Últimas indefectivações

domingo, 19 de agosto de 2018

Do Iznogoud (cá)

"Não é preciso ser grande sabedor de BD para conhecer o Iznogoud do Goscinny - esse escanifrado e desvairado grão-vizir que colou, dentro da sua alvoraçada cabeça, tresloucado desejo que era o único destino que ele queria para si (e só via em si):
- ... ser o califa no lugar do califa.
Numa Bagdad sem o encanto de mil e uma noites, Iznogoud (assim chamado pelo som solto por is no good) afunilou toda a sua vida nesse seu desígnio: tentar que o verdadeiro califa - o bom e pândego (mas também ocioso e preguiçoso) Harun Al Sindar se transformasse num pó de cinza por baixo dos seus pés.
Obcecado por esse destino que ele queria (e só via em si):
- ... ser o califa no lugar do califa
com a ajuda de Dillah Larath, o seu bronco criado, usou de tudo o pior para o conseguir: do vudu à invisibilidade, da feitiçaria aos insolventes, do toque de Midas ao olhar de Medusa.
Cego pela ambição, embrenhado em intrigas ou golpadas (umas vezes colérico, outras vezes cruel, outras vezes cínico, outras vezes maquiavélico), a realidade acabou sempre por soterrar-lhe os devaneios - com ele a cair vitíma dos seus truques, ardis, manigâncias, manipulações (sem que, no entanto, se resignasse - e parasse...).
Com a morte de Goscinny, Iznogoud continuou a sair da pena de Jean Tabary - e até virou filme. E, de quando em quando, aparece, sorrateiro, em espírito, num lugar qualquer, numa circunstância qualquer. Ao Sporting chegou sob a forma de Iznogoud de Carvalho. Conseguindo o que queria ser califa - quando não quiseram que califa continuasse a ser, ele não mais deixou de sacolejar (pelos meandros retorcidos da sua cabeça) página atrás de página do Príncipe de Maquiavel - sem se preocupar (ou inquietar) com o facto de (assim) poder arrastar o clube consigo para o último acto do Hamlet do Shakespeare (na tragédia da sua loucura). E, sexta-feira, voltou a surgir, por lá, no seu piorio - com mais trampolinices e desestabilização (torpes e ensandecidas)."

António Simões, in A Bola

#futebol. Deixem crescer o Gedson

"Gedson Fernandes, a nova coqueluche do Benfica, tem pinta de craque. Não o digo apenas pelo golo decisivo que marcou esta terça-feira em Istambul e que deixou os encarnados mais próximos da Liga dos Campeões. Digo-o pela forma como dá ao meio-campo da equipa qualidades de que ela estava órfã desde que Renato Sanches saiu para o Bayern de Munique: intensidade, combatividade e capacidade para acelerar o jogo de bola colada ao pé. Nisso lembra o “Bulo” da Musgueira, que era mais explosivo e possante fisicamente, mas que tinha menos disciplina táctica e era menos refinado a tratar o esférico.
O exemplo de Renato Sanches é importante, sobretudo agora que se fala do assédio dos ‘tubarões’ europeus ao médio do Benfica. Gedson – como Renato – não é ainda um produto acabado. É um protótipo de um grande futebolista mas que já apareceu mais vezes nas capas dos jornais do que na equipa principal do Benfica (três jogos). Aos 19 anos, precisa de tempo e de espaço para crescer e não encontrará um ambiente melhor longe da Luz. É bom lembrar que, quando foi para a Alemanha, Renato estava a caminho de ser considerado o melhor jovem jogador europeu, mas procura agora uma nova oportunidade no Bayern depois de dois anos em que pouco jogou.
Aliás, os grandes negócios que os três grandes fizeram recentemente com jovens jogadores portugueses raramente se traduziram em sucesso desportivo para os atletas. André Silva, que há um ano trocou o FC Porto pelo AC Milan por 38 milhões de euros, chegou agora emprestado ao Sevilha, depois de uma época em que marcou 10 golos, mas apenas dois deles na liga italiana; e João Mário, que há duas temporadas deixou o Sporting e rumou por 40 milhões de euros à outra equipa de Milão, o Inter, continua sem confirmar o potencial que mostrara em Alvalade e poderá estar também a caminho da Andaluzia, onde é disputado por Bétis e Sevilha.
Bem melhor está Bernardo Silva, que saiu do Benfica por pouco mais de 15 milhões de euros quando tinha disputado apenas 31 minutos na equipa principal e que hoje é uma das estrelas do Manchester City de Guardiola, que pagou por ele um valor que pode atingir os 70 milhões de euros. Mas isso só foi possível porque teve tempo (três épocas) para se afirmar num clube, o Mónaco, que não tem a mesma pressão dos gigantes do futebol europeu e porque encontrou um treinador – o português Leonardo Jardim – que soube tirar dele o melhor rendimento. Foi um bom negócio para o jogador, que não viu interrompida a sua progressão, mas foi talvez um mau negócio para os encarnados, que o poderiam ter vendido por muito mais dinheiro se fossem mais pacientes.
Continuar na Luz é o melhor para Gedson (e, já agora, também para Rúben Dias), que tem ali o ambiente ideal para se afirmar, e para o Benfica, que não se pode dar ao luxo de o perder porque não tem outro jogador como ele no plantel. A academia do Seixal é hoje uma fábrica de talentos, porventura uma das melhores da Europa, mas o que o adepto quer é ver essas jóias a envergarem a camisola do seu clube e não apenas a engordarem um pouco os saldos contabilísticos e muito os bolsos dos intermediários. Isto ainda é só futebol, mas também é (ou deveria ser) muito mais do que um negócio."

