Últimas indefectivações

sábado, 12 de maio de 2018

Vitória e manutenção...

Benfica B 3 - 0 Corruptos B


Manutenção garantida, numa vitória categórica... é verdade que no início os postes ajudaram, mas fomos melhores!

Três pontos: Inacreditável decisão em marcar penalty pelo corte de cabeça do Ramirez...; decisão estranha em dar a titularidade ao Ola John...; obrigado ao Hélder, que apesar das muitas críticas, acabou por fazer um bom trabalho: não é nada fácil o papel de um treinador numa equipa B, onde os jogadores estão sempre a 'subir' ou a 'descer' nos escalões, onde é quase impossível repetir o mesmo 11... onde existem questões de motivação... boa sorte para o resto da carreira...

Além do Félix... o Parks (hoje faltou por causa do 'caso' Rúben Dias) e o Gedson deverão começar a época no plantel principal. E espero que o Willock lhes faça companhia... O Digui, o Joãozinho, o Heri e o Kalaica na minha opinião deveriam ser emprestados...

Na próxima época, ainda existem algumas dúvidas, mas espero que a equipa B se mantenha, em simultâneo com o novo escalão de sub-23...

Juniores - 11.ª jornada - Fase Final


Benfica 3 - 1 Sporting






Um erro parvo no início do jogo deu o golo ao Sporting... e assim ainda se vincou mais a tendência do jogo, o Benfica com bola e o Sporting na expectativa... Algumas oportunidades desperdiçadas e muita porrada permitida pelo árbitro foi atrasando a reviravolta, mas ela chegou na hora certa!!!

Inacreditável como foi tudo permitido sobre o Félix!!! Isto de jogar bem, e vestir de vermelho, mete inveja... Vergonhoso!!! O puto foi convocado para o jogo de amanhã com o Moreirense, terá sido uma forma de premiar o jogador (e dar um sinal que para o ano fará parte do plantel principal!), mas depois de tanta cacetada não deverá ser utilizado...!!!

Faltam 3 jogos, só temos uma deslocação a Braga, e dois jogos em casa para fazer os pontos suficientes para reconquistar o título...

Vitória...

Benfica 31 - 24 Avanca
(15-14)

O Avanca que tem feito um excelente campeonato, ainda passou para a frente, no início da 2.ª parte, mas reagimos e consolidámos o 2.º lugar...

Vitória no 1.º jogo do play-off...

Benfica 88 - 84 Galitos
15-12, 24-21, 24-17, 25-34

Deixámos de defender no 4.º período...!!! Mas ganhámos... num jogo onde o Morais esteve inspirado!!!

Decidido antes de começar...

Benfica 2 - 4 Sporting

Como temia este jogo foi decidido antes de começar... as ausências do André Coelho e do Henmi (ao qual se juntou o Roncaglio) foi fatal...
Sofremos um golo cedo, andámos sempre atrás do marcador... algo que os Lagartos gostam... chegámos ao empate com um grande golo do Robinho, mas pouco depois, novo erro nosso, e ficámos novamente em desvantagem... E depois já não houve frescura mental e física para 'controlar' o jogo!!!

Espero que não aconteça, mas suspeito que quando chegarmos à Final do Play-off vamos ter novamente jogadores castigados... é quase uma garantia!!!


PS: Parabéns às nossas meninas que no final da tarde, conseguiram a reviravolta, e venceram o Sporting por 2-1, também, nas meias-finais da Taça de Portugal... A Final é amanhã com o Novasemente...

