Últimas indefectivações

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Lixívia 17

Tabela Anti-Lixívia
Benfica.......... 42 (-7) = 49
Corruptos..... 38 (+2) = 36
Sporting........ 34 (+7) = 27

A roubalheira foi tal esta semana, que quase já não há muito mais para dizer!!! A crónica do jogo fala por si... e até alguns dos pasquins, não esconderam a roubalheira das respectivas primeiras páginas!!! Poucos, tiveram a coragem de fazer a crónica do Benfica-Boavista sem falarem da arbitragem (Ribeiro Cristóvão terá sido um dos poucos...!!!).
Vamos por partes, os três golos do Boavista são precedidos de irregularidade:
- Falta clara sobre o Rafa. Este lance mais do que o erro em si, demonstra a predisposição do apitadeiro. Os árbitros, para defesa deles mesmo, sempre que existe um contacto nestas circunstâncias, ao mínimo contacto, à mínima reclamação marcam sempre as faltas ofensivas... Uma falta ofensiva, naquela posição, é irrelevante, uma falta defensiva pode dar golo, como foi o caso...
- Falta clara sobre o Almeida. O jogador do Boavista saltou e ainda na subida impediu o Almeida de saltar com uma cotovelada na cabeça... O fiscal-de-linha tem vista desimpedida para o lance... Mais uma vez, uma equipa de arbitragem em Portugal, sem condicionamentos, marca sempre este tipo de faltas... sempre!!!
- Fora-de-jogo claro no 3.º golo. Tão grave como a validação do golo, foi a tentativa de 'inventar' uma alteração à Lei que não existiu. Como acontece muitas vezes com as Leis do jogo, aquilo que aconteceu neste último defeso, foi uma mudança do texto, mas a Lei não mudou... A posição do jogador em fora-de-jogo, que tentou jogar a bola, "INIBIU" claramente o movimento do Ederson ('inibiu' é a expressão que está escrita no texto da Lei...).
Se a equipa de arbitragem tivesse cometido um destes erros, em 90 minutos, até se podia desculpar, com o 'azar'!!! Mas em 10 minutos, cometer 3 erros desta monta, demonstra uma predisposição clara para o erro 'inclinado'!!! Até porque perto da outra área, não cometeu nenhum erro idêntico: recordo-me de um lance com o Zivkovic, junto da bandeirola de canto, onde o defesa do Boavista se atira para a piscina descaradamente, naquilo que seria uma recuperação alta (e perigosa) do Benfica, idêntica ao 1.º golo do Boavista, e a falta foi imediatamente assinalada (mal)!
Aliás os erros não foram só estes... Mais uma vez, os Amarelos ficaram no bolso até ao último terço do jogo, ainda na 1.ª parte, foram perdoados pelo menos 2 Amarelos... e até o penalty sobre o Cervi, não mereceu Amarelo para o defesa...
Mais uma vez, num jogo onde o Benfica teve um domínio avassalador, não tivemos um Livre perigoso em zona frontal, e os Livres laterais foram poucos... Mais uma vez, a cumplicidade com o anti-jogo foi total, com os 4 minutos de compensação a serem o cumulo do ridículo...
Logo no 1.º golo sofrido pelo Benfica, alguns jogadores do Boavista foram festejar o golo, em frente do banco do Benfica, com atitudes provocatórias e com palavras trocadas, com o Fiscal a assistir e nada foi feito... A forma como assisti a esta cena, deixou-me logo muito preocupado!!!

