Últimas indefectivações

Vitória...
Bastidores: A conquista da 9.ª Taça de Portugal
DAZN: The Premier Pub - “Gyökeres encaixava neste Arsenal?”
Zero: Tema do Dia - Polémica entre Proença e Gomes: o que se está a passar?
Zero: Ataque Rápido - S06E35 - Vem aí clássico com Porto tónico
Zero: Afunda - S05E50 - Lebron vs Steven A, despedimentos e pressão
BI: ANÁLISE | Contas do clube e SAD
Terceiro Anel: Bola ao Centro #119 - Hora de igualar as forças!
Visão: S06E27 - Gil Vicente...
Falsos Lentos - S05E31 - O Manuel está muito molhadinho

domingo, 2 de março de 2025

Vitória sobre o Vitória...


Benfica 85 - 68 Guimarães
22-15, 28-16, 18-22, 17-15

Regresso após as Seleções, com uma vitória tranquila, apesar das ausências. E com a 'novidade' Radic em excelente forma, estreando-se... Um regresso, após várias épocas e como ficou provado hoje, com a ausência do Carvacho vai ser muito útil...

Sem espinhas...

Sp. Espinho 0 - 3 Benfica
17-25, 16-25, 21-25
Nivaldo(11), Pablo(11), Banderó(9), Lobo(8), França(8), Godleweski(7), Violas(2), Leitão, Japa, Natário, Eshenko(dnp), ALejandro(dnp); Casas, Bernardo

Sem espinhas, mesmo! O Sporting local já não assusta...

Regresso às vitórias...

Torrense 1 - 3 Benfica

Vitória em Torres, num jogo onde o marcador esteve sempre apertado, algo perigoso no Futsal...

Juniores - 5.ª jornada - Fase Final


Guimarães 0 - 4 Benfica
Capucho, T. Pinto, Umeh, Dudu


Goleada em Guimarães, recinto tradicionalmente complicada, com algumas ausências...

Juvenis - 5.ª jornada - Fase Final


Benfica 5 - 0 Setúbal
Fernandes, Anísio(2), J. Neto, Isaac


Goleada, com alguns regressos, na véspera de jornada importante em Alcochete...

Kanal - Tamos Juntos...

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Muito Benfica


"A atualidade benfiquista, o lançamento do livro dedicado aos anos 60 do futebol benfiquista pela voz do bicampeão europeu José Augusto e o 121.º aniversário do Benfica hoje na BNews.

1. Grandeza incomparável
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, marcou presença na apresentação do livro "José Augusto e o Benfica dos anos 60" e assinalou o 121.º aniversário do Clube: "Aproveito também esta ocasião para dar os parabéns a todos os Benfiquistas por estes 121 anos. Estamos todos de parabéns, estou certo e estou convicto que os nossos fundadores estão orgulhosos da obra que construíram, e que todos juntos tentamos dar seguimento e honrar este clube da melhor forma. São 120 anos de glórias, de conquistas, e com certeza que irão vir muitos e muitos e muit
os mais anos da mesma forma. Parabéns a todos os Benfiquistas, (…) acima de tudo, pelos sócios do Clube, numa altura, também, em que chegámos aos 400 mil, e, por mais que queiram imitar-nos, seremos sempre os maiores do mundo."

2. O Benfica e José Augusto na mais gloriosa década
Os memoráveis e vencedores anos 60 do século XX da história do Clube foram relatados pela lenda encarnada, numa obra apresentada no dia do 121.º aniversário do Sport Lisboa e Benfica.
Na opinião de Rui Costa, Presidente do Sport Lisboa e Benfica, José Augusto é "um nome dos mais históricos e emblemáticos" do nosso Clube. "Uma vida dedicada ao nosso Benfica e, para além dos títulos que obteve e que são hoje os títulos mais importantes da história do nosso Clube, tudo o que ele representa enquanto homem, enquanto desportista, enquanto Benfiquista é um orgulho para todos nós", disse.

