deu a possibilidade a Nuno Santos de abrir a contagem na Luz, e o Benfica passou a demonstrar mais dificuldades para em ataque posicional desmontar o robusto bloco oponente.
Quando o temor se poderia instalar, dois factores chave para a reviravolta. O Tribunal da Luz que nunca deixou cair os seus homens, e a total perda de receios defensivos de Jesus. Mudou para 4x4x2, terminou com Adel e Pizzi no meio campo – adversários mais fatigados sem capacidade para sair, também por defenderem tão baixos, permitiu meio campo tão frágil fisicamente na sua capacidade de recuperação – e Seferovic e Ramos na frente de ataque. Pelo espaço intermédio (entre central-lateral) caía Rafa Silva e Everton, enquanto Grimaldo e Lazaro projetavam-se pelo seu corredor.
Foi na pressão, na vontade de roubar rápido a bola e acelerar na procura da bola que o Benfica “incendiou” o jogo. Somou ataques tantas vezes menos pensados mas, que valeram aproximações à frente, até ao momento em que Seferovic sofreu a falta que Grimaldo com um livre de elevado quilate em qualquer parte deste planeta, transformou no golo do empate.
Faltavam 12 minutos, mas o que se seguiu foi arrasador. Empolgados pelo golo, pelo tribunal da Luz e ainda mais pelo ritmo que já impunha na partida, cada ataque encarnado virou um lance de perigo. Um Benfica em modo rolo compressor nos últimos doze minutos, a somar mais três golos. Seferovic marcou após uma grande bola de Taarabt, Rafa marcou após passe de Everton, que selou a goleada após passe de Seferovic.
A entrada do Suíço veio em excelente hora. Sofreu a falta que culminaria no empate, marcou o golo da reviravolta e ainda ofereceu a Everton o quarto golo.
Esta noite, houve Benfica na Luz. No acreditar, na reviravolta, no público que não deixou cair a sua equipa."

Vermelhão: Justiça na remontada da Taça...

Benfica 4 - 1 Paços de Ferreira


É verdade que aos 77' estávamos a perder (0-1), mas desta vez concordo com o Jesus: o Benfica fez o suficiente desde do início da partida, para ganhar confortavelmente! O desperdício na 1.ª parte foi extremamente penalizador... Não massacrámos, mas fomos criando várias oportunidades, com o Paços a defender muito atrás, podíamos ter jogado com mais velocidade, mas nunca me pareceu que os jogadores tivessem desvalorizado este jogo!

Este jogo tinha várias 'armadilhas': pós-selecção, pré-Barcelona, com vários ausentes, vários regressos de jogadores com pouco ritmo, e um adversário de 1.ª Liga (ao contrário dos de divisões inferiores, que calharam em sorte aos 'outros')! Mas como já disse a 'atitude' foi a correcta, o problema principal foi a ausência do João Mário na decisão, e o desperdício escandaloso do Darwin em situações de 1x1 com o guarda-redes!

Individualmente, destaco as melhorias significativas do Everton! Este é melhor Everton desde que chegou... finalmente!
Hoje também tivemos os regressos pós-lesão do Seferovic, do Lazáro, do Taarabt e do Almeida... em sentido contrário, o Radonjic saiu tocado!

Nota para o regresso dos dois Centrais, após o golo do Paços! Pessoalmente, acho que o 442 é o esquema ideal para o Benfica, mas compreendo que com o Otamendi a Central é suicídio jogar com 2 Centrais (já não tem velocidade... nem 'rins')! Hoje, sem o argentino, voltámos a 'equilibrar' a equipa, com uma dupla de Centrais! O Vertonghen, também já não tem a velocidade de outros tempos, mas 'aguenta-se' bem...

A reviravolta começou com mais um grande golo do Grimaldo, num daqueles 'típicos' Livres Directos do Catalão! O problema aqui, é a quantidade de faltas não assinaladas a favor do Benfica naquelas zonas! Hoje contei pelo menos duas, uma sobre o Rafa, e outra sobre o Gedson... é impressionante, como é que o Benfica chega ao fim da época, com 3 a 4 golos deste tipo, ao fim de mais de 40 jogos apitados pelos os árbitros portugueses!!! Enquanto os nossos adversários, em cada jogo, beneficiam entre 2 a 3 Livres Directos deste tipo, por jogo!!!!!

Agora, lá vamos a Barcelona, com esperanças num grande resultado! O Barça com a mudança de treinador, está pelo menos mais 'motivado', mas o Benfica tem de facto esperanças legitimas... agora, temos que ser eficazes no ataque! Aproveitamentos ao jeito de hoje, não dá para a Champions, mesmo com o Barcelona mais frágil... Curioso para perceber qual será o trio da frente!

Inacreditável...!!!

Setúbal 32 - 29 Benfica
(14-16)

Não vi o jogo, mas é indesculpável um resultado destes. Desde da paragem para as Selecções, duas derrotas para o campeonato, e uma vitória, num péssimo jogo, contra o adversário mais fácil, no grupo Europeu!!! Provavelmente, com este resultado 'garantimos' o 3.º lugar novamente no campeonato, apesar do investimento e das 'melhorias'!!!

