Últimas indefectivações

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Declaração do Presidente

"O Conselho de Administração da Benfica SAD vem informar que recebeu hoje a notificação da acusação do processo n.º 64/21 da 9.ª Secção do DIAP de Lisboa. Depois de reunir e apreciar a dita acusação, vem informar os Sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica, bem como os seus accionistas e parceiros, do seguinte:
Como era expectável, a acusação em nada vem alterar a certeza já anteriormente afirmada de total licitude nos comportamentos e actuação da Benfica SAD neste ou em qualquer outro processo. Na dita acusação não existe qualquer facto mesmo que indiciário que permita a imputação à Benfica SAD dos crimes aí descritos. Nem existe qualquer conduta circunstanciada no tempo, modo e lugar que relacione a Benfica SAD com qualquer dos crimes aí descritos.
Aliás, crê-se que terá sido por esse mesmo motivo que a nenhum membro do Conselho de Administração da Benfica SAD foi feita qualquer imputação nem contra nenhum deles foi deduzida qualquer acusação. Tal como aquando da constituição de arguida neste processo, a Benfica SAD não pode deixar de repudiar, indignar-se quanto ao tempo, modo e forma como se viu envolvida nesta acusação sem existência de qualquer fundamento sério que o justifique.
A Benfica SAD assegura a todos os Benfiquistas que continuará a defender de forma intransigente a reputação do Benfica, que prestará toda a colaboração ao sistema judicial e espera, com a maior brevidade, demonstrar a sua inocência neste processo ou noutros em que tenha sido infundadamente envolvida.
A Benfica SAD apela a todos os Benfiquistas que confiem e transmitam essa confiança quanto à licitude dos seus comportamentos e à seriedade da sua actuação quotidiana no passado, no presente e no futuro. E garante que irá actuar neste processo com a mesma determinação com que recuperou a credibilidade do Benfica e a sua competitividade desportiva, financeira e patrimonial.
Por último, a Benfica SAD relembra aos Benfiquistas que até à presente data todas as decisões administrativas e judiciais de carácter definitivo nos foram favoráveis e afirmaram expressamente a licitude da nossa conduta. Assim, o debate comunicacional a que certamente iremos continuar a assistir, e onde não faltarão os tradicionais julgamentos em praça pública, em nada altera a confiança na independência dos tribunais e a certeza de que as decisões judiciais definitivas limparão o bom-nome e a honra do Sport Lisboa e Benfica. Que todos os Benfiquistas confiem nisto.
Viva o Benfica!"

Salto maior que a perna !!!


Alvorada... do Guerra

Sem ponta por onde se pegue !!!

Mercado - Oiçam o Manteigas; 'esqueçam' o Ribeiro e os 'intervalos' fantásticos da CMTV!!!

Travessura

"1. Esteve muito bem Sousa Cintra (e restantes responsáveis leoninos ao marcar presença na tribuna da Luz, no dérbi, em gesto de paz e fair play, mas convém não ter memória curta. Até dava um filme: «Sei o que fizeste no verão de 1993».
2. A ponta final de mercado do Sporting, na procura de um avançado, passou de modo Pão-por-Deus para a fase Halloween, sem direito a doçura e com Luc Castaignos como travessura.
3. O futebol português tem dois representantes na Champions e um na Liga Europa, mas, olhando para o grupo do FC Porto, até parece o contrário.
4. Modric ganhou o prémio de Jogador do Ano da UEFA (?) e Ronaldo não compareceu na cerimónia por estar com azia (?). Daqueles casos em que foi pior a emenda que o soneto.
5. Em alemão, azia diz-se sodbrennem. E humildade é demut. Espero ter ajudado Matheus Pereira na nova aventura no Nuremberga. José Peseiro arrasou-o, e bem. Já agora, alguém lhe arranje uma box para ver jogar Jovane.
6. Depois de blindar Gedson, e em ano de jogos com o Bayern (como aconteceu com Renato Sanches...), era bom que no final da época o Benfica não caísse na tentação de vender a sua nova pérola para a Baviera por €35 milhões + €45 milhões por objectivos.
7. Só Paul McCartney, que confessou que em tempos viu Deus após uma trip de drogas psicadélicas, era capaz de imaginar Fábio Coentrão no Rio Ave e Jackson Martínez no Portimonense.
8. Os críticos de Rui Vitória não têm o mesmo problema de Bono, nunca (ou raramente) lhes falta a voz, arranjam sempre um ângulo de análise. Mesmo quando o Benfica é a equipa que melhor futebol está a praticar.
9. Quem não tiver a coragem de Sérgio Conceição (retirou Diogo Leite do onze) e Rui Vitória (Ferreyra no banco e Luisão fora da Champions) pode mudar de profissão. Ser treinador é estar preparado para dispensar o próprio filho e depois chegar a casa e chorar com ele."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Da Champions na TV e outras coisas

"A menos de duas semanas do pontapé de saída da fase de grupos da Liga dos Campeões, subsistem dúvidas sobre o tipo de oferta televisiva que vai estar disponível em Portugal. Os direitos da Champions (e de La Liga, Bundesliga, Liga francesa e em 2019 da F1) pertencem à Eleven Sports, que é distribuída, no nosso país, pela Nowo, que detém escassa quota do mercado. As maiores operadoras, Meo, Nos e, a seguir, Vodafone (que são donas da SportTV...) não acertaram, até agora, condições com a Eleven Sports, criando uma situação que lesa os consumidores. Há poucos anos, era possível, através de um pagamento mensal à SportTV da ordem dos 26 euros, ter acesso a todos estes conteúdos. Hoje, será preciso pagar o dobro (SportTV, Eleven Sports e BTV) para ver o mesmo, substituindo ausência da Eleven Sports dos pacotes oferecidos pela Meo, Nos e Vodafone.
Perante uma situação tão clara de prejuízo do consumidor, não há nenhuma entidade que tome posição, seja a ERC, a Anacom ou a Autoridade da Concorrência?
É evidente que nenhuma das entidades referidas, dos canais às operadoras, anda no mundo para praticar altruísmo. Mas o Estado tem o dever de proteger os consumidores, numa área, o desporto, que é provavelmente a mais disputada do mercado.
Para já, se nada mudar, 95 por centro dos consumidores de televisão por cabo em Portugal vão ser apenas seis dos doze jogos que Benfica e FC Porto vão disputar na Champions, além de serem privados dos outros 90 duelos, isto na época em que a UEFA diversificou horários, para tornar o acesso televisivo ainda mais apelativo."

