Últimas indefectivações

sábado, 7 de dezembro de 2024

Antevisão...

BI: Antevisão - Guimarães...

Por pouco...

Mladost 12 - 10 Benfica
3-3, 1-0, 5-3, 3-4

Estreia da 2.ª ronda da LEN Challenge Cup, com um derrota, num jogo muito equilibrado...
Sábado, jogamos com as Alemãs do Bochun que também perderam na 1.ª jornada.

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Águia: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Sporting. Equipa deixou de saber jogar?

Observador: Três Toques - China perde o Óscar

Observador: A força da técnica e a técnica da força - “Moreirense ganhou e ganhou bem”

PortugueseSoccer Com #251 - Liga Match Day 13; Sporting Struggles Post-Amorim; Moreirense & Tondela Thriving

Económico: "No futebol português, tomam-se decisões de milhões com base no feeling", crítica CEO da Goalpoint

Pre-Bet Show #93 - Melhor XI Dos Dragões 🐉

Rabona: FIFA Club World Cup...

Efeito borboleta!!!

🎯 Dalot falha um golo cantado 🎯 Man. United despede treinador 🎯 Man. United vai buscar R. Amorim 🎯 Campeonato português dá cambalhota Este lance alterou a trajetória do campeonato português 2024/25 Este efeito borboleta é que merecia um filme! Extraordinário 🤯

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— O Fura-Redes (@ofuraredes.bsky.social) December 6, 2024 at 7:40 PM

Adversários...

O maior cagalo de todos!!!

Hoje não há capa Record a condicionar os árbitros do Sporting.

Na escolha do treinador ou do árbitro?

Coação em dia de jogo

O Ruído da Comunicação Social e a Passividade do Benfica


"Nos últimos dias, a comunicação social (CS), especialmente o jornal Record, tem promovido uma verdadeira campanha a favor do eterno rival do Benfica, o Sporting. Esta tendência, que não é nova, preocupa-me profundamente enquanto sócio e adepto do Benfica, e levanta questões sobre a isenção de quem deveria informar, não influenciar.
Enquanto Benfiquista, isso preocupa-me, mas não me surpreende. Já havia sinais claros de parcialidade por parte da CS, especialmente nas conferências de imprensa, onde o então treinador do Sporting, Rúben Amorim, era "endeusado". Esta adulação era frequentemente justificada pela sua capacidade de comunicação e empatia com os jornalistas, criando uma aura de intocabilidade em torno do técnico. Agora, com as capas desta semana libertam-se de qualquer pretensão de isenção ou imparcialidade.
Desde o jogo entre o Sporting e o Santa Clara, no passado sábado, as manchetes do Record ilustram essa parcialidade: em três das últimas cinco capas, o árbitro da partida foi o protagonista. Ofuscou-se a exibição pálida do Sporting e a estreia do novo treinador na Liga. Pelo contrário, os erros de arbitragem assumiram o papel central, desviando a atenção do jogo em si. Um jogo que mostrou um Sporting muito menos acutilante e criativo em termos ofensivos, em comparação com a equipa dos últimos anos. Recorde-se que o Sporting não perdia para a Liga há praticamente um ano, não perdia em casa desde fevereiro de 2023 e não terminava um jogo sem marcar desde abril desse mesmo ano. O que deveria ser tema de análise crítica foi, no entanto, estrategicamente desviado.
Esta postura contrasta fortemente com o tratamento dado ao Benfica em situações semelhantes. Quando o nosso clube foi prejudicado por decisões arbitrais, raramente se viu este nível de destaque mediático. Quem não se lembra da final da Liga Europa de 2013/14, marcada por decisões claras contra o Benfica? Na altura, a narrativa dominante não foi sobre os erros de arbitragem, mas sim sobre uma tal “Maldição”. Ou quem se lembra da capa pós Casa Pia-Sporting da época passada, em que o Sporting venceu com um erro grave e objetivo do VAR, num lance de fora de jogo? Dois pesos, duas medidas.
É legítimo questionar: porque é que agora, perante a arbitragem do Sporting-Santa Clara, a CS decide amplificar tanto o tema? A resposta parece óbvia: uma campanha para proteger e enaltecer o rival. Esta parcialidade mina a credibilidade dos meios de comunicação, que deveriam ser imparciais e não ceder a favoritismos. Admito que fosse assinalado penalty em qualquer das duas situações que o Sporting se queixa. Mas deixo no ar uma questão: num jogo internacional, com o critério de intervenção do VAR em competições europeias, a decisão no lance sobre Catamo seria revertida? A resposta parece clara.
Preocupa-me ainda a apatia dos responsáveis do Benfica face a esta situação. É incompreensível que o clube não tome uma posição firme perante estas evidências. Enquanto adeptos, fazemos a nossa parte, usando as plataformas disponíveis para expor e criticar estas práticas. Porém, o clube, com toda a sua estrutura, parece limitar-se a tímidas newsletters. Isso é insuficiente e frustrante para quem espera mais de uma instituição com a grandeza do Benfica.
Enquanto discutimos os problemas internos, não podemos descurar o que acontece à nossa volta. Ignorar estas campanhas da CS é permitir que continuem a ganhar força. Não se trata apenas de defender o Benfica, mas de exigir transparência e justiça no futebol português. Agora que o desabafo está feito, todos juntos: ganhar ao Vitória!"

