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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Terceiro Anel: Mundial - Grupo F

Terceiro Anel: Mundial - Grupo E

23 de Novembro


Épico!

Manresa 82 - 92 Benfica
17-27, 16-21, 27-21, 22-23

Vencemos em Espanha, contra uma equipa da ACB (está neste momento em 6.º), que até venceu recentemente uma equipa da Euroliga... e não foi uma daquelas vitórias por 'sorte' ou porque o adversário desvalorizou o Benfica! Vencemos por fomos muito melhores na 1.ª parte, e apesar da pressão da equipa da casa no 2.º tempo, aguentámos e na ponta final, até abrimos uma vantagem considerável...!!!
A última vitória em Espanha, contra uma equipa da ACB, foi em 1996, em Madrid, sobre o Real...!!!

Na Luz, o Manresa conseguiu uma percentagem de 3 pontos, muito acima do 'normal', mas se calhar o factor mais importante terá sido a intensidade e velocidade que impôs ao jogo! Hoje, nem eles conseguiram repetir a percentagem de 3 pontos, e nós conseguimos controlar mais eficientemente a velocidade do jogo...

Vamos lutar com o Manresa pelo 1.º lugar até à última jornada. Temos mais dois jogos em casa, para manter o nível... mas o Manreda tem a vantagem no confronto direto, temos que ficar à espera dum desaire dos Espanhóis...
O 1.º classificado tem um 'caminho' um pouco mais facilitado, para a próxima fase, enquanto o 2.º e o 3.º tem outro 'caminho'! Neste estamos qualificados, basta saber em que posição 1.º ou 2.º.


Melhor da noite: vitória!

Benfica 39 - 35 Veszprem
(21-17)

Não estamos a jogar bem... Vencemos, provavelmente contra a equipa mais acessível do grupo, mas sofremos demasiados golos...

Vitória em Braga...

Braga 1 - 3 Benfica

Regresso do Campeonato, com uma vitória, num pavilhão que o ano passado perdemos!!! Numa partida, que na 2.ª parte, ficou 0-0!!!

Falar Benfica #90

A Verdade do Tadeia #697 - A estreia da Argentina

A regra que o Irão estreou no Mundial e os tempos de compensação engordados pela firmeza dos árbitros

Desilusões e destaque: arranque do Mundial no Catar


"Começou ontem o Mundial no Catar. No arranque desta competição de futebol gostava de realçar dois pontos. Na verdade, uma semi-desilusão e um destaque.
Começo pelo último. O meu destaque vai para um jogador que aprecio como poucos e que é para mim o melhor de sempre na sua posição: estou a falar de Sérgio Busquets. Serão dos poucos jogos que verei neste Mundial. Que privilégio ter podido e poder acompanhar a sua carreira espanhola e no seu Barça. Da minha parte, só me resta ver todos os jogos deste craque com 34 anos de modo a aproveitar, a fazer render enquanto adepta num misto de alegria e tristeza.
A semi-desilusão? O presidente da FIFA Gianni Infantino. Não é uma surpresa total porque, infelizmente, já nos habituou à controvérsia. Mas, ainda assim, surpreendeu-me pela quantidade, pela cadência. Há muita matéria-prima por onde escolher. Mas, talvez ontem tenha batido no fundo com esta declaração para a qual o Mário Fernando me chamou à atenção: "Qualquer país pode ser anfitrião de um evento. Se a Coreia do Norte quiser receber alguma coisa... (...) Fui à Coreia do Norte há alguns anos perguntar se queriam organizar o Mundial feminino com a Coreia do Sul. Bem, obviamente que não fui bem sucedido, mas iria mais 100 vezes se isso ajudasse."
Caros ouvintes, Coreia do Norte com um regime totalitário a organizar um campeonato? Sinceramente, não tenho palavras para tamanha estupidez.
Mais grave, se tivermos em conta que, em 2023, só Gianni Infantino será candidato nas eleições da FIFA.
Que desalento."