3. 121 anos de glória
Veja ou reveja os vários conteúdos alusivos ao 121.º aniversário do Sport Lisboa e Benfica.

4. Unum
Quatro adeptos do Benfica, das mais diversas esferas da sociedade, partilham as suas surpreendentes histórias de vida. Porque em cada pessoa pode e deve haver um vencedor.

5. Viva o Sport Lisboa e Benfica
121 vezes Leonor Pinhão viaja, através do Museu Benfica – Cosme Damião, até aos primórdios, com paragens em alguns dos "momentos exemplares da história" benfiquista, na qual destaca "a melhor ideia do século XX português": a fundação do Clube.

6. Mensagens de parabéns
O Benfica está de parabéns pelo 121.º aniversário.

7. Últimos resultados
A Equipa B do Benfica ganhou, por 1-2, na visita ao Chaves. Triunfo também do andebol benfiquista na deslocação ao ABC (34-37). Esta manhã, os Juvenis de futebol receberam o Vitória de Setúbal e venceram por 5-0.

8. Jogos do dia
Os Juniores de futebol visitam o Vitória SC (15h00).
Na Luz há as seguintes partidas: basquetebol no masculino e no feminino, respetivamente com Vitória SC (19h00) e CAB Madeira (15h00).
Em voleibol, o Benfica visita o SC Espinho (17h00). Em futsal, deslocação ao recinto do Torreense (13h00). A equipa feminina de andebol atua no reduto da Academia São Pedro do Sul (15h00).

9. Protagonista
A futebolista do Benfica Laís Araújo é a entrevistada da semana. "Queremos muito o penta", assume.

10. Renovação
Anna Gasper e o Sport Lisboa e Benfica estendem a ligação até 2027. "O Benfica é como se fosse a minha segunda casa. Quero ganhar mais títulos no Clube", afirma.

11. Em destaque
Os principais conteúdos e temas que marcam a agenda do Sport Lisboa e Benfica nas diferentes plataformas do Clube.