Confiem...


"Depois de uma importante vitória a meio da semana, que abre boas perspetivas para, pelo menos, o play-off da Champions, o Benfica regressava ao campeonato com um sempre difícil jogo em Arouca e depois do “tropeção” do Sporting. Era, assim, imperativo continuar a senda vitoriosa, independentemente da “nota artística”, e, sem o brilho da melhor versão do Benfica de Lage, mas com uma equipa que soube “viver com isso”, com menos inspiração e mais transpiração, arrancou uma vitória que era essencial e sem grande sofrimento, diga-se. Na verdade, consistência, mais do que arte, era o que se pedia nesta semana e Lage foi mestre a geri-la, pois, tal como no Mónaco, com as entradas de Arthur Cabral e Amdouni, a dupla substituição de Beste e Barreiro para os lugares do desgastado par turco resultou em pleno e arrastou o Benfica para os 10 minutos da sua melhor versão com que resolveu o jogo de Arouca. Poderá não ser o que “enche mais o olho”, mas, neste mês de dezembro, com sete jogos, o que mais interessará será a capacidade para ganhá-los, com mais ou menos dificuldades, maior ou menor folga, mas com a consistência que normalmente acompanha os campeões. Os próximos cinco jogos serão muito importantes para o resto da época e para chegarmos ao último jogo do ano capazes de discutir a liderança no campeonato e bem encaminhados na Champions, serão necessários tanto a arte que Lage demonstrou no banco como o suor que os jogadores deixaram em Arouca, mesmo, ou sobretudo, quando as coisas não lhes correrem bem. Como dizia Lage na roda final do Mónaco, confiem."

Sporting: uma chicotada psicológica ao contrário


"As famosas 'chicotadas psicológicas' também funcionam em sentido inverso. Saída de Amorim, mais coincidência menos coincidência, deu até agora péssimos resultados

