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quinta-feira, 3 de março de 2022

𝗔𝗻𝗮́𝗹𝗶𝘀𝗲 𝗮̀ 𝘀𝗶𝘁𝘂𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗳𝗶𝗻𝗮𝗻𝗰𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗼 𝗦𝗟 𝗕𝗲𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮


"O SL Benfica tem sido diabolizado dentro e fora do campo e, quer queiramos quer não, só tem de se culpar a si próprio, pois no desporto nacional, dar a outra face nunca deu frutos. Simplesmente não se pode receber com abraços quem nos quer mal.
Na comunicação social o interesse era, pura e simplesmente, semear dúvida em tudo o que o SL Benfica fizesse. Lançar suspeitas mesmo não havendo provas nem sequer fortes indícios, apenas denúncias anónimas. Prova disso é o facto de termos assistido a uma reciclagem de notícias lesivas para a imagem e o bom-nome do clube. Tudo o que é negativo no Universo Benfica tende a ser extrapolado e escrutinado ao máximo. Em comparação com outros clubes, é notório que tudo o que é negativo é ignorado ou pouco desenvolvido e alvo de uma vitimização à moda do FC Porto.
Qual a razão para não haver programas especiais sobre a importante intervenção da CMVM que obrigou a FC Porto SAD a reverter as mais-valias das trocas de jogadores entre V. Guimarães e FC Porto? Por que não se discute e analisa ao detalhe as consequências que o FC Porto poderá vir a sofrer na sequência da tentativa de escapar ao Fair-Play Financeiro via esquemas – e que levaram o auditor EY a emitir uma opinião com reservas?
Ninguém pode esquecer que o capital próprio do Grupo FC Porto é de -171.835.855 euros (aprovado em assembleia geral de 10 de novembro de 2021). É bom também não esquecer que o Passivo Total do FC Porto é de 515 milhões de euros, com 95.7 milhões de euros a receber nos próximos 12 meses e contas a pagar no mesmo período no valor de 255 milhões! (ver aqui: https://i.imgur.com/VKb2N8o.jpg)
Em relação ao Sporting, este não só teve um perdão de juros da dívida, como também obteve um perdão, imperdoável, do BCP e Novo Banco à sua dívida financeira (nomeadamente 70% dos VMOCs representando cerca de 100 milhões de euros)! Se tivesse que pagar a sua dívida, que jogadores teria o Sporting contratado? Quantos salários deixaria de conseguir pagar aos seus jogadores?
O SL Benfica simplesmente não soube tirar partido das dificuldades financeiras dos seus inimigos. Se FC Porto e Sporting não veem o Benfica como rival mas sim como inimigo, o SL Benfica tem de responder na mesma moeda. O SL Benfica foi maltratado, espezinhado, insultado, gozado e, infelizmente, a Direção quis pautar pela diferença, contribuir para a pacificação e credibilidade da liga, mas é impossível negar os vários atropelos à verdade desportiva, quer no futebol quer nas outras modalidades, sem quaisquer consequências. Os máximos dirigentes da Liga e FPF são um ex-árbitro que roubava campeonatos ao SL Benfica e um ex-administrador financeiro do FC Porto.
