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segunda-feira, 15 de março de 2021

Lixívia 23


Tabela Anti-Lixívia
Benfica..............48 (-10) = 58
Sporting............ 61 (+6) = 55
Corruptos....... 51 (+20) = 31

Mais alguns Casos, sempre decididos 'contra' uns e favor dos 'outros'!!!
Na Luz, dois exemplos:
- no penalty assinalado pelo Mota, revertido pelo VAR, várias curiosidades: a justificação mais usada para a falta ter sido assinalada foi o contacto com o braço do Chidozie no Luca! O problema é que tivesse sido só esse contacto com os braços, provavelmente ninguém afirmava que seria falta, e teriam todos os expert's a defender a 'carga de ombro'!!! Porque aquilo que derruba o Luca, não foi o contacto com o braço, a falta clara, é a rasteira do defesa do Boavista ao Luca... e em dois momentos diferentes: primeiro com a perna do Chidozie à 'frente' da perna direita do Luca; e depois já com os dois jogadores em queda, novo contacto, com as mesmas pernas, mas ao 'contrário' com a perna do Boavisteiro a embater 'por trás' da perna do Luca!
E se o local exacto do primeiro contacto entre as pernas é duvidoso que seja dentro ou fora da área; o segundo contacto é claramente dentro da área...!
Resumindo, três contactos para falta, com o árbitro a marcar penalty... e com o VAR a reverter! Recordo que o VAR só deve reverter situações óbvias e não as 'duvidosas'!!!
E nem sequer vou discutir se era melhor para o Benfica o penalty, ou a expulsão... Mas aparentemente o 'medo' de ser a primeira equipa de arbitragem a marcar penalty a favor do Benfica é tão grande, que vale tudo para adiar...!!!
A questão de se assinalar a falta onde 'termina' a respectiva falta, não se aplica neste caso, porque esse critério só existe para agarrões, algo que neste lance não aconteceu.
Outro erro factual neste lance foi o critério disciplinar: O cartão Vermelho deveria ter sido mostrado, mesmo se tivesse sido assinalado o penalty! Porque a alteração que houve nas recomendações aos árbitros, para evitar a tripla penalização nestes lances, só deve ser 'activada', quando o Defesa faltoso, tenta jogar a bola não consegue evitar a falta... algo que neste caso, nunca aconteceu, o Chidozie em nenhum momento tentou jogar a bola... Deveria ser Vermelho,fosse penalty ou falta à entrada da área...!!!
- no lance do Taarabt, vários erros: primeiro o mais óbvio: o apito soou antes de a bola entrar na baliza: ridículo... Indicador de 'propósito', assim impediu o VAR de agir!
Como é possível verificar nas repetições, não houve qualquer contacto com a cara do adversário, que fez claramente 'teatro'. O uso dos braços por parte dos jogadores para 'proteger a bola' é algo normal, não saber distinguir uma cotovelada propositada, com um lance casual, é no mínimo sinal de incompetência... O problema é que esta incompetência tende a ser selectiva, consoante as cores das camisolas!!!

Em Tondela, mais um festival de impunidade disciplinar, com destaque novamente para o Palhinha... e para o Coates!
O lance mais óbvio, aconteceu com o Coates: 2.º amarelo descarado... Isto com 0-0 no marcador!
Momentos antes a Lagartada pediu penalty, mas é um lance sem falta, o jogador do Tondela, faz a recuperação e na sequência, acidentalmente, pisa de raspão a biqueira da bota do adversário, sem falta...

No Dragay mais um festival de mergulhos para a piscina, mas desta vez, inacreditavelmente não houve penalty's... Ficou mais um frango monumental do goleiro adversário... e um Paços, com vários jogadores com ligações aos Corruptos - alguns aparentemente com oferta de contratos para a próxima época -, a não fazerem aquilo que fizeram nos jogos contra o Benfica e o Sporting... Deve ter sido um mau dia!!!


Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), V(1-5), Godinho (Malheiro), Nada a assinalar
2.ª-Moreirense(c), V(2-0), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
3.ª-Farense(c), V(3-2), Martins (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
4.ª-Rio Ave(f), V(0-3), Pinheiro (Hugo), Prejudicados, (0-4), Sem influência
5.ª-B Sad(c), V(2-0), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(f), D(3-0), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
7.ª-Braga(c), D(2-3), Soares Dias (Esteves), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Prejudicados, (1-3), Sem influência
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Rui Costa (Esteves), Prejudicados, Sem influência
10.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (Nobre), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência
11.ª-Portimonense(c), V(2-1), Martins (Esteves), Prejudicados, Sem influência
12.ª-Santa Clara(f), E(1-1), Malheiro (Rui Costa), Nada a assinalar
13.ª-Tondela(c), V(2-0), M. Oliveira (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
14.ª-Corruptos(f), E(1-1), Godinho (Hugo), Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
15.ª-Nacional(c), E(1-1), Rui Costa (Almeida), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
16.ª-Sporting(f), D(1-0), Soares Dias (Hugo), Nada a assinalar
17.ª-Guimarães(c), E(0-0), Almeida (Nobre), Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
18.ª-Famalicão(f), V(2-0), Hugo (Godinho), Nada a assinalar
19.ª-Moreirense(f), E(1-1), M. Oliveira (Melo), Prejudicados, (0-3), (-2 pontos)
20.ª-Farense(f), E(0-0), Hugo (V. Santos), Prejudicados, (0-2), (-2 pontos)
21.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Almeida (Nobre), Prejudicados, (3-0), Sem influência
22.ª-B Sad(f), V(0-3), Martins (Pinheiro), Nada a assinalar
23.ª-Boavista(c), V(2-0), Mota (V. Ferreira), Prejudicados, (4-0), Sem influência

Sporting
1.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Narciso (R. Oliveira), Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Veríssimo (Esteves), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
3.ª-Portimonense(f), V(0-2), M. Oliveira (Narciso), Nada a assinalar
4.ª-Corruptos(c), E(2-2), Godinho (Martins), Prejudicados, (2-0), (-2 pontos)
5.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(4-0), Nobre (Esteves), Nada a assinalar
7.ª-Guimarães(f), V(0-4), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
8.ª-Moreirense(c), V(2-1), V. Ferreira (R. Oliveira), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Famalicão(f), E(2-2), Godinho (Soares Dias), Nada a assinalar
10.ª-Farense(c), V(1-0), Narciso (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-B Sad(f), V(1-2), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
12.ª-Braga(c), V(2-0), Verríssimo (Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (4-0), Sem influência
13.ª-Nacional(f), V(0-2), Mota (Nobre), Nada a assinalar
14.ª-Rio Ave(c), E(1-1), Malheiro (V. Ferreira), Nada a assinalar
15.ª-Boavista(f), V(0-2), Veríssimo (Nobre), Nada a assinalar
16.ª-Benfica(c), V(1-0), Soares Dias (Hugo), Nada a assinalar
17-ª-Maríitmo(f), V(0-2), Hugo (Narciso), Nada a assinalar
18.ª-Gil Vicente(f), V(1-2), Almeida (Nobre), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
19.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Narciso (L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (1-2), Impossível contabilizar
20.ª-Portimonense(c), V(2-0), Rui Costa (R. Oliveira), Beneficiados, (1-0), Sem influência
21.ª-Corruptos(f), E(0-0), Pinheiro (Soares Dias), Nada a assinalar
22.ª-Santa Clara(c), V(2-1), M. Oliveira (Veríssimo), Nada a assinalar
23.ª-Tondela(f), V(0-1), Almeida (Correia), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)

Corruptos
1.ª-Braga(c), V(3-1), Pinheiro (Martins), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
2.ª-Boavista(f), V(0-5), Godinho (Hugo), Nada a assinalar
3.ª-Marítimo(c), D(2-3), Rui Costa (L. Ferreira), Beneficiados, (1-4), Sem influência
4.ª-Sporting(f), E(2-2), Godinho (Martins), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
5.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Malheiro (Esteves), Nada a assinalar
6.ª-Paços de Ferreira(f), D(3-2), Almeida (Narciso), Beneficiados, (5-1), Sem influência
7.ª-Portimonense(c), V(3-1), Nobre (R. Oliveira), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
8.ª-Santa Clara(f), V(0-1), Pinheiro (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
9.ª-Tondela(c), V(4-3), Martins (Hugo), Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)
10.ª-Nacional(c), V(2-0), M. Oliveira (Esteves), Beneficiados, Prejudicados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Guimarães(f), V(2-3), Malheiro (Rui Costa), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
12.ª-Moreirense(c), V(3-0), Mota (V. Santos), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
13.ª-Famalicão(f), V(1-4), Rui Costa (Martins), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência
14.ª-Benfica(c), E(1-1), Godinho (Hugo), Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
15.ª-Farense(f), V(0-1), Mota (Malheiro), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
16.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Almeida (Godinho), Nada a assinalar
17.ª-B Sad(f), E(0-0), Veríssimo (R. Oliveira), Nada a assinalar
18.ª-Braga(f), E(2-2), Soares Dias (Pinheiro), Nada a assinalar
19.ª-Boavista(c), E(2-2), Mota (V. Ferreira), Beneficiados, (0-3), (+1 ponto)
20.ª-Marítimo(f), V(1-2), V. Ferreira (Almeida), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
21.ª-Sporting(c), E(0-0), Pinheiro (Soares Dias), Nada a assinalar
22.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
23.ª-Paços de Ferreira(c), Martins (Nobre), Nada a assinalar