12. Casas Benfica
As mensagens de parabéns de muitas das embaixadas do benfiquismo espalhadas pelo mundo."

Por um jogo mais justo


"Até há poucos anos, não havia, nos órgãos gestores de modalidades desportivas, a nível mundial, nenhum que se comparasse, em corporativismo, conservadorismo e retração à inovação, ao IFAB (International Football Association Board), uma espécie de guardião independente das Leis do Jogo, integrando representantes da FIFA, mas também das federações nacionais de Inglaterra, de Gales, da Escócia e da Irlanda do Norte.
Retificações, pequenas ou grandes mudanças, ideias mais ou menos adaptáveis ao curso de um jogo de futebol foram pensadas ao longo dos anos, mas as suas introduções graduais nas dinâmicas e nas competições domésticas e internacionais foram sempre objeto de grandes refluxos e de enorme contenção.
O surgimento da possibilidade de recurso ao VAR (Video Assistant Referee), consignando quatro pontos de intervenção do mesmo num protocolo de atuação, foi um passo (de) gigante na modernização da arbitragem e na colocação ao seu dispor de ferramentas de aproximação da verdade desportiva que, de outro modo, continuaria muitas vezes subvertida ao poder discricionário de um juiz central e de dois assistentes, muito embora se salvaguarde a permanente intenção de decidir da melhor forma em cada circunstância e momento de um jogo.
Mesmo assim, e continuando (obviamente) a decisão final a pertencer ao juiz central de campo, as equipas VAR de apoio têm-se confirmado de inexcedível utilidade, em face dos meios disponíveis, ao mesmo tempo que se confirma a necessidade de aprimorar o protocolo de intervenção, os seus timings e a metodologia seguida. Sempre, sublinhe-se, em nome do jogo, da sua verdade, da sua dinâmica, dos protagonistas e, em última instância, dos adeptos, elemento essencial de suporte a tudo o que diga respeito ao Planeta Futebol.
Chegamos ao que verdadeiramente motiva a nossa conversa de hoje: as potenciais alterações que estão à porta, a uma distância muito curta de aprovação, teste e implementação no jogo de futebol, à escala global.
E, se tivermos em consideração que uma das leis mais questionadas e questionáveis, e até de mais difícil interpretação (mesmo com recurso ao frame e ao VAR), é a Lei XI (a lei do fora de jogo), decerto ficaremos agradados com a perspetiva que agora se coloca para o futuro a longo prazo: com a proposta em cima da mesa, apenas será considerado offside um jogador cuja totalidade do corpo se situe, à altura do passe de definição da legalidade da jogada, totalmente à frente (no sentido do ataque da sua equipa, evidentemente), do penúltimo adversário até à linha final.
Simples, objetivo, aparentemente muito mais fácil de interpretar e analisar do que a atual letra de lei, mais confusa e passível de interpretações e imagens de linhas paralelas de implementação, no mínimo, discutível. A partir do momento em que esta alteração seja formalizada, diminuirão, decerto, as discussões estéreis sobre a matéria, as dúvidas em relação a uma alta percentagem das jogadas ofensivas e, sobretudo, fica também o jogo beneficiado numa perspetiva competitiva, uma vez que as equipas em situação defensiva terão de passar a atuar com muito mais cuidado e rigor nas marcações (sejam individuais ou zonais), para evitar sobressaltos e situações desagradáveis junto às respetivas balizas.
Por outro lado, a eterna questão do tempo de jogo parece a caminho de uma razoável solução, continuando embora a garantir o princípio sagrado de que o árbitro central é, em rigor, o único cronometrista de uma partida de futebol. O que está agora em equação é a possibilidade de paragem efetiva de cronómetro para evitar evidentes situações de perdas (ou ganhos, conforme o interesse e a interpretação…) de tempo. O comportamento antidesportivo de jogadores em situação de vantagem no marcador será exemplarmente punido, não através da disciplina tradicional (a admoestação com o cartão amarelo), porque, em rigor, o árbitro não é médico e não pode ajuizar da legitimidade de uma queixa física, mas com a paragem do cronómetro e consequente compensação, após os 45 minutos dessa parte, e em igual período do tempo entretanto hipotecado.
São duas alterações de fundo, e em contraponto com o tal conservadorismo reconhecido ao IFAB. Mas o jogo, como o conhecemos, deve evoluir para parâmetros mais equitativos e justos, mais desportivos e definidores de um espetáculo limpo, em que a verdade desportiva, esse tão significativo quanto, por vezes, vago conceito, seja estimulada e respeitada.
Se a elas associarmos a possibilidade de, em determinados momentos de um jogo e em número bem definido, os treinadores poderem desafiar uma decisão arbitral, solicitando intervenção junto dos Video Assistant Referees para certificação, congregamos uma participação mais direta mas, ao mesmo tempo, responsável dos treinadores, envolvendo-os no processo de apuramento da legalidade e, curiosamente, dotando-os de uma visão interior do jogo e das dificuldades que o trabalho arbitral concentra e apresenta.
Talvez aí possamos ver cada vez menos o que, por exemplo, foi bem visível no último Benfica-Sporting de Braga, para a Taça de Portugal, no Estádio da Luz, com os dois treinadores (sobretudo o da casa...) a darem um triste espetáculo de protestos, gritos e asneiras para a equipa de arbitragem e as suas decisões. Mesmo que entendamos o momento, a adrenalina e com o óbvio desconto para as emoções à flor da pele, o exemplo é péssimo e a imagem de profissionais e clubes fica, evidentemente, agregada às situações…

Cartão branco
Depois de José Manuel Constantino, o movimento olímpico português tem a obrigação moral e efetiva de continuar um caminho de crescente dignificação, agregação e criação de condições de excelência para que, ao cabo de cada ciclo olímpico, os Jogos que o finalizam disponham da melhor e mais qualificada participação de delegações nacionais. Laurentino Dias e Fernando Gomes corporizam candidaturas íntegras, com dirigentes profundamente experientes e entendedores dos princípios e da Carta Olímpica, e suficientemente agregadoras de amplos setores, entre federações desportivas, antigos atletas e atuais praticantes e dirigentes. De raízes distintas mas com objetivos comuns, Dias e Gomes prometem uma luta justa, digna e… olímpica.