É preciso também não esquecer que Pinto da Costa é alguém extremamente astuto e inteligente que montou um exército nos últimos 40 anos que o defende, seja dentro ou fora de campo, com jogadores e apanha-bolas à pancada, assim como políticos, banqueiros, deputados, polícias, dirigentes na Liga e Federação, claques, entre outros. A proteção a alguém que patrocinou uma guerra do futebol, que andou envolvido em variadíssimos escândalos de corrupção no desporto nacional é resultado de uma estratégia brilhantemente executada por Pinto da Costa. Não há outro dirigente com 40 anos de futebol e semelhantes escândalos no mundo inteiro. Nem nos países mais corruptos do mundo inteiro e, no entanto, é idolatrado desde o mais rufia português à nata da sociedade portuguesa. É obra!
Vieira, para compensar o ataque jamais visto no futebol português que teve como intérpretes um pirata informático que roubou digitalmente tudo o que era do SL Benfica e dois clubes de futebol – Sporting e FC Porto - cotados em bolsa (que se reuniram no Altis e alegadamente compraram essa correspondência roubada, truncando-a e retirando-a do contexto para atacar o SL Benfica, disseminando-a posteriormente através de blogs e canais de televisão), além da contestação interna no clube pelos fracos resultados e com medo de perder as eleições, decidiu investir 113 milhões numa época. Tendo em conta o contexto global derivado da pandemia era necessário haver prudência e não realizar um investimento que, contrariamente ao que se esperava, revelou ser catastrófico com derrotas em toda a linha e sem títulos ou troféus conquistados nos últimos anos.
Agora é tempo de contenção e de reverter o ciclo gastador, voltando à gestão desportiva passada que tantos frutos nos deu. Rui Costa tem que reduzir o salário e reduzir o nível de investimento no plantel de futebol, pois o nível atual não corresponde à exigência desportiva do clube. Para isso é necessário vender, emprestar e ver sair jogadores que poucos rendimentos têm dado e/ou poucos minutos têm nas pernas, de modo a dar espaço aos jogadores da formação. Os miúdos formados no SL Benfica não custam dezenas de milhões, nem necessitamos de dezenas de milhões para os manter. Estes vivem o SL Benfica, amam o clube e transpiram mística por todos os seus poros. Estes sabem que um jogo frente ao FC Porto é muito mais do que um simples jogo de vida ou morte.
Dito isto, como qualquer clube português necessita de vender para obter resultados positivos e uma vez que o SL Benfica teve um resultado com transações de direitos de atletas no valor de 307 mil euros a fechar o ano de 2021, terá que vender para obter lucros, não obstante de neste segundo semestre serem adicionados os prémios da Liga dos Campeões que ainda não foram contabilizados e rondam os 10 milhões de euros.
Uma última palavra relativamente ao resultado financeiro na ordem dos 5.6 milhões de euros. Ao invés do apregoado pela comunicação social e por algumas pessoas da esfera das redes sociais que nada percebem de finanças, este resultado demonstra o trabalho rigoroso que tem pautado a gestão da dívida financeira do clube. Aqui podemos estar descansados pois contrariamente aos nossos inimigos, todos os empréstimos do SL Benfica foram pagos sem quaisquer perdões de dívida ou intervenções da UEFA."