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
Almeida - 4
Rui Costa - 3
Hugo - 3
Martins - 3
Godinho - 2
Soares Dias - 2
M. Oliveira - 2
Mota - 2
Pinheiro - 1
Malheiro - 1

Sporting
Veríssimo - 3
Narciso - 3
Godinho -2
Mota - 2
Hugo - 2
Rui Costa - 2
M. Oliveira - 2
Almeida - 2
Nobre - 1
V. Ferreira - 1
Malheiro - 1
Soares Dias - 1
Pinheiro - 1

Corruptos
Godinho - 3
Mota - 3
Pinheiro - 3
Almeida - 3
Malheiro - 2
Rui Costa - 2
Martins - 2
Nobre - 1
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Soares Dias - 1
V. Ferreira - 1

VAR's:
Benfica
V. Santos - 5
Esteves - 3
Hugo - 3
Nobre - 3
Malheiro - 1
R. Oliveira - 1
Narciso - 1
Rui Costa - 1
Almeida - 1
Godinho - 1
Melo - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1

Sporting
Esteves - 3
Narciso - 3
Nobre - 3
R. Oliveira - 3
V. Santos - 2
Soares Dias - 2
Martins - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Hugo - 1
L. Ferreira - 1
Veríssimo - 1
Correia - 1

Corruptos
Esteves - 3
Martins - 3
Hugo - 3
R. Oliveira - 3
L. Ferreira - 1
Narciso - 1
Rui Costa - 1
V. Santos - 1
Malheiro - 1
Godinho - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Almeida - 1
Soares Dias - 1
Nobre - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Hugo - 2 + 3 = 5
V. Santos - 0 + 3 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 0 + 3 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Hugo - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 0 + 2 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 1 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Martins - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Veríssimo 1 + 0 = 1
Soares Dias 1 + 0 = 1
V. Ferreira 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Hugo - 3 + 3 = 6
Almeida - 4 + 1 = 5
V. Santos - 0 + 5 = 5
Rui Costa - 3 + 1 = 4
Martins - 3 + 0 = 3
Godinho - 2 + 1 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Soares Dias - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Mota - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 3 + 3 = 6
Veríssimo - 3 + 1 = 4
Nobre - 1 + 3 = 4
Hugo - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 1 + 2 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
R. Oliveira - 0 + 3 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Corruptos
Martins - 2 + 3 = 5
Godinho - 3 + 1 = 4
Pinheiro - 3 + 1 = 4
Almeida - 3 + 1 = 4
Mota - 3 + 0 = 3
Rui Costa - 2 + 1 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Hugo - 0 + 3 = 3
R. Oliveira - 0 + 3 = 3
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
Soares Dias 1 + 1 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Jornadas anteriores:

Épocas anteriores:

Primeira Taça de Portugal


"A nossa equipa feminina de basquetebol está de parabéns pela conquista da Taça de Portugal, a primeira do nosso palmarés. Este triunfo está revestido de enorme significado, pois surge como o pináculo, até ao momento, de uma aposta sustentada nesta vertente da modalidade.
Após muitos anos de ausência benfiquista no basquetebol feminino, o Clube retomou a atividade nos escalões de formação, até que, com atletas formadas de águia ao peito, inscreveu uma equipa sénior no escalão mais baixo, o terceiro. Duas temporadas depois chegou à Primeira Divisão, apresentando, desde então, melhorias competitivas ano após o ano.
Na época passada conquistámos o primeiro troféu no historial benfiquista, a Taça Vítor Hugo, mas a suspensão das competições, devido à pandemia, ceifou a possibilidade de novas conquistas.
Na presente temporada, a somar ao excelente triunfo da Taça de Portugal, há a participação no Campeonato Nacional, que está a ser, para já, a mais entusiasmante de sempre (ocupamos presentemente a segunda posição da fase regular a um ponto do líder). Ganha a Taça, é na Liga Skoiy que a nossa equipa está focada, com o difícil objetivo de mais uma conquista inédita.
A aposta no basquetebol insere-se numa política desportiva do Clube de promoção e afirmação da vertente feminina do desporto. O Sport Lisboa e Benfica é o único clube português a apresentar uma equipa na Primeira Divisão de cada uma das modalidades coletivas com maior notoriedade, a saber, futebol, andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol, além de apoiar muitas atletas dos chamados desportos individuais como Telma Monteiro, Teresa Portela ou Dulce Félix, entre muitas outras, nomeadamente através de modalidades associadas ao Benfica Olímpico.
O desporto feminino goza de enorme tradição no Clube (com destaque para as campeoníssimas Marias do voleibol), beneficiando de um forte impulso na última década.
No presente, e no que diz respeito às modalidades coletivas, temos tido enorme sucesso no futsal (tricampeã e atual líder) e no hóquei em patins (heptacampeã e atual líder), cuja aposta tem já vários anos, a que se juntam os triunfos no polo aquático.
Mais recentemente regressámos à competição sénior em andebol (atual 2.º classificado), basquetebol (atual 2.º classificado) e voleibol (apurada para as meias-finais do play-off), com todas a evoluírem época após época, além da recente estreia no futebol feminino (atual 3.º classificado – menos um jogo) com assinalável e imediato retorno desportivo, tendo vencido já, desde 2018/19, uma Taça de Portugal, uma Taça da Liga, uma Supertaça e um Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.
O Sport Lisboa e Benfica assume sem reservas o papel de impulsionador e promotor do desporto português, independentemente do género. Esta é uma das características do Clube mais vincadas na última década.
E não poderia sê-lo de outra forma, não só pela responsabilidade social inerente a um clube da grandeza do Benfica, mas também por respeito às centenas de milhares de mulheres benfiquistas que diariamente vivem e sentem o glorioso Sport Lisboa e Benfica.
De Todos Um, o Benfica!

