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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

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A justiça desportiva e os seus critérios


"Quando as claques extravasam para além daquilo que seria normal, as tesourarias dos clubes que apoiam é que sofrem as consequências.

Para além de poderem e deverem ser debatidos os critérios utilizados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, muitas vezes dissonantes e, por isso, objecto de discussão e de controvérsia há, dentro da mesma questão, aspectos que merecem uma mais profunda reflexão.
Por estes dias o Conselho de Disciplina derramou sobre alguns clubes e jogadores um rol de castigos a punir gestos e palavras que foram registados nos relatórios de árbitros e observadores após alguns jogos que ficaram esmaltados por incidentes vários, na linha daquilo que se pode considerar (infelizmente) normal no futebol português.
Quando acima escrevíamos sobre critérios não estávamos a olhar para a actuação de alguns dos nossos árbitros, mas sim, naturalmente, a pensar em decisões diferentes para casos muito semelhantes. E esse será, sem dúvida, o primeiro pecadilho do Conselho de Disciplina. Dá que pensar, e dá também lugar a reclamações de quantos se sentem mais lesados.
Outro aspecto da questão tem a ver com os regulamentos pelos quais as autoridades federativas se regem, e que são, nalguns casos, verdadeiras bizarrias.
Só que a responsabilidade pela criação desses regulamentos deve-se exclusivamente aos clubes que, quando atingidos pelos mesmos, protestam em tons completamente desabridos.
Daí ser exigível um maior grau de responsabilidade àqueles que enviam às assembleias gerais onde os esses documentos são aprovados figuras de segunda e terceira escolhas, quando esse protagonismo deveria ser assumido pela principais figuras dos clubes.
Também o comportamento dos adeptos de muitos clubes têm enormes culpas no cartório, sendo de repudiar as atitudes assumidas em determinados desafios e tidas como falsamente destinadas a apoiar as equipas da sua simpatia.
Porque quando as claques extravasam para além daquilo que seria normal, as tesourarias dos clubes que apoiam é que sofrem as consequências.
É tempo de o futebol português sair do buraco em que se meteu há muitos anos."

A Questão dos Árbitros do Futebol Profissional



"Têm que ser feitas várias considerações acerca do perfil requerido a um árbitro do futebol profissional, ou seja, do espetáculo desportivo profissional, que nada tem que ver com desporto amador.

O que é um árbitro do futebol profissional e o que se pretende que ele faça? O corpo humano pensa em movimentos e não em músculos, assim para realizar a deslocação de um segmento corporal, temos que exercer uma força motriz, que para ter êxito total necessidade de 4 acções: agónica, antagónica, fixação e direcção. Sem uma intenção deliberada, não é possível realizar um movimento concreto, com êxito, por que ele exige vontade, determinação, concentração, e treino de forma a ficar automatizado. É pois possível distinguir um gesto voluntário de outro ocasional, sem qualquer prévia intenção, até pela sua imperfeita execução. Um movimento de segmentos corporais torna-se mais difícil quanto maior é a sua velocidade de execução, excepto quando utiliza músculos abdominais com movimentos lentos. Também se torna mais difícil apreciar um movimento rápido do que um lento, já que a velocidade requerida para a sua observação varia conforme os órgãos dos sentidos utilizados. Assim a vista é muito mais rápida do que a audição e esta do que a corrida pedestre. Mas se a partida para uma corrida pedestre for dada ao nível da pele, “táctil gnósica”, por uma descarga elétrica, por exemplo, realiza-se em um centésimo de segundo. Um árbitro de futebol é um juiz, que tem que decidir com rectidão e imparcialidade e com conhecimentos académicos de algum relevo, numa fracção de segundo, se o que foi executado, foi de acordo com as regras em vigor.
Aqui, nesta questão, têm que ser feitas várias considerações acerca do perfil requerido a um árbitro do futebol profissional, ou seja, do espetáculo desportivo profissional, que nada tem que ver com desporto amador. O futebol espectáculo profissional é caracterizado por um clima de baixo nível social e educativo, de uma maneira geral, já que os seus agentes provêm de um meio muito pobre, de baixa literacia, e, por vezes, em ambientes em que a formação moral não é consistente ou nem sequer é valorizada como factor decisivo do carácter. Por outro lado, o ambiente de alguns clubes de futebol profissional, segundo o Ministério Público, é por vezes conotado com actividades ilegais, até com actos criminosos, onde já foi encontrado tráfego de droga. Pensamos que é possível dignificar a arbitragem do futebol profissional com licenciados em Motricidade Humana, pela dita Faculdade Estatal, já que os seus licenciados têm uma preparação muito alargada, em várias áreas do saber, e especificamente até em Futebol, o que lhes permite ser treinadores de futebol, entre outras coisas e com uma vantagem material em relação ao que podem auferir a leccionar numa escola do Ministério da Educação, integrados num quadro próprio do Ministério da Educação, já que este tutela o futebol profissional, e com sanções disciplinares, como a sua exclusão do tal quadro efectivo de árbitros. Tudo isto seria fácil, até por que estes elementos já têm um vínculo ao Ministério da Educação. Mas será que alguém está interessado, no Ministério da Educação, em melhorar o ambiente da arbitragem do futebol profissional, apesar das inúmeras queixas semanais??? Sinceramente pensamos que não, visto que com o actual ambiente há muitas pessoas a lucrar, que de outra forma teriam muito a perder."

