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Jogo Pelo Jogo - Dia inesquecível para o Padrasto | Jogo Pelo Jogo no Valadares Gaia x Benfica
No Princípio Era a Bola  - A sobranceria do Benfica custou caro a Bruno Lage. Já o Sporting vai para a reta final com o embalo emocional de Pote

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Finalmente...

3.ª Taça da Liga


Nun'Alvares 2 (2) - (3) 2 Benfica

Não foi fácil, mas a Ana Catarina resolveu... Grande atuação nos penalty's, numa partida, onde tivemos muito tempo em desvantagem, mas após a remontada, devíamos ter guardado a vantagem...

Empate...


Sporting 2 - 2 Benfica

Empate que até é favorável ao Benfica nas contas do campeonato, mas ficou a saber a pouco... os guarda-redes defenderam quase tudo, mas em jogo jogado o Benfica merecia mais, a Lagartada como de costume, foi criando perigo especialmente nas bolas paradas, com os mergulhos sucessivos!

O lance do Bessa com o Pinto, é um lance normal do Hóquei, não existe qualquer tentativa de agredir, ao contrário do que tem acontecido repetidamente ao contrário, são lances atrás de lances, época atrás de época! Ouvir o Broche a queixar-se deste lance é o cumulo do absurdo! O Broche, um assassino no ringue, que agrediu violentamente jogadores do Benfica!

Juniores - 4.ª jornada - Fase FInal


Benfica 2 - 1 Torrense


Expulsão desnecessária no início, o Torrense concretizou o penalty... e a jogar com 10, conseguimos empatar! Perto do fim, ficámos em igualdade numérica, e já nos descontos chegámos finalmente à vitória, também de penalty...

Juvenis - 4.ª jornada - Fase Final


Famalicão 2 - 2 Benfica


Marcámos primeiro, permitimos a reviravolta, e empatámos perto do fim...
Estas jornadas, após Seleções são sempre manhosas...

Alguém ficou triste na PorkosTV !!!

Sempre a inovar!

Deplorável...

Pinando!

Desta o Proença já se safou. 😂

Isto está a tornar-se um mix de Sopranos com Benny Hill

O que acha disto o doutor Varandas?


"NÃO É UMA IMAGEM PIRATA DA BANCADA É UMA IMAGEM DA EMISSÃO DA SPORTTV

O juiz-de-linha está bem posicionado.
O Diomande está bem adiantado.
O VAR tem todas as imagens, incluindo esta, que não é uma imagem tirada da bancada e eventualmente trabalhada por inteligência artificial, como a do lance do Florentino que ridiculamente virou caso nacional: é imagem da transmissão da Sporttv.
Mais: esta é a imagem que deveria dar lugar à colocação das linhas, porque é a que está no enfiamento da jogada.
Veremos o que tem a dizer sobre isto o doutor Varandas, o tal que o Porto afirma, e sabe do que fala nestas matérias, querer controlar isto tudo."

BI: Modalidades #167 - Semanada...

O Benfica Somos Nós - S04E42 - Boavista...

Falar Benfica - Conversas Gloriosas #9

Já percebi a entrevista do Varandas.

Voltámos às Linhas manhosas... favoráveis aos Chorões!

RTP Porco... como se viu a semana passada, no funeral do Gangster, a RTP Desporto (Porto), é incapaz de despir a camisola!

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

TNT: Melhor Futebol do Mundo...

Atypical: Is this the biggest RIVALRY in Portugal? (Benfica vs Porto GAME WEEK)

Lendários: Michel Preud'Homme

Vitória justa


"O Benfica ganhou, por 3-0, na receção ao Boavista, perante mais de 58 mil espectadores nas bancadas do Estádio da Luz. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Boa exibição
O treinador do Benfica, Bruno Lage, salienta: "É uma vitória com muito mérito. O mais importante, claramente, era vencer e conquistar os três pontos. Conseguimos juntar a isso uma boa exibição. Temos um grupo muito unido, e vimos isso hoje."

2. Objetivo cumprido
O autor do golo inaugural da partida, Belotti, partilha o que sente após a estreia a titular na Luz: "Contente por ter marcado um golo, e ainda mais pela vitória que era muito importante."