José Manuel Delgado, in A Bola

Alegações iniciais da Liga

"Quatro jornadas formam um trajecto demasiado curto para balanços, mas esta primeira pausa na Liga serve para desvendar a primeira parte da equação que mais interessa aos adeptos, neste período em que as janelas de negócio já estão trancadas. Sim, são apenas quatro jogos, mas já se percebeu quem conseguiu aproveitar a sempre irrepetível oportunidade para criar uma primeira boa impressão.  
No grupo da frente não há, por agora, espaço para o campeão em título. O FC Porto desligou-se do topo por causa de uma viragem à minhota no Dragão. O Vitória de Guimarães virou mesmo o resultado do avesso e confirmou credenciais de candidato europeu depois de um arranque mortiço e com três derrotas (uma na Taça da Liga e duas no campeonato). Luís Castro vai continuar a tentar impor um futebol positivo em todas as latitudes da Liga e essa opção corajosa vai tirar-lhe alguns pontos, mas também lhe vai garantir muitas vitórias e o aplauso dos adeptos. Na equipa vimaranense ganha destaque a qualidade das opções de um meio-campo que junta André André, João Carlos Teixeira e Mattheus Oliveira, mas também Celis, Wakaso e Tozé.
Um patamar acima surgem o Rio Ave e o Feirense, duas equipas de perfil diverso e unidas (talvez apenas conjunturalmente) pela classificação e pelos sete pontos já somados. A formação de Vila do Conde está ainda na ressaca do futebol enleante de Miguel Cardoso, enquanto José Gomes tenta construir um novo projecto europeu sem Marcelo na defesa, sem Pelé no coração do jogo e sem os pontos que João Novais garantia em lances de bola parada. O Feirense ligou os motores com três vitórias sem travagens (uma das quais na Taça da Liga) até coleccionar os resultados que faltavam, com um empate frente ao Boavista e uma derrota em Alvalade vendida ao preço do metro quadrado numa zona nobre de Lisboa. Sem espaço nos “Vitórias”, Edinho (quatro golos) e Fábio Sturgeon (dois golos) são dois dos reforços mais eficientes desta primeira fatia da temporada.
O grupo dos nove pontos coloca no mesmo degrau Marítimo e FC Porto. Os madeirenses caminharam pelas primeiras quatro jornadas com um futebol que não é exuberante, mas que tem sabido acasalar a eficácia ofensiva à defesa feroz do resultado, sempre que a equipa dá de caras com a vantagem no marcador.
O FC Porto soltou todos os fogos naquela noite quente de 11 de Agosto, mas a goleada ao Desportivo de Chaves ainda não teve réplicas do mesmo nível. As apostas iniciais em Diogo Leite e André Pereira parecem agora ter sido um recurso (de luxo e que se saúda) face às faltas de comparência de Mbemba e Marega. Com a chegada de Éder Militão e a redenção do maliano, a quota do Olival no “onze” poderá agora ficar confinada a Sérgio Oliveira, mas a verdade é que as mudanças colocaram o FC Porto perante um resultado mais amplo e a um equilíbrio mais evidente da equipa. Faltará o nível exibicional que Sérgio Conceição não abdica de reclamar.
No pináculo da classificação, ao lado de Benfica e Sporting, está o Braga, uma equipa que não demorou a mitigar as marcas dolorosas de uma eliminação europeia em pleno Agosto. Os minhotos prometeram empurrar para longe essa desilusão e depois do empate a três golos nos Açores, a equipa de Abel Ferreira juntou seis pontos aos quatro das duas primeiras jornadas e encostou-se na liderança a dois dos grandes, dois dos adversários que quer ter por perto ou deixar para trás. A equipa do Braga perdeu a figura tutelar de Vukcevic no meio-campo, mas João Palhinha, João Novais, Fransérgio (de regresso após grave lesão) e Claudemir podem dar qualidade e lastro à ambição arsenalista.
O Sporting parte para uma espécie de segunda pré-época, agora que José Peseiro ultrapassou o período eleitoral sem perdas comprometedoras. Ficaram a faltar a nota artística nas exibições e um avançado capaz de evitar a transformação de Bas Dost em peça única no ataque. A melhor notícia para os leões foi Jovane Cabral, mais um talento capaz de resolver jogos quase como um “comum mortal” troca oxigénio por dióxido de carbono durante a respiração.
Rui Vitória pode olhar para o último mês com um sorriso, porque o Benfica fez oito jogos, assegurou a entrada na Liga dos Campeões e divide a liderança do campeonato. O Seixal produz novos talentos (Gedson Fernandes, João Félix) e na frente nota-se a abrangência do leque de opções. Jonas e Castillo estão de baixa, Ferreyra ainda parece nadar fora de água e assim ressurgiu, quase das brumas do passado, Seferovic. A recuperação do avançado suíço prova a qualidade e diversidade do plantel encarnado, que vai colocando à disposição do treinador uma espécie de “matrioska” atacante. Por cada opção que “cai”, Rui Vitória parece ter mais uma logo ali, mesmo à mão."

Leonor & José Nuno... com classe

Pois... assim não voltas a ser convidado!!!

Factos

"O objectivo dos ventiladores de serviço é que se leiam títulos de jornais, que se fixem frases, que se confunda a verdade com a sua selecção verbal e ostensiva reserva mental. Entre milhões de destinatários têm um razoável sucesso. Os que se consideram esclarecidos acima da média, logo apregoam que falam de factos. E relativizam tudo o resto. Os factos, em processos judiciais, não são a verdade. Esta é a primeira regra do direito processual. São representações do que terá acontecido filtradas por provas ou presunções. Provas e presunções são construções mentais que aproveitam a quem as faz, a quem delas beneficia. O apito dourado existiu e todos podemos identificar a verdade, escutando conversas corruptivas que beneficiavam o FC Porto. No entanto, essa verdade não foi processualmente validada. Esclarecidos? Nesta fase processual, a verdade é a representação mental do Ministério Público, os factos são o resultado da sua actividade, do seu objectivo. O Ministério Público tem por objectivo envolver o Benfica nesta acusação. Este é o facto por cima de todos os outros. Agradeço ao José Marinho ter memória para outros factos. Para uma verdade que a comunicação social omite e que o Ministério Público tem em arquivo. A verdade que denúncia as ligações entre o desporto e a justiça e O favorecimento ao FC Porto nestas ligações. O Benfica deve sempre lutar para ganhar e agora lutará para provar que ganha com verdade, apesar dos factos do Ministério Público e do rancor dos que o querem prejudicar com esses "factos". A verdade é algo diferente, é a minha convicção de Benfiquista. A existência de violações ao segredo de justiça é uma verdade que nem precisa de prova. Basta acompanhar o tratamento dado ao Benfica pela comunicação social. A presunção de que as vitórias do Benfica são construídas com a violação do segredo de justiça não é apenas uma presunção. Muito menos um facto. É a desejada síntese condenatória do anti-benfiquismo e do populismo judiciário. Nesta altura o Benfica joga fora de casa, em ambiente hostil. Está habituado e vai ganhar."