O Fura Redes: Youth League...

E Pluribus Unum, Ucrânia! | SL Benfica


"E Pluribus Unum, a divisa do Glorioso

“Valores mais altos se levantam e o valor mais alto que se levanta em termos futebolísticos chama-se SL Benfica”. Esta célebre frase proferida por Mário Wilson está sempre presente na memória dos benfiquistas e a verdade é que, no passado domingo, passou a fazer ainda mais sentido.
No encontro frente ao Vitória SC viveu-se um dos melhores e mais emocionantes momentos no Estádio da Luz. Aliás, pode ter sido um momento arrebatador vivido na “catedral”, mas também se pode dizer que foi um acontecimento marcante para o futebol português. Um acontecimento que só prova a grandeza do SL Benfica.
Em plena guerra europeia, entre a Rússia e a Ucrânia, têm-se vivido períodos de enorme dor e aflição, que não são indiferentes a ninguém. Roman Yaremchuk, jogador dos encarnados desde julho do ano passado, é natural de Lviv, uma cidade situada no oeste da Ucrânia, e é o único ucraniano a jogar na Primeira Liga.
Com todo este panorama de guerrilha, a cabeça e o coração de Yaremchuk estão divididos entre a profissão e o que está a acontecer no seu país. Apesar disso, o ponta de lança não quis deixar de treinar nem de jogar. Talvez o melhor seja manter a cabeça ocupada, ainda que possa ser algo quase impossível.
No entanto, importa referir, antes de mais, que o clube encarnado se disponibilizou prontamente a ajudar o ucraniano caso ele necessitasse.
Para além deste gesto, surgiu outro ainda maior. Um gesto que correu e que ainda corre o mundo. Em pleno estádio, no início do encontro em que os minhotos sairiam derrotados por 3-0, foram inúmeros os cartazes de apoio à Ucrânia e a Yaremchuk envergados pelos adeptos, mas o melhor estava para chegar.
Decorria o minuto 61, quando Darwin foi substituído por Yaremchuk, sendo esta uma das substituições mais emocionantes do futebol português. Assim que o uruguaio colocou o pé fora das quatro linhas, eis que Vertonghen, capitão dos encarnados no início dessa partida, corre até à linha para entregar a braçadeira ao ucraniano.
Seguiu-se um abraço sentido entre os dois e, quando o ponta de lança começa a correr para dentro de campo, depara-se com um estádio, com 40 mil adeptos, todo em pé a ovacioná-lo. Este momento não foi indiferente a ninguém e muito menos ao jogador que não conseguiu conter as lágrimas. Lágrimas estas que representam todo o povo ucraniano, uma vez que esta homenagem da Luz foi dirigida para a sua terra Natal.
Em momentos como este não há clubismos! Não pode haver. No entanto, tudo isto representou a grandeza de um clube – o SL Benfica. E o mundo que o diga. Sim, as imagens correram o mundo e a imprensa internacional, desde a América do Sul até à Austrália.
Ninguém ficou indiferente a este valor que mais alto se levantou. Mais tarde, o clube publicou um vídeo relativo a Yaremchuk e o jogador veio publicamente agradecer a todos os benfiquistas. A verdade é que não foi o único. Foram muitos os ucranianos que seguiram o agradecimento, inclusive clubes, como o Shakhtar Donetsk.
Este foi apenas mais um exemplo que provou que o futebol não são apenas 11 jogadores que correm atrás de uma bola. O futebol é muito mais e pode ter um impacto enorme noutros fatores. Nesse aspeto, o SL Benfica é um clube muito presente, habituado a grandes gestos, como por exemplo, aqueles que a Fundação Benfica tem.
E como não podia deixar de ser, os adeptos também contribuem para que isso continue a acontecer. Este momento emotivo foi apenas mais uma prova de que os benfiquistas são os melhores adeptos e não só. Foi mais uma prova de que Portugal está com a Ucrânia nesta guerra.
Este gesto do povo português, um povo habituado a grandes lutas, foi uma força extra para outro povo que trava agora uma das maiores batalhas de sempre. E Pluribus Unum, Ucrânia!"

Ucrânia

Vitória na Dinamarca


"Hoje abordamos mais uma presença nos quartos de final da UEFA Youth League, a iniciativa da Fundação Benfica em prol do povo ucraniano e a cerimónia de entrega dos Galardões Cosme Damião, com início às 21h30 e transmissão pela BTV.

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O triunfo, por 2-3, na Dinamarca frente ao Midtjylland, selou o apuramento do Benfica para os quartos de final da UEFA Youth League, garantido a sexta presença nesta fase da prova em oito edições, nas quais fomos finalistas em três.
O jogo começou muito bem para a nossa equipa com um golo madrugador de Diego Moreira, mas rapidamente a equipa dinamarquesa deu a volta do marcador. Com 2-1 aos 12 minutos, instalámo-nos na área adversária e as oportunidades de golo sucederam-se para finalmente chegarmos ao empate, perto do intervalo, por intermédio de António Silva. O segundo tempo foi disputado, embora com ascendente benfiquista, e foi Luís Semedo o autor do golo que garantiu a vitória por volta dos 79 minutos.
O treinador Luís Castro reconheceu o valor do adversário e considerou o resultado "justo" porque "coletivamente fomos mais fortes".
A próxima ronda, disputada também a uma mão em casa do adversário, está agendada para 16 de março, mas subsistem interrogações devido à guerra na Ucrânia, pois o nosso oponente resulta da eliminatória entre Dínamo Kiev e Sporting.