Este Mundial não é para todos


"O poderio financeiro do petróleo e do gás natural sobrepôs-se aos valores do Desporto e somos convidados a dissimular as mais gritantes violações dos direitos humanos. Quando Alex Ferguson foi apresentado como treinador do Manchester United, em 1986, consta que escolheu o Município de Manchester para uma das suas primeiras reuniões, apresentando, na altura, um plano visionário e ambicioso para a cidade, através do desporto, onde os sucessos do clube serviriam de alavanca para o progresso e desenvolvimento do espaço urbano.
Nos anos oitenta do século passado, a cidade de Manchester era pouco interessante, desprovida de significativas infraestruturas internas e estava fora do mapa das escolhas turísticas. Para formar um campeão europeu, Ferguson necessitava do envolvimento municipal e dos cidadãos, de melhorias na face da cidade e da correspondente abertura social e cultural, logo seguida da valorização económica. Trinta e seis anos depois, a realidade fala por si.
Nas épocas desportivas de 2013/2014 e 2014/2015, o Estoril Praia participou na fase de grupos da Liga Europa, tendo gerado um impacto económico em Cascais, apenas no que respeita ao número de dormidas, restauração e comércio, de três milhões e meio de euros e de quatro milhões de euros, respetivamente, numa vila tradicionalmente orientada para o turismo e em contexto multicultural, por ser o concelho do país com o maior número de nacionalidades residentes.
Apesar de serem os mais vistos, os mundiais de futebol não são diferentes dos restantes eventos desportivos internacionais. Desde a sua primeira edição em 1930, no Uruguai, esta competição da FIFA, aberta a todas as federações por si reconhecidas, tem assegurado rotatividade pelos continentes e, em geral, retorno económico ao forte investimento prévio em instalações desportivas, estádios, estradas, aeroportos ou hotéis, sendo inquestionável o crescimento que permite, procurando também privilegiar a aproximação e a tolerância cultural entre os povos.
Neste Mundial que ocorre no emirado absolutista do Qatar, um dos países mais ricos do mundo, aconteceu tudo ao contrário. Desde a ausência de transparência na escolha, responsável pela saída de Joseph Blatter que agora considera errada essa opção, aos trabalhadores tornados escravos pela retenção dos seus passaportes durante a construção dos estádios, passando pelas 7.000 mortes de migrantes oriundos da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka, Filipinas ou Quénia, até à imposição de regras sociais e culturais, proibindo a homossexualidade e a liberdade de expressão. O poderio financeiro do petróleo e do gás natural sobrepôs-se aos valores do Desporto e somos convidados a dissimular as mais gritantes violações dos direitos humanos. Por curiosidade, o único fator de desenvolvimento que devim aproveitar para corrigir.
Pouco importam as declarações de Bruno Fernandes, as posições públicas de seleções como Inglaterra, Dinamarca, Austrália e Estados Unidos, assim como as cartas abertas da Amnistia Internacional ou da Human Rights Watch. Este Mundial não é para todos, mas a indignação termina quando a bola começa a rolar. A partir daí, nada mais interessa e ninguém deixará de bater palmas nas tribunas."