Já se sabia

"Já se sabia que no meio de tantas acusações iria sim existir constituição de arguidos!!!
Sem duvida, tudo está a ser feito nas devidas alturas, com a sensatez premeditada dos timings.
O que significa a constituição de arguidos? Pois significa que o MP está disposto a provar, que realmente existem provas e factos que possam condenar terceiros, no entanto até serem provados vai uma distância muito grande.
Mas agora imaginemos que nada é provado, e que os “terceiros” são ilibados de qualquer responsabilidade, quem vai pagar tais indemnizações que podem ascender a centenas de milhões de euros? Sim são os Portugueses que vão pagar! Vão pagar por um enorme esquema montado em torno do fortalecimento de uma marca que gera capitais próprios abismais diariamente, que tem a melhor academia do mundo, e que dificilmente em termos desportivos vão conseguir destruir.....
Então usam-se armas e bagagens, escondem-se processos existentes, e arquivam-se processos gravíssimos que são realidade no nosso País.
Continuamos no regime da força inteligente, e do poder dos vendidos!! Mas, e se nada for provado? Os Portugueses vão pagar....
Mas afinal quem manda em tudo isto? É o dinheiro dos Portugueses!!! Comandado pelas influências, pelo poder nocturno e pela capacidade sísmica de quem só pretende destruir uma fortaleza que dificilmente será abatida...
Lembrando que Portugal é um País pequeno, muito pequeno no meio deste Globo tão grande, não podemos esquecer de forma alguma que a justiça pode ser julgada além fronteiras...
Eu sou o exemplo de quem fui agredido verbalmente e difamado por televisões e opinião pública, mas que até a data nunca fui chamado para falar e nunca uma polícia entrou em minha casa.
Na minha opinião, ninguém se vende por camisolas e muito menos por bilhetes, e julgo ser um atentado á justiça e ao ser humano constituir arguido um clube centenário como o Benfica, uma falta de respeito a uma das maiores instituições do País.
- Vejamos, o Dr Paulo Gonçalves não faz parte dos órgãos sociais do Benfica...
- O Dr Paulo Gonçalves pode ter comprado camisolas para oferecer...
Provem que foi o Benfica a oferecer.
- O Dr Paulo Gonçalves, pode ter oferecido bilhetes por iniciativa própria, assim como eu já os comprei e ofereci ao carpinteiro...
Ou seja, estou convicto que não é um funcionário de um tribunal que pode ter agido pelo seu meio e iniciativa para consultar processos... Também posso dizer que esse senhor seria pago por um grupo criminoso organizado para incriminar o Benfica, até prova em contrário posso pensar aquilo que eu quiser!
O que não posso aceitar é, existir clubismo no poder em Portugal, e os responsáveis disto são os nossos governantes que aceitam isso!!!
O Benfica tem a maioria dos Portugueses como adeptos, e tem que se saber gerir isso. Os Benfiquistas podem fazer uma revolução neste Pais.
Acredito 100% na direcção do Benfica e na sua inocência, acredito que justiça será feita no momento certo.
Como disse um Juiz: “Valores mais altos se levantam”
Quanto ao Dr Paulo Gonçalves, julgo que deveria abandonar funções até ao desfecho deste processo, porque o Benfica vai muito para além de um advogado.
Acredito na sua inocência, mas essa tem que ser provada fora da instituição.
Investigue-se o café com leite e o apartamento que o Dias da Cunha comprou no Cabedelo pôs em nome da irmã da Carolina, qual o motivo, qual era a ligação das irmãs com os dois Presidentes... Afinal não é só um!!!!
Muito se vai saber na hora certa. Vamos deixar a água chegar ao moinho.
O Benfica neste momento precisa mais da união dos adeptos do que de qualquer outra coisa. A equipa precisa desta união, é aí que vão provar quem é o Benfica.
O Benfica é, foi e será para sempre os sócios e os adeptos. Unidos jamais serão vencidos.
Bem haja a todos"

Hipocrisia...

"A hipocrisia do actual processo e-toupeira em todo o seu esplendor. Acusam o Benfica de violar o segredo de justiça e é só vendilhões de notícias com acesso a informação que devia estar em segredo de justiça. Só falta saber que contrapartidas é que se oferecem às toupeiras que libertam essa informação, quem as dá e quem as recebe. A zona VIP do Estoril Open e alguns camarotes de estádios de futebol podem ser muito elucidativos. Porque de resto, no final do dia, o que temos é uma data de gente a cometer, todos os dias, os mesmos ou ainda piores crimes do que aqueles de que acusam o Benfica. E nunca esquecer que tão criminoso é aquele que passa a informação como aquele que a divulga. O crime é o mesmo."

É só pedir...!!!


"Com este pedido, o Ministério Público faz a síntese do que verdadeiramente está por detrás de todo este processo. Ninguém se iluda. Não se trata de uma investigação criminal. Trata-se de uma perseguição clubística. Trata-se do MP interferir com aquilo que agora usa como argumento para acusar o Benfica. A chamada verdade desportiva. Agora compreende-se o que fez o magistrado responsável pelo processo constituir a SAD do Benfica como arguida e terminar com a sua acusação. Porque foi esse expediente que lhe permitiu dar o salto para o pedido de punição desportiva. No fundo, aquilo que sempre esteve na mira do MP e que não conseguiu fazer com os processos dos emails, dos vouchers ou das denúncias anónimas. É tudo isto que está em causa. Acusar o Benfica por todos os meios à disposição dos magistrados que envolveram a justiça nesta vendetta clubística. 
Sinto-me muito mais envergonhado como português do que como benfiquista. Espero que o clube e os seus adeptos vão até às últimas consequências para defender a imagem de uma marca que é muito maior do que a imagem mesquinha, persecutória e parcial que a justiça está a dar de um pobre e atávico país. Não sei se como benfiquista posso desejar um Benfica melhor. Mas tenho a certeza que como português mereço uma justiça independente. E não uma justiça capturada por interesses clubísticos e até maçónicos."

Pois...

"(...) uma rápida passagem do estatuto de vítima para o de controlador do sistema que ninguém consegue punir.(...)"