No plaino abandonado...


"A fotografia correu a Itália - enquanto todos os jogadores erguiam a mão na saudação fascista, Bruno Neri manteve os braços em baixo

Gostava de poesia. Como vice-comandante do Battaglione Ravenna, com o nome de guerra Berni, em julho de 1944 estava de arma na mão junto à famosa Linea Gótica, a Gotenstellung, uma operação defensiva montada pelos exércitos de Hitler que ligava o Tirreno ao Adriático, desde a província de Massa-Carrara até às províncias de Pesaro e Urbino, erguida para deter o avanço inexorável dos Aliados, linha que tirava proveito do terreno inóspito dos Apeninos ao longo de mais de 300 quilómetros.
Tinha 33 anos. Que jovem era... «(Agora que idade tem?)/Filho único, a mãe lhe dera/Um mome e o mantivera/‘O menino da sua mãe’». Tinha nascido em Faenza, zona de Ravenna na Emiglia-Romana no dia 12 de outubro de 1910. Desde miúdo que gostava de poesia, que procurava nos cafés os escritores da terra e devorava as palavras que lhe ensinavam, deixando-se fascinar pelo ritmo das odes e das baladas.
Podia ter escrito livros, levava jeito para isso. Mas houve aquele apelo da bola, a mágica senhora das paixões. Apelo que encanta como sopros de sereia aos quem nem Ulisses conseguiu resistir se não amarrado ao mastro principal do seu navio. Terzino: é assim que chamam em Itália ao jogador mais defensivo do meio campo. Inteligente, arguto, dizia para si próprio e para os que com ele dividiam o campo: «Antes de receber o passe já é preciso saber o que fazer com a bola». Aos 18 anos, a Fiorentina ofereceu dez mil liras por ele. Foi.
Na Itália fascista de então, desconfiavam de Neri. Os que o espiavam e faziam relatórios sobre os seus comportamentos demasiado estranhos para um jogador de futebol, sabiam que era possível encontrá-lo diariamente no Caffè Giube Rosse, um centro da intelectualidade fiorentina da época. A polícia secreta de Mussolini tinha dificuldade em perceber porque é que Neri era tão bem aceite por aquela gente das letras e das filosofias infinitas. Era um contestatário. Espalhava fogueiras pelas mesas, alimentadas pela gasolina das emoções. Levantava a voz e criticava Il Duce. Era pouco mais do que um adolescente mas sabia o valor da liberdade.
No dia 10 de setembro de 1931, Luigi Ridolfi Vay de Verrazzano, um fidalgo fiorentino que fundara o clube e o levara até à IDivisão, estava feliz. Cumprira o sonho de construir, a custas próprias, um estádio digno de uma grande equipa. Tinha lugar para mais de 45 mil espetadores e uma arquibancada coberta por um dossel. Convidou os austríacos do Admira Viena para a festa de inauguração.
E deu-lhe um nome: Giovanni Berta. Nome maldito. Giovanni Francesco Berta, a quem chamavam de Gianni, era filho de um pequeno metalúrgico que combatera na I Grande Guerra e se tornara uma figura do Fasci Italiani di Combattimento. A 21 de fevereiro de 1921, no dia que se seguiu ao ataque anarquista ao Palazzo Antinori, Berta pedalava tranquilamente sobre uma das pontes que liga as duas margens do Arno quando foi atacado por um grupo de jovens comunistas que o mataram a facadas e lançaram o corpo ao rio. Talvez se ouvisse ao longe a área de Gianni Schicchi, de Puccini, Mio Babino Caro:
«Sì, sì, ci voglio andare
E se l’amassi indarno
Andrei sul Ponte Vecchio
Ma per buttarmi in Arno
Mi struggo e mi tormento
O Dio, vorrei morir...».
A Fiorentina teria, assim, um estádio com o nome do Mártir da Revolução Fascista, como Berta passou a ser conhecido. Mas se era de uma manifestação de paixão fascista que todos estavam à espera nessa tarde de 10 de setembro, Bruno Neri não estava definitivamente para aí virado. Alinhados no meio do terreno, ladeando a equipa de arbitragem, todos os jogadores ergueram o braço direito com a mão estendida naquilo que simpaticamente se apelida de saudação romana mas que era, na verdade desse tempo, a saudação fascista também adotada pelos nazis na Alemanha. Todos, todos, não!
Bruno Neri manteve, corajosamente, os braços ao longo do corpo. A sua pequena figura ganhou, nesse momento preciso, uma dimensão tremenda. Era ele contra milhares, era ele contra Mussolini, era ele e a sua consciência. A seu lado estavam, pelo menos em pensamento, os camaradas do Caffè Giube Rosse, o poeta Eugenio Montale e o escritor Carlo Bo. A fotografia correu a Itália.
Quando se tornou membro da ORI, Organização Italiana da Resistência, por influência do primo Virgilio Neri, Bruno ainda calçava as chuteiras no Torino e, depois, de regresso ao Faenza, aos domingos, mas partia para as montanhas de espingarda aperreada pela escuridão da noite em movimentos subversivos, coligindo informações sobre as posições dos exércitos de Mussolini e realizando ações relâmpago de sabotagem. O dia 10 de julho de 1944 calhou a uma segunda-feira.
Na véspera, o seu Faenza perdera com o Bolonha. Neri furava por entre os pinheiros no Monte Lavane em busca de um trilho de aproximação às forças nazi-fascistas aí colocadas. Junto ao Eremitério de Gamogna foram abatidos de surpresa por um batalhão alemão. Na manhã seguinte era apenas um cadáver trespassado no plaino abandonado que a morna brisa aquecia."