3. Ângulo diferente
Veja os três golos do Benfica ao Boavista de outro ângulo.

4. De volta a casa
Michel Preud’homme esteve na cerimónia da entrega dos Anéis de Platina e Emblemas de Dedicação aos sócios do Sport Lisboa e Benfica e presenciou o jogo com o Boavista, sendo homenageado no relvado durante o intervalo.

5. Reconhecimento da dedicação
Veja as melhores imagens e todos os momentos da entrega de Anéis de Platina e Emblemas de Dedicação 2025 a 1566 sócios do Sport Lisboa e Benfica.

6. Na final
A equipa feminina de futsal do Benfica ganhou, por 6-2, frente ao Futsal Feijó, e está na final da Taça da Liga, agendada para hoje, às 16h00, em Vila do Conde.

7. Outros resultados
A equipa B do Benfica empatou sem golos com o Paços de Ferreira (0-0); os Iniciados ganharam, por 1-4, frente ao Sporting; em voleibol, triunfo, por 3-1, ante o Vitória SC.
No feminino, as equipas de andebol, basquetebol e polo aquático foram bem-sucedidas frente ao Gil Eanes (14-28), ao Clube dos Galitos (78-44) e ao CA Pacense (7-25), respetivamente. A equipa feminina de râguebi sofreu um desaire com o Sporting (29-26).
Nesta manhã, os Juniores venceram, por 2-1, o Torreense; os Juvenis empataram a duas bolas (2-2) ante o Famalicão.

8. Bons desempenhos
Vitória Oliveira, atleta do Benfica, bateu o recorde nacional dos 3000 metros marcha com o tempo de 12:13.39 minutos nos Campeonatos de Portugal, em Pombal. É também a melhor marca mundial do ano.
Bárbara Timo, de regresso à categoria de -70 kg, conquistou a medalha de prata no Open Europeu de Varsóvia, na sua primeira competição internacional do ano. Na final, diante da alemã Dena Pohl, a judoca olímpica do Benfica cedeu numa projeção por ippon.

9. Jogos do dia
Além da final da Taça da Liga de futsal no feminino, há mais partidas do Benfica para seguir e apoiar.
Às 15h00, há dérbi com o Sporting, no Pavilhão João Rocha, em hóquei em patins. Nesta modalidade, a equipa feminina recebe o AE Física, às 18h00, na Luz. A equipa feminina de voleibol visita o Vitória SC, às 15h00, e a de polo aquático defronta o Sporting.

10. Em destaque
Os principais conteúdos e temas que marcam a agenda do Sport Lisboa e Benfica nas diferentes plataformas do Clube."