"O recurso do SLBenfica no caso do jogo à porta fechada ordenado pelo IPDJ, por muito justo que seja, é um erro estratégico. É claro como água que não interessa a ninguém um jogo sem adeptos na Primeira Liga, cuja imagem no estrangeiro já é de decadência e tendo em conta a argumentação do acordão (entre outros crimes imputados, está o festejo de golos num jogo de futebol), dificilmente o SLBenfica não consegue reverter a punição ou pelo menos, torná-la apenas em multa. No fundo é isto que os autores da pena pretendem, uma rápida passagem do estatuto de vítima para o de controlador do sistema que ninguém consegue punir. Se dúvidas houvessem, o membro da Comissão de Honra da candidatura de Bruno de Carvalho já começou a dar sequência ao trabalho: ordenou a punição quando estava de saída e agora acusa o Benfica de pressões para a sua demissão, enquanto aponta o seu sucessor como estando ao serviço do Clube da Luz. Assim, penso que o Glorioso devia de acatar a decisão e proceder, como segue:
1. Disputar o SLB - FCP à porta fechada, transmitindo na BTV para aquém e além mar, o jogo competitivamente mais importante do campeonato sem adeptos. Depois não se esqueçam de rir da Polónia e da Grécia.
2. Fechar a entrada da Luz nesse jogo, a toda a imprensa, por não poder garantir a segurança dos jornalistas. Quem quer ver, é aderir à BTV.
3. Durante a transmissão, passar constantemente em rodapé, todos os casos que impunemente envolvem ou envolveram os nossos rivais e/ou as respectivas claques. Do Cashball aos 2.000,00€; da tochada no Patrício ao incêndio na Luz, no caso dos anjinhos de Alvalade; do Apito Dourado ao Estoril (com um abraço para o Bueno desempreg... ah não); das bolas de golfe e apedrejamento do autocarro do Benfica à invasão do Centro de Estágios de Árbitros, no que respeita aos hipócritas azuis.
4. Anunciar o fim de regalias para políticos, governantes e restante corja de "notáveis". A bancada Presidencial é para os dirigentes do SLB, tudo o resto é humano e mortal, portanto há bilhetes de camarote e bancada à venda nas bilheteiras do estádio.
5. Determinar o fim das bancadas destinadas a grupos organizados. Os eventos desportivos promovidos pelo SLB são para todos os portadores de bilhete, portanto ninguém deve ficar confinado a um determinado espaço. Os membros dos No Name Boys e Diabos Vermelhos podem comprar bilhete para onde quiserem. Sendo o SLB punido por tentar garantir a segurança de todos os presentes no estádio, cabe então ao IPDJ e PSP garantir que não há distúrbios devido a isto. Boa sorte.
6. Delimitar uma zona na "caixa de segurança" dos visitantes, exclusiva para claques. Apenas organizações registadas e membros registados podem aceder à mesma, com controle de identidade à entrada. Fora desse espaço ficam proibidos todos e quaisquer adereços alusivos a claques. Todos os danos materiais ou de outra índole produzidos neste espaço devem ser integralmente assacados às claques legais e respectivos dirigentes, responsáveis pelos mesmos.
7. Apresentar queixa formal no MP, DIAP, IPDJ e UEFA da FPF por apoio ilegal a claque ilegal no jogo Portugal - Hungria disputado a 25/03/2017 no Estádio da Luz, com pedido de indemnização à Federação, por ter patrocinado a entrada desses ilegais nas nossas instalações.
8. Declarar o Estádio da Luz indisponível para jogos da FPF enquanto decorrem os processos anteriores, por considerarmos que não conseguem assegurar a segurança das nossas instalações quando as utilizam.
9. Declarar todos os atletas do Sport Lisboa e Benfica indisponíveis para representar a FPF, visto que a claque ilegal apoiada pela Federação é composta exclusivamente por elementos de claques legais rivais do SLB, responsáveis por ataques a jogadores e árbitros, pelo que a instituição do Fernando Gomes não pode garantir a segurança dos nossos rapazes.
10. Organizar um gabinete exclusivo para apresentar queixa no MP, DIAP, IPDJ e UEFA de claques legais e respectivos clubes afectos, sempre que sejam proferidos cânticos ofensivos ao SLB. Aconselha-se que as entidades mencionadas também criem gabinetes exclusivos, porque vão ter muito trabalho.
11. Ganhar o campeonato, a Taça da Liga, a Taça de Portugal e a Supertaça, enviando Pedro Guerra para receber as taças das mãos do Pedro Proença e do Fernando Gomes, enquanto a equipa recolhe ao balneário."

Benfiquismo (CMXLI)

Karel...

Um mês difícil?

"Não há segundas oportunidades para causar primeiras impressões. Em Setembro, depois de oito jogos em menos de um mês, o Benfica eliminou o Fenerbahçe, passou o PAOK, venceu o Vitória na Luz (no fim da época, estaremos cá para ver até onde foi este Guimarães de Luís Castro), ganhou no Bessa (onde começou a debacle o ano passado), teve um empate amargo com o Sporting e esmagou o Nacional. O Benfica soube transformar um mês difícil num mês fácil.
Futebolisticamente, ficou a capacidade em marcar golos (nunca ficámos a zero e marcámos 17) e a facilidade em criar oportunidades (demasiadas desperdiçadas!). Mais importante, com um guarda-redes que oferece a presença na baliza que faltou o ano passado e com um Jardel veloz na recuperação e eficaz nas saídas a jogar, a defesa joga mais subida. No ataque, há, por vezes, excesso de vertigem (o que explica a dependência colectiva do jogo individual de Grimaldo de um lado e de Salvio de outro), sugerindo que a equipa, quando pressionada, pode perder o controlo dos jogos. Também a este respeito, Pizzi tem sido decisivo – é frequentemente o único jogador que pauta o ritmo do jogo, desacelerando-o quando necessário (também por isso, a equipa beneficiará do regresso de Krovinovic e, espera-se, da entrada de Zivkovic no onze titular).
Mas para quem achava que dificilmente o Benfica sobrevivia a este mês decisivo financeira e desportivamente, a resposta aí está: exibições convincentes, eficácia nos resultados e "porta aberta" aos jovens talentos do Seixal. O mais difícil, contudo, é o que aí vem: fase de grupos da Champions, garantir consistência exibicional e demonstrar, de forma sistemática, a prometida versatilidade táctica. 