Gedson: nasceu uma estrela!

"Gedson Carvalho Fernandes, natural de São Tomé e Príncipe, 19 anos de idade e jogador profissional de futebol do S. L. Benfica, começou a ser recebido com loas de triunfo, pelos “entendidos” que já o viram jogar. Lancei um breve sorriso enigmático aos que sustentavam, sem margem para dúvidas, que “o miúdo tem diante de si um futuro risonho” e tratei de ver, pela televisão e com o indispensável rigor, o jogo Benfica-Fenerbahçe do passado 2018/8/14. Findo o jogo, telefonei a um amigo e, na meia-luz envolvente do meu humilde escritório, disse-lhe a grande conclusão a que chegara: “O Gedson está talhado, geneticamente, para ser um genial jogador de futebol”. Uma brevíssima advertência se impõe: não sou geneticista e sei que a genética é uma ciência relativamente recente, de crescimento exponencial e de futuro cada vez mais necessário ao estudo do ser humano. A descoberta da estrutura do ADN, das enzimas de restrição, dos “loci” cromossómicos deixou-nos na engenharia genética. “E a ciência genética, de contemplativa e consultiva que era, passou a ser interventiva, invasiva, agressiva até” (Walter Osswald, in Brotéria, Março de 1997). No entanto, já se congeminou programar pessoas, tentando fazer delas génios, nas várias áreas do conhecimento, e os resultados pouco têm de animador. Os génios, na Ciência, na Arte, na Filosofia, na Teologia, na Ética, na Política ainda não foram programados – nascem e encontram depois, na vida que lhes coube viver, o espaço ideal (designadamente no âmbito da educação e da cultura) para desenvolver as singulares virtualidades que biologicamente os distinguem. Descartes, nas suas Meditações sobre a Filosofia Primeira, questiona e questiona-se: “Mas o que sou eu então? Uma coisa pensante”. Mas, para chegar-se ao pensamento ou, se quisermos mesmo à cultura, houve que acontecer a complexificação da matéria. Dizia, com acerto, Teilhard de Chardin: “a matéria destila espírito”.
O “grande paradigma do Ocidente”, em que muita gente parece continuar a acreditar, tantos são os que defendem as expressões Actividade Física e Educação Física, como dois paradigmas de paradigmas, assenta sobre os princípios de redução, exclusão e disjunção: entre o sujeito e o objecto; entre o objecto e o contexto em que se insere; entre o físico e o espírito; entre os sentimentos e a razão; entre o homem e o animal; entre a natureza e a cultura. Donde, o facto da separação: entre a ciência e a filosofia; entre o facto e o valor; entre a cultura humanista e a cultura científica; entre o mundo da consciência (da moral, da responsabilidade, da subjectividade) e o mundo dos factos; entre a esfera privada (dos sentimentos, das emoções, da afectividade) e a esfera pública (técnica, prosaica, utilitária). O “grande paradigma do Ocidente” tem um método, o cartesiano-newtoniano. Caracteriza-se pelo interesse exclusivo dos aspectos quantitativos dos fenómenos e portanto da codificação matemática. Pretende ensinar que há leis necessárias e gerais que explicam o determinismo, o controlo e a previsibilidade. Sublinha que “conhecer” é, principalmente (ou exclusivamente) analisar, reduzir, separar, quantificar. Este paradigma da redução-disjunção “não é apenas co-organizador do conhecimento, mas também co-organizador da sociedade e da cultura que tudo controla, sendo controlado em resposta por aquilo que controla” (Robin Fortin, Pensar com Edgar Morin, Instituto Piaget, 2014, p. 168). Até que, nos primórdios do século XX, por oposição ao método analítico, surge o método sintético, dando lugar de relevo à qualidade, à relação cultura científica-cultura humanista. Enfatiza a singularidade de cada fenómeno e portanto o indeterminismo e refere que a cultura literária é necessária à cultura científica, como a cultura científica é indispensável à cultura literária.
Edgar Morin, com um verbo arrebatador e colorido, entrou de falar, a partir de meados do século XX, da urgência da complexidade que engloba o analítico e o sintético e o sistémico (a síntese unificadora), existentes numa totalidade. No ser humano, a análise biológica (assim presumo) gera um indivíduo e não um sujeito – este nasce de uma visão totalizante, sistémica, complexa do ser humano. François Jacob, um biólogo de renome universal, já escreveu (e eu, com ele, aprendi): “Não é a partir da biologia que pode formar-se uma certa ideia de homem. Pelo contrário, é com uma certa ideia de homem que pode utilizar-se a biologia, precisamente ao serviço do homem” ( El juego de lo posible, Grijalbo, Barcelona, 1982, p. 73). Do que venho de escrever se infere que um cientista de uma ciência hermenêutico-humana deve saber utilizar, hoje, no seu trabalho diário, os métodos analítico e sintético e… o decorrente da complexidade humana, que afinal os une. E que (permitam-me a minha intromissão, num trabalho deste jaez), sempre que estudem a complexidade humana, não esqueçam que a totalidade passado-presente-futuro encontra-se, viva, no sujeito que contemplam em séria apreciação crítica. Porque, durante 24 anos dei a minha modesta colaboração a várias direcções do Belenenses; porque, durante treze meses, fui adjunto do treinador Jorge Jesus, no departamento de futebol do S.L.Benfica – posso aditar, sem problemas, que já assisti a inúmeros treinos de futebol e que considero, hoje, uma farsa jocosa um treino de alta competição com as características que o fisiologismo cartesiano lhe impõe, como se fazia em anos distantes. O treino, hoje, destina-se a um atleta (ou jogador) que é homem e, simultaneamente, a um homem que é atleta (ou jogador). Quero eu dizer, como conclusão, que o Gedson, evidenciando qualidades naturais, para chegar ao “estrelato”, no mundo do espectáculo futebolístico, o desenvolvimento do que tem realizar-se-á tão-só, se nele o instinto for acompanhado de razão, a ciência de ética, o saber de sabedoria. Não pode duvidar-se da honestidade intelectual do treinador Rui Vitória, da amplitude da sua cultura (uma aliança do saber e da vida) e dos anos, tensos e intensos, da sua experiência de jogador e treinador de futebol. Licenciado em Motricidade Humana, escritor, com um raciocínio lógico que lhe permite dilucidar questões e formulá-las com grande clareza – já nele se instalou a convicção de que o Gedson precisa tanto de futebol como de compreensão, precisa tanto de disciplina como de sincera amizade, precisa tanto de inteligência como de afecto.
Quero eu dizer: nas rotinas pré-competitivas do treino, este jovem, que nasceu fadado para o futebol, há-de aprender a aprender e aprender a criar, designadamente redes de interdependência com os seus colegas de equipa. Uma acção, principalmente na alta competição desportiva, é uma decisão e um risco. Para tudo isto, o Gedson deve estar preparado, tanto individualmente como em equipa. Por força de uma cultura dominantemente racional e tecnológica, que é a nossa, hipertrofiamos o hemisfério analítico do nosso cérebro e deixamos de pôr em destaque, na relação professor-aluno, ou treinador-jogador, o teor afectivo que deve presidir ao convívio entre elementos da mesma equipa, da mesma comunidade. Teor afectivo, acentue-se, que não deverá descambar na permissividade, na indisciplina, na desvinculação dos grandes objectivos que justificam o grupo. Mas tudo isto o dr. Rui Vitória sabe. Eu só quis dizer que está a nascer um extraordinário jogador de futebol, no S.L. Benfica."