Líderes...

Benfica 1 - 0 Braga
Vitória


Vitória complicada, em jogo competitivo, com mais uma arbitragem surreal:expulsão perdoada ao Braga, aos 40 segundos da 1.ª parte; penalty absurdo marcado contra o Benfica, valeu a defesa da Leté...!!!

O Benfica neste tipo de jogos 'internos', normalmente, deixa-se entusiasmar, e acabámos por ser surpreendidos em transições rápidas! Hoje, terá sido, uma das partidas, mais 'equilibradas' na forma como jogámos: fomos superiores, atacámos mais, tivemos mais bola; mas nunca deixámos a equipa adversária atacar as nossas 'costas'!!!

O golo só apareceu de penalty, 'castigando' o nosso desperdício! A ausência da Nycole faz-se sentir, não temos nenhuma jogadora para a posição (que a treinadora tenha confiança...!!!), o que faz, com que o causal ofensivo do Benfica, não seja traduzido em golos... O que torna tudo mais complicado!!!

Mais uma derrota...

Benfica 64 - 72 Sporting
22-11, 8-24, 18-13, 16-24

Mesmo com todos os erros e 'brancas' durante o jogo, chegámos aos 2 últimos minutos do jogo, a discutir o resultado, mas depois uma sucessão absurda de erros, inadmissíveis, resultou em mais uma derrota!!!
E se alguns números estatísticos são ridículos, o que dizer quando uma equipa ganha a luta de ressaltos, com um 47/35 e mesmo assim perde o jogo?!

O início de época, até prometeu... o recente surto de Covid, e algumas lesões não ajudaram, mas estamos a jogar muito mal os jogos mais competitivos!

A qualificação Europeia será um milagre!

BI: Será que vale a pena?

Dia de desafios


"A semana vai a meio, mas hoje é dia de desafios importantes para o nosso Benfica.
Daqui a pouco, às 14h00 no Benfica Campus, com entrada gratuita para sócios, tem início o Benfica–SC Braga em futebol feminino, uma partida entre dois candidatos ao título, os finalistas da Taça de Portugal na temporada passada.
A treinadora Filipa Patão reconhece a importância do desafio, mas relembra que o objetivo e o que está em causa não difere dos restantes jogos: "É um jogo como todos os outros desta fase final, é para ganhar, atendendo às nossas aspirações de renovar o título de campeãs nacionais. Tem uma carga emocional diferente porque é frente a uma equipa que tem as mesmas aspirações que nós. Vale o mesmo que os outros jogos, três pontos."
A importância de se ter os benfiquistas junto da equipa para ajudá-la a vencer foi realçada por Filipa Patão: "A equipa merece o apoio dos adeptos e dos Sócios. Peço aos Sócios para dizerem presente", um pedido corroborado por Andreia Faria: "Apelamos a todos os adeptos que nos venham apoiar ao Benfica Campus. É muito importante para nós. Vamos encarar o jogo para conquistar os três pontos."
Também agendado para o Benfica Campus, mas às 19h00, está o confronto com o Vitória de Setúbal nos Sub-19.
E duas horas depois, no Pavilhão Fidelidade, na Luz, há compromisso europeu da nossa equipa de basquetebol. O adversário é o Sporting, na 3.ª jornada da 2.ª fase de grupos da FIBA Europe Cup.
Além do valor do adversário, acresce, devido à COVID-19, a paragem forçada do grupo de trabalho durante oito dias. Factos que dificultam, mas que não desmoralizam, mantendo intacto o objetivo de vencer.
Para o treinador Norberto Alves, "se há jogo em que precisamos de força e energia vinda das bancadas é este jogo", referindo-se à circunstância da equipa ter sido obrigada a interromper os treinos durante uma semana. Ainda assim, "a mentalidade é preparar estes jogos para vencer, independentemente das circunstâncias, que são as que a nossa sociedade vive. Apesar da incapacidade de prever as coisas, temos de ter capacidade de nos adaptar", acrescentou.
Relembramos que também este jogo é de entrada livre para os associados benfiquistas.
O apoio às nossas equipas aproxima-nos das vitórias. Vamos, Benfica!"

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