Confiança e cérebros desbloqueados
Basta ver Seferovic em campo para ficar clara a importância da confiança para um jogador. O suíço talvez não seja o jogador extraordinário da primeira meia-dúzia de jogos no Benfica, mas está longe de ser o avançado medíocre da segunda metade da época. As boas exibições da última semana demonstram que, para além de um sistema poder beneficiar mais determinadas características de um jogador, faz mesmo diferença ter o "cérebro desbloqueado". Ora, poucas coisas desbloqueiam tanto como sentir a confiança do treinador. O que é verdade para Seferovic, mas, também, para Ferreyra e Samaris.

Algum cinismo
por aí uma nova moda. Equipas pequenas que contra os grandes se "mantêm fieis à sua ideia", jogam o jogo pelo jogo e saem a construir desde trás. É receita certa para o desastre. Foi assim o Nacional este fim de semana, mas está bem longe de ser caso único. O futebol precisa também de algum cinismo e treinadores com consciência daquilo que a qualidade individual dos seus jogadores permite. Em muitos casos, na Liga NOS, permite pouco."

A dispensa de Ronaldo e o papel de Bernardo

"A maior dúvida saída do último Mundial, no que à selecção portuguesa diz respeito, tem a ver com o papel a desempenhar por Bernardo Silva no futuro próximo e com a compatibilidade que esse papel terá com Cristiano Ronaldo. O jogo de quinta-feira, contra a Croácia, no Algarve, por ser um particular de alto prestígio – do outro lado está o finalista vencido do último Mundial – poderia dar algumas pistas acerca do que aí vem e, mais importante, permitir a Fernando Santos avaliar em campo as alternativas. Mas a dificilmente compreensível dispensa de Ronaldo, para este jogo e para o desafio com a Itália, que abre a participação lusa na Liga das Nações, deixará tudo por esclarecer e os adeptos da selecção com a suspeita de que o responsável já sabe bem o que quer fazer.
A dispensa de Ronaldo – que a “Gazzetta dello Sport” antecipou, justificando-a com um pedido do jogador, e que Fernando Santos veio depois explicar aludindo a uma “conversa” com o CR7 e atribuindo a decisão a um plural que não se percebeu se se referia a ele e ao jogador ou a ele e à sua equipa técnica – já provocou uma série de comentários acerca dos privilégios concedidos ao melhor do Mundo na equipa. Pois bem, é disso que quero falar, mas em campo. Enquanto Ronaldo for melhor do que os outros, a equipa deve começar por ele. Isto é: o primeiro privilégio que lhe deve ser concedido é o que o colocar na posição em que melhor serve os interesses da equipa – e essa dificilmente será em Turim, em busca de uma adaptação que faz parte da vida de qualquer futebolista. Quero com isto dizer que acho que, estando apto, como está, Ronaldo devia estar nestes jogos. E que neles Fernando Santos devia aproveitar para perceber – e iniciar os trabalhos de campo nesse sentido – como é que a equipa de Portugal consegue viver com um sistema que extraia o melhor de Ronaldo e de Bernardo Silva.
Boa parte do crescimento competitivo de Portugal nos últimos anos teve a ver com Ronaldo. Primeiro, porque o melhor do Mundo se revê na liderança de Fernando Santos – e isso terá os seus custos em decisões como esta. Depois, porque passou a jogar onde mais lhe convém mas sem prejudicar a equipa. Ronaldo gosta mais de jogar a partir da esquerda, mas isso causava à equipa inúmeros problemas em transição defensiva, porque para ele ser útil tinha de abandonar muito o corredor e aparecer junto à baliza. Uma resposta possível era deslocá-lo para ponta-de-lança, mas aí a equipa perdia a sua influência e ele próprio perdia explosão e capacidade para explorar o espaço atrás da última linha adversária – coisas próprias de quem, ali, tem de passar muito tempo de costas para a baliza. A resposta de Santos foi a entrada de André Silva (e depois de Gonçalo Guedes) para ponta-de-lança, com alteração do sistema para um 4x4x2 que dava a Ronaldo a posição imediatamente atrás, com liberdade para cair nos corredores laterais. E a coisa funcionou, pelo menos até ao Mundial.
No Mundial, porém, fosse porque as características de Guedes são muito diferentes das de André Silva – é um jogador mais próximo do CR7 do que de um ponta-de-lança que o liberte – Ronaldo só esteve à altura no jogo mais difícil, com a Espanha, onde Portugal foi mais equipa de contra-ataque. E a melhor notícia daí até ao final da participação lusa aconteceu na ponta final do jogo com o Uruguai, quando Bernardo Silva deixou a direita – que já ocupava no AS Mónaco e no Manchester City – para ser o maestro e aparecer como o 10 que era na formação. Bernardo é um 10 muito diferente de Ronaldo e com ele ali todo o jogo da equipa muda: menos velocidade, mais criatividade, mais último passe…
Passará por ali o futuro da selecção? Essa é a dúvida. É que neste sistema, neste 4x4x2, o lugar de segundo avançado tem sido de Ronaldo e, sempre que o adversário não for uma equipa de insipientes amadores, o de segundo médio pertencerá necessariamente a um jogador mais forte na marcação, seja ele Adrien, João Moutinho ou qualquer dos novos aspirantes que esta convocatória trouxe à luz da apreciação popular. Neste sistema, para Bernardo ser 10, Ronaldo teria de voltar a ser 9 ou de regressar à esquerda. Funcionará bem qualquer destes cenários? Teremos de esperar pelos próximos jogos para começar a tentar adivinhar. E é pena."