Futebol, turismo e agressões

"O futebol regressou em força. E apesar de ainda estarmos em Agosto, os ambientes desportivos já aqueceram.
Lá para as bandas da Croácia, dois jovens portugueses lembraram-se de usar camisolas do FC Porto e foram sovados até à exaustão por um conjunto de cobardes, certamente adeptos de um clube rival, que em manifesta superioridade numérica lhes atiraram montes de impropérios bem lusitanos, no intervalo dos socos e pontapés.
Calhou serem do FC Porto. Poderiam ser do Benfica ou do Sporting. Não importa. Só consigo dizer: inaceitável, intolerável! A necessitar de investigação urgente das entidades oficiais. Defendo há muito que os organismos que superintendem o futebol deveriam travar esta escalada de violência dos adeptos, acicatados por dirigentes e redes sociais afectas a cada clube.
Mas a Federação assiste impávida e serena a estas manifestações de violência. A Liga, idem, idem, aspas, aspas. De vez em quando, em discursos bem escritos, os respectivos responsáveis reconhecem que a violência tem de ser erradicada. E que se passa a seguir? Nada.
As suspeitas sobre a isenção de vários órgãos de poder no futebol adensam-se, as arbitragens têm erros de difícil compreensão, sobretudo a nível de VAR, e que sucede? Parece que nada. Alega-se que errar é humano... Ficam as redes sociais ao rubro, vocifera-se ódio e aguardam-se os próximos episódios, todos sob o mesmo registo - ou seja, suspeição dos visados.
Do Governo, em matéria de futebóis, não espero nada. Ainda há dias, António Saraiva - a propósito de uma incursão (demagógica) de António Costa sobre a disparidade entre ordenados das chefias e trabalhadores no sector privado (obviamente chocante em inúmeros casos) - referia ser estranho o primeiro-ministro falar de temas que têm a ver com accionistas das empresas e não se meter no futebol, onde a situação é muito mais gritante. Futebol é paixão; entradas de leão no mundo da bola garantem saídas de sendeiro. Ou seja, perda de votos garantida.
Sobra alguém para corrigir estas anomalias comportamentais em que tresloucados são olhados com respeito se forem das nossas cores clubistas e vociferarem contra os rivais?
Fica extremamente difícil, porque as ‘máquinas’ dos clubes, bem remuneradas, estão ao serviço do status quo.
Mudar o paradigma deveria ser a obrigação dos dirigentes das SAD cotadas, como defesa da indústria e sua credibilidade. Mas se estes não o fazem, se a FPF ou a Liga não actuam, será que a CMVM poderia ou deveria defender o mercado, já que os próprios actores invocam suspeitas de transparência?
(...)"