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"Juntos pela Ucrânia"
Já é conhecido como podemos ajudar o povo ucraniano através da Fundação Benfica, em colaboração com a SIC Esperança.
De hoje até dia 5, está em marcha uma campanha de âmbito nacional de recolha de bens de primeira necessidade, com múltiplos pontos de recolha, incluindo o Estádio da Luz, as Casas do Benfica, as Escolas de Futebol e as Official Stores aderentes.
Para ficar a saber quais são os pontos de entrega de bens de primeira necessidade, clique aqui.

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Hoje realiza-se a cerimónia de entrega dos galardões Cosme Damião para agraciar aqueles que mais se distinguiram no universo Benfica em 2021. Além das categorias de atribuição direta, são oito aquelas em que o vencedor é eleito por votação dos registados no Site Oficial do Clube.
O evento decorrerá no camarote presidencial do Estádio da Luz e terá transmissão em direto pela BTV, a partir das 21h30. A não perder!

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Nota final para os triunfos obtidos ontem em voleibol e futebol (Sub-17).
No vólei vencemos, por 0-3, em Esmoriz, e estamos apurados para as meias-finais da Taça de Portugal, no dia em que se soube que o nosso líbero, Ivo Casas, foi eleito o melhor jogador do grupo D da Liga dos Campeões na presente temporada.
Os Sub-17 de futebol deslocaram-se a Fátima e venceram, por 0-3, a turma local num jogo de acerto de calendário da Série Sul e assumiram, assim, a liderança desta fase da prova."

Uma colher de arroz amargo


"Ralf Vallone jogou no Torino mas saiu desiludido do futebol: ‘Non potevo piú rimanere in quel mondo!’