A gestão dos egos

"O futebol tem esta qualidade misteriosa que é a sua capacidade de desfazer a magia ou de (re)criá-la de surpresa, como se percebe quando se olha para o trajecto de Seferovic no Benfica. O suíço chegou no verão de 2017 e depressa desatou a marcar golos (quatro só durante o mês de Agosto) e a colectar uma enxurrada de panegíricos, em que se valorizava até a circunstância de ter chegado a custo zero (de facto, os custos de intermediação e o prémio de assinatura do contrato de cinco anos totalizaram 3,9 milhões de euros). Mas, num ápice, entrou numa abstinência prolongada (só marcaria um golo em Setembro e apenas mais dois até ao final da época, num total de sete), perdeu a titularidade para a dupla Jonas/Jiménez e a sua estrela empalideceu de uma forma tão marcada que parecia impossível poder voltar a ser visto como uma solução minimamente credível, até porque o 4x3x3, entretanto adoptado, por vezes nem lhe garantia um lugar no banco de suplentes. Passou a ser visto como uma carta fora do baralho, não só pela maioria da crítica, mas também no próprio Estádio da Luz. E quem tiver dúvidas sobre esta dedução só tem de consultar os arquivos dos jornais e as notícias que davam conta da tentativa falhada de o recambiar para as arábias ou da vontade de o vender por um preço minimamente compensador. Mas a abstinência finalizadora de Facundo Ferreyra, a grande aposta para 2018/19, e as lesões de Castillo e Jonas (sendo que este, pelo meio, esteve também com um pé fora de Portugal, não tendo ficado nada claro, antes pelo contrário, se apenas por vontade própria…) acabaram por fazer com que Seferovic fosse resgatado das catacumbas da Luz.
A necessidade é a mãe das invenções, já o dizia Platão, e a verdade é que o suíço aproveitou bem o regresso à titularidade em Salónica (não marcou nenhum dos quatro golos, mas cumpriu bem a tarefa que lhe foi atribuída frente ao PAOK). E na goleada imposta ao Nacional já fez um golo e assistiu de forma esplêndida para o de Salvio, para além de uma outra situação em que conseguiu ‘arrastamentos’ inteligentes e dignos de um jogador que entende o jogo. Tem físico (1,85 m), um bom pé esquerdo e técnica q.b., o que não chegando obviamente para o consagrar, no presente, como um finalizador por excelência – só ultrapassou a fasquia dos sete golos por duas vezes na carreira, a primeira no Novara (10) e a segunda no primeiro dos três anos em que jogou no Eintracht Frankfurt (11) – também não permite grandes conclusões definitivas sobre essa valência, até porque só tem 26 anos.
Olhando para a nova situação de Seferovic, salta ainda mais à vista que um treinador também deve reafirmar a sua liderança e respeitabilidade no balneário em função da coerência com que age e opta. Conhecido como o mágico de Westwood depois de ter ganho, nos anos 60 e 70, dez campeonatos norte-americanos de basquetebol, John Wooden teve uma das suas célebres tiradas quando afirmou que "um treinador é alguém que pode corrigir sem causar ressentimentos". E a verdade é que Rui Vitória nem sempre tem tido essa perícia, o que faz com que, muitas vezes, os titulares se sintam demasiado titulares e com que os suplentes aceitem a condição de irremediáveis secundários. E alguns destes acabam por se tresmalhar pelo caminho, como esteve quase a acontecer a Seferovic. Tem outras valências o técnico benfiquista, a começar pela coragem com que observa e lança os talentos da formação, num contraste fragrante com os tempos de Jesus, quando os responsáveis pelo ‘plantio’ do Seixal sentiam que passavam o tempo a lavrar para depois o técnico principal nunca semear. Mas tem faltado a Vitória a capacidade de fazer as trocas pontuais que, em determinados jogos, permitiriam manter a competitividade interna e deixar os múltiplos egos do balneário minimamente satisfeitos. Isso não aconteceu no passado com Seferovic, como não aconteceu noutras alturas com Zivkovic, Rafa e vários outros, sendo que nem todos eles têm o caráter de Jiménez. Não aceitarei nunca fazer parte do grupo dos que criticam Rui Vitória até pela escolha dos atacadores das botas, mas esta é uma boa altura de lhe lembrar que os sucessos contam, mas os insucessos também são contados. E que esta necessidade de gerir melhor os recursos e os egos é agora ainda mais premente. Porque os perto de 30 milhões gastos nas contratações de Vlachodimos, Conti (Lema, por aquilo que já se lhe viu, foi um desatino difícil de entender), Gabriel, Corchia, Castillo e Ferreyra, bem como os regressos de Alfa Semedo e Yuri Ribeiro, a recuperação de Krovinovic e as promoções de Gedson e João Félix não deviam significar apenas, como disse bem Rui Vitória, que o "puzzle está agora mais completo". Mas também que vai passar a haver outro cuidado no aproveitamento da sua variedade e na gestão dos seus humores.

Renato Sanches chamado porquê?
Fernando Santos não será nunca visto como um renovador radical, mas a verdade é que se prepara para ‘baptizar’ mais quatro internacionais e já foi responsável por 33 estreias. A de Cláudio Ramos (26 anos) chega com algum atraso. Estranho só o facto de o guarda-redes do Tondela ir ocupar o lugar que vinha sendo de Anthony Lopes, que parece claramente hoje a alternativa mais consistente e credível para substituir Patrício – a menos, claro, que o jogador do Lyon tenha pedido escusa, o que já aconteceu noutras alturas. Chamar Sérgio Oliveira é premiar o que de bom ele vem fazendo desde meio da época passada, enquanto a convocatória de Pedro Mendes (27 anos/Montpellier) se justifica pela procura de soluções para um sector que acusa a veterania. Finalmente, um talento raro como é o de Gedson justifica sempre este salto vertiginoso de etapas, até para se ir ambientando.
Os regressos de Cancelo e Rúben Neves (as grandes falhas na convocatória para o Mundial) eram obrigatórios, tal como os de Rony Lopes, Bruma e Pizzi, que está a ter o melhor início de época que alguma vez lhe vimos. Mas é difícil de perceber a presença neste lote de Renato Sanches, que não joga há mais de um mês e não efectuou nenhum jogo oficial pelo Bayern. Se a ideia é ajudá-lo a recuperar de uma fase traumática, isso poderia acontecer nos sub-21 (escalão em que até seria mais útil) e não tanto num ‘ciclo que começa agora’ e que já inclui um confronto oficial com a Itália, para a Taça das Nações.
Santos facilitou a ausência de CR7, numa gestão de humores e do físico que se irá tornar cada vez mais frequente. Não é uma questão pacífica, mas revela bom senso. Algumas das outras ausências podem ser justificadas pela necessidade de experimentar novas soluções, como serão os casos de João Moutinho e Ricardo Pereira, que estão a jogar (e bem), o que os distingue, neste momento, de João Mário e Adrien. Já a não convocatória de Quaresma, Manuel Fernandes, José Fonte e Bruno Alves deverá ser sinónimo de renovação. Ou não, porque Santos garante que o BI continua a não contar."