Já agora, como estamos no final da 1.ª volta, é tempo de fazer algumas contas:
- O último jogo que o Benfica jogou em superioridade numérica, foi no Sporting-Benfica, da última época, com a expulsão do Adrien ao minuto 88!!!! Vamos em 26 jornadas sem beneficiar de uma expulsão durante os 90 minutos (tivemos duas, já depois do jogo acabar: Arouca e agora Boavista). Se esta estatística não é um recorde, deve estar perto...
- Nesta 1.ª volta, os Corruptos já jogaram 222 minutos em superioridade numérica, o Sporting 100 minutos, o Benfica 0 minutos!!!
Os Corruptos beneficiaram de 6 expulsões no Campeonato, 11 em todas as competições, o Benfica só beneficiou de 1 expulsão na Taça de Portugal!!! Sendo que várias das expulsões nos jogos dos Corruptos foram na 1.ª parte das partidas... várias com duplo Amarelo, isto quando nos jogos do Benfica, é quase impossível um adversário levar Amarelo na 1.ª parte dos desafios, a excepção foi no Benfica-Moreirense apitado pelo Luís Godinho, de resto os poucos Amarelos mostrados foram quase todos por 'palavras'!!! E normalmente são os jogadores de vocação ofensiva a levarem com Amarelo, cedo... defesas, ou médios-defensivos, que jogam contra o Benfica, só levam Amarelo após os 60 minutos. Isto é verdade, em 90% dos casos!!!!
O mais curioso, é que esta 'tendência' disciplinar nos jogos do Benfica, começou na última época, com uma vergonhosa campanha do Rui Santolas, contra as supostas exageradas expulsões em jogos do Benfica... Sendo que as 14 expulsões que o Benfica beneficiou na época anterior (7 na 1.ª volta), foram todas (repito: todas) justificadas!!!
- Ainda outro pormaior: dos 11 golos que o Benfica sofreu nesta 1.ª volta, existem para mim, 5 golos precedidos e ilegalidades claras... sendo que ainda podemos somar, o golo sofrido nos Barreiros, onde a ingenuidade do Ederson 'desculpa' o erro!!! Praticamente 50% dos golos, não deviam ter acontecido: 3 no Boavista-Benfica; 1 no Benfica-Setúbal (fora-de-jogo); 1 no Arouca-Benfica (precedido de penalty sobre o Rafa na outra área)!!!


Em Chaves, a expulsão do Rúben Semedo foi pacífica, aliás o 2.º Amarelo até podia ter sido um Vermelho directo!!!
Ao minuto 81 o Chaves, pediu penalty... a bola tocou no braço do Esgaio, a intencionalidade é duvidosa, mas o jogador do Chaves estava em fora-de-jogo (não assinalado). Jogada muito parecida com o golo mal anulado ao Mitro na mesma baliza em Chaves!!! A bola chega ao avançado após um ressalto de bola (não um passe...), mas o último a tocar na bola é mesmo um jogador do Chaves...
Já agora, um pormenor que me deixa irritado:
- Parece que o CD está a 'embirrar' com o facto do Jesus, ter falado num conferência de imprensa quando já estava suspenso!!! Não é muito mais grave, um treinador suspenso, estar em contacto constante com o Banco, à descarada, via telemóvel?!!!! Na UEFA isso não acontece, com o treinador a ser obrigado a ir para a bancada, e a ter a 'companhia' de um delegado, para impedir a comunicação com o Banco... Mas no Tugão aparentemente, ninguém se preocupa com isto...

Fábio Veríssimo continua a sua ascensão no Tugão, agradando às pessoas certas, desta vez o Pintinho ficou contente: a expulsão do Chico Geraldes antes do intervalo é ridícula:
- o 1.º Amarelo é um lance dividido, onde os dois jogadores entram de 'carrinho', o Geraldes, até faz o corte na bola, e só depois se dá o choque com o adversário (recordo que o 1.º golo dos Corruptos nasce deste Livre...).
- 2.º Amarelo, num lance onde o Danilo está completamente sozinho entre 4 ou 5 defesas do Moreirense... e supostamente leva o Amarelo, por parar um contra-ataque!!!
Para um árbitro que esta época no Arouca-Benfica deixou os da casa distribuírem pau por tudo o que aparecia-lhes à frente... e que na última época, tanto nos decisivos Boavista-Benfica, como no Marítimo-Benfica voltou a permitir jogo faltoso repetido, no Bessa houve mesmo jogo violento...
Mas o zelo, ficou-se pelo Chico Geraldes, porque muitas outros lances idênticos, mas como as faltas foram cometidas por jogadores Corruptos os Amarelos ficaram no bolso... com a PorkosTV a ajudar à 'festa', escondendo como é habitual várias repetições, como por exemplo uma falta do Filipe aos 46 minutos, sobre o Dramé que seria o 2.º Amarelo (Filipe que ainda antes do 1.º Amarelo, já merecia ter levado um Amarelo aos 33 minutos...), Ainda tivemos o Mini e o Herrera, com entradas 'alaranjadas' no início da partida, a ficarem sem qualquer cartão!!! Herrera que ainda deu uma cotovelada a um adversário na 2.ª parte... e o Mini atropelou dois adversários em contra-ataques, intencionalmente, também no 2.º tempo, e terminou o jogo sem qualquer cartão...!!!