Falar claro


"Para se ser campeão em Portugal não basta ter os melhores jogadores, equipa técnica e dirigentes mais preparados ou os adeptos mais fervorosos. É preciso alguma dose de sorte, claro, mas aquilo a que assistimos é que não se chega lá sem uma equipa de comunicação que saiba do ofício.
Com a existência de três jornais desportivos diários, dezenas de sites dedicados ao futebol, milhares de blogues que respiram bola e horas incontáveis de conversa sobre o desporto-rei (e principalmente sobre os seus bastidores e arbitragens) nos diversos canais de televisão, é preciso ter uma postura clara e direta quanto à comunicação da realidade dos clubes.
Não vale a pena perder tempo e discorrer sobre a aliança existente entre os nossos rivais para destruir o SL Benfica nos últimos anos. De Budapeste a Alcochete, passando pelo bas-fond da cidade do Porto e pelas almoçaradas de trabalho com profissionais da comunicação, houve de tudo. E, algumas vezes, o Glorioso caiu na esparrela e acabou por entrar em lutas na lama com adversários sem escrúpulos.
Gosto, pois, de ver a forma como a comunicação está a ser gerida. Em caso de noticia falsa, logo sai um comunicado a desmentir. Em caso de imprecisão, fala-se publicamente, repõe-se a verdade. Ou, como dizia um comunicado do SLB na passada terça-feira: '... repudia-se de forma veemente a campanha de desestabilização de que tem sido vítima ao longo dos últimos dias'. No caso, era sobre um alegado interesse na substituição do treinador Jorge Jesus por Pepa.
Perante uma mentira, tem de ser esta a posição. Há que deixar tudo bem claro, transparente, sem pontas soltas, nem silêncios que, mais tarde, podem vir a ser comprometedores. Os sócios e os adeptos exigem-no, os profissionais que representam o clube merecem-no."

Ricardo Santos, in O Benfica

Portugal joga que se farta (e se farta...)


"Não percebo os portugueses. Então Portugal vai disputar um playoff de acesso ao Campeonato do Mundo, e  fica toda a gente assustada? Malta, se em 2013 não tivéssemos empatado (1-1) com Israel na penúltima jornada da qualificação em Alvalade, nunca teríamos assistido ao show do CR7 no duplo confronto com a Suécia. O Ronaldo marcou o único golo do triunfo da 1.ª mão na Luz e depois foi até à Suécia fazer um hat-trick naquela vitória histórica que o Nuno Matos embelezou com um relato inesquecível. Esta derrota com a Sérvia foi maravilhosa, até porque o Ronaldo acaba de ganhar mais dois jogos para marcar golos e alargar a distância para o Ali Daei, não vá o iraniano de 52 anos aumentar novamente a contagem do recorde de golos ao serviço das selecções. Para além disso, ter a oportunidade de ver dois jogos a mais desta selecção nacional é óptimo para a minha saúde. Tenho tido uma dificuldade muito grande com insónias, e o nosso treinador é engenheiro, mas podia muito bem ser médico - o futebol praticado pela equipa portuguesa tem mesmo o selo de Fernando Santos: é remédio santo para adormecer.
Não vale a pena tapar o sol com a peneira. À partida, uma equipa que conte com João Cancelo, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, João Félix, Diogo Jota e Cristiano Ronaldo e não tenha uma média de, pelo menos, 95% de posse de bola, é porque algo de errado se passa. Portugal tem jogadores para apresentar um futebol muito melhor, e desconfio que não será a recuar o Danilo para central que isso se vai conseguir. Se entenderem que um treinador de bancada pode ser promovido a treinador principal, eu estou disponível. O maestro e presidente Rui Costa está convocado."

Pedro Soares, in O Benfica

Bancadolândia


"Adiou-se o brinde, mas (que saudades!) salvou-se a bifana nas rulotes. Por agora, o Mundial do Catar minguou, é apenas um ponto dançante e difuso no horizonte lusitano. O recente Portugal- Sérvia, no Estádio da Luz, fez-me lembrar aquele momento em que agarramos num punhado de areia fina, julgamos ter todos os ínfimos grãos sob controlo, na nossa posse, mas depois, quando abrimos a mão, despertámos para a realidade e constatamos que muito se perdeu, ou, até, quase tudo se sumiu, sem remissão naquele instante.
Nesta campanha, à Selecção Nacional resta-lhe um crédito, a aplicar na estrada secundária chamada playoff, para se agarrar à esperança na validar nova presença na fase final de um Campeonato do Mundo. Mas, fora do campo, à volta da Catedral e no meu interior, nas bancadas com quase 60 mil almas, a noite de 14 de Novembro teve múltiplos encantos, num fantástico regresso ao passado, e entre os proeminentes esteve a satisfação pelo reencontro com uma atmosfera que o tempo e a regeneração, cintados por regras de salubridade, permitiram restaurar.
Sair na frente, quando a chama da convicção vive dias difíceis ou de aparente negação, é tantas e tantas vezes um conforto ilusório, um alento enganador, uma armadilha para a qual escorregamos e que, mais tarde ou mais cedo, nos engole. A equipa das Quinas ofereceu-nos mais um exemplo de tudo isso, naqueles 90 minutos em que viu evaporar-se-lhe o bilhete de ida.
Tão ou mais verdadeiro é o cenário inverso: quando a decisão fervilha no sangue, nos anima os músculos e nos ilumina a mente, o sucesso compõe-se, mesmo que seja de trás para a frente.
Passando o abstrato ao concreto, onde projeto e trabalho se fundem num braço tonificado, recupero duas recentes jornadas europeias excitantes nas modalidades do Benfica para vestir o contraponto: a história vitória do basquetebol na Rússia (e o subsequente apuramento para a próxima fase da FIBA Euroe Cup) e o não menos sensacional triunfo na República Checa, igualmente de virada, do voleibol, que pela segunda vez acedeu à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Querer, antes e durante, ainda é, e foi mesmo, poder. Haja alma, e que o facilitismo fique em casa, arrumado na despensa!"

João Sanches, in O Benfica