P.S.: Felicitamos a nossa Seleção de andebol pelo apuramento para os Jogos Olímpicos. Que grande tributo a Alfredo Quintana!"

Bastidores: Boavista...

A linha ténue entre apoiar e exigir


"Estádio da Luz, Lisboa, 23 de Maio de 2015.
Poucos minutos passam das 21 horas quando Luisão levanta a taça de Campeão perante uma Luz extasiada de alegria. Sessenta mil benfiquistas celebram batendo palmas, gritando e cantando o "We are the Champions". Um daqueles momentos em que o tempo pára e tudo parece belo. Em que se sente que tudo está bem quando acaba bem e a vontade é de engarrafar este momento e levá-lo no coração para todo o sempre. Mas passada a euforia do momento, da música tocada a altos berros nas colunas de som, dos abraços e cumprimentos, os gritos e as palmas abrandam. E por momentos faz-se silêncio. Até que suavemente, ao de longe, lentamente, começa-se a ouvir... 
"Benficaaaaaa...Benficaaaaaa...Benficaaaaaa...dá-me o trinta e cincoooooo!"
E de repente todo o estádio entoa o cântico, repetindo até à exaustão: 
"Benficaaaaaa...Benficaaaaaa...Benficaaaaaa...dá-me o trinta e cincoooooo!"
Como era possível? Luisão acabara de levantar a taça do 34, nem cinco minutos tinham passado e o povo já pedia o 35? Seria isto fruto de gente ingrata? Mimada? Precipitada? Com ambições sem sentido? Não! Apenas expressavam o que lhes foi ensinado por avós, pais e mães. Sentiam o que lhes corre nas veias, o ADN da raça Benfiquista. É que no Benfica não se conta espingardas em tempo de guerra, no Benfica a ambição faz todo o sentido, no Benfica quer-se sempre mais, no Benfica o objetivo é sempre ganhar o próximo. Ganhar no próximo ano. Voltar a ganhar. Outra vez ganhar. E mais uma vez ganhar.
Não significa que as pessoas não estejam gratas, não sejam racionais, não compreendam que nem sempre é possível. Mas a vontade férrea tem de ser essa. Vencer sempre. É uma lição que é importante recordar à "estrutura": A conversa do "não se pode ganhar sempre", do "até já fomos tetra", do "Benfica no passado também perdeu", do "os outros também estão a ter más épocas" é a antítese do que é o clube que após derrotar em 1907 a invencível armada Inglesa do Cabo Submarino ganhou a alcunha de "Glorioso", expressão que atravessou gerações até chegar aos dias de hoje. Quem serve o Benfica tem que ganhar tempo a escrever 45 razões para encontrar o sucesso e não perder tempo a escrever 45 desculpas para justificar o insucesso. E tem que entender que as críticas e a oposição fazem parte de uma democracia e que existem muitas e justificadas razões para elas. Que a época está a ser um falhanço estrondoso e inaceitável. E que responsabilidades têm que ser assumidas.
Estádio da Luz, Lisboa, 23 de Outubro de 2015.