Anexos:

Benfica
1.ª-Tondela(f), V(0-2), Pinheiro, Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), E(1-1), Oliveira, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
3.ª-Nacional(f), V(1-3), Soares Dias, Nada a assinalar
4.ª-Arouca(f), V(1-2), Veríssimo, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
5.ª-Braga(c), V(3-1), Sousa, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
6.ª-Chaves(f), V(0-2), Martins, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
7.ª-Feirense(c), V(4-0), Luís Ferreira, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
8.ª-Belenenses(f), V(0-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-0), Esteves, Nada a assinalar
10.ª-Corruptos(f), E(1-1), Soares Dias, Prejudicados, Impossível contabilizar
11.ª-Moreirense(c), V(3-0), Godinho, Prejudicados, Sem influência no resultado
12.ª-Marítimo(f), D(2-1), Vasco Santos, Prejudicados, (1-4), (-3 pontos)
13.ª-Sporting(c), V(2-1), Sousa, Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Estoril(f), V(0-1), Paixão, Prejudicados, (0-4), Sem influência no resultado
15.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Rui Costa, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
16.ª-Guimarães(f), V(0-2), Almeida, Nada a assinalar
17.ª-Boavista(c), E(3-3), Luís Ferreira, Prejudicados, (3-0), (-2 pontos)

Sporting
1.ª-Marítimo(c), V(2-0), Nuno Pereira, Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-1), Hugo Miguel, Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Corruptos(c), V(2-1), Martins, Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Almeida, Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
5.ª-Rio Ave(f), D(3-1), Pinheiro, Nada a assinalar
6.ª-Estoril(c), V(4-2), Capela, Beneficiados, (4-3), Sem influência no resultado
7.ª-Guimarães(f), E(3-3), Soares Dias, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
8.ª-Tondela(c), E(1-1), Rui Costa, Beneficiados, (0-1), (+1 ponto)
9.ª-Nacional(f), E(0-0), Vasco Santos, Prejudicados, (0-1), (-2 pontos)
10.ª-Arouca(c), V(3-0), Xistra, Beneficiados, Impossível contablizar
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Veríssimo, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
12.ª-Setúbal(c), V(2-0), Rui Costa, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
13.ª-Benfica(f), D(2-1), Sousa, Beneficiados, Sem influência no resultado
14.ª-Braga(c), D(0-1), Hugo Miguel, Beneficiados, Sem influência no resultado
15.ª-Belenenses(f), D(0-1), Tiago Martins, Nada a assinalar
16.ª-Feirense(c), V(2-1), Esteves, Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
17.ª-Chaves(f), E(2-2), Almeida, Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Veríssimo, Nada a assinalar
2.ª-Estoril(c), V(1-0), Luís Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(f), D(2-1), Martins, Prejudicados, (0-1), (-3 pontos)
4.ª-Guimarães(c), V(3-0), Sousa, Nada a assinalar
5.ª-Tondela(f), E(0-0), Hugo Miguel, Beneficiados, (1-0), (+ 1 ponto)
6.ª-Boavista(c), V(3-1), Almeida, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Nacional(f), V(0-4), Rui Costa, Beneficiados, Sem influência no resultado
8.ª-Arouca(c), V(3-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
9.ª-Setúbal(f), E(0-0), Pinheiro, Nada a assinalar
10.ª-Benfica(c), E(1-1), Soares Dias, Beneficiados, Impossível de contabilizar
11.ª-Belenenses(f), E(0-0), Oliveira, Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
12.ª-Braga(c), V(1-0), Xistra, Beneficiados, Sem influência no resultado
13.ª-Feirense(f), V(0-4), Luís Ferreira, Beneficiados, Impossível contabilizar
14.ª-Chaves(c), V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
15.ª-Marítimo(c), V(2-1), Esteves, Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Paços de Ferreira(f), E(0-0), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
17.ª-Moreirense(c), V(3-0), Veríssimo, Beneficiados, Sem influência no resultado