De Le Pen a BdC, a feira do grotesco

"Foi patente o embaraço em que ficaram o Governo e a Câmara de Lisboa, ao não quererem passar por censores da presença de Le Pen, remetendo-se a previsíveis manobras de bastidores

Chegados a meados de Agosto, parecia mesmo fatal mergulharmos na "silly season". Aí estão a polémica à volta do convite e desconvite a Marine Le Pen para participar na Web Summit e o mais recente e inusitado episódio da novela Bruno de Carvalho (BdC). A primeira deu azo a reacções e comentários muito egocêntricos - com declarações sonoras do tipo "eu sou da direita liberal" versus "eu sou da esquerda cosmopolita" -, alimentando a confusão sobre o que estava em jogo. Quanto ao segundo, foi mais uma ilustração do estado de anemia mental a que chegaram as televisões e outros media por causa da guerra das audiências (ou da conjugação de sonambulismo e carneirismo entre emissor e receptor da informação). Como as terras mais férteis de Moçambique estão a deixar de ser exploradas pelos moçambicanos
Vejamos o caso Le Pen. O que surpreende, desde logo, é a organização da Web Summit se ter lembrado de convidar a líder da extrema-direita francesa para intervir num debate onde ela seria uma presença absolutamente excêntrica e disparatada tendo em conta a natureza do evento (a não ser que se procurasse um mero efeito de provocação e oportunismo folclórico para ter eco nos media, o que, diga-se, foi efectivamente conseguido). Parece uma reedição do jantar programado (e desprogramado) para o Panteão em 2017, outra iniciativa disparatada mas com a intenção óbvia de chamar as atenções. Mas, cruzando as duas iniciativas, é legítimo suspeitar que os organizadores da Web Summit - ou, mais concretamente, o ultramediático sr. Cosgrave - estão à procura de um motivo para se indisporem com os patrocinadores oficiais da iniciativa e deslocá-la para outra cidade ou, então, negociarem um reforço do patrocínio em troca do seu comportamento compreensivo.
Em todo o caso, foi patente o embaraço em que ficaram o Governo e a Câmara de Lisboa, ao não quererem passar por censores da presença de Le Pen, remetendo-se a previsíveis manobras de bastidores enquanto durava o folhetim do convite-desconvite. Ora, uma coisa é não ter nada a ver com os critérios de programação do evento, outra é considerar despropositado o convite a Le Pen (a não ser, eventualmente, no contexto de um debate ideológico sobre os populismos, incluindo, por exemplo, o sr. Mélenchon).
Já agora, seria oportuno que o sr. Cosgrave esclarecesse quais são esses critérios que definem as fronteiras das escolhas para o palco da Web Summit, uma iniciativa dirigida ao chamado novo empreendedorismo tecnológico e a sociedade digital onde, convenhamos, os propósitos de Le Pen estão manifestamente deslocados. Não se trata de censurar ou não censurar escolhas, mas de considerar o sentido que fazem ou não num determinado contexto. É isso e só isso o que está em causa e não o legítimo direito de Le Pen e outros líderes populistas se exprimirem em todos os fóruns políticos e mediáticos apropriados.
Mas eis que voltamos a Bruno de Carvalho e à sua nova tentativa de assaltar o poder sportinguista e concentrar as atenções mediáticas (o que foi inteiramente conseguido, mesmo tendo contra ele o coro dos comentadores televisivos, batendo-lhe como num saco de boxe). Ora, uma das questões pouco abordadas mas que permitem esta nova gesticulação patética de BdC reside na formulação opaca da providência cautelar por ele interposta e que, pelos vistos, se presta a interpretações contraditórias. O chamado "juridiquês" é, aliás, responsável por muitas situações de confusão e bloqueio na nossa vida pública, alimentando conflitos e folhetins absolutamente desnecessários e de carácter perverso, como é o caso. Mas se não fosse esta feira grotesca de Le Pen e BdC, que seria feito da "silly season"?"