Minuto 70 do derby entre Benfica e Sporting. O clube visitante vence por uns escandalosos 0-3 o clube da casa, que se encontra humilhado em campo. Raras vezes os adeptos da altiva águia tinham sentido esta sensação de impotência, de domínio, de esmagamento por parte do rival do outro lado da 2ª circular. Um daqueles momentos em que o tempo pára e tudo parece horrível. Em que se sente que quando tudo está mal vai mesmo acabar mal e a vontade é de engavetar este momento e escondê-lo do coração para todo o sempre. Mas passada a depressão do momento, do "Bailando" cantado a altos berros pelos adeptos rivais, dos suspiros e resmungos, os impropérios e os assobios abrandam. E por momentos faz-se silêncio. Até que suavemente, ao de longe, lentamente, começa-se a ouvir...
"La la la la...eu amo o Benficaaaa...la la la la...eu amo o Benficaaaa! BEN-FI-CA!"
E de repente todo o estádio entoa o cântico, repetindo até à exaustão:
"La la la la...eu amo o Benficaaaa...la la la la...eu amo o Benficaaaa! BEN-FI-CA!"
Como era possível? Téo Gutierrez, Slimani e Bryan Ruiz tinham marcado três golos ainda nem à meia-hora e o povo cantava que amava o Benfica. Seria isto fruto de gente louca? Desfasada? Conformada? Submissa ao status-quo? Não! Apenas expressavam o que lhes foi ensinado por avós, pais e mães. Sentiam o que lhes corre nas veias, o ADN da raça Benfiquista. É que no Benfica unimo-nos quando somos atacados de fora, no Benfica nunca há hesitações no amor ao clube, no Benfica nunca se desiste, no Benfica sabemos sempre que se ele cai lá estaremos para o levantar de novo, no Benfica podemos andar às turras entre nós, mas sabemos sempre que um valor mais alto se levanta.
Não significa que as pessoas não sejam exigentes, não apontem o dedo, não exijam responsabilidades a quem está lá dentro. Mas a vontade férrea tem de ser essa. O Benfica acima de tudo. É uma lição que é importante recordar a nós adeptos. A conversa do "Benfica devia perder para ver se aquela gente sai dali para fora", do ir escrever para o Instagram dos jogadores "Seu cepo, não vales nenhum", do dizer "Otamendi é um infiltrado do Porto e Jesus quer destruir o Benfica" é a antítese do que é uma das melhores massas adeptas do mundo, que se deslocava aos milhares atrás do clube a todo o lado, que embalou dirigentes, treinadores e jogadores para inúmeras conquistas. Os Benfiquistas têm de ser os adeptos que constroem um clube melhor através de uma democracia saudável onde se questiona os dirigentes, aponta-se falhas, apura-se responsabilidades, indicam-se caminhos e não os adeptos que mandam abaixo o clube com uma guerra civil onde impera o ódio, a ausência de troca de ideias e a violência verbal. Queremos revolucionar o clube? Mudar os seus dirigentes? Façamo-lo com inteligência, com nível e com sentido de responsabilidade.
Vamos no "minuto 70" desta temporada 2020/21? Pois cantemos agora, repetindo até à exaustão, o "Eu amo o Benfica". E cinco minutos depois de Jardel levantar a Taça de Portugal em Coimbra? Cantemos, repetindo até à exaustão, o "Benfica, dá-me o 38!""