Riso Amaro foi, provavelmente, o primeiro grande sucesso do cinema neorrealista italiano, um género fascinante, pelo menos para mim. Nunca o vi em português (foi censurado pelo Estado Novo) mas, pelo que parece, terá tido uma versão traduzida como Arroz Amargo. Data de 1949, dirigido por Giuseppe De Santis, e traz-no uma Itália triste do período do pós-I Grande Guerra. Na estação de caminhos-de-ferro de Turim, um grupo enorme de mulheres parte para a a monda do arroz na região de Vercelli, um trabalho duro e desgastante que as obriga a ficar horas e horas de cócoras com água até aos joelhos.
Como bom italiano, De Santis, que foi membro do Partido Comunista e combateu os nazis durante o conflito, dá-nos um nunca mais acabar de close-ups de uma rapariguinha de 19 anos, de saias muito curtas e pernas esculturais, Silvana, a personagem principal, uma mondadeira que sonha com os Estados Unidos e em dançar boogie-oogie, sempre acompanhada por um gira-discos e um pacote de pastilhas elásticas. Silvana chamava-se mesmo Silvana, tanto no papel como na vida: Silvana Mangano, uma das sex-symbols do cinema de todos os tempos.
O protagonista de Riso Amaro é Vittorio Gassman, a fazer de Walter, que forma com Francesca (Doris Dowling) um casal de ladrões que roubou um colar valioso de um quarto de hotel e faz tudo para o levar clandestinamente para a América, mesmo que Francesca tenha de se disfarçar e passar, também ela, por uma colhedora de arroz. Marco, por seu lado, é um sargento passado à reserva que abandona as instalações que passarão a ser a morada das raparigas que chegam no comboio vindo de Turim.
Fica pelo beicinho por Silvana, mas esta não lhe passa muito cartão, mais atraída por Walter que vê como um bom passaporte para se pôr a caminho dos Estados Unidos. Para compensar, Marco trata de recusar os avanços de Francesca de forma um tanto ou qquanto precipitada já que fica sem nenhum dos pássaros na mão, isto é, sem uma nem outra das garotas que, ainda por cima, não eram nada de deitar fora.
Claro que Marco fez aquilo que o guião mandava e foi o mais profissional possível, refreando, se calhar, os seus mais íntimos instintos. Convém esclarecer que este Marco não era parvo nenhum. Marco era apenas o personagem. O ator era Ralf Vallone, um sujeito com uma longa e consistente carreira em Hollywood. Isto depois de ter sido jornalista de truz no Unità, em cuja redação conheceu o escritor Cesere Pavese que acabou por empurrá-lo para os braços de De Santis. Nunca tinha passado pela cabeça de Ralf tornar-se um ator.
Mas De Santis ficou fascinado com ele: «Nunca pensei que Ralf tivesse uma tão grande amplidão cultural e política. Fisicamente, era um verdadeiro atleta. Aliás tinha jogado numa equipa de futebol de Turim». Isso. E não tinha sido numa equipa qualquer. Tinha sido no Torino. Entre 1934 e 1939. Depois passou pelo Novara durante uma época e voltou a Turim para pôr um ponto final na carreira.
Raffaelle Vallone nasceu no dia 17 de fevereiro de 1917, em Tropea, na província de Vibo Valentia, na Calábria, mas os pais levaram-no para Turim ainda muito menino. Adorava futebol e tomou a decisão de se apresentar nos treinos das equipas jovens do Torino, o clube que dominava, na altura, o calcio, até ao momento que viu a sua equipa extraordinária desfazer-se em cinzas no desastre aéreo de Superga, com a queda do avião que a trazia de Lisboa sobre a basílica que se encontra nesse local nos arredores da cidade. Se o grupo principal era conhecido pelo cognome de Il Grande Torino, os juniores eram os Balon Boys (em homenagem ao enorme Adolfo Baloncieri).
Médio-direito, Ralf agradou aos treinadores e aos adeptos. Na época de 1934-35 ganhou a titularidade e conquistou a Taça de Itália com a camisola grená. O que não o impediu de manter-se como um estudante aplicado, frequentando simultaneamente os cursos de Filosofia e de Direito. Mal se viu licenciado, de canudos nas mãos, mandou o futebol às malvas.
Dedicou-se ao jornalismo de causas, foi responsável pelas páginas culturais do Unitá e crítico cinematográfico do La Stampa. Entrou para a Resistência Italiana contra o emergente fascismo de Mussolini, esteve preso na cidade de Como, escapou espetacularmente numa fuga que o levou a atravessar grande parte do lago a nado, teve tempo, depois do cinema, para se dedicar ao teatro, apresentando em Inglaterra com enorme sucesso em A View From the Bridge, de Peter Brooks. O futebol foi a única coisa que o desiludiu na vida. O seu Riso Amaro: «Non potevo più rimanere in quel mondo». Em Londres, Brigitte Bardot sentava-se sempre na primeira fila. Em todas as sessões. Só para olhar para ele."

Desporto, cidadania e vida privada


"Quem praticou Desporto, ou pratica, está habituado à disciplina, à austeridade, ao trabalho, ao sofrimento, à persistência, à paciência, à generosidade e também à solidariedade, à partilha e espírito de entreajuda...