Qatar: enfim, não esqueçamos os mortos


"Daniel Oliveira começa a cónica desta terça-feira na antena da TSF com palavras de Marcelo Rebelo de Sousa - "O Catar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal..., mas, enfim, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa".
"Este momento de absoluta sinceridade do Presidente da República causou incómodo geral, mas Marcelo foi mais uma vez o mais fiel tradutor do Estado de espírito nacional", considera.
Na FIFA, "a corrupção" tornou-se "o critério mais relevante para grande parte das decisões" e o Mundial do Catar "representa a estrutura mafiosa que o organiza", condena. "Se o desporto é a simulação lúdica das nossas sociedades, o futebol como modalidade mais popular do mundo representa as de forma perfeita, tudo se compra e se vende."
Para Daniel Oliveira, do calor intenso que dificulta a prática de qualquer desporto ao ar livre, à inexistência de adeptos nas redondezas que levou à contratação de figurantes do Bangladesh e da Índia para torcer por cada seleção, "tudo neste mundial exibe a corrupção que levou à escolha" de um país cujo regime persegue homossexuais e limita os direitos das mulheres. "Uma ditadura."
Para que o Mundial se realizasse no Catar, milhares de pessoas morreram, lamenta o comentador. O país esconde os números reais, por isso nunca será possível saber quantos foram as mortes ao certo, mas "sabemos que são milhares, muito acima do que aconteceu em qualquer empreendimento do género em tempos recentes."
Muitos dos trabalhadores migrantes (que representam 95% da mão-de-obra do país e que "são e foram tratados como escravos"), sucumbiram devido a insuficiência respiratória, vítimas do calor, para construir os estádios e infraestruturas de apoio.
A Europa não é inocente nesta matéria, lembra Daniel Oliveira, "o Qatar não é o único país que trata quem lhe constrói a prosperidade como lixo", mas "rebenta a escala da ignomínia".
O jornalista defende que Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Augusto Santos Silva não se deviam deslocar ao país para assistir aos jogos da seleção nacional. "Ir ao Mundial não é manter relações diplomáticas com o Qatar, é legitimar os crimes necessários para que este Mundial acontecesse em nosso nome", condena. Fazê-lo "tem um significado político que viola os valores que dizemos defender".
E também "preferia que a minha seleção e as de todos os países democráticos se recusassem a ser cúmplices de um Mundial, que para além de resultar de um ato comprovado de corrupção e de acontecer numa ditadura foi na sua preparação um atentado aos direitos humanos."
"A única coisa que existe no futebol para além do dinheiro é a nossa paixão, que por vezes nos cega.""

Mundial da hipocrisia


"Um dia antes do início do Mundial de futebol no Catar, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, fez uma convocatória surpresa aos jornalistas para defender a honra de quem organiza a prova depois de meses a fio sob críticas ao país organizador por ser antidemocrático e nada respeitador dos direitos humanos.

A atitude de Infantino só pode ser entendida como uma resposta da FIFA à pressão das autoridades do Catar para que viesse em sua defesa. O fio condutor do discurso do presidente da FIFA foi um ataque à hipocrisia dos países ocidentais que, ao mesmo tempo que participam no evento e o transmitem para os respetivos territórios, criticam o Catar por graves deficiências em direitos humanos e condições de trabalho. Na verdade, Gianni Infantino tem razão ao dizer que os mundiais conviveram várias vezes com regimes que violaram flagrantemente os direitos humanos, como foi o caso mais recente da Rússia, em 2018, ou da Argentina, em 1978, quando era uma ditadura militar.
Ou seja, nada de novo numa organização que, ela própria, teve de suspender os seus dois últimos presidentes por presumível corrupção (Joseph Blatter e João Havelange). Sim. Existe alguma hipocrisia na atitude dos países ocidentais sabendo de antemão que este Mundial foi decidido há 12 anos e nunca se viu alguma ação enérgica em mais de uma década. Guardaram tudo para agora. No fundo, pergunta-se se a crítica ao Catar é legítima numa altura em que os países ocidentais, como Portugal, já há muito entraram neste jogo e enviaram, para além das suas seleções, multidões de jornalistas e adeptos? Mais. Teriam os países ocidentais aceitado um boicote ao Mundial pelo não cumprimento dos direitos humanos quando o evento foi realizado em nações ainda piores?
A reação moralista atual é algo exagerada, mas é compreensível que as democracias mais avançadas façam críticas a um regime onde os homossexuais são altamente castigados e onde as principais vítimas de graves violações de direitos humanos são as mulheres, todas sob a guarda de homens. Daí a seleção inglesa ter feito um gesto ao ajoelhar-se antes do jogo com o Irão na defesa dos direitos humanos. Tudo certo."