A invenção do futebol


"O começo desta história de que fatalmente todos somos cúmplices fez-se aos pontapés a cabeças pelas ruas sinuosas de Londres. Uma turba de bêbados, malfeitores, carteiristas, putas, até advogados e ministros pontapearam os primeiros esféricos cadavéricos que encontraram junto às sarjetas e deram-lhes uso da mais primária forma que podiam: ajeitaram a ponta da biqueira aos narizes mais profícuos porque não queriam que os odores putrefactos dos corpos em decomposição geográfica prejudicassem o turismo da Grã-Bretanha de um século anterior ao século passado.
Havia quem dissesse, entre-dentes e cheio de frio, que a torpe correria que afugentava os indígenas e estragava as roupas alinhadas em frente às janelas cheias de nevoeiro era coisa do demónio, que aquele sôfrego atropelar de gente, costas e unhas, braços e pernas pelas ruas abaixo aos insensíveis chutões de roliças cabeças de gente morta era o final feliz de uma história satânica que nem Jesus Cristo, afinal o melhor dos homens, podia contrariar face à tormentosa, porém genuína, ideia humana.
Começava tudo numa amena cavaqueira: dois homens discutiam os ângulos pelos quais a lâmina de barbear deve correr em direcção à espuma. Um defendia o projecto milenar e sem mácula do verticalismo começado no pescoço e acabado nas maçãs do rosto; o outro, mais gelatinoso, falava num certo condicionalismo da derme se não fosse executado o lance diagonal de aparar cuidadosamente os princípios pilosos segundo os quais o pêlo – louco e anárquico – deve ser levado ao engano, partindo de debaixo para cima e, a meio do trajecto do corte, surpreendê-lo com um toque incisivo e letal pela esquerda baixa. Ninguém sabia que tipo de assunto era aquele mas todos os que ladeavam os dois homens faziam expressões de assentimento e alguns, corajosos, chegavam mesmo a vociferar palavras de ordem: «exactamente, é assim que o corte deve ser feito!», «por mim, é tudo a eito», «tem razão o Senhor McFeist, sim senhor», «não pretendo provocar a ira dos demais, mas se me permitem…» e de repente as ruas de Londres estavam enxameadas de uma massa de indivíduos sem pobreza para vender nem riqueza para mostrar. Todos tinham opinião, menos um dos homens que iniciou a contenda sobre a forma exemplar de barbear a tromba visto que, antes de poder concluir a sua magnífica dissertação sobre a qualidade pubescente dos seus ascendentes, viu uma ponta-e-mola cortar-lhe o gargantil na zona onde quase nasciam imberbes penugens.
O sangue jorrou primeiro às golfadas pela zona onde os ossos acabam e se tornam macios num descanso de enseadas e pele amolecida pelos sons e líquidos que por dentro amaciam o externo do esterno. Parecia uma vaca no matadouro, de cabeça caída sobre a vertigem da gravilha-gravitação-gravidade e os dentinhos ainda atentos como se ainda pudessem vir enfrentar mais um trabalho aos maxilares. O povo de urgência clamou surpreendido mas logo a chusma esqueceu o degradante espectáculo e iniciou, de uma assentada e sem aviso filosófico (só havia padeiros, barbeiros e ilegais emigrantes), o que hoje pode ser considerado o jogo de futebol.
É curioso como uma morte a céu aberto pôde criar o nascimento precoce de um desporto tão dotado de inteligência humana. Não naquelas ruas, porém, onde já assistimos, de binóculos, ao corpo de um homem lançado para o chão enquanto a sua cabeça rola indistinguível pelas pedras, batendo contra as paredes da esquerda e da direita, porque a técnica individual dos praticantes – é bom de ver – ainda deixava bastante a desejar.
O primeiro tecnicista reputado de que há memória terá sido alguém que num assomo de criatividade e clarividência escolheu parar o jogo, meter um dedo na língua, levantá-lo ao vento, compreender os ângulos da humidade salivar contra a intensidade do clima e decidir uma matemática de remate. Calaram-se os adeptos perante tamanha manifestação prodigiosa de génio: a cabeça, na vez de rolar intensa para uma parede, seguiu em frente, pontapeada de lado demonstrando efeito – a técnica passava por aproveitar o aquilino nariz do defunto – parecia-nos judeu (não digamos isto em voz alta) – para, num encosto de método, levar o esférico a descer aos saltos a estranha rua de Saint Thomas.
A turba incendiou-se com aquele movimento, correram a abraçar o herói sem nome (mais uma injustiça da História), e, quando todos esperavam que aquilo fosse o início de uma nova era na mortandade sem lógica, alguém decidiu, enquanto pulava sobre os corpos desvairados aos pontapés e correrias, que estava inaugurado o futebol."

Lage rodou e ganhou e o Seixal a aparecer


"Benfica 3 -0 Boavista

Lage volta a apostar numa equipa cheia de novidades - contam todos, como ele diz, e o momento é mesmo de fazer descansar jogadores. Mas Aursnes e Kokcu, dois dos mais utilizados, vão ter que ir a jogo - não há mais ninguém para o meio campo.
E o Boavista, com treinador novo - Lito Vidigal, especialista de autocarros - e nove jogadores acabados de contratar, alguém sabe o que vale neste momento?