Jornadas anteriores:
1.ª jornada
2.ª jornada
3.ª jornada
4.ª jornada
5.ª jornada
6.ª jornada
7.ª jornada
8.ª jornada
9.ª jornada
10.ª jornada
11.ª jornada
12.ª jornada
13.ª jornada
14.ª jornada
15.ª jornada
16.ª jornada

Épocas anteriores:
2015-2016

O caos da Luz, Bruno, Jesus e... Cruyff

"Luís Ferreira deve ser visto como vítima do que réu. E ainda a autoridade de Jesus, minada por Bruno de Carvalho em Chaves...

O fim de semana trouxe-nos uma inevitabilidade: depois de semanas de pressões directas e indirectas, a arbitragem, na pessoa de Luís Ferreira, cedeu e o juiz de Barcelos assinou um trabalho desvirtuado no estádio da Luz, durante o Benfica - Boavista, com prejuízo para a equipa da casa. Neste caso, flagrante, creio que o árbitro deve ser visto como, sobretudo, uma vítima das circunstâncias criadas em torno das condições para o seu desempenho, sucumbido, como elo mais fraco da cadeia, à necessidade de parecer imparcial recorrendo à parcialidade, não num, nem em dois, mas sim em três lances capitais. Foi inteligente Rui Vitória ao não colocar nos considerandos que realizou após a partida, preferindo saudar o inconformismo dos seus jogadores, que estiveram perto da reviravolta completa. Mas deverá também meditar nas razões de tão pálida exibição do Benfica na primeira meia hora em que apenas as camisolas entraram em campo. Não há evolução sem autocrítica e os encarnados não deverão cair nos erros que vitimaram leões e dragões, mais os de Alvalade do que os da Invicta.
Já de Chaves chegaram notícias mais complexas, porque o que aconteceu na cabina do Sporting depois do jogo dos flavienses coloca em causa, sobretudo, a autoridade de Jorge Jesus. Além de que é muito pouco avisado falar de cabeça quente, como fez Bruno de Carvalho... Mas não há treinador que resista a um presidente que se intrometa ente ele e os jogadores, limitando-lhe a margem de manobra e subalternizando-lhe o discurso. Jorge Jesus, em tantos anos de carreira, nunca tinha tolerado isto a nenhum presidente. Até agora... A propósito, lembro aqui um episódio que testemunhei em Barcelona, no dia do primeiro treino de Luís Figo em Camp Nou. Johan Cruyff, ídolo de Jorge Jesus, andava de candeias às avessas com Josep Luís Nuñez, presidente do Barça e teve, na conferência de imprensa, uma frase de lapidar que traduzia, afinal, a sua forma de estar na vida: «Aqui, no que respeita ao futebol, o presidente só tem um poder: despedir-me. O resto é comigo». Na verdade, se não houver uma linha nítida entre a acção do treinador e a intervenção do presidente, o caso estará sempre mal parado. E, antes do resto, Jesus e Bruno de Carvalho precisam de decidir sobre essa matéria.

ÁS
Marco Silva
Começou com o pé direito a aventura que abraçou na Premier League, com uma vitória sobre o Bournemouth, que aliviou o Hull City da lanterna vermelha. O caminho que o espera está pejado de escolhos, precisa de reforços, mas com o talento que tem mostrado por onde passou poderá levar a água ao seu moinho.