Espero que o próximo Mundial seja na Coreia do Norte


"Cada turista português que faz férias em Marrocos ou na Tunísia e pede um copo de vinho num restaurante está a incentivar o próprio povo a ir contra o seu código religioso a troco de dinheiro.

Vamos ser sinceros uns com os outros. Quem de nós sabia localizar o Catar no mapa há 6 meses atrás?
A maioria dos europeus desconhecia a cultura, a geografia, a demografia e tantas outras coisas sobre o Catar. O Mundial veio mudar isso. De repente, todos nós nos preocupamos com os direitos humanos, com a proibição de álcool nos estádios e com as condições dos trabalhadores imigrantes neste país.
Dos 2.6 milhões de habitantes do Catar, apenas cerca de 315.000 são cidadãos do país (12%). O resto são imigrantes e expatriados. Um dado aparentemente chocante. Nos Emirados Árabes Unidos a percentagem é igual. Os imigrantes constituem 88% da população. No Kuwait 60% e no Bahrain aproximadamente 50%. O Catar equipara-se a outros países da região neste aspeto demográfico. Talvez devêssemos exercer a mesma pressão nos países vizinhos, mas como (ainda) não há Mundial de futebol ou Jogos Olímpicos nesses países, a comunidade internacional não tem peso nem influência para mudar seja o que for.
Lemos as notícias: “Catar proíbe venda de álcool nos estádios.” Vamos contextualizar: O consumo de álcool é ilegal no Catar, podendo levar a 6 meses na prisão. Esta proibição foi discretamente “posta de lado” durante a duração do Mundial. A proibição mantém-se dentro do recinto dos estádios. Ou seja, o Catar, efetivamente, está a ir contra a sua própria lei (e código religioso) ao vender álcool fora dos estádios. Logo, o título mais adequado seria: “Catar autoriza a venda de álcool no país. Um acontecimento inédito.”
Podemos dizer que o Mundial trouxe o álcool para o país. Os Cataris têm a sua religião, mas como sabemos, todos os princípios têm um preço. O capitalismo é uma força muito poderosa. Os países abrem-se aos estrangeiros e, inconscientemente, mudam a sua cultura. Cada turista português ou espanhol que faz férias em Marrocos ou na Tunísia e pede um copo de vinho num restaurante está a incentivar o próprio povo a ir contra o seu código religioso a troco de dinheiro. Nesse momento, os escolásticos têm que arranjar e desenrascar interpretações “alternativas” ao Corão para poderem vender o dito copo de vinho e fazer a economia do país prosperar. Os próprios empresários fazem pressão ao governo para tal. Quando um homossexual americano fã de futebol chega ao Qatar com os bolsos cheios de dólares, pronto para os gastar em cerveja, os imãs têm que rapidamente arranjar uma nova interpretação do Corão para acomodar essa pessoa no país. Ninguém escapa ao capitalismo. O dono do bar que obedece aos princípios religiosos à risca terá a caixa registadora vazia porque não pode vender a tão desejada cerveja fresquinha.
Por esse motivo, espero que o próximo Mundial seja na Coreia do Norte. A comunidade internacional terá mais ferramentas para fazer negociações. Os artistas farão arte a criticar o regime. As pessoas lerão mais e vão-se informar mais sobre o país. Tudo isto contribui para a mudança. Sem intercâmbio, tudo se manterá igual."

Catar 2022 e COP27: Os pontos nos ís e os traços nos tês


"Sejamos claros, o taco, o cacau, o dinheiro está todo no Golfo Pérsico e as economias ocidentais estão nas mãos, ou dos árabes ou dos chineses. Um dos sinais evidentes dessa realidade, do qual já ninguém se lembra, remonta a Fevereiro passado, quando a sonda "Amal" (Esperança) dos Emirados Árabes Unidos amartou em Marte, numa semana de tráfego intenso no planeta vermelho, já que 24 horas depois amartou também a "Tianwen" da China e uns dias depois a "Perseverança" americana. Esta corrida a Marte, bem