VAMOS AO JOGO!
12 Amdouni é o nosso agitador de serviço até ao momento. Nem sempre entra bem nos jogos como titular, hoje parece bem.
20 torna-se claro que para criarmos perigo temos que meter mais velocidade no jogo.
26 e o tempo que com este senhor do apito se demora a marcar uma falta? Sim, até as nossas, que temos pressa.
27 Belotti já se estreou! O trabalho é todo do Bruma, mas o italiano esteve excelente na finalização. Um-zero!
35 Belotti já ia repetindo a dose. Por muito pouco não fez o dois-zero. Dava jeito... Eu a acabar de escrever e ele novamente à beira do golo. Está bem, muito bem hoje!
40 até agora, do Samuel Soares ainda só vimos o bom jogo de pés que inegavelmente tem. É fácil entender o sentido do jogo. E vamos falhando jogadas muito boas - isto já tinha que estar três ou quatro a zero.
Michel Preud'homme homenageado no relvado ao intervalo. Saudades deste monstro das balizas que tantas vezes vi jogar na "velha" Luz. Dos melhores de sempre.
50 entrámos na segunda parte como acabámos a primeira: a criar perigo e a falhar golos.
51 bem o VAR: vermelho mais vermelho que isto é impossível. Vamos ver é como fica o Kokcu depois desta barbaridade.
54 Carreras faz uma abertura fabulosa para o Amdouni marcar, tão fácil, sozinho com o guarda-redes pela frente... e não é que falha?
55 já perdi a conta às oportunidades desperdiçadas nestes primeiros dez minutos da segunda parte.
60 espero bem que tanto golo falhado não venha a fazer falta mais à frente no jogo. Estamos a dominar, mas só está um-zero, certo?
67 o guarda-redes deles também está inspirado, coleciona já várias grandes defesas esta tarde. Pavlidis e Aktur para o jogo.
70 pronto, entraram e já trataram do assunto: o Aktur a assistir e o Pavlidis a marcar! Dois-zero.
73 o que este homem defende, nossa senhora!
75 penálti, penso que indiscutível. Kokcu!!! Três-zero.
58.022 para vero último classificado. Adeptos imbatíveis!
83 já lá estava o Nuno Félix, agora entrou o Prioste. Bom ver o Seixal a mostrar-se e a integrar-se.
90+4 ficámos a dever a nós próprios uma goleada das antigas. Quarta-feira há mais!"

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

Benfica-Boavista, 3-0 Despedaçar uma pantera para ultrapassar um leão


"Aconteceu o esperado: Boavista sem pernas para se opor ao Benfica. Um italiano, um grego e um turco marcaram os golos que permitem aos encarnados estarem, pelo menos até ao início do Aves SAD-Sporting, na liderança na Liga