As seleções de ida e volta

"E finalmente declarou que sempre se sentiu argentino. Franco Vazquez, atacante do Sevilha FC que se tornou conhecido em Itália quando vestiu a camisola do Palermo, fez uma nova escolha de vida. Decidiu reabraçar a pátria de nascimento, respondendo à convocatória de Lionel Scaloni, seleccionador interino da equipa alvi-celeste. E até aqui nada seria estranho. Mas a estranheza surge se considerarmos que, no entretanto, Vazquez tinha respondido à chamada da selecção italiana, pela qual chegou a disputar duas partidas amigáveis. Aconteceu em 2015, quando o então seleccionador da azzurra, António Conte, lhe sondou a disponibilidade e depois o convocou.
Na altura, Vazquez acabara de obter o passaporte italiano, coisa que para um argentino não é difícil. E graças a esta situação de dupla nacionalidade, mas sobretudo porque não tinha a perspectiva de vir a ser chamado à selecção argentina, aceitou a chamada da sua segunda pátria. Com a camisola azzurra, Vazquez jogou contra a Inglaterra, numa partida que acabou empatada a um golo. E depois defrontou Portugal, em Genebra, jogo ganho pela equipa de Fernando Santos graças ao primeiro golo na selecção de Eder, que um ano depois haveria de assinar um tento muito mais importante para a sua carreira e para a história do futebol português. Isto aconteceu numa altura em que a relação entre Vazquez e a selecção italiana já terminara, sem arrependimento de qualquer das partes. E, além disso, nesse Verão de 2016 encerrou-se mesmo a relação do jogador com a Itália: a transferência para Espanha fez-se na semana da final do Europeu. Da experiência com a selecção italiana não teriam ficado sequer vestígios, não fossem os dois pedaços de jogo (65 minutos ao todo) jogados de azul entre Março e Junho de 2015.
Mas é mesmo aqui que está o ponto. Aqueles dois pedaços de jogo foram disputados mas, da forma como as coisas se desenrolaram, é como se não o tivessem sido. Porque aconteceram em desafios particulares. E segundo o que estabelecem os regulamentos da FIFA, os jogos particulares não são determinantes para a elegibilidade de um jogador para uma selecção nacional. Por essa mesma razão, Vazquez não teve dificuldade em aceitar a chamada da selecção argentina que em 2015 lhe parecia inatingível. E uma vez recebida a boa notícia, o atacante não teve problemas em confessar (numa entrevista ao canal televisivo TyC) que tinha aceite jogar pela Itália apenas porque não acreditava que alguma vez lhe fosse dada a possibilidade de jogar com as cores do seu país. E juntou que nunca deixou de se sentir argentino. Aplausos.
Nesta altura, convém esclarecer qual é o problema de toda esta história. O problema não é Vazquez ter continuado a sentir-se argentino quando vestia a camisola da selecção italiana. Isto faz parte de um futebol produzido pela globalização. De resto, outro argentino que defendeu as cores de Itália e até ganhou com elas o Mundial de 2006 (Mauro Germán Camoranesi, que se estreou contra Portugal, em 2003), também disse que se sentiu sempre pertencente ao país de origem apesar de jogar pela Itália. Portanto, não é essa a questão. O que não pode aceitar-se é que os jogadores façam estas viagens de ida e volta entre selecções e que procurem tirar partido da convocatória da pátria de adopção para construir uma imagem e pressionar o país de origem. Manobras que seriam admissíveis se estivéssemos a falar de clubes, mas que não deviam ser admissíveis quando falamos de selecções nacionais.
E no entanto elas acontecem e continuam a acontecer. Porque a FIFA, a instituição que deveria proteger a credibilidade do futebol e a saúde das selecções, o permite através de um regulamento ridículo. Terá agora a coragem de admitir a falha e mudar as regras?"

“Aimar e Saviola brincavam com a bola. Agora, está aí o Jonas. Podes dar-lhes um melão, que sai dali desfiadinho”

"O lateral direito que completou esta semana 200 jogos pelo Benfica é o único tetracampeão português do clube. Desde os tempos em que Jaime Pacheco o lançou até à pedalada que fez até Fátima para agradecer o tetra, o médio-que-agora-é-lateral de 27 anos conta à Tribuna Expresso como olha para o futebol. (...)