Cartão amarelo
Gosto genuinamente de José Mourinho. Um treinador com garra e espírito de conquista, pronto a sair da zona de conforto e a tentar desafios pouco imagináveis ou, no mínimo, muito complexos. Conheço bem a Turquia e a sua Superliga. Um campeonato duro, muito competitivo, de rivalidades ao limite e manifestações de adeptos a condizer. Junte-se Mourinho e a liga turca. Junte-se dois fatores explosivos e com o coração ao pé da boca. Só podia dar o resultado que tem dado. Ao lado de um Fenerbahçe que é a imagem, em competição, do seu técnico principal, um conjunto de fatores colaterais volta a prevalecer: arbitragens, dirigentes, organização. Mourinho terá de tomar cuidado para não ser 'devorado' pelas dinâmicas do futebol otomano, num jogo que não admitirá empate."

Fora de jogo: um centímetro é um centímetro


"O International Board vota neste sábado possíveis alterações com o fora de jogo a poder mudar; o que não vai mudar é que o futebol continuará a ser decidido por centímetros

O VAR chegou a Portugal em maio de 2017. Quase oito anos depois, continua a gerar a mesma confusão. O desconhecimento dos adeptos ainda é imenso, o que significa que as explicações têm sido insuficientes e quando existem são «desviadas» por indivíduos pouco interessados em esclarecer e muito interessados em arranjar álibis.
A confusão e o desconhecimento não são apenas realidade portuguesa, porque se perguntarem a qualquer adepto por esse mundo fora quantas leis tem o futebol talvez não obtenham a resposta. Eu, por exemplo, recuso-me a discutir arbitragem com quem não sabe.
Portugal foi dos primeiros países a introduzir o VAR, dos primeiros a colocar linhas de fora de jogo e pioneiro também na comunicação dos árbitros ao público no estádio. Também é um país onde um jogo termina e existem programas de arbitragem logo a seguir aos principais clubes estarem em campo e vários comentadores especializados. E mesmo assim, o público continua sem perceber em que ocasiões o VAR pode intervir, como são postas linhas, porque existem telemóveis para comunicar com a Cidade do Futebol, câmaras em postes e que os árbitros têm todas as imagens disponíveis e não apenas aquelas que o realizador de determinado canal mostrou em determinada transmissão. Se o público não entende, a culpa não é do público. É de uma indústria que procura culpados, quando ninguém está inocente, de um futebol em que os intérpretes buscam demasiadas vezes o direito a um golo ilegal.
Neste sábado, o International Board vota sobre alterações às Leis do Jogo. Atrevo-me a dizer que a mais significativa é a possível mudança no fora de jogo. Uma alteração que não tem por base melhorar o jogo – ainda que possa muito bem haver questões estratégicas a rever -, mas sim tentar acabar com a discussão. A tecnologia já tem ajudado, mas ainda está dependente de qual se compra - os grafismos da Liga dos Campeões são mais esclarecedores e geram mais confiança que as linhas da Liga portuguesa – e ela vai continuar a ser fundamental para esclarecer pessoas. Esta mudança, porém, pode cair em saco roto, porque um frame continuará a ser um frame e um jogador estará totalmente adiantado, sem nenhuma parte do seu corpo a intercetar uma linha com um defesa, dependendo de quando a bola parte – lá está, o frame…
O futebol continuará a ser um jogo de centímetros. E com esta ou outra regra de offside, se estiver um centímetro em fora de jogo estará um centímetro em fora de jogo.
As Leis do futebol são 17."