Uma das “conquistas” de Abril de 74 foi a abolição da censura, ou melhor, do chamado Exame Prévio, do coronel Páscoa, de quem fomos uma das vítimas, durante 5 anos (de 1969/74), no jornal A Capital. Mas será que as pessoas estavam preparadas para viver em democracia depois de 48 anos de fascismo? Há aqui que chamar a atenção para uma realidade que os iletrados ainda não perceberam: é que há Fascismo de direita e de esquerda. Que fique bem claro que os adeptos, e filiados, da União Nacional eram tão Fascistas quanto o PCP é. Sim, nenhum deles queria a democracia, e o atual PCP também não quer a democracia, já que tem uma relação vertical de poder, ou melhor, tem uma hierarquia vertical, enquanto que em democracia a relação é horizontal.
Curiosamente o Desporto, o verdadeiro, conviveu de forma “pacífica” com a ditadura de Salazar, porque o Desporto não tem ideologia, embora todos os “regimes” políticos tentem servir-se dele para o instrumentalizar a seu favor e da sua propaganda política, no sentido de demonstrar a superioridade do seu “sistema” ou do seu partido político… Isso aconteceu desde sempre em todos os regimes, e em toda a Europa, antes e depois de 14-18 e de 39-45, ou seja, das duas Guerras Mundiais. Mas um dos valores superiores do Desporto é a performance, ou seja, o resultado, a marca, ali não conta a cunha, o cartão partidário, ou qualquer ‘‘irmandade” a que se pertença, ali ou corre os 100 metros e chega em primeiro, e é campeão, ou então é relegado para o plano da mediocridade e do esquecimento.
Mas o grande valor do Desporto, em democracia, é a interiorização do conceito de cidadania, que tem por base o respeito por nós próprios e pelos outros, o que, no seu conjunto, se chama a grei. Quem praticou Desporto, ou pratica, está habituado à disciplina, à austeridade, ao trabalho, ao sofrimento, à persistência, à paciência, à generosidade e também à solidariedade, à partilha e espírito de entreajuda, e acima de tudo isso, e por causa de tudo isso, está o respeito pela vida privada de cada um, que em democracia tem valor, já que em fascismo pode servir de “arma de arremesso” para liquidar inimigos políticos ou rivais dentro do partido político a que se pertence, e não só. E por isto ser assim, ficámos surpreendidos por alguns políticos terem vindo, à luz dos holofotes políticos, afirmar, de forma pública, algo da sua esfera privada, com muito “orgulho”, como se fosse importante o mundo ficar a saber que “saíram do armário”.
A comunicação social ao fazer um grande alarido da “confissão” dessas pessoas só veio provar que está a anos luz, de distância, de perceber as regras da democracia, e que certos fenómenos, tal como o desporto, não têm ideologia."

Sem sobressaltos...

Esmoriz 0 - 3 Benfica
22-25, 21-25, 20-25

Mais uma excelente vitória, num pavilhão que esta época, tem sido muito complicado ganhar...

Estamos na Final 4, da Taça de Portugal...

Agora é não facilitar nos dois jogos que faltam da época regular!

Qualificação...

Midtjylland 2 - 3 Benfica
Moreira, Tó Silva, Semedo


Nada fácil, numa partida, que bem feitas as contas, até nos correu bastante bem, tendo em conta aquilo que (não) jogámos!!!
Não podíamos ter começado melhor, com o golo do Diego... mas em 3 minutos, permitimos a reviravolta à equipa da casa! Até ao intervalo, fomos melhores, e fomos premiados com o empate, de bola parada, antes do intervalo...
No 2.º tempo, até arriscámos mais na procura da vitória, mas cometemos muitos erros, perdemos várias bolas, que deram contra-ataques potencialmente perigosos aos Dinamarqueses...
Mas a qualidade do Neves, acabou por inventar um cruzamento letal, que o Semedo não perdoou!!!
Até final uma expulsão totalmente desnecessária do Neves, que assim vai ficar de fora, no jogos dos Quartos...

Não é oficial (creio), mas deveremos jogar com o Sporting, já que o Dínamo de Kiev, na actual situação deverá 'abdicar' das competições! Temos melhor equipa, no recente derby de Juniores vencemos (nos sub-23 também fomos superiores), com os 'reforços' da B, ainda ficamos teoricamente mais fortes, mas é preciso rotinas e motivação... Curiosamente no último derby foi o Neves que marcou o golo decisivo!