Os números não eram favoráveis ao Boavista. Perdera os últimos sete jogos da Liga e neles só marcara quatro golos. Além disso, entrava em campo com três homens que não jogavam há quase um ano: o guarda-redes Vaclik, o defesa Lystcov e o extremo Koné. O Benfica, por seu lado, a jogar em casa e após ter eliminado o Mónaco na Champions, estava moralizado. E relativamente fresco, pois Bruno Lage manteve apenas Tomás Araújo, Otamendi, Carreras, Aursnes e Kokçu como titulares.
A esperança axadrezada centrava-se em Lito Vidigal, o homem que pegou no leme após a saída de Cristiano Bacci, especialista em sacar pontos em casa de grandes. Porém, o Benfica desbloqueou relativamente cedo o golo (28) e, quando Reisinho foi expulso no início da segunda parte (51), dificilmente o Boavista entraria na discussão do resultado. Terminou 3-0, como poderia ter terminado com mais dois ou três golos encarnados. Vida difícil para Lito Vidigal e Bruno Lage, pelo menos durante cerca de 24 horas, volta a ver o Benfica no topo dos topos da Liga.
O Benfica teria de apostar na paciência para furar aquilo que se previa fosse um muro construído em redor da baliza adversária. E assim foi. O Boavista entrou em campo com estratégia bem definida: três centrais (Lystsov, Abascal e Fogning), dois alas bem encostados aos centrais (Agra e Joel Silva), quatro médios (Van Ginkel, Seba Pérez, Reisinho e Koné) e um avançado (Bozenik). Compreensivelmente, Lito Vidigal queria fechar o máximo de caminhos para a baliza de Vaclik e depois, se fosse possível, atacar a de Samuel Soares.
O Benfica teve paciência e, de início, poucas possibilidades de furar o muro. Leandro Santos e Carreras, sobre as alas, eram quase extremos puros, alavancando o poder ofensivo encarnado. Kokçu era o médio mais central, com Aursnes sobre a direita e Dahl no lado esquerdo. Na frente, Amdouni, Belotti e Bruma.
Só para lá dos 20 minutos, na sequêcia de paciência levada qo quase extremo, o perigo começou a chegar. Amdouni deu o primeiro sinal de golo e, pouco depois, foi a vez de Bruma aparecer. E apareceu para desequilibrar sobre a esquerda, cruzar na perfeição para o remate não menos perfeito de Belotti. Era o golo de estreia do italiano com a camisola das águias.
A parte final do primeiro tempo foi dramática para o Boavista. Aparentando falta de pernas para evitar as entradas de adversários, sofreu diversos remates muito perigosos, quase todos através de Belotti. A trave (36) e as mãos de Vaclik (38 e 42) evitaram que a diferença aumentasse.
O início da segunda parte consumou a quase certa oitava derrota seguida para o Boavista. Reisinho, na sequência de abertura de Kokçu para Bruma (remate rente ao poste direito), pisou com demasiada força a perna esquerda do turco e viu o cartão vermelho.
Reduzido a dez, a perder e em aparentes dificuldades físicas, como reagiria o Boavista a mais de 40 minutos de poder encarnado? Foi-se aguentando, com Vaclik a manter alto o nível exibicional. Até que, aos 68, Bruno Lage trocou Belotti por Pavlidis e Amdouni por Akturkoglu.
Gente fresca frente a gente cansada. E menos de dois minutos depois, após cruzamento rasteiro de Akturkoglu na direita, Pavlidis encostou para o fundo da baliza axadrezada, num golo muito idêntico ao primeiro, mas com intérpretes diferentes. O nome do vencedor estava, aparentemente, fechado.
Logo de seguida, 3-0, de penálti, após falta de Agra sobre Dahl. E a palavra aparentemente deixou, em definitivo, de fazer sentido. O único ponto de interesse dos últimos 10/15 minutos era saber se o resultado aumentaria. Lage, porém, não estava de acordo e ainda lançou Nuno Félix e Diogo Prioste, terminando o Benfica com cinco jogadores formados no Seixal: Samuel Soares, Tomás Araújo, Leandro Santos e ainda Félix e Prioste."

Benfica-Boavista, 3-0 Destaques do Benfica - Belotti fez muito mais que só o golo de estreia


"Kokçu liderou equipa ligada à corrente frente ao Boavista, este sábado; ponta de lança e muitos outros lutaram muito por goleada Boavista

MELHOR EM CAMPO - (8) Belotti
Não é o mais elegante ou habilidoso dos pontas de lanças, mas teve uma exibição gigante, à qual só faltaram mais golos. Fez aos 18' o primeiro remate enquadrado do jogo, aos 27' tentou de cabeça e aos 28' finalizou com competência um cruzamento de Bruma. Teve várias, muitas outras oportunidades para marcar de novo, surgindo veloz e com sentido de oportunidade em zonas de finalização, mas o guarda-redes do Boavista negou-lhe noite ainda mais vistosa. Aos 36', Belotti viu um remate dele ser desviado para o poste, e outros, perigosos, aos 38' e 61', foram defendidos. A esta fome, o italiano juntou grande disponibilidade para ajudar a defender, para recuperar bolas e também para servir os companheiros — aos 42' ofereceu chance de golo a Samuel Dahl e aos 67' a Bruma.

(7) SAMUEL SOARES Mostrou segurança no pouco trabalho que teve. Aos 90+1' defendeu bem um remate de João Barros.

(7) LEANDRO SANTOS Começou um pouco hesitante no momento defensivo, mas foi crescendo à boleia do bom jogo ofensivo, com cruzamentos de qualidade e que colocaram a bola em zona frontal à baliza, potenciando as ações dos avançados, principalmente de Belotti.