Adivinha o autor desta frase: “O futebol era só uma brincadeira de crianças. Eles corriam, jogavam e brincavam.” Marcelo Bielsa, Carlos Queiroz ou... a avó de André Almeida?
Foi a minha avó? É capaz. Começou por ser uma brincadeira, mais pelo meu pai e pelo meu avô. Estava muito ligado ao atletismo, era o desporto que se praticava na minha zona. O meu pai andava muito ligado ao futebol, era treinador, e achou por bem levar-me. E eu comecei a gostar. Os meus amigos também participavam, e fui ficando. Ganhei o bichinho.

Um amigo teu disse-me que na rua ninguém queria jogar contigo, porque não passavas a bola a ninguém...
Na altura, tinha técnica, era assim [risos]. Ainda tenho, mas agora é outro tipo de técnica.

A tua avó também dizia que qualquer trabalho tem espinhos... Quais são os espinhos do futebol? 
Quando se quer atingir bons patamares, temos sempre de abdicar de algumas coisas que não nos deixam chegar tão longe. Temos de nos deitar cedo e acordar cedo, a alimentação tem de ser top. Para chegar a um nível top, temos de ter tudo top. Os horários... Temos de abdicar de certas coisas. 

Conheces Eusébio, Coluna, António Simões e Humberto Coelho, certamente. Como é que explicarias ao André que entrou nas escolinhas do Loures em 1999 que seria o único português da história do Benfica a ser tetracampeão [Paulo Lopes não jogou em 2014/15]?
Nunca pensei muito nisso. Sabia o que queria atingir, sabia que queria ser jogador profissional e que tinha de trabalhar muito para o conseguir. Se me perguntasses se iria fazer história, certamente não pensava ser tetracampeão, se calhar não pensava jogar num clube como o Benfica, mas trabalhei para isso. Sempre trabalhei muito. Os meus pais e avós sempre me incentivaram imenso a trabalhar. Como a minha avó diz: quem trabalha, Deus ajuda. E tem-me ajudado até aqui.

A seguir ao tetra, foste de bicicleta até Fátima para agradecer...
Foi uma coisa que fui pensando no final do campeonato. Jesus e Nossa Senhora têm-me ajudado muito na minha carreira, nunca tive lesões graves, nunca estive muito tempo parado. Tenho a oportunidade de estar na oitava época aqui, já são muitos anos no maior clube português. Sou feliz, estou na minha cidade. Está tudo bem com a minha família, com as minhas sobrinhas. Sinto-me bastante grato pela vida que me têm dado. Achei por bem agradecer dessa maneira, com um esforço. 

E as pernas aguentaram bem?
Até estive bem. Fui com um amigo que faz triatlo e com outro senhor que me ajudou na viagem e que conhece o caminho. Pensei que ia ser mais duro.

O futebol não é sempre a somar: perdeste duas finais da Liga Europa, desceste de divisão com o União de Leiria e com o Belenenses... O que é que traz a derrota?
Com o União já tinha saído a meio, mas fiz parte do plantel. A derrota ajuda-nos a crescer. Se soubermos reagir, é uma das maneiras que temos para crescer. Por exemplo, nas finais da Liga Europa... só as perde quem as joga. Agora, descer de divisão... Foram momentos complicados, tanto para o clube como individualmente. Eu estava a crescer, estava numa fase de adaptação ao futebol sénior. E custa sempre. Ajuda-te a crescer, ajuda-te a veres as coisas de outra maneira. Se não trabalhares, não vais chegar onde queres chegar. Vais sempre passar por esses momentos de dificuldade. E mesmo quando ganhas passas dificuldades. Todos os dias é um desafio novo. No futebol, é assim. Tens de estar sempre bem. Tens jogadores ao teu lado que trabalham e que esperam conquistar o espaço deles. Se não estiveres bem, entra outro. No meu caso, aconteceu muitas vezes. Quando colegas meus se aleijavam, eu tinha de estar preparado para corresponder da melhor maneira. As dificuldades fazem parte, tal como as derrotas.

Nesses momentos de aperto, às vezes são os miúdos que encostam, certo?
Essa mentalidade já mudou. Quando cheguei ao futebol profissional, se calhar, era mais dessa maneira. Era mais difícil um miúdo chegar ao plantel principal e impor-se. Agora, até pelo modo como a malta mais velha encara a vida, mais levianamente, somos vistos todos por igual. Quem está bem joga. Há um ambiente porreiro aqui, não há distinção se são miúdos ou graúdos. A malta aqui dá-se toda bem. A palavra família adequa-se bastante.

Estreaste-te na primeira divisão há quase dez anos, no Belenenses. O que disse, então, o Jaime Pacheco?
[sorriso] O Jaime Pacheco era engraçado. Lembro-me de falar comigo e com o Pelé durante a semana, de dizer que estávamos bem, que éramos atrevidos... Estávamos a perder com o Marítimo e ele disse: “Desfruta destes dez minutos, porque vais ter muitos mais ao longo da tua carreira.” E assim foi.