Júlio César descobre craques via IA


"Júlio César, tricampeão no Benfica, agora usa a Inteligência Artificial (IA) para descobrir novos talentos do futebol.
O ex-guarda-redes, ao lado de outro internacional brasileiro, Luiz Gustavo, ainda atleta do São Paulo, é embaixador do CUJU, uma aplicação que pretende revelar o primeiro futebolista com base no último grito da tecnologia e, segundo o site oficial, distribuir prémios e apresentar os melhores a um batalhão de olheiros.
Na primeira etapa, em Florianópolis, no sul do Brasil, o CUJU, operado 100 por cento por IA, dividiu dezenas de pretendentes a craque em quartetos ao longo de partidas de nove minutos, com fase de grupos, meias-finais e final, separados por categorias etárias e por géneros.
Decore estes nomes: João Vítor Xavier, Kauã Caetano, Pedro Gil, Kailan Meller, Nauã Gabriel e Ryan Granja, nos rapazes, e Amanda Gabrielly, Marina Gil e Larissa Prudêncio, nas meninas, já estão apurados para a próxima fase da competição.
Seguem-se etapas noutras praças do Brasil, como Blumenau e Joinville, também na região sul, até em junho 60 miúdos e 30 miúdas terem a oportunidade de disputar a finalíssima, em Itajaí, a casa do clube profissional Barra FC — a finalíssima é A Jornada. «A tecnologia chegou para nos ajudar», disse Julio Cesar, hoje com 45 anos.
«A iniciativa do CUJU é muito interessante, a plataforma consegue identificar os melhores talentos com o uso da IA mas a fase presencial também é importante para testar não só a qualidade técnica mas o desempenho físico e mental dos meninos», acrescentou.
Julio Cesar, que foi convocado para três mundiais pelos canarinhos (não chegou a entrar em campo, em 2006, mas foi titular em 2010 e 2014), além da Luz, fez história no Flamengo e no Inter.
Os irmãos Caio e Vitor Lo, autores do Banheiristas, canal de Youtube com desafios de futebol de muito sucesso entre jovens, ajudaram Julio Cesar e Luiz Gustavo como jurados. «Avaliar o desempenho de todos com o sonho de virarem atletas profissionais não é uma tarefa fácil mas foi uma experiência divertida, ter Luiz Gustavo e Júlio César, dois profissionais que já ganharam tudo no futebol, ajudou muito a escolher os vencedores», disse Caio. «O nível técnico é muito alto e muito aproximado, já conseguimos perceber que alguns meninos podem tornar-se grandes promessas», completou Vitor.
O CUJU, plataforma de IA com a cara do século XXI, pede emprestado o nome a um desporto chinês jogado no século III antes de Cristo que é considerado um antepassado do futebol. Vamos ver se será o futuro dele."

Vítor Roque no Palmeiras: O ponto de viragem para a Nova Era no Futebol Brasileiro