(7) TOMÁS ARAÚJOApagou alguns potenciais focos de perigo, de forma veloz e eficaz, sobretudo na segunda parte, com a entrada de Diaby.

(7) OTAMENDI Ganhou todas as bolas pelo ar e lançou ataques com passes de qualidade, como o que fez para Dahl aos 12'.

(7) CARRERAS Menos projetado no flanco e a funcionar quase como terceiro central, o espanhol fez um grande jogo. Sem lapsos na defesa, cruzou com muito perigo várias vezes e deixou Amdouni na cara do golo aos 54' com um passe fantástico.

(7) AURSNES Faz tudo com uma simplicidade que contagia a equipa e foi importantíssimo no momento da circulação com bola e na pressão sem bola. Aos 47' rematou com perigo e ainda esteve em outros ataques prometedores. 

(8) KOKÇUEstar sempre de frente para o jogo, sem se preocupar demasiado com o que se passou nas costas dele, permitiu ao criativo turco ser o 6, 8 e 10 que a equipa precisou. Recuperou bolas e foi determinante na construção. Aos 70' fez um grande passe para Akturkoglu servir a Pavlidis o segundo golo; aos 73' viu o guarda-redes negar-lhe golo; aos 76' fez o passe no lance em que Dahl sofre penálti; aos 77' não tremeu e converteu o terceiro golo de penálti. Quis muito e conseguiu ser patrão das águias.

(7) SAMUEL DAHL Muito sólido, equilibrado a defender e a atacar, com qualidade e muito em sintonia com a equipa, apesar de só ter sido contratado em janeiro. Combinou várias vezes com Belotti e Carreras. Aos 42' rematou com perigo, aos 43' ofereceu boa chance a Carreras. Aos 61' voltou a oferecer ao italiano oportunidade para golo e aos 76' sofreu falta para o penálti.

(7) AMDOUNIDinâmico e com muitas ideias, a partir do flanco direito para o centro. Tentou vários remates, que invariavelmente foram parados pelo guarda-redes. Também teve ponta de ineficácia, aos 54', isolado, apesar do mérito do guarda-redes, e aos 56', quando atirou por cima da trave. Cruzou no lance de Belotti ao poste, aos 36'.

(8) BRUMADa esquerda para o centro, a combinar com Dahl ou Belotti, Bruma colocou muita qualidade no ataque. Cruzou para o golo de Belotti, rematou ao lado da baliza, por cima dela e para boas defesas. Foi fantasista com capacidade para dar profundidade ao jogo da equipa encarnada.

(7) PAVLIDIS Apenas dois minutos depois de entrar em campo fez o segundo golo, que colocou ponto final na incerteza em relação ao vencedor. Aos 73', batalhou e criou situação que deixou a bola à mercê da finalização de Kokçu, mas, como em tantas outras situações, o guardião Vaclik apareceu.

(7) AKTURKOGLU Boa entrada em jogo do extremo turco, no sitio certo e com talento para fazer a assistência para o golo de Pavlidis. Teve outras situações para deixar a marca dele, mas os remates saíram-lhe desalinhados.

(5) ARTHUR CABRAL Batalhou na área e também fora dela, mas não teve lances suficientes.

(6) NUNO FÉLIX Foi inteligente a ocupar os espaços defensivos e mostrou qualidade com a bola no pé e passá-la para a frente.

(6) DIOGO PRIOSTE Desempoeirado na forma como pediu e entregou a bola. O médio estreou-se a jogar pela equipa principal e, além de qualidade, não transpareceu nervosismo."