O preço de vender jogadores

"A época de transferências acabou na sexta-feira passada e foi bem menos brilhante do que a anterior. Não houve Ederson ou Lindelöf, no Benfica. No Sporting houve saídas de peso, mas nem todas com encaixe, pelo menos por ora. Só o FC Porto não ficou muito longe do desempenho conseguido na janela do ano passado.
A fazer fé nos números do site Transfermarkt, o Porto foi quem teve mais receita, 65 milhões, seguido de Sporting e Benfica, que encaixaram cerca de 30 milhões cada. Nos Dragões, as saídas de Ricardo Pereira e Diogo Dalot valeram 22 milhões cada um. Na Luz, o maior negócio foi a transferência de João Carvalho por 15 milhões.
Em Alvalade, William rendeu 20 milhões, mas as contas seriam outras se Gelson Martins e Rui Patrício não tivessem rescindido a custo zero, na sequência do ataque a Alcochete e a opressão de Bruno de Carvalho. Na época passada, o clube tinha registado 93 milhões com a venda de atletas. Por aqui se vê o dano financeiro infligido pelos actos do anterior presidente.
Também houve compras. O FC Porto foi o mais gastador: 33,8 milhões, seguido pelo Benfica (26,1 milhões) e Sporting (22,4 milhões). Estes números significam também que, entre o deve e o haver, o clube da Invicta foi o que conseguiu, de longe, o melhor saldo na venda de jogadores: 31,2 milhões. 
Não é tudo lucro. É que se comprar jogadores é caro, vendê-los e emprestá-los também. Há que pagar comissões milionárias aos agentes, a compensação por formação e o mecanismo de solidariedade.
O Benfica gastou, em média, o equivalente a 10% do encaixe das vendas em comissões e outros pagamentos relativos à transmissão de direitos de atletas nas últimas duas temporadas, num cheque global de 20 milhões. A percentagem sobe para 17% se tivermos também em conta as perdas e abates ao valor contabilístico dos passes dos jogadores vendidos.
Este último rácio é mais baixo no Sporting, 13%, e dispara no FC Porto: 42%, em média, nas últimas duas épocas, para um total de 60 milhões de euros. É um custo de 42 euros por cada 100 euros ganhos, o que é surpreendentemente alto...
Não é só tê-los a jogar, vendê-los também tem encargos pesados. Quem não os teve foi o Tottenham, que este ano se tornou no primeiro clube da Premier League a não comprar qualquer jogador na janela de transferências. Vendo bem, quer o Benfica, quer o FC Porto têm-se valido sobretudo da prata da casa e da que já lá estava na época anterior, mas a procissão ainda vai no adro."

E depois das inscrições?


"Encerrado o primeiro período de inscrições nas competições profissionais, alguns clubes ainda fazem contas à vida no que respeita à composição dos plantéis. Volto a denotar a persistência de um conjunto de práticas ilegais e inaceitáveis num futebol português que se quer profissional.
Face às queixas sobre comportamentos abusivos por parte das entidades empregadoras, como os habituais treinos à margem e pressão constante sobre o atleta para resolver sozinho o problema da dispensa, que não criou, resta-me dizer que, quer no plano da aplicação da legislação nacional, quer no âmbito das reformas promovidas a nível internacional, a realização do debate sobre o sistema vigente não pode alhear-se da necessidade de proteger o jogador.
Realço que, para os jogadores que beneficiem do estatuto de desempregado, leia-se os que a 31 de Agosto se encontravam sem contrato de trabalho e com a situação laboral resolvida, existe ainda a possibilidade de inscrição nas vagas em aberto. Muitos dos atletas que revogaram o contrato de trabalho por mútuo acordo nos últimos dias de mercado, podem encontrar neste estatuto a possibilidade de resolver a situação profissional, antes da nova ‘janela’, em Janeiro.
No debate sobre a coincidência entre o fecho da ‘janela’ e o início da competição, continuo a reconhecer o interesse para a estabilidade da competição, que se aplaude, mostrando reservas se representar um encurtamento dos períodos para inscrição de jogadores, principalmente dos atletas no desemprego.
Finalmente, porque vem aí a gala para eleição de ‘The Best’, e do golo do ano, um enorme obrigado ao Ricardo Quaresma e ao Cristiano, por elevarem, mais uma vez, o nome do nosso país!"


105x68... Futebol e Tuguices...

Absurda e injustificada acusação

"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, tendo tomado conhecimento, através de um comunicado da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, do requerimento do Ministério Público com a dedução da acusação em que constitui como arguida a SAD do Benfica, enquanto pessoa colectiva, no âmbito de um inquérito sobre violação do segredo de justiça, esclarece:
1. Lamentamos o insólito e lamentável facto de ser emitido um Comunicado da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa a enunciar o termo da acusação, sem notificação e o conhecimento do conteúdo pelas partes envolvidas.
2. Mantemos a firmeza e clareza da nossa posição, anunciada logo que foi dado conhecimento público desta situação, quanto à inexistência de factos que justifiquem qualquer acusação no âmbito deste processo.
3. Informamos que iremos reagir, logo que tenhamos conhecimento dos termos concretos da acusação, com total rigor e firmeza no sentido de desmontar as absurdas e injustificadas imputações do Ministério Público, o que será feito, estamos certos, ao longo deste processo.
4. Por fim, repetimos e reafirmamos perante todos os milhões de Sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica a nossa total convicção de que no fim a Lei prevalecerá e será provado que nenhum elemento da Administração da SAD do Sport Lisboa e Benfica teve qualquer tipo de contacto ou conhecimento sobre os factos imputados neste processo. Factos que versam afinal sobre uma matéria sobre a qual, se alguém tem sido vítima, trata-se precisamente do Benfica. Vítima de violação sistemática do segredo de justiça e de arbitrariedade de decisões que merecem da nossa parte o mais forte repúdio e resposta compatível nas instâncias legais."

Ponto por ponto...

"Ponto 1: Cada vez mais acredito na inocência das pessoas e do Benfica.
Ponto 2 : Todas as pessoas com dois dedos de testa estavam à espera desta acusação, já que a actuação do MP tem sido de uma parcialidade preocupante.
Ponto 3 : Curioso o timing do Ministério Público, já que nem se deu ao trabalho de fazer as obrigatórias notificações antes da emissão do comunicado.
Ponto 4 : Talvez essa urgência se deva aos prazos a que o MP estava obrigado para manter o principal arguido em prisão preventiva.
Ponto 5 : Inacreditável e tendenciosa a decisão de acusar a SAD do Benfica, com o pressuposto de que saberia o que alegadamente seria tratado entre Paulo Gonçalves e restantes arguidos.
Ponto 6 : Vale a pena recordar a esse propósito. Os casos do julgamento por corrupção de Pinto da Costa, em relação ao árbitro Augusto Duarte, nunca a SAD do FC Porto foi constituida arguida. No caso da segurança privada, que sentou recentemente no banco dos réus Pinto da Costa e Antero Henrique, nunca a SAD do FC Porto foi constituida arguida. No caso do depósito de um vice-presidente do Sporting na conta de um árbitro, nunca a SAD do Sporting foi constituida arguida. No caso mais recente de corrupção assumida por um dos seus protagonistas, a que deram o nome de Cashball, nunca a SAD do Sporting foi constituida arguida. Pelo que pergunto...em nenhum destes casos as respectivas SADS sabiam do que se passava? Especialmente no caso da Segurança Privada, quando era a SAD portista a fazer os pagamentos. Porquê esta diferença de tratamento em relação ao Benfica?
Ponto 7 : A acusação que me causa maior desconforto. Corrupção. É bom que as pessoas saibam, finalmente, do que estamos a falar. De um funcionário com carreira no sistema de Justiça e que, pelos vistos, se deixou corromper por duas camisolas e bilhetes para seis jogos. A sério, senhores magistrados? Alguém, no seu perfeito juízo colocaria em risco toda uma carreira a troco de duas camisolas e bilhetes para seis jogos? Sabem que estamos a falar de um total de cerca de 500 euros? É com isto que pretendem ir a julgamento para provar supostos actos de corrupção? Só em custas de processo o MP arrisca a ter de pagar muito mais do que o valor que alegam que o principal arguido recebeu em ofertas.
Ponto 8 : Termino com a seguinte inquietação. O Benfica está acusado de um crime do qual é a principal vítima em Portugal. E quem o acusa é, afinal de contas o maior responsável pela sua prática indiscriminada."