"A transferência de Vitor Roque do Barcelona para o Palmeiras representa mais do que uma simples operação de mercado, é a face visível para o planeta futebol do que está a acontecer no futebol brasileiro, evidenciando a crescente capacidade de investimento dos clubes nacionais e o fortalecimento da competitividade à escala global da sua gestão desportiva.
Nos últimos anos, o Palmeiras consolidou-se como um dos clubes mais bem geridos do Brasil, combinando equilíbrio financeiro com resultados desportivos impares na história que o nosso Abel Ferreira ajudou a escrever para o clube. Sob a presidência de Leila Pereira, o clube tem investido fortemente na manutenção de um plantel competitivo, na modernização das suas infraestruturas e, agora, na contratação de talentos que, até há pouco tempo, eram impensáveis resgatar ao futebol europeu.
A chegada de Vitor Roque ao Palmeiras marca uma mudança de paradigma.
Historicamente, o Brasil sempre foi um exportador de talentos. Agora, assistimos a um movimento contrário: um jovem avançado promissor, que havia sido recentemente adquirido pelo Barcelona, regressa ao país para representar o "Verdão".
Esta transferência reflete o fulgor financeiro do Palmeiras, mas também o novo futebol brasileiro. Com o crescimento das receitas televisivas, com patrocínios robustos, e a implementação de uma gestão mais profissional, clubes como o Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro estão a conseguir competir no mercado internacional de transferências, como nunca acontecera antes.
Os dados do Global Transfer Report da FIFA mostram que o Brasil continua a ser o maior exportador de talentos para a Europa. Entre 2011 e 2020, os clubes brasileiros transferiram 15.128 jogadores para o estrangeiro, gerando 7,1 mil milhões de dólares em receitas, tendo sido Portugal o principal destino, acolhendo 1.556 jogadores brasileiros durante este período.
Em 2024, o Brasil manteve esta liderança, com 2.350 jogadores "exportados" dos quais resultaram 1,9 mil milhões de dólares em receitas, o que torna evidente como o jogador brasileiro agora custa em média aproximadamente o dobro do que era pedido na década passada. As transferências para Portugal continuam a ser as mais frequentes, com 262 jogadores que movimentaram 33,9 milhões de dólares.
No sentido inverso, entre 2011 e 2020, registaram-se 934 transferências de Portugal para o Brasil, refletindo essencialmente o regresso de jogadores brasileiros em final de carreira após passagem pelo futebol europeu. No entanto, apenas em 2024, registaram-se 223 transferências de Portugal para o Brasil, movimentando 24,8 milhões de dólares, o que é bem demonstrativo do aumento deste fluxo de Portugal para o Brasil, e de como o Brasil começa a pagar pelos jogadores a atuarem no campeonato português.
Comparando com a década anterior, observa-se um crescimento significativo na capacidade de negociação dos clubes brasileiros. Se antes os clubes europeus monopolizavam os talentos emergentes no Brasileirão, agora os clubes brasileiros começam a ter capacidade para competir financeiramente logo no momento da sua retenção e, invertendo até, o fluxo que foi tradicional durante décadas.
Há dez anos, um jogador do nível de Vítor Roque dificilmente regressaria ao Brasil tão cedo. Mas hoje, clubes como o Palmeiras já têm estrutura financeira e desportiva para oferecer um projeto de carreira competitivo ao jogador que sente que não está a dar necessariamente um passo atrás regressando ao Brasil.
Esta mudança terá um impacto direto na forma como os clubes europeus encaram o mercado sul-americano. Se antes Portugal era um destino natural para jovens talentos brasileiros devido ao baixo custo e à facilidade de adaptação, agora os clubes brasileiros começam a rivalizar diretamente com Benfica, FC Porto e Sporting na disputa por jogadores, e começam mesmo a cobiçar alguns frutos das melhores escolas de formação de Portugal.
A contratação de Vítor Roque pelo Palmeiras não será um acontecimento isolado, é sim um reflexo visível de um futebol brasileiro que procura reinventar-se.
Talvez seja agora que o Brasil se afirma não apenas por formar os maiores talentos do futebol mundial, mas também por ter alguns dos mais interessantes projetos desportivos do Mundo, por enquanto apenas ao nível dos seus clubes, mas quem sabe no futuro também ao nível das suas competições que ainda sofrem bastante com a sobre dosagem do seu calendário e de muitas influências externas à sua organização.
Poderemos estar a testemunhar o início de uma nova era, onde o futebol brasileiro venha a tornar-se num destino competitivo para jogadores de elite no pico do seu potencial, e aqui igualmente para nosso prejuízo, que nos habituamos durante décadas a ter Portugal como ponto de passagem obrigatório para os melhores jogadores brasileiros de muitas gerações."

Terceiro Anel: 121...