A alegre nazificação do futebol

"O tipo que no último mês de Novembro divulgou a fotografia de um árbitro espancado acrescentando à inequívoca brutalidade da imagem o comentário "este não rouba mais" é o mesmo tipo que esta semana foi alegremente acompanhado até Fátima pelas câmaras de uma estação de televisão que não quis perder um instante sequer daquela peregrinação jovial e desportiva. Sem memória, que é a sua essência, o jornalismo torna-se cúmplice e parte interessada nos desacatos das chamadas "claques" do futebol. Tomem-se por exemplo os festejos da conquista do título à porta do hotel onde os novos campeões pensavam pernoitar. As tochas a arder lançadas pela congregação de fieis pegaram fogo ao edifício obrigando os jogadores a mudar de hotel a meio da noite. Foi, assim, proporcionada a extensão das transmissões televisivas em directo preenchendo-se as emissões com aquele bónus de conteúdos provocados pela "alegria" do momento.
Na mesma semana, num outro lugar do país – e o país não é muito grande – ouviu-se um outro bando entoar alegremente cânticos celebrando a morte de um sujeito que "ficou sem cabeça" num confronto entre gangues de cores rivais. Tal como já se tinha ouvido a outros uns quantos cantares sobre a queda de um avião que transportava uma equipa brasileira de futebol quando, segundo a letra da canção, melhor fora que o avião fatal transportasse uma equipa cá do burgo. Gente desta, abusivamente escorada na força social das cores com que se fardam, protegida pela cobardia e inoperância dos legisladores e amparada pela inacreditável condescendência da imprensa, vai tomando o futebol – o jogo – como refém enquanto nos enchem os ouvidos com a sua cultura de ódio e de morte. A ponto de já ser considerado "normal" pelos cidadãos mais incautos todo o aparato que o Estado coloca à disposição para garantir a tranquilidade – de quem? – quando os arruaceiros se deslocam em marchas militarizadas com os seus cânticos odientos e as simbólicas tochas de um lado para o outro para irem à bola.
Há quem jure a pés juntos que o Estado faz lindamente em gastar dinheiro e em dispensar efectivos para proteger a população do contágio com a turba e para pôr o património a salvo da delinquência quando, na realidade, é precisamente o contrário que acontece. São os desordeiros que marcham protegidos pelo esforço cândido de quem não quer ver a besta quando a besta levanta a cabeça. Calma, é só futebol dirá muita gente tranquila. Mas não é só futebol quando o futebol se transfigura em santuário de acolhimento de semelhantes barbaridades, quando o despejar de tochas sobre um jogador num relvado é defendido alegre e oficialmente como "um festival pirotécnico dos melhores já alguma vez vistos em Portugal" e que "devia ser repetido mais vezes". Será, certamente, por uns e por outros, à vez. De que cores se vestem? Tanto faz. São, no fundo, camisas castanhas e colapso do Estado."

Leonor Pinhão, in Record

Ajax, United, Barça e Benfica

" «Com a aposta na formação, o Benfica pode sonhar voltar a ser campeão europeu»
Luís Filipe Vieira, Novembro de 2017

Quando mais confiou no Seixal, o Benfica perdeu o campeonato, as taças de Portugal e da Liga e protagonizou passagem indigna pela Champions. Significará que o projecto de formação falha? Em parte. Do Benfica saíram, entre outros e rendendo acima dos 250 milhões, André Gomes, Renato Sanches, Bernardo Silva, Ederson, Nélson Semedo, Lindelof, Cancelo, André Horta e Gonçalo Guedes. Este ano (mais fraquinho) estavam Varela, Rúben Dias, Diogo Gonçalves, João Carvalho. O problema do Benfica é a incapacidade para preservar ciclos de formação, para a qual não há, nem parece vir a haver, dinheiro.
Consideremos campeões europeus alicerçados nas escolas. No United de 1999 estavam três períodos da academia: Giggs (nascido em 1973) e Scholes (1974); depois Beckham (1975), Butt (1975) e Gary Neville (1975); Phil Neville (1977), o menos cotado Wes Brown (1979) e nomes esquecíveis e quase inutilizados, sim, mas que integravam o grupo e vinham da formação, como Clegg (1977), Curtis (1978) ou Mulrybe (1978). Não era só a prodigiosa Class of 92... Antes, aliás, sucedera no Ajax europeu de 1995 algo semelhante: Frank e Ronald de Boer (ambos de 1970); havia  caso singular de Rikkaard, de 1972; Reiziger e Davids (1973); no final Seedforf, Kanu e Kluivert (1976). Mais recentemente, no Barça de 2011: Puyol (1978), Xavi (1980), Valdés (1982) e Iniesta (1984); depois Messi, Piqué, Pedro (1987) - ainda o não campeão europeu Fábregas, mas da fornada de 1987 - e já um terceiro momento com Jeffrén (1988), Busquetes (1989), Bojan (1990), Bartra, Thiago (1991) e Sergi Roberto (1992).
Para contrabalançar orçamentos, formar pode ser bastante; em todo o caso, para criar equipa destacada parece necessário aproveitar três ciclos. Mesmo os modelos aperfeiçoados não educaram 11 bons num ano. Nem 8. Nem 5. Já com meritório aproveitamento, 2 ou 3."