Duque
Luís Ferreira
Para além dos lances dos golos do Boavista na Luz, o árbitro de Braga falhou num capítulo difícil de compreender: deu apenas quatro minutos de compensação, tornando-se cúmplice do anti-jogo. E ainda há escassas semanas o Conselho de Arbitragem fez pedagogia no sentido de os árbitros não pactuarem com tais práticas...

Duque
Jorge Jesus
O Sporting perdeu 17 pontos ao longo da primeira volta de 2016/17; durante toda a Liga de 2015/16, os leões desperdiçaram apenas 16 pontos. Estes números nem precisam de ser torturados para nos contarem a história de uma temporada difícil, pintada em tons mais negros com a saída da UEFA e eliminação da Taça da Liga.

São Pedro boicotou o Dakar 2017
A inclemência dos elementos tirou brilho à edição dest ano do Dakar, provocando o cancelamento de vários troços que poderiam ser decisivos. Mesmo assim, no automóveis venceu Stéphane Peterhansel, o suspeit do costume, enquanto nas motos a armada portuguesa... portou-se bem.

Ortega y Gasset
No caso de Inês Henriques, 36 anos, uma mulher é ela e as suas circunstâncias. A verdade é que a atleta do Clube de Natação de Rio Maior ganhou ontem lugar na história do atletismo mundial ao estabelecer o primeiro recorde mundial dos 50 quilómetros marcha (1.08.35h), reconhecido pelo IAAF. A partir de agora, Fernando Mamede (1984, Estocolmo, 27.13.35h nos 10 mil metros) não está sozinho na galeria dos portugueses recordistas do mundo. E Porto de Mós, onde decorreu a competição, juntou-se a Lisboa (Stadium do Sporting) como palco lusitano de recordes do mundo (Fortune Gordien, Estados Unidos, lançamento do disco, 56,47m, 9 de Julho de 1949).
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

A Lei 3: os jogadores (ou melhor, os verdadeiros artistas do jogo)