Diogo Gonçalves | O novo dono da lateral direita encarnada


"A vitória frente ao Boavista FC teve na exibição de Diogo Gonçalves a sua mais brilhante contribuição, num rendimento individual que se vem acentuando como uma das poucas boas novidades de uma temporada fracassada a toda a linha, e da qual há inúmeros aspetos a corrigir para 2021-22.
Por hoje, falar de Diogo é falar da melhor projeção de um lateral direito encarnado de categoria internacional depois de Nélson Semedo, intervenientes com características físicas semelhantes e que muito podem oferecer às suas equipas no capítulo ofensivo. No sábado, Seferovic bisou graças a duas contribuições do português de 24 anos, acumulando já quatro no total da sua época, três na Primeira Liga – Everton, Darwin ou Grimaldo, os que mais assistem nesta competição, levam seis quando já ultrapassaram os 1400 minutos de utilização, contrastando com os 525′ de Diogo.
Manteve-se a tendência no início desta temporada, apostando Jorge Jesus na mesma receita que Rui Jorge descobriu em 2018, na seleção nacional de sub-23. Fruto das múltiplas soluções de qualidade para a frente de ataque, houve necessidade de acomodar o extremo alentejano no onze, olhando-se para para a ala direita como zona ideal para aproveitar a sua verticalidade.
Na seleção, mais evidente no 4-4-2 losango, agora no SL Benfica a empurrar Rafa para zonas interiores onde pode ser verdadeiramente decisivo. Tanto num como noutro contexto teve exatamente o impacto esperado, ainda que na Luz tenha demorado a assumir-se dada a consistência defensiva do mais experiente Gilberto, que é mais seguro nas tarefas defensivas mas sem a mesma repercussão no último terço.
E mais estatísticas o comprovam: cruzamentos por 90 minutos (sete de Diogo contra três do brasileiro); percentagem de passes completos (88% contra 84%), onde se incluem os passes nos últimos trinta metros (25 por 90 minutos contra 20) e a criação de grandes oportunidades, onde o português leva cinco, mais uma do que o companheiro de posição que conta com mais cinco jogos disputados.
Se olharmos aos laterais de referência da última década encarnada, o primeiro que nos surge com verdadeira preponderância numa das laterais dos encarnados é Maxi Pereira, farol quanto à qualidade na posição e meta quanto às estatísticas superlativas no contexto nacional. Se tivermos em atenção apenas números, permitindo-o resvalar para a tremenda insensibilidade que é concentrar na estatística o rendimento de um jogador ou da própria equipa, desconsiderando até o legado que o uruguaio construiu na Luz, e usufruindo da relativa importância dos mesmos, surgem-nos dados merecedores de atenção: 
 2009-10: 37 jogos, 4 golos e 8 assistências em 2932 minutos
2010-11: 46 jogos, 1 golo e 6 assistências em 3934 minutos
2011-12: 43 jogos, 3 golos e 4 assistências em 3654 minutos
2012-13: 43 jogos, 3 golos e 6 assistências em 3439 minutos
2013-14: 42 jogos, 5 assistências em 3439 minutos
2014-15: 5 golos e 11 assistências em 3758 minutos, o melhor registo do uruguaio, e que encontra rival no Nélson Semedo de 2016-17 (os mesmos 2/12 em 4217’), ou no André Almeida (idem, em 4727’) e Grimaldo de 2018-19 (7 golos e 13 assistências em 4829’), ainda que seja notória a cronometragem muito mais alargada destes três.
Comparando o atual aproveitamento de Diogo Gonçalves, há motivos para ser otimista quanto ao seu futuro de águia ao peito, num trajeto que se iniciou em 2010 e o levou a triunfar em todos os escalões formativos, com as seleções jovens em paralelo – 71 internacionalizações dispersas por todos as etapas disponíveis: sub-15, 16, 17, 18, 19, 20 e 21.
É nesta última que começa precisamente a aventura da sua adaptação a outros terrenos, com Rui Jorge a ser o responsável pela visão de o recuar uns metros para alavancar a sua importância no conjunto. Numa altura em que Diogo passava por momentos de menor fulgor no Nottingham Forest FC, primeiro empréstimo depois da estreia pela equipa A do SL Benfica, em 2017-18, e quando partilhava balneário com talentos de realce como André Horta, João Carvalho, Diogo Jota, Félix, Gedson, Rafael Leão ou Bruno Xadas, o selecionador encontrou um espaço inédito para ele – mas completamente de acordo com as suas características.
Esse processo de adaptação teve, então, interregno declarado fruto do desenvolvimento exponencial que João Pedro Sousa e o FC Famalicão lhe proporcionaram na sua posição de origem. Naquela que foi a época de afirmação em contexto de Primeira Liga, Diogo explodiu na consistência do seu jogo como um dos últimos homens – a única oportunidade para relembrar conceitos mais defensivos foi na quarta eliminatória da Taça de Portugal, numa vitória (1-0) frente à Académica.
Todos os outros 33 jogos fê-los, na grande maioria dos minutos, na extrema direita do 4-2-3-1 que fez furor com o futebol de estética memorável e resultados práticos de registo. A intromissão nos lugares cimeiros e as meias-finais da Taça são atestado da grande época famalicense e Diogo foi figura fundamental. Regressaria com todo o mérito à Luz.
Porém, com Everton, Pedrinho, Rafa ou Pizzi como concorrência direta, seria uma questão de tempo até recuar novamente no campo, aliando-se a apetência natural à reconhecida tendência de Jorge Jesus em transformar extremos em laterais de grande nível – exemplo mais latente será Fábio Coentrão, outras assinaláveis fixam-se em André Almeida ou Melgarejo, ainda que com sucesso relativo.
A pergunta que por agora se impõe será quanto ao nível de Diogo na próxima temporada, já mais rotinado com as ideias do técnico (se este cumprir contrato…) e das exigências específicas da posição e como a equipa se vai adaptar à sua desenvoltura no preenchimento da faixa. Por agora, agradece Seferovic e quem jogar nas suas proximidades, pois a certeza de serem bem servidos não é assunto de debate."