O Benfica ganhou a uma experiência de videojogo em xadrez


"O Boavista contratou, este mês, uma dezena de jogadores que estavam desempregados, entrou na Luz com cinco deles entre os titulares e de lá saiu derrotado (3-0), sem espinhas, pelo Benfica que não teve de acelerar muito para o conseguir. Numa partida tranquila, Andrea Belotti estreou-se a marcar e os encarnados garantiram uma noite de sono na liderança provisória do campeonato

No Football Manager, ou no Championship Manager de outrora, para os mais antigos, era comum no simulacro de futebol inventado para computador irmos inspecionar a lista de futebolistas desempregados a cada janela de transferências. Afinal, aquilo era um videojogo, e escrevo no plural porque chamar-lhe jogo será eufemístico, muitas vezes aquilo era um vício precisamente por ser uma simulação da realidade que caso precisássemos era fácil contratar um desses jogadores sem clube, colocá-lo a titular na nossa equipa e vê-lo logo a render em quantidade de golos, assistências, desarmes, sprints. Era fácil tudo bater certo.
Imerso no seu pantanal de dificuldades financeiras, tentando manter a cabeça à tona, pelo menos as narinas que lhe permitam respirar, o Boavista preencheu o seu carrinho de compras, neste fevereiro, com 10 tais jogadores já após o fecho do mercado invernal. Todos eles desempregados, uns com nome a ressoar nos tímpanos mais do que outros, os axadrezados entraram na Luz com metade dessas tentativas algo desesperadas de encher de oxigénio as boias salva-vidas, compactadas em três centrais, uma linha defensiva de cinco e numa equipa remetida à sua área sem a bola. Recuados, juntos e compactos, assim tentou Lito Vidigal aguentar um coletivo retalhado.
Não fosse o contexto paupérrimo de um clube parco em dinheiros, que teve salários em atraso esta época após várias janelas proibido de inscrever jogadores, era condizente afirmar que o Boavista se apresentou ao Benfica fiel a trabalhos passados do seu treinador. Mais justo é retratar que apareceu com uma colagem das suas próprias sobras, dos restos de precariedade a que gestões desmioladas vão obrigando uma equipa a fazer o que pode. E o possível, de momento, é resistir. À segunda partida no cargo, o 3-4-3 no papel de Lito Vidigal aguentou-se até à mesma estrutura no Benfica improvisar um bocadinho com os seus recursos incomparáveis.
Foi, no fundo, quando Álvaro Carreras se deixou de cerimónias e se soltou. Posto a central pela esquerda por Bruno Lage a aproveitar o abismo entre as turmas para testar, mais uma vez, uma linha de três na base da equipa, Belotti teve um tímido remate na primeira vez que o espanhol avançou, aos 18’. A partir daí, a sua química com o outro canhoto posto a fazer a ala, Sven Dahl, e a esperteza do desequilibrador inato que é Bruma, deram ao Benfica aproximações diversas à área. Numa incursão pelo centro-esquerda, Carreras descobriu um passe em Amdoni, que com uma receção orientada ilustrou o buraco negro de diferenças no relvado da Luz: livrou-se com um só toque de Sidoine Fognini, um dos desempregados contratados pelo Boavista que na última temporada jogava nas distritais do Porto.
O acentuado contraste entre os proveitos da ida às ‘compras’ seguiria. Andrea Belotti, um campeão europeu com a Itália em 2021, foi quem marcou o primeiro golo (28’) por generosidade de Bruma, feito o melhor assistente do campeonato e comprado ao SC Braga por €6,5 milhões, após se livrar de Vitalii Lystsov como faca quente a perpassar manteiga deixada fora do frigorífico em noite de verão. O defesa russo, pesado e duro de rins, jogava o ano transato na segunda divisão, em Leiria e foi outro dos ex-desempregados inscritos pelo Boavista, além de Tomás Vaclík, o guarda-redes contratado nos mesmos moldes que viu o novo avançado italiano do Benfica ainda a desviar um cruzamento contra o poste e a rematar outro, com estilo, pela relva, arrancando-lhe uma árdua defesa.