"Na rubrica de hoje, a terceira desde que iniciámos o objectivo a que nos propusemos, falaremos sobre outra das leis do futebol.
A Lei 3 - Os jogadores
É inegável que são eles os verdadeiros artistas do jogo. Os actores principais deste filme. São eles que desfilam classe, talento e magia. Mas a verdade é que também estão sujeitos a um conjunto específico de regras, plasmado nesta lei.
Comecemos então pelas mais fáceis:
O jogo é disputado por 11 jogadores de cada lado, sendo que um deles tem que ser o GR (obrigatoriamente).
A lei diz que nenhum jogo pode começar (ou continuar) se uma das equipas ficar reduzida a menos de 7, mas há uma excepção: se algum jogador decidir sair deliberadamente do relvado só para que a sua equipa fique em inferioridade numérica (estratégia), o árbitro pode aplicar a lei da vantagem - se ela for possível - mas após a interrupção seguinte, já não pode recomeçar a partida: é caso para dizer que aí "o tiro pode sair pela culatra"...
Outra fácil: podem ser feitas três substituições em jogos oficiais.
Nos jogos particulares, as equipas podem fazer as que entenderem, desde que cheguem a acordo e que informem o árbitro antes do início da partida.
Nos jogos particulares de Selecções AA já é diferente. Só podem ser efectuadas - no máximo - 6 alterações (e nas mesmas condições). A ideia aqui é não quebrar o ritmo de jogo com interrupções sucessivas.
Mais uma que pode ser útil: um jogador substituído não é obrigado a deixar o terreno pela linha de meio campo, mas pode fazê-lo por aí, se quiser.
Ou seja, o árbitro não pode obrigá-lo a sair pela linha mais próxima. É uma escolha do atleta (regra geral, voam pela linha que está mais perto quando estão a perder e saem calmamente pela de meio campo quando o resultado convém. Arriscam o amarelo mas, na prática, conseguem muitas vezes quebrar o ritmo de jogo). Nesta matéria, pensamos que a lei devia ser revista... certo?
Agora uma gira: sabia que qualquer jogador de campo pode trocar de lugar com o seu GR, durante o jogo? A condição é que o árbitro seja informado e que isso aconteça numa interrupção.
Mas se, por acaso, essa troca acontecer sem que o árbitro saiba, ela é validada na mesma (ou seja, o "novo" GR pode até jogar a bola com as mãos na sua área, sem ser penalizado por isso). A única coisa que a lei impõe aí é que, na primeira interrupção, o árbitro exiba amarelo a ambos. Meio estranho, mas é o que está escrito...
Mas há mais...
Por exemplo, o que fazer quando outras pessoas entram no terreno de jogo, com este a decorrer?
Se for um elemento oficial da equipa (treinador, por ex.), um suplente, um jogador já expulso ou até um elemento estranho (adepto, por ex.), o árbitro só interrompe a partida se essa pessoa "interferir" no jogo. Se isso não acontecer, "no passa nada" (claro que se for alguém ligado a uma das equipas, será sempre sancionado disciplinarmente).
Mas se essa interferência existir (por ex., o elemento a mais joga a bola ou impede fisicamente alguém de a disputar), o jogo é logo interrompido, a pessoa retirada do terreno e a partida recomeça com pontapé livre directo ou pontapé de penálti (caso a pessoa a mais seja alguém ligada ao clube). Se a interferência for provocada por um elemento estranho, a partida deve reiniciar com bola ao solo, no local onde ela se encontrava quando foi interrompida.
Já viram como não é tão fácil como parece? Vá, leiam de novo estes últimos parágrafos. À segunda parece sempre mais fácil.
Agora a parte mais interessante (alteração recente): se a bola se dirigir para uma das balizas e a interferência não impedir um defensor de jogar a bola, o golo é válido na mesma (mesmo que exista contacto com a bola). A excepção é se a bola entrar na baliza adversária.
O crime não compensa...
Para terminar, outras notas importantes:
Se um jogador que tiver deixado o terreno com autorização do árbitro (por exemplo, para tratar uma lesão), regressar ao jogo sem o seu conhecimento, será advertido (ou seja, vê amarelo). Aí, o jogo só não será interrompido de imediato se esse jogador não interferir na partida ou então se houver lugar à aplicação da lei da vantagem. Caso o árbitro interrompa, das duas uma: ou assinala pontapé livre indirecto (caso o atleta que entrou sem autorização interfira sem cometer qualquer falta) ou pune-o de acordo com a lei, caso ele tenha realmente infringido (por ex, com livre directo se, ao reentrar sem permissão, ele jogue a bola com a mão no meio campo ou com pontapé de penalti, se ele rasteirar um adversário na sua área). Ufa!
Se após ser obtido um golo, o árbitro perceber - antes do jogo recomeçar - que havia uma pessoa a mais (por exemplo, uma das equipas estar a jogar com 12), deve:
Invalidar o golo se a pessoa a mais estava oficialmente ligada à equipa que marcou ou se tratava-se de um elemento estranho que interferiu directamente na partida (atenção: ver excepção sublinhada, uns parágrafos acima).
Validar o golo, se a pessoa a mais estava oficialmente ligada à equipa que sofreu o golo ou se tratava-se de um elemento estranho que não teve interferência no jogo.
Por último, a bronca: se o árbitro só se aperceber disso (que estavam pessoas a mais no momento no momento em que um golo foi marcado) após o jogo ter reiniciado com pontapé de saída... nada a fazer. O golo vale na mesma, seja em que circunstâncias for. E o juiz de campo assume o erro (gravíssimo) e relata os factos no seu relatório à entidade organizadora dessa prova. Este seria um "erro de direito" que seguramente daria direito a protesto e a repetição de jogo...
Já está. Não tudo, mas parte do que mais importa. As mais desafiantes ainda não chegaram.
Para a semana há mais...
Até lá."

Benfiquismo (CCCL)

O primeiro jogador oriundo dos Balcãs,
com sucesso no Benfica...
... outro está a aparecer!!!