Eras médio, nessa altura. Ainda és?
Gosto de participar no jogo. Mas, honestamente, agora já me vejo como lateral, há muito tempo que não jogo como médio. Se tiver de desempenhar essa função... Tenho essa forma híbrida de jogar e consigo adaptar-me ao jogo.

Chegaste à Selecção em Outubro de 2013. A camisola 5 ficou guardada?
Sim. Tenho pelo menos uma camisola de todos os jogos que fiz. Na Selecção temos direito a duas. 

Como foi chegar a esse nível?
Quando saiu a convocatória, foi... foi demais lá em casa. A minha mãe e o meu pai, tudo a chorar. Eles são chorões. Foi um momento especial.

No segundo jogo, no Brasil, saíste lesionado, e até estavam a ganhar...
Aos EUA... Custou-me muito, não queria nada sair. Tenho ideia de que me aleijei num lance em que faço um carrinho, aos 10, 12 minutos. Queria jogar e ajudar a equipa a continuar na prova. Ao intervalo, quando os médicos me disseram “é melhor saíres, podes agravar a lesão”, custou-me imenso e fiquei no balneário muito triste. Era um momento especial estar num Mundial, a representar o meu país. Sou muito assim, na vida e no clube, não gosto de desistir, mesmo quando há uma contrariedade. Gosto de ver se vai mais além. Mas há que saber dosear também.

Esse Mundial não correu muito bem. Foi duro cair na fase de grupos?
Sim... pela qualidade da Selecção em si. Na nossa Selecção, cada vez mais têm vindo a aparecer muitos valores. Sair tão cedo da prova foi duro. Mas, lá está, as dificuldades fazem parte, e não há só coisas boas no futebol.

Voltemos ao Benfica. Preferes chouriço ou chocolate? OK, estamos a falar daquele golo ao Portimonense...
[risos] Nem chouriço nem chocolate. Honestamente, tentei chutar à baliza. Agora, se me perguntares se tentei meter a bola naquele sítio, não, a minha intenção até era chutar para a zona do primeiro poste. A bola saiu daquela maneira e saiu perfeita, porque entrou. Se calhar, se eu tivesse chutado de outra zona do campo e o guarda-redes tivesse feito uma grande defesa, já não se falava mais nisso. Fico feliz pelo golo, por ter ajudado a equipa, não mais do que isso. É um bom momento.

Sentes que neste futebol os laterais são cada vez mais valorizados?
Sim, pelo estilo de jogo, com muita saída a três, privilegia-se a integração dos laterais no jogo ofensivo. A defender, normalmente levas com os melhores jogadores da equipa adversária. É uma posição delicada. Penso que são cada vez mais valorizados por isso.

Com que extremo passaste mal?
Lembro-me de um jogo aqui na Luz, com o Mónaco, em que eu estava com febre. O [Yannick] Carrasco, pelo menos na primeira parte, estava a rebentar comigo. Ganhámos o jogo, não sofremos golos, foi o mais importante. Lá está, podes ter um dia menos bom, mas se a equipa te ajuda isso passa à margem. A nossa defesa saiu em grande, eu saí em grande, ganhámos.

É melhor defender perante extremos canhotos ou destros?
Prefiro... destros. Eles tendem a fugir para dentro. Ou seja, vão bater no meu apoio, no médio que faz a cobertura por dentro. Por isso, como isto é um desporto de equipa, prefiro apanhar com os destros, porque tenho sempre ajuda por dentro [sorri]

Se um miúdo perguntar que acções um lateral deve dominar, o que dirias?
Sempre fui muito ligado ao processo táctico. Acho que um lateral, acima de tudo, tem de defender bem. Depois, pensar em atacar bem. Primeiro és defesa, depois é que és lateral, senão serias extremo ou algo do género. Conhecer bem o processo defensivo é meio caminho para estares bem posicionado para atacar. Depois, podes ter ou não essa capacidade.

Que colegas é que fazem coisas nos treinos de ficar de boca aberta?
Ahhh, tenho aí muitos. Antigamente, Aimar e Saviola brincavam com a bola. Agora, está aí o Jonas, que também para o relógio e faz coisas de que ninguém está à espera [risos]. O Pizzi também tira uns coelhos da cartola.

É fácil jogar com esses que veem e pensam mais rápido do que os outros?
É. Eles veem o que a gente não vê, por isso é mais fácil. Podes dar-lhes um melão, que sai dali desfiadinho [risos].

Todos os anos fala-se sobre os laterais do Benfica. Com quase nove mil minutos na Liga, já estás imune?
A parte boa de estar num clube de topo é que há sempre competitividade, e isso ajuda-te a crescer. Quanto maior for a competitividade, mais eu vou crescer e o clube também. É uma boa conversa. Que continue a haver e que eu continue aqui a ajudar o clube."