Incapaz de ligar quatro passes seguidos, sem armas nem uma estratégia que se espreguiçasse um pouco e, ao menos, lhes desse um ou outra bala. o Boavista raramente cruzava a fronteira da linha do meio-campo. Pior ficou no regresso do intervalo. Um dos seus melhores, com já vários anos a subsistir às agruras do Bessa, o incauto Miguel Reisinho cravou a sola da sua chuteira na canela de Kökçü e foi expulso, aos 52’, condenando a equipa à penúria mais do que ao sofrimento.
Na liturgia oposta, o Benfica esparramava-se numa circunstância que lhe dava jeito. Afetada por várias lesões, de novo com equipa algo feita por desabituais titulares, os encarnados foram juntando Bruma e Amdouni entre linhas, o primeiro a serpentear com dribles nos espaços curtos, o segundo ávido por armar um pé ou outro para rematar em força. Ambos tiveram os seus pontapés, à semelhança do italiano que joga com uma ligeira mochila no topo das costas, desamigado dos golos em anos recentes. Desastrado numa das tentativas, Belotti viu Tomás Vaclík a barrar o outro com mais uma defesa vistosa.
Quem emergiu do calvário de tormentas do Boavista, na verdade o único a vir à tona quando a Luz se apagou, seria o checo de luvas postas. Em tempos vencedor da Liga Europa com o Sevilha, com mais de meia centena de internacionalizações e dois Europeus jogados pelo seu país, só o guarda-redes manteve a equipa à margem de uma goleada das antigas. Saiu à corrida de Bruma, lançado por Belotti, para dar o corpo ao seu bruto remate, tendo ainda maior valentia depois, ao esticar-se todo e salvar com algum espetáculo uma recarga de Aktürkoglu na pequena área. Vaclík fez 11 defesas, seria eleito o melhor em campo.
Com a equipa moribunda, apenas a fazer o que um ocasional relaxamento do Benfica lhe permitia, nada pôde Tomás Vaclík, contudo, frente a tantas veleidades de um Boavista em retalhos. O extremo turco dos encarnados assistiu, com um curto passe, o golo de Pavlidis (70’), ambos entrados no jogo em simultâneo para fabricarem um golo na primeira intervenção no jogo e com pré-assistência de Kökçü, encarregue de converter um penálti não muito depois (78’). Mais do que confortável no jogo, o Benfica não precisava de acelerar muito o ritmo para machucar um dócil adversário.
Os encarnados nunca se abstiveram de aproveitar uma oposição deste tipo, um encontro com estas particularidades alheias. Se não tinha que carregar no pedal e cair nos ataques com tudo, puxando dos seus na intensidade, o Benfica escusou-se a fazê-lo ao sentir que o resultado era seu. Continuou a atacar, os cercos à área contrária não cessaram, a bola era umbilical em certos pés. A equipa não quis, nem precisava, espezinhar um corpo frágil, a agarrar-se à vida.
Bruno Lage lançou Nuno Félix e o estreante Diogo Prioste, par de miúdos para tomarem conta do meio-campo. Arthur Cabral teve convivência com Pavlidis. Os serviços mínimos foram esperando pela andadura do relógio, capatazes dessa simples missão em cumprir a tarefa. Com menos um e menos tanta coisa, mesmo um Boavista assim ainda aproveitou a moleza, vendo o adolescente João Barros, da esquerda para dentro, rematar uma bola em arco para Samuel Soares mostrar no jogo do que era guarda-redes. Já nos descontos, irrisório na tentativa, Rodrigo Abascal tentou um golo de antes da linha do meio-campo, nem assustando sequer o maior dos hipocondríacos futebolísticos no estádio.
Em ação já estavam, também, Steven Vitória e Abdoulay Diaby, o sexto e o sétimo jogadores sem emprego até há coisa de uma semana. Fora do campo, o Boavista tem feito por parecer um clube de simuladores e videojogos, um caos de gestão institucional que agora experimenta, na realidade, o costumava resultar no computador. Uma equipa envolta neste estado de coisas conveio, por estes dias, a um Benfica envolto em lesões e intermitente nas exibições. Nesta jamais esteve, o que é a melhor das novidades para os encarnados que foram para debaixo dos lençóis descansar com a provisória liderança do campeonato.
Em padrão axadrezado, os lençóis nunca estiveram tão maus."

Terceiro Anel: Boavista...

Vinte e Um - Como eu vi - Boavista...

Kanal - Tamos Juntos - Boavista...

Visão: Boavista...

BI: Boavista...

5 minutos: Boavista...