João Pereira destacou-se como futebolista internacional atuando a defesa direito, e por isso efetuou centenas (milhares?) de lançamentos de linha lateral. Não consta, pelo menos nas memórias imediatas, que alguma vez tenha oferecido um golo ao adversário da forma como Geny Catamo o fez nesta quinta-feira em Moreira de Cónegos.
Geny Catamo é um jovem altamente promissor que já resolveu dérbis importantíssimos para o Sporting, marcou em clássicos, conquistou merecidamente o carinho dos adeptos leoninos e tem ganho o seu espaço na seleção de Moçambique.
Nem João Pereira nem Catamo saberão explicar o que está a acontecer ao Sporting desde a saída de Ruben Amorim. E certamente nenhum deles, como os outros jogadores e restantes elementos da estrutura, gostaria de estar a viver uma fase assim.
A verdade é que o Sporting não perdia três jogos consecutivos há cinco anos e acaba de colocar à disposição dos rivais a Liga 2024/2025, quando há um mês era quase unânime a ideia de que só uma hecatombe impediria o bicampeonato leonino.
Pois a hecatombe aconteceu. Veio fora dos planos e em tempo desadequado, isto visto pela perspetiva do Sporting, claro. Mas, se pensarmos bem, podemos estar perante a história circular dos incêndios do verão e das cheias no inverno: todos sabem que vão acontecer, mas pouco se faz para prevenir os respetivos danos.
Frederico Varandas está, neste momento, na maior prova de fogo da presidência. Garantiu que João Pereira era a solução pensada para o futuro a partir da próxima época, quando Amorim ia finalmente voar. Voou antes do tempo e fica uma espécie de orfandade em todo o universo do futebol do Sporting.
Frederico Varandas não efetua lançamentos de linha lateral, não defende bolas nem chuta à baliza. João Pereira já o fez, mas agora só se for nos treinos.
Cabe também aos jogadores, nesta fase difícil, responder presente. E o que se viu nos últimos jogos é que uns estão e outros nem por isso.
Pode haver inúmeras eventuais razões do foro psicológico para esta quebra, mas se a maior parte delas for motivada por um compromisso com o anterior treinador e não exatamente com o clube, então algo está mal no reino do leão.
É muito cedo para tirar conclusões, mas se o Sporting pujante dos últimos anos, capaz de se recolocar no topo, era afinal um projeto de Amorim e Hugo Viana, isso é preocupante."

A fábrica de chocolate verde


"Frederico “Willy Wonka” Varandas convenceu-se de ser detentor da fórmula secreta do treinador-chocolate, cujos sabor único e formas originais deliciavam os degustadores de futebol a cada volta ao Sol: “levanta-te e treina” seria o mote para o eterno sucesso desenvolvido e guardado na Academia como receita de doce conventual de lamber os beiços.
A doçaria de Alcochete estava para milhões de sportinguistas inocentes e apaixonados como a fábrica de chocolate de Gene Wilder para todas as crianças do mundo: os jogos que nunca se perdem eram uma espécie de sorvetes que nunca derretiam, gerando jogadas e golos tão admiráveis e saborosos como os ovos de Páscoa ganhavam asas nos pés de Gyökeres, espécie de galifão dos ovos de ouro. Da inveja pelo sucesso alheio terá nascido, porém, uma espionagem industrial com o objetivo de intoxicar o produto, introduzindo grãos de sal no meio da saca das sementes de cacau - chocolateiros invejosos do outro lado da Segunda Circular, quase de certeza.
Foi assim que um tal João Pereira, o herdeiro escolhido através do bilhete dourado escondido como brinde nos Rebuçados Alvalade, que se separou do Benfica tal como o “Charlie Bucket” original se separou da família para assumir a direção da fábrica de Willy Wonka, acabou por tresler o livro de receitas do bom-bom Amorim e pôs a máquina dos Doces Warandas a produzir pastéis intragáveis, conduzindo-a à ruína e à falência.
Mas sabemos que a história não acaba aqui e que ainda falta o renascimento através do labor persistente dos oompa-loompas, grudados no sabor do cacau, quais oompa-leõões viciados no gosto das vitórias, que também hão de recuperar a receita secreta e produzir novas fantasias e delícias futebolísticas de chocolate verde e branco.
Quaisquer semelhanças entre Willy Wonka e Frederico Varandas são pura imaginação, mas às vezes, a ficção antecipa a realidade. Mas, atenção, só às vezes."

História Agora


Esclarecimento


"Face ao teor do comunicado do Bitonto C5, clube organizador da Futsal Women's European Champions, o Sport Lisboa e Benfica reitera que a data do torneio foi fechada sem nunca o Benfica ter sido contactado.
Sublinhamos, uma vez mais, que a imagem da modalidade fica manchada em termos internacionais com a ausência do Benfica na competição e lamentamos a leviandade com que o assunto foi conduzido por parte do clube italiano.
O Sport Lisboa e Benfica tudo fará junto da UEFA para oficializar a prova, conferindo-lhe o profissionalismo e o rigor que merece."

O duplo milagre de Artur Jorge


"Português evitou duas vezes a implosão do Botafogo, a primeira na visita ao Palmeiras, que pode valer o primeiro título em 29 anos, e na final da Libertadores, ao ficar reduzido a 10 jogadores

Artur Jorge está a pequeno passo de assinar uma época de sonho no Botafogo. Já o seria só com a brilhante conquista da Libertadores, mais ainda se a fechar com a retumbante vitória no Brasileirão. Basta-lhe um ponto apenas na derradeira jornada para matar mais um borrego, este de 29 longos anos.
As probabilidades apresentam-se finalmente a seu favor, sobretudo desde a rotura aparentemente definitiva com um passado ainda fresco de uma desilusão monumental. Do ponto de vista daqueles que carregam a Estrela Solitária, terá mesmo valido a pena sofrer tanto.
O português arriscou forte quando deixou um SC Braga ainda incapaz de poder ou querer dar a qualquer técnico um plantel de campeão nacional, algo que o norte-americano John Textor ainda conseguiu no Brasil com o Botafogo, ao contrário da Europa, onde está a ser altamente criticado. Artur Jorge, reconheça-se então, teve ao seu dispor o melhor plantel do país.
«Artur Jorge terá sido mais gestor, psicólogo e estratega do que verdadeiramente treinador numa temporada tremendamente exigente e feita à dimensão de um continente, tal a dimensão do país.»
Sabe-se, no entanto, que no futebol tal nunca é suficiente, mais ainda numa equipa com o trauma ainda entranhado nas bancadas do Nilton Santos e que começou a ganhar forma desde a saída de Luís Castro para a Arábia Saudita, atropelando posteriormente Bruno Lage, Lúcio Flávio e Tiago Nunes. Com a saída do agora de novo treinador do Benfica, alguns jogadores, «habituados a comer simplesmente feijão com arroz» ainda vieram a público elogiar a simplificação do jogo da equipa, porém nem isso os ajudou, já que seriam, pouco depois, ultrapassados por um Palmeiras liderado finalmente pelo miúdo Endrick.
O conjunto de Abel Ferreira manteve o registo mais europeu, assente na organização e coesão das principais unidades, e nos rasgos individuais ainda e sempre de Raphael Veiga. Contudo, não foi capaz de subscrever as atualizações necessárias ao modelo no mercado, que se revelou novamente pouco produtivo, depois de uma ou outra incursão no passado. A chama surgiu, mais uma vez, da sua extraordinária formação, através de Estêvão Willian. Não era preciso prová-lo, porém foi precisamente o extremo de 17 anos, ao 90.º minuto da partida de Belo Horizonte, a converter um tremendo livre direto que evitou desde logo os festejos no Rio de Janeiro (e em Porto Alegre, onde o rival jogava a essa hora).
Se recuarmos alguns meses, reconhecemos que as vitórias sempre surgiram de forma mais natural para os do Rio do que para os paulistas, que mostravam resiliência, mas pouca criatividade na hora da assaltar as balizas contrárias, até que novo ciclo negativo promoveu a ultrapassagem do Palmeiras, que ficou líder antes de receber o principal oponente ao tri.
A julgar pelo ano anterior, mesmo com um outro 11 e um técnico esfomeado pelo primeiro título de campeão, poucos esperariam algo que não fosse nova machadada nas ambições alvinegras a três jornadas do fim. Se até ao primeiro golo, de Gregore, o Verdão ainda deu mostras de poder concretizar a ameaça, depois desse canto estudado só praticamente deu Botafogo. Artur Jorge conseguiu, nesse momento, inverter a quebra, acabar com maldições e maus-olhados. Teve contornos de milagre e fê-lo a apenas quatro dias da final da Libertadores. O triunfo no Allianz, com uma exibição controladora e inequívoca, sem qualquer mácula, serviu como âncora para o que faltava. Tornou-se o pai da festa em Buenos Aires, onde mais uma vez se excederam expetativas, sobretudo depois da expulsão do ex-herói Gregore aos 2 minutos.
«No Botafogo, já não será preciso sair de madrugada para encontrar Vénus, a estrela solitária dos remadores. É muito provável que nos próximos tempos se veja mesmo por todo o lado e a qualquer hora do dia.»
O que parecia muito difícil para qualquer outra equipa – ainda mais pelo cansaço de ter jogado partida decisiva escassos dias antes – voltou a assumir-se como narrativa épica com um primeiro golo aos 35 minutos, o segundo em cima do intervalo e o 3-1 final. Carimbava-se assim a primeira Libertadores da história do Botafogo e da carreira de Artur Jorge, que terá sido mais gestor, psicólogo e estratega do que verdadeiramente treinador numa temporada tremendamente exigente e feita à dimensão de um continente, tal a dimensão do país.
O Palmeiras ainda pode conquistar o troféu, porém, depois dos últimos encontros, já pouco tem a seu favor. Apenas a fé. Seja Artur Jorge ou Abel Ferreira, o título será novamente conquistado por um treinador português. E se somarmos o Brasileirão à Libertadores, dos últimos 12 troféus apenas três escaparam a mãos lusas: o campeonato de 2021, ganho pelo Atl. Mineiro de Cuca, e duas edições da principal prova da CONMEBOL garantidas em 2022 e 23, respetivamente pelo Flamengo de Dorival e pelo Fluminense de Fernando Diniz. É obra!
Jorge Jesus, com três canecos à sua conta, falhou rotundamente a profecia. Não é assim tão difícil que um técnico português seja bem-sucedido no Brasil e a representar o mesmo Brasil nas provas continentais. Não se trata de especulação, são os próprios factos que o sublinham. Não só pela língua, mas ainda pela adaptabilidade a cenários menos ortodoxos e pela facilidade no encontrar de soluções, este tem tudo para continuar a ser bem-sucedido para lá do Atlântico. Será sempre necessário, porém, apostar no cavalo certo e ajustar a uma realidade em que se passa mais tempo a viajar do que em casa ou a treinar.
Temo que depois de várias ameaças, seja desta que Abel encontre o fim da estrada em São Paulo. O desgaste tem de ser brutal – não veremos mais do que uma parte –, sobretudo depois de nos últimos dois anos não se ter reconhecido grande evolução na equipa, fruto de fracassos inesperados no mercado, renovação insuficiente e perda de qualidade. Vejo a paragem como boa opção para Abel recuperar energias, mesmo que isso o afaste do clube que o considera (com justiça) o melhor treinador da sua história. Enfim, ganhou importância tal que a decisão será sempre sua e respeitável.
No que diz respeito ao Botafogo, e depois de o Bayer Leverkusen ter finalmente colocado de lado a alcunha de Noiva Eterna, já não será preciso sair de madrugada para encontrar Vénus, a estrela solitária dos remadores. É muito provável que nos próximos tempos se veja mesmo por todo o lado e a qualquer hora do dia."

SportTV: NBA - S03E09 - Cup...

Justin Timberlake à porta de Ruben Amorim


"A ligação entre o futebol inglês e o mundo do show biz poderá surpreender muitos. A lista que escolhi inclui algumas surpresas, como por exemplo a do cientista hip hop Dr Dre ao Liverpool, em parte devida a um dos nomes lendários de Anfield, ou seja, John Barnes.
E se revelar que Dave Grohl ficou fã do West Ham ao, por acaso, assistir a um jogo dos hammers?
Katy Perry faz parte dos fãs do West Ham, o que poderá ser uma das grandes surpresas desta lista elaborada pela Oitava. A razão? Simples. O seu ex-companheiro, o alucinado Russel Brand, explica a ligação da norte-americana de origem portuguesa a um dos mais clássicos nomes da cultura futebolística britânica. 
Quem não se recorda de na canção Money, Roger Waters referir a compra de um clube de futebol? As imagens de jogos amadores e até gravações de cânticos surgem em discos dos Floyd, mas o controverso baixista referia-se por militância ao Arsenal.
E Ruben Amorim? Em 2025, uma super estrela, fã dos Red Devils de Manchester, regressa aos palcos: chama -se Justin Timberlake, assumido fã. Quem sabe se terá algum tempo para visitar Old Trafford? À atenção do mister Amorim.
E a lista poderia incluir Drake, fã do Toronto FC, mas por agora termina com o vice presidente honorário dos Wolves, jogador amador e alguém que acha que não foram as groupies que causaram problemas no seu casamento, mas sim a sua devoção ao Wolverhamptom.
Um dos meus heróis é alguém que disse achar os jogadores latinos pouco físicos para enfrentar a Premiership. Chama-se Robert Plant e raramente falha um jogo no Molineux!
E que tal nomear Rui Reininho como vice presidente honorário? Sei que ele gostaria desta ideia tresloucada da Oitava!"

Lesões: estratégias de acompanhamento e recuperação física e psicológica (3.ª parte)


"«As dificuldades dobram alguns homens … constroem outros!... Mas mais importante do que avaliar a forma como se cai, é refletir na maneira como nos levantamos!...»
(Nelson Mandela)

A seguir a uma lesão, os atletas evidenciam determinados tipos de comportamentos, emoções e pensamentos, respostas essas que se por um lado poderão facilitar a recuperação, por outro lado poderão dificultá-la extremamente. Com frequência podem surgir reações emocionais negativas como perturbações de humor, tensão e raiva, sendo nestes casos necessário intervir com estratégias de recuperação psicológica, logo que a lesão for detetada.
De acordo com alguns autores, anotamos algumas delas:
— Treino de relaxamento e visualização mental, no sentido de desenvolver a consciência do corpo ensaiando repetidamente situações de conforto a ser obtido.
— Discurso interno, onde o atleta deverá recorrer a afirmações assertivas para aumentar a autoconfiança ou focalizar a sua atenção. O discurso interno pode ainda ser usado para modificar ou parar os pensamentos negativos e prejudiciais à performance.
— Treino de biofeedback, recorrendo a medidas psicofisiológicas para fornecer feedback rápido e preciso de mudanças subtis na tensão muscular ou noutras atividades mediadas pelo sistema nervoso autónomo (exemplos: frequência cardíaca, pressão arterial, etc).
— Técnicas de hipnose, baseadas na focalização da atenção de maneira que o atleta use sugestões para estar confiante e para lidar com o stress associado às lesões.
Investigações efetuadas demonstraram que este tipo de técnicas acaba por influenciar os parâmetros metabólicos, a resistência, a força muscular e as competências motoras, atuando provavelmente nos processos cognitivo-simbólicos subjacentes a essas competências.
O treino mental pode ser desenvolvido simultaneamente com o visionamento de vídeos anteriores à lesão. Os atletas podem deste modo treinar as competências psicológicas, observando os companheiros e imaginando-se na situação, à medida que observam, devendo o metodólogo orientar verbalmente o atleta, no uso da imaginação, encorajando-o a realizar o treino por ele próprio. Este treino deverá ser precedido duma técnica de relaxamento que permite acalmar o atleta e, ao mesmo tempo fazer com que ele centre intensamente a sua atenção na competência treinada.
Treino mental e psicológico para o controlo da dor. A dor é um dos aspetos mais comuns no processo de reabilitação, sendo a resposta altamente personalizada e sujeita a influências aos mais variados fatores. Nesta situação, anotamos algumas técnicas mais aconselhadas para enfrentar e controlar a dor:
— A focalização externa da atenção: implica direcionar a atenção para fatores externos ao indivíduo (exemplo: concentrar-se na bola, reparar em pistas ambientais relacionadas com o rendimento desportivo, como é o caso do público ou do banco, etc…)
— A visualização mental de imagens agradáveis, que implica que o atleta use um foco interno da atenção, concentrando-se nas mesmas (exemplo: imaginar a sensação agradável de realizar uma boa tarefa, a celebração duma vitória, etc…)
— A visualização mental de imagens neutras, que implicam que o atleta se foque nas mesmas (exemplo: imaginar-se a equipar para o treino ou tomar duche após o mesmo, a passear com a família, ver um filme, uma jantarada com os amigos … lembram-se da história com vida referente ao Jaime Pacheco, que contei no primeiro artigo?!...)
— Uma boa informação e conhecimento acerca da dor e de tudo que a mesma faz implicar.
Intervenção de competências psicológicas, físicas, fisiológicas e técnicas, na reabilitação do atleta (pós-lesão). Ao nível da intervenção pós-lesão, no decurso do período de recuperação, que se poderá tornar mais ou menos longo, doloroso ou monótono, será fundamental que um plano de intervenção física, atlética e técnica seja acompanhado dum plano de ordem psicológico que ajude o atleta a controlar a sua ansiedade, conquiste a confiança na equipa médica e esteja preparado para ultrapassar esta fase má da carreira, encarando o futuro com otimismo.
Relativamente à fase de imobilização, sendo um momento de grande tensão associada à presença de dor, o atleta necessita de estratégias e técnicas, das quais destacamos, entre as que já foram referidas:
— Competências de comunicação e relação interpessoal, sendo fundamental que a equipa médica informe o atleta, promovendo o conhecimento do tipo de lesão sofrida, eliminando quaisquer dúvidas nesse sentido.
— Técnicas de relaxamento, combinadas com a imaginação mental da zona lesionada, de modo a ultrapassar momentos difíceis de dor, receios, etc…
— Formulação de objetivos, que implica que quaisquer grupos musculares não atingidos devam nesta fase ser objeto de treino, no sentido de manter ou porventura melhorar o seu estado de rendimento.
No que se refere à fase de mobilização, que geralmente comporta o período mais longo e também mais penoso para o atleta, dever-se-á no período inicial associar ao trabalho fisioterapêutico outras metodologias, nomeadamente um trabalho de ordem hidroterapêutico (utilizando por exemplo a piscina) e gradualmente inserir o treino de recuperação no ginásio e no campo, associando o treino de técnica individual, passando a coletiva, inserindo progressivamente em termos de competição condicionada o atleta no grupo normal de trabalho.
Cada um destes ciclos evolutivos de recuperação deverá ser objeto de uma avaliação criteriosa, reflexão e estudo por toda uma equipa que periodicamente deverá reunir para dar o seu parecer (médico cirurgião, médico desportivo, fisioterapeuta, enfermeiro, metodólogo de treino/recuperador, atleta, família do atleta, etc …)
Dada a extensiva teorização dos ciclos anotados, e por uma questão de espaço, limitar-me-ei a congregar em termos de resumo o que entendo de mais significativo:
Treino de recuperação na piscina: os objetivos incidem fundamentalmente nos fatores térmicos e mecânicos, uma vez que a temperatura da água, a flutuação, a forma de execução dos exercícios e a resistência funcional do meio líquido representam um papel importante na movimentação subaquática. Com a água à temperatura de 30º, a sensação de conforto, o alívio da carga, a redução de sensibilidade nos terminais nervosos conduzem a uma maior capacidade de relaxamento e bem-estar emocional do atleta.
Referindo-me ao trabalho a desenvolver no ginásio, é fundamental estabelecer um plano de treino de acordo com o tipo de lesão, o grau de atrofia muscular existente, o estado evolutivo de recuperação e no controlo das cargas nas máquinas de musculação deveremos testar o método de 1 R M (1 repetição máxima). Não esquecer que a adaptação ao esforço se deve iniciar após o aquecimento e com cargas muito leves, procurando-se após a testagem estabelecer a percentagem da carga, n.º de repetições, n.º de séries, ritmo de movimento e intervalos entre repetições e séries a realizar.
No respeitante ao treino de recuperação em campo, procuramos atingir as bases ideais dos diversos fatores que possam determinar a integração no grupo normal de trabalho.
Mais uma vez recordamos que estas fases não são de forma alguma estanques, bem pelo contrário. De acordo com o tipo de lesão e sua evolução na recuperação, poderemos associar o treino de campo ao ginásio e piscina, jamais descorando a importância duma avaliação contínua que nos irá garantir a planificação de uma metodologia a seguir. Poderemos iniciar uma metodologia em termos de resistência aeróbia, em que cujos objetivos, pelo estabelecimento do equilíbrio orgânico pelo aumento da capacidade aeróbia da fibra muscular, se poderá estabelecer as bases biofuncionais de outras capacidades, até à obtenção duma adaptação gradual das cargas crescentes de treino, iniciando esforços pouco intensos, de intensidade média ou longa duração, usando um método de observação da frequência cardíaca, esforço realizado e tempo de recuperação. Sem exemplificar os métodos de treino de maior significado, poderemos evoluir para a conquista de objetivos de maior exigência no que se refere à capacidade de efetuar esforços com dívida de oxigénio, tendo sequência adaptativa às capacidades físicas, nomeadamente da força, velocidade e flexibilidade.
Importante referir que as condicionantes técnicas sob a forma individual e coletiva em termos de jogos condicionados sob a forma simples ou competitiva deverão estar devidamente salvaguardadas no plano de recuperação. Também será imprescindível submeter o atleta em recuperação a avaliação sistemática de toda esta planificação de treino, utilizando testes simples de campo e laboratoriais, tais como o teste de consumo máximo de oxigénio (VO2 Máx.), Índice Cardíaco de Ruffier ou Ruffier-Dikson, Avaliação isocinética, Ergo-Jump, Recovery Anaerobic Sprint Test, Medidas angulares ou lineares (ex Sit and reach Test) e outros correspondentes à avaliação das competências de jogo e a utilização de inventários de competências psicológicas e mentais no sentido de obter as melhores razões para qualificar o sucesso, ou não, da evolução da recuperação do atleta em questão.
Para concluir esta já extensa temática referente às lesões, deveremos referir a importância para as competências de comunicação, devendo o responsável metodólogo utilizar algumas estratégias como incluir referências de entusiasmo nos diálogos a estabelecer, dado que, como sabemos, faz denotar um reforço de confiança, colocando em prática um conjunto de competências verbais e não verbais, nomeadamente os encorajamentos, contacto ocular direto, distância próxima, tom e ritmo de voz apelativo e expressão facial empática. As mensagens fortes inseridas nesta fase de comunicação devem fornecer algum apoio, seriedade e otimismo e aquilo que se pretende dizer esteja claramente sintonizado com um estado de alegria e entusiasmo, fazendo prevalecer o lado otimista, estimulando o lado positivo da recuperação, protegendo o atleta por um possível desânimo e sentimento de indefesa.
Como nota final, importa ainda referir que numa fase em que qualquer atleta se encontre impossibilitado de dar a sua máxima expressão físico-motora e competitiva, devemos aproveitar para melhorar de forma substancial o enquadramento do atleta no grupo de trabalho. Sabe-se que por vezes um atleta em recuperação é um homem só. Por isso dever-se-á apelar para que o jogador assista às reuniões de análise de jogo, planificação e programação de treinos, seja utilizado na observação de equipas adversárias, observe o rendimento da sua própria equipa, elaborando, contudo, alguns parâmetros bem definidos e de fácil execução. Com este tipo de funções, o atleta irá sentir-se útil ao grupo de trabalho, com naturais repercussões de motivação e entusiasmo para quem temporariamente estava fora de jogo.
Não esquecer nunca que a família e os amigos serão sempre uma fonte de apoio inesgotável. São estes que olhados com o coração e conduzidos pela seiva dos princípios que lhes dá a substância de uma relação voltam uma vez mais a renascer, medindo minuto a minuto o tempo que passa num ideal de felicidade que iluminará o próprio caminheiro de futuro."