Cadomblé do Vata

"1. O equipamento oficial do SLB tem calções brancos e o do Boavista pretos, ao contrário do que se viu hoje no Bessa... peço encarecidamente ao Rui Miguel Tovar que faça um Almanaque do Futebol Português e entregue uma cópia a cada funcionário da Liga.
2. O defesa esquerdo do SLB sofre de complexo Dr. Jekyl e Mr. Hyde... no nosso meio campo é Dr. Grimaldo o lateral cheio de classe; no meio campo adversário é Mr. Grísaias o lateral que acerta em cheio na bancada.
3. Os jogadores de futebol têm de se convencer que as suas acções são vistas por milhões de pessoas que depois as podem replicar... Castillo celebrou o golo de Gedson na Turquia dando-lhe o chamado pontapé no cú e os jogadores do Boavista acharam que não havia problema em dar biqueiros ao puto de 5 em 5 minutos.
4. Em relação ao meio campo do ano passado, Vitória tirou apenas Zivkovic e meteu Gedson... foi como tirar um Rolls Royce em modo limusina real e meter um Lancia Delta Integrale todo quitado para rallys.
5. Ferreyra tornou-se hoje no terceiro jogador do SLB a marcar no Bessa desde o regresso dos boavisteiros à Primeira Liga... visto que os dois primeiros foram Eliseu e Jonas, adivinho grandes coisas para a passagem do argentino pelo Glorioso."

Benfiquismo (CMXXIV)

Maracanã....

Papagaios no VAR?!!!

Vermelhão: na onda...!!!

Boavista 0 - 2 Benfica


Mais 'fácil' do que era expectável... O Boavista, criou uma oportunidade nos primeiros minutos (num contra-ataque, que começou com um pedido de Mão na Bola, junto da área do Boavista, que mais uma vez não teve direito a repetição...), e no resto da partida: Benfica a tentar atacar, nem sempre bem... e o Boavista a dar porrada, sem apelo nem agravo...
A máxima passa a bola, não passa o jogador é levada à risca no Tugão... são faltas atrás de faltas, onde os nossos adversários nem sequer tentam jogar a bola, as faltas sucedem-se sobre os nossos jogadores, de forma cínica, violenta... quase sempre com o beneplácito dos árbitros. Hoje, quando soube que seria o Manuel Mota a apitar, já sabia o que iria acontecer... O único árbitro da 1.ª categoria, que tem a 'fama' de ser Benfiquista, quando apita o Benfica mantém sempre este critério larguíssimo...!!!
A pressão alta começa a dar frutos. A grande diferença do Benfica deste ano, para a época anterior, é capacidade de pressionar alto... Sendo o Gedson o principal motor dessas motivações, contaminando inclusive os seus colegas... Ainda podemos melhorar, as linhas de pressão ainda devem estar mais próximas, mas neste jogo os nossos dois golos, nascem de recuperações altas...! Além disso, pressionando mais alto, os nossos adversários aproximam-se menos vezes da nossa área...
Sendo que este início de época mais exigente devido à Champions, faz com que neste momento a nossa intensidade de jogo, esteja acima de quase todos os nossos adversários internos...

A grande questão até ao jogo com o Nacional na Choupana: vai o Benfica aguentar este ritmo, com poucas alterações no onze?!!! Paok, Sporting, novamente Paok e Nacional, com três viagens de avião pelo meio...!!! Tudo em 2 menos de 2 semanas...!!!

O Pizzi voltou a ser nomeado o MVP da partida, mas muito sinceramente, não existiu um jogador que se destacasse, fizemos uma exibição colectivamente forte, com o Pizzi, o Salvio, o Fejsa, o Gedson em grande forma, o Grimaldo o Almeida, o Jardel o Rúben  muito bem... o Ferreyra a construir e a marcar um golo, mas ainda se nota que não 'percebe' aquilo que os colegas pretendem fazer no ataque... O Cervi, continua a ser na minha opinião, o jogador com menor rendimento ofensivo. Defensivamente não lhe poso pedir mais, mas... Mais um jogo com o Odysseias a transmitir confiança. Boas entradas do Alfa e do Zivko, deviam ter entrado mais cedo... e a estreia oficial do Félix...
Que dizer mais do Mota, se a entrada do Talocha não é para Vermelho, o que será?!!!

Recuperação, recuperação, recuperação... é aquilo que pedimos para Terça... O PAOK é uma equipa com menos talento do que o Fenerbahçe, mais tem mais atitude, vão ser dois jogos duros... e muito importante, cavar uma vantagem na Luz...



PS: No site da SAPO, fazem oficialmente os resumos vídeos dos jogos da Liga, que depois são colocados noutros canais, como o VSPORTS e até o site do Benfica... entre outros. Não é deste ano, já tinha notado em épocas anteriores, o critério utilizado neste site, para definir aquilo que são jogadas de perigo, ou casos de arbitragem é do mais anti-Benfiquista possível... É só mais, para juntar aos outros fantoches jornaleiros!!!