Diogo vs Mangas


"O Estádio da Luz recebeu um duelo entre jogadores separados por apenas um ano de idade e que passaram pela formação encarnada. Ambos com a particularidade de já terem jogado como extremos e como laterais. Ricardo Mangas, um dos meninos do professor Jesualdo Ferreira – era suplente de Hamache à chegada de Jesualdo ao Bessa, foi eleito o melhor jovem de Fevereiro, e o confronto com o supersónico Diogo Gonçalves prometia.
A expulsão de Chidozie no início da partida coarctou possibilidades a Mangas de poder ser mais audaz e fazer a diferença no plano ofensivo – Havia somado golos, assistências e jogadas de consecutivo perigo nas partidas anteriores, e fez pender o duelo para o lado encarnado de Diogo Gonçalves.
Dois jovens com um potencial enorme para marcarem a próxima década na Liga Portuguesa. Têm estado no melhor de Benfica e Boavista, respetivamente."

Era uma vez o futebol português (parte 2)...


"No dia 14 de fevereiro, em Moreira de Cónegos, o SL Benfica defrontou o Moreirense num jogo envolto em polémica, que terminou com o empate a uma bola.

Fábio Melo, o vídeoárbitro (VAR) nomeado para a partida, decidiu omitir uma das repetições para análise do árbitro num lance passível de ser assinalada grande penalidade sobre Weigl, e ainda, não alertou para um penálti cristalino cometido sobre Vertonghen.

A sua miserável prestação mereceu duras - e legítimas - críticas por parte do SL Benfica, que veio a terreiro pedir a divulgação "urgente" das comunicações e imagens utilizadas pelo videoárbitro. Pretensão não atendida.

O que aconteceu em Moreira de Cónegos foi gravíssimo e teria ter consequências. E teve.
Sabemos agora que Fábio Melo, após esse jogo de má memória, até ao dia 14 de março teve como gratificação a responsabilidade de arbitrar mais 4 jogos - 3 na segunda liga e um na liga. Com isso, alegadamente, arrecadou módicos 𝟰𝟬𝟬𝟬 𝗲𝘂𝗿𝗼𝘀!
Com "castigos" destes na Liga da VARgonha, o crime compensa.


E se Palhinha receber novo cartão amarelo?


"Nicolás Otamendi, jogador do SL Benfica, encontra-se no topo da lista dos jogadores com mais cartões amarelos da Liga Portugal. No entanto, não figura entre os 15 que, até ao momento, cometeram mais faltas. Sintomático.
Palhinha, jogador do Sporting CP, lidera destacadíssimo a lista de jogadores com mais faltas assinaladas. Porém, não as suficientes para ter sido admoestado com o cartão amarelo mais do que cinco vezes.
Se compararmos o jogador do Sporting com, por exemplo, Julian Weigl, futebolista que ocupa a mesma posição no terreno de jogo, também constatamos algo curioso e revelador: Palhinha tem cerca do dobro das faltas de Weigl, sendo que o benfiquista, como não podia deixar de ser, tem mais amarelos que o sportinguista. Só visto, contado ninguém acredita...

Relembramos que Palhinha anda há um mês e meio a jogar sem cumprir castigo, depois de ter completado a série de cinco amarelos, diante do Boavista, a 26 de janeiro.
E se Palhinha receber novo cartão amarelo? Será o quinto ou o sexto?
Talvez este seja um dos motivos pelos quais os árbitros não o penalizam de acordo com as leis de jogo - se lhe for exibido novo cartão amarelo, ninguém saberá o que fazer depois. Esta situação terceiro mundista tem permitido que ele passeie, com total impunidade, nos relvados nacionais.

Post Scriptum: Atente-se também à ausência, em ambas as listas, de jogadores do FC Porto. Bastante elucidativo.

Mais um grotesco episódio da série «o SL Benfica manda nisto tudo»."

Celebração?!


"Será que esta noite no Calor da Noite assistimos a um jogo comprado por via da contratação de Eustáquio para o ano? Será que o frango anedótico sofrido por Jordi, um dos melhores Guarda Redes da Liga até ao momento, foi uma infeliz coincidência? Será que uma equipa que está em 5ºlugar do campeonato raramente ter passado do meio campo foi "futebol"? E a festa conjunta no final do jogo, com abraços e sorrisos efusivos envolvendo Carlos Carneiro, Luís Gonçalves, Sérgio Coação, Bruno Costa e uma série de jogadores do Calor da Noite, foi apenas "fair-play"?
Pois sim..."