PS: O facto do MP ter publicado a acusação, antes de informar as partes, é só mais um episódio rocambolesco, numa acusação de suposta violação do segredo de justiça, contra a identidade que foi assaltada, à vista de todos!!!
A manutenção da prisão preventiva do tal funcionário judicial, sem sequer permitirem a pulseira electrónica, é a prova provada, que existe parcialidade em todo este inquérito... Tudo isto é ridículo!!!
Ouvir o mais do que provável futuro presidente do Cashball Club de Portugal, anunciar com grande alarido que tem na sua lista Juízes-Conselheiros do Supremo, um Procurador da República, um Juíz-Desembargador.. (e se calhar até o ex-presidente do IPDJ, digo eu...!!!), saber do grupinho do Calor da Noite, com Juízes, Magistrados, Polícias e afins que se reúnem a Norte, e depois ler e ouvir todas estes acusações bacocas ao Benfica, deixa-me envergonhado de ser Português!

A Joana Amaral Dias…?

"Depois de ter concorrido à Câmara Municipal de Lisboa, com a sua panóplia de ideias, e de ter obtido a representatividade de 0,59%, o que se traduz num valente pontapé no rabo, Joana Amaral Dias volta a ser notícia nacional ao pedir, ardentemente, a extinção do Benfica, perdão da Benfica SAD.
Notável! Desceu ao arrabalde que é aquele programa de televisão para voltar a ser representativa de algo: do preconceito ignorante que tanto condenava. Já não me recordo, ao certo, de uma ideia útil, própria, frutífera, de Joana Amaral Dias sobre a vida em sociedade. Recordo-me de se fotografar, nua, encoberta parcialmente pelos próprios braços, destapando a barriga para anunciar: “É menina. Oxalá seja mulher com liberdade”. Como pai também formulo um desejo - oxalá as meninas portuguesas saibam fundamentar o que dizem, com equilíbrio e lucidez sem necessidade de se exporem tanto. É meio caminho andado para serem livres de estereótipos e de pensamento. Já Joana Amaral Dias comunica com tudo o que tem. Assim se notabiliza. Puro marketing, com o conforto de ser protagonizado por uma psicóloga. Pelo meio ainda é capaz de arranjar material de estudo. Nada se perde. Melhor, perde-se paciência.
Quando voltamos a pôr os olhos em cima da sua figura, agora vestida, vemo-la balbuciar uma cartilha, sem qualquer nexo lógico ou jurídico. Então extingue-se uma sociedade anónima desportiva por alegados crimes relacionados com a violação do segredo de justiça…!? Em Portugal…!? Então, o que faria Joana Amaral Dias às sociedades de meios de comunicação, incluindo aquela com que se relaciona? Ou especialmente essa, aliás! Extinguia-se, também!? E à FC Porto SAD, no que concerne à sua responsabilidade pela prática de alegados crimes informáticos e devassa da vida privada? Práticas já reconhecidas em Acórdão do Tribunal da Relação do Porto. Leva com esse carimbo? E, já agora, o que acontece às procuradorias Gerais Distritais e aos Tribunais, de onde provêm os delitos? Arrasamos com isto tudo à procura da fonte do segredo de justiça perdido? E a própria Joana Amaral Dias, estaria a debitar a tramitação de algum processo, ou queria apenas ser engraçada e original, como na foto da “menina”?
No plano dos conceitos, Joana Amaral Dias não percebe nada disto! Acontece muito aos generalistas. É capaz de debitar sobre criminalidade e direito desportivo, como fala de educação, de Paridade, de Habitação ou Transportes. Foi, mais ou menos isto a sua campanha eleitoral em Lisboa, em 2017. Fez-se entender e de que maneira.
A quem isto possa interessar, aos amigos benfiquistas, fiquem sabendo que é impossível, juridicamente, extinguir a Sport Lisboa e Benfica SAD com os argumentos da Joana Amaral Dias, pelos simples motivos de que a nossa SAD não foi criada, exclusiva ou predominantemente, para praticar crimes (a menos que seja inventado o crime de ganhar títulos ao FC Porto), nem tem a prática reiterada de tais alegados crimes, nem é utilizada, predominantemente, para praticar os ditos, em beneficio de quem a lidera. Chega de conversa sobre um dos maiores disparates que ouvi. Caro André Ventura, levantava-me e abandonava aquele programa na hora! Não sei se não é caso para nunca mais lá por os pés.
A figura a que Joana Amaral Dias ontem se predispôs aproveita-nos, contudo, para perceber que é isto que certos meios institucionais pretendem; é para isto que trabalham e se organizam.
Permitam-me, ainda, outra observação, longe vão os tempos em que as vestais da crença azul e branca eram a “Anabela da Ribeira”, a dar o corpo ao manifesto em frente à bancada central do estádio D. Afonso Henriques, ou a Carolina Salgado, em confissões. Isso não foi chão que deu uvas, infelizmente, mas foi semeadura para livros e filmes que retratam o clube de Joana Amaral Dias. É essa imagem que se pretende apagar? Substituindo representantes, umas por Joana Amaral Dias; reformando o Guarda Abel, com a entrada ao serviço de Miguel Guedes, ou silenciando o mais engraçado de todos, Pôncio Monteiro, em prol da prosa arrastada, inspirada e inalada de Miguel Sousa Tavares. É um “rebrand”.
Com uma raspadela percebe-se que o método de sempre está lá... A Benfica SAD é uma empregadora de referência neste País, tem responsabilidades e direitos, tem uma imagem a defender. Espero que o faça."