Miguel Cardaso Pereira, in A Bola

Sabe quem é? No lugar do bêbado - Gustavo Teixeira

"Morte do pai às mãos dos trauliteiros monárquicos fez dele futebolista; Menisco estragado mudou-lhe o destino

1. A estória contou-a Augusto Amaro em A Bola: Luís Costa, defesa do Benfica que estivera na conquista do Campeonato de Portugal de 30/31 ao FC Porto - a caminho de um jogo encontrou amigos em desenfreado que o desafiaram a uma taberna «só para um copito». Um levou a outro e outro a mais outro. O vinho era mais endiabrado do que se imaginara - e, já nas Amoreiras, vendo bola a vir, larga, pelo no ar, largou o grito de socorro a Pedro da Conceição: «Ai que eu vejo duas bolas! Vai tu a uma, que eu vou a outra». O guarda-redes, percebendo-lhe o «desconcerto», não mais deixou de andar à sua beira - para que se ele desse «pontapé na atmosfera», corresse em auxílio e blocasse a bola.

2. Ao dar-se o adeus do Luís Costa, chegou ele ao Benfica - por finais de 1932. Ainda médio fez o campeonato de Lisboa que o Benfica ganhou. Após estrondosa derrota por 8-0 com o FC Porto para o Campeonato de Portugal, Ribeiro dos Reis passou-o a back esquerdo. Foi um espanto, espanto que lhe deu ainda mais eternidade, como defesa antes do seu tempo: capaz de sair com a bola a jogar, não se dando a pontapés para a frente ou a correrias loucas, passando com finura, com finura cortando, marcando golos.

3. Nascera em Vila Real em 1908, chegara a Lisboa por agreste linha do destino: «Aos nove anos, fiquei órfão, trauliteiros monárquicos assassinaram o meu pai, que era republicano. O governo tomou os quatro filhos a seu cargo, a mim e ao António puserem-nos na Casa Pia. Em Vila Real, nunca jogara futebol, nunca vira um desafio. O que sabia bem era nadar, tinha aprendido no Rio Corgo».

4. Foi internacional na natação, antes de o ser o futebol. «Com 13 anos já estava na equipa escolar da Casa Pia. Cândido Oliveira jogava no Benfica mas continuava a aparecer muito pelo colégio, ensinava-nos a marcar os penalties, os livres, os corners, até nos jogos que fazíamos pelo pátio - e lá me levou, também, para o Casa Pia AC»-

5. Em 1928, o Sporting arrancou em digressão pelo Brasil - e, para seu reforço, pediu-o emprestado ao Casa Pia AC. Com «dois pés maravilhosos», fez «golos fantásticos de 30 ou 40 metros». Um jornalista brasileiro tratou-o como Pé de Ouro - e outro tratou-o como Príncipe do Chute.

6. Com Cândido de Oliveira chegara à selecção e jogo com a Bélgica em 1930 foi-lhe cruel: teve de abandonar o campo em braços - por lesão que o deixou largos meses sem jogar. Para voltar a jogar teve de fazê-lo sempre de joelho elástico, havia quem achasse que era superstição, mas não era.

7. Anos antes, ao saber que Jorge Teixeira decidira trocar o Casa Pia AC pelo Benfica - condenou-o, agreste, pela «fraqueza» - «fraqueza» que também o tomou (ou se calhar não): «Estava Ricardo Ornelas como nosso treinador, tive chatice com ele. Havia então, duas facções no clube,uma pelo Ricardo, outro era pelo António Lopes, o 4010. Ganhou a facção do Ricardo e eu, por solidariedade, com o 4010, decidi deixar o futebol - até porque o sofrimento que trouxera de Antuérpia não fugia de mim. Era o menisco, não se sabia nada disso, não se fazia a operação, jogava, inchava, aplicava apenas areia quente até quinta-feira, desinchava, tornava a jogar, a doer...»

8. Ribeiro dos Reis não deixou que  adeus se fizesse tão prematuro, convenceu-o ir para o Benfica: «Como me mostrava renitente, deram-me 8 contos pela assinatura». (6 contos era o que custava, então, rádio de salão) «No Benfica passei a ter massagista, o Dionísio Hipólito tratava-me do joelho estragado em Antuérpia como uma flor de estufa. Não fora isso e não teria sido nada do que fui...».

9. Tinha, além do fulgor do jogo, um carisma impressionante. Por isso, ainda com Vítor Silva em acção, para capitão de equipa o puxaram. «Castigo oficial não apanhei nunca, em 14 anos de bola. Bogalho multou-me uma vez. Por termos perdido com o Belenenses, castigou a equipa, a mim só me multou por o capitão ser eu».

10. Sempre que via companheiro em dificuldades financeiras, era o primeiro a ajudá-lo do seu bolso. Trabalhava como bancário na Rua do Ouro. Aos 31 anos, o joelho não aguentou mais, abandonou o futebol. Levara o Benfica a tricampeão da Liga, foi o primeiro capitão tricampeão da história."

António Simões, in A Bola

Falsas contratações e interesses inexistentes

"A Sport Lisboa e Benfica SAD desmente o interesse pelos diversos jogadores que hoje vários órgãos de comunicação social referem como estando próximos de assinar pelo Clube e não entende os critérios das referidas notícias, quando não têm correspondência a qualquer contacto, intenção ou manifestação de interesse expressa pelo Benfica.
Tendo em conta que estamos em vésperas da última jornada da Liga, destacamos em particular o desmentido sobre os jogadores a jogar em clubes nacionais."

A culpa não é do Rui Vitória

"Não pode o Benfica vender 254M€ em talento nos últimos três anos e achar que o treinador, seja ele quem for, vai conseguir manter ano após ano o elevado rendimento futebolístico da sua equipa. 

Quando as coisas não correm bem, a culpa é do treinador. Foi e será sempre assim no futebol, sobretudo em Portugal. Porém, uma análise mais cuidada permite perceber que no caso do Benfica, esta temporada, a não conquista do campeonato não tem como actor principal Rui Vitória.
Com a entrada de Luís Filipe Vieira no Benfica em 2002, Domingos Soares de Oliveira em 2004, a inauguração do Caixa Futebol Campus em 2006, e a entrada de Rui Vitoria em 2015, o Benfica concebeu e implementou um modelo desportivo que se articula coerentemente com o modelo de gestão financeira: o lançamento de jovens jogadores na equipa A até aos 21 anos, e posterior venda até aos 23/24 anos, a idade de ouro do mercado internacional, com elevadas mais-valias, permite à SAD fazer face aos juros da dívida elevada.
Contudo, esta estratégia empresarial apresenta um risco elevado: primeiro porque coloca muita pressão no departamento de prospecção. Se por um lado é relativamente fácil avaliar se um jogador é bom do ponto de vista técnica e táctico, por outro lado é difícil inferir sobre a sua dimensão psicológica e capacidade de adaptação à vida social num grande clube. Esta estratégia coloca muita pressão nos primeiros jogos do campeonato e na capacidade de o treinador reinventar uma equipa a cada cinco semanas de pré-temporada.
Em 2015/16, o Benfica, à oitava jornada, já tinha perdido 11 pontos. Contudo, já tinha jogado e perdido com Porto e Sporting. Nessa época, até à 34ª jornada, o Benfica só perdeu mais três pontos, curiosamente em casa com o Futebol Clube do Porto. Só um grande Rui Vitória e um pequeno milagre chamado Bryan Ruiz fez desse Benfica campeão. No primeiro terço da presente temporada, o Benfica perdeu sete pontos diante Rio Ave, Boavista e Marítimo, o Sporting perdeu seis pontos diante Marítimo, Moreirense e Porto, e o Porto perdeu dois pontos diante o Sporting. 
A dificuldade em ser-se campeão em Portugal é completamente distinta de outro qualquer país. A média de pontos por jogo do concorrente directo ao campeão português é superior em Portugal (2.36) do que em Espanha (2.17), Inglaterra (2.14), França (2.08) ou Alemanha (1.82).
Aliado à opção estratégica, exclusiva do nosso país, de não centralização dos direitos de transmissão televisiva, a diferença entre os três grandes e do Sporting Clube de Braga face aos restantes 15 clubes, está a aumentar exponencialmente. Actualmente, a diferença pontual na tabela classificativa entre o quarto e o quinto classificados é de 27 pontos, valor superior aos que separam o quinto e o 18º classificados, com 19 pontos.
O aumento das assimetrias entre grandes e restantes clubes encurta a margem de erro para quem queira ser campeão. Só nesta temporada, o Benfica esgotou 50% da margem de manobra em 8 jornadas sem jogar nenhum jogo com Porto, Sporting e Braga.
Todos os anos a pressão para que o treinador do Benfica encontre a sua nova equipa e identidade em pouco tempo, e que a partir daí seja quase perfeita até ao fim da época, é incomportável. A pressão criada pelo modelo de gestão desportivo-financeira de Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira, e pela pressão dos juros da dívida, tornam essa pressão incomportável.
Na última transição de temporada, centralizou-se, erradamente, as vendas sobre o sector defensivo: três dos cinco titulares mais recuados da equipa abandonaram o clube: Ederson, Nelson Semedo e Lindelof. Entretanto, foi-se testando sem sucesso Svilar, André Moreira (contratação falhada), Pedro Pereira, Buta, Luisão, e Felipe Augusto. O Benfica encontrou-se finalmente no dia 11 de Novembro, jogo que ganha 6-0 ao Vitória de Setúbal, em que aparece a jogar em 4-3-3 com Varela na baliza, Rúben Dias e André Almeida na defesa, o triângulo de sucesso no meio-campo com Fejsa, Pizzi e Krovinovic e Jonas sozinho na frente. Portanto, à 12ª jornada do campeonato, justamente antes do empate no Dragão e da perda do nono ponto na Liga.
Por último, o limite de manobra é ultrapassado, curiosamente, outra vez no Estádio da Luz com o Porto com o célebre golo de Herrera ao minuto 90, verificando-se a perda do 16º ponto na Liga.
Não pode o Benfica vender 254M€ em talento nos últimos três anos e aumentar o passivo em 8M€, e achar que o treinador, seja ele quem for, vai conseguir manter ano após ano o elevado rendimento futebolístico da sua equipa. A boa notícia para os adeptos do Benfica é que a SAD parece ter antecipado receitas da NOS para reduzir divida e diminuir a pressão dos juros, para que não tenha que vender meia equipa de futebol todos os anos e permita que a próxima época seja preparada sem tanta pressão para colocar os resultados financeiros à frente dos resultados desportivos."

Benfiquismo (DCCCXXV)

Tuning!!!

Uma Semana do Melhor... do berço...

O Jogo Limpo... Corruptos

Nenhum benfiquista está contente

"É tempo de dar os parabéns a quem ganhou. Outros caminhos não nos devolvem os títulos que não vencemos.

O Benfica fez uma exibição melhor do que o resultado em Alvalade. Foi um jogo em que o Benfica esteve melhor que o Sporting e o Sporting esteve melhor que a arbitragem. Neste momento é importante preparar com rigor e ambição a próxima época e as suas conquistas. Como dizia com ironia e acerto o presidente de um clube rival há cinco anos atrás, «é melhor perder de vez em quando do que ganhar de vez em quando».
Chegados aqui, queremos que seja esta a nossa condição. Nunca é bom perder, mas se acontecer que seja esporádico. Este ano, vivemos um desses epifenómenos ocasionais. Uma Supertaça é pouco para a grandeza do Benfica. Nenhum benfiquista estará contente, sob pena de não ser benfiquista. A próxima época tem mesmo que ser preparada com detalhe, rigor e competência. O plantel tem que ter soluções e qualidade. Não pode haver falhas nem lacunas. O 37.º título de campeão nacional é o objectivo máximo da próxima época. Maio, Junho e Julho, ainda sem a bola a correr, serão decisivos para criar as condições de ataque a esse objectivo, com competência e serenidade. Este é o tempo de dar os parabéns a quem ganhou e tratar já dos nossos próximos êxitos. Outros caminhos nem nos devolvem os títulos que não vencemos, nem nos aceleram os que iremos querer vencer. Por isso contra o Moreirense de Petit (espero que não desça), o grito deve ser «dá-me o 37». Na minha cabeça, e dos benfiquistas, não poderá estar outra coisa.
Palavra obrigatória para João Sousa e para a sua brilhante vitória. Este terceiro título ATP, na sua 10.ª final, por ser em Portugal, foi o mais fantástico. Vencer jogadores mais cotados no ranking, numa prova de superação permanente, foi magnífico. Pode não ser um talento puro do ténis, mas isso só aumenta o seu valor, pois é um puro campeão. Ganhar com esforço, garra, vontade e trabalho aumenta o mérito e deve redobrar os aplausos. Mais que um supercampeão, há ali muito de exemplo num país de habilidosos e cigarras, que desdenha nas formigas e no trabalho.
Sintomático - as capas dos jornais do dia seguinte. Depois desta proeza, foi n'A Bola, verdadeiro jornal do desporto, que foi dado o destaque devido. Se todas as linhas editoriais são respeitáveis, eu tenho orgulho em escolher as minhas."

Sílvio Cervan, in A Bola