Dor psicológica e superação: o desporto nacional


"“Se me tivessem dito há um mês que ia ser campeã da Europa eu não ia acreditar, mas consegui passo a passo passar todos os entraves (...) quando percebi que ganhei a emoção foi muita (...) não disse a ninguém porque estava psicologicamente em baixo, mas acreditei sempre que havia possibilidade de voltar, mas havia vários entraves no caminho e a recuperação não estava a ser fácil. Eu também não sabia como ia recuperar pós-Covid (...) Fiz a competição toda nem a pensar nas minhas adversárias, mas a pensar em conseguir superar-me a mim mesma e felizmente foi um dia muito feliz para mim."
- Patrícia Mamona, campeã da Europa triplo salto – Jornal da Noite, SIC, 10 março 2021

A carreira de um atleta de excelência faz-se, desde sempre, com uma enorme determinação, capacidade de resistência à frustração e, em larga medida, a capacidade de gerir eficientemente diferentes tipo de dor – física e psicoemocional.
O testemunho de Patrícia Mamona, imediatamente a seguir à conquista do título europeu em triplo salto no passado fim de semana é, por assim dizer, apenas um pequeno levantar do “véu” que permite que o cidadão mais desatento possa “tocar” levemente esta realidade.
Quer este título (igualmente alcançado por outros dois atletas no mesmo evento, em diferentes disciplinas, Pichardo e Dongmo), quer o enorme feito alcançado pela seleção nacional portuguesa de Andebol que acaba de garantir uma inédita qualificação olímpica, ganham ainda maior relevância se considerarmos o contexto em que estes têm feito a sua preparação – na verdade o mesmo em que toda a sociedade se encontra, ou seja, num arrastado e doloroso período de pandemia que alterou disruptivamente o quotidiano de todos que, em extremo, está a levar muitos dos “nossos”.
Uma vez mais, contrariando todas as dificuldades, os atletas portugueses (como, de resto, em muitas outras ocasiões) resgatam a auto-estima e confiança de todos nós mostrando até, como em momentos de tão grande dificuldade (e onde se chega até a questionar um pouco de tudo) se mantêm ainda assim os esforços e, com isso, a aproximação ao resultado pretendido (como foi o caso também dos atletas Francisco Belo e Pedro e Diogo Costa, que também recentemente alcançaram a qualificação olímpica). 
E, uma vez mais se assiste a uma onda gigante de congratulações, nomeadamente por diferentes figuras públicas (e de Estado) que, como tem sido demasiado frequente, se aproximam do desporto quando ele traz visibilidade e não quando ele necessita de decisão política – uma decisão que deveria ter sido célere e eficiente, protegendo aqueles que tanto contribuem (agora e no futuro) para a “marca Portugal”.
E sim, muito recentemente foi, por fim, aprovado um conjunto de medidas (na ordem dos 65 milhões de euros) que visa capacitar o agora moribundo sector desportivo em Portugal – podemos respirar, então de alívio?
Não é seguro.
Não é seguro porque não basta disponibilizar recursos, importa sim encarar o segmento da atividade física, exercício e desporto como vetores estratégicos não só da formação de jovens atletas, mas também da promoção de Saúde Física e Mental – os pilares afinal de uma Sociedade que se quer diferenciada, evoluída e produtiva.
Importa considerar que também este setor merece a criação de uma verdadeira “task force” de especialistas de diferentes disciplinas que possam, estrategicamente, ser um catalisador da distribuição dos meios e, em igual medida, “mentores” no aconselhamento do uso mais eficiente dos mesmos, prevenindo o mais provável cenário de saírem um conjunto de medidas avulso destes apoios, sem consequência alguma a médio-longo prazo face as reais necessidades do desporto nacional.
O setor deve ser encarado com igual seriedade com que se encara o setor da Saúde e/ou Educação, ou não fosse ele um fortíssimo aliado do possível sucesso dos dois primeiros.
É preciso manter presente que uma qualificação olímpica, tal como a que a Seleção de Andebol nos acaba de oferecer (especialmente como a que este grupo conquistou, num cenário de enorme dor emocional exemplarmente transposto para uma missão – impossível, certamente considerada por muitos – de grupo) não se conquista num torneio de qualificação olímpica.
Conquista-se sim com mais de uma década de trabalho executado por toda uma estrutura que, à semelhança de muitas estruturas no contexto do Desporto Nacional, trabalhará certamente com recursos abaixo das suas necessidades e com a boa-vontade, empenho e paixão de todos aqueles que, permanecendo invisíveis, possibilitaram o crescimento destes Atletas desde Jovens.
65 milhões de euros não resolvem problemas (por vezes, até agigantam assimetrias) e podem, em boa verdade, distrair-nos apenas do tema verdadeiramente central que é o reconhecimento inequívoco da importância da atividade física e do desporto nas sociedades modernas – o contínuo desconhecimento desta realidade, traduzido numa inércia e falta de medidas com repercussões a médio longo prazo, apenas reforçará um título que, lamentavelmente, também já é nosso: o de uma profunda ignorância neste segmento que só poderá ser colmatada com a integração da Ciência nos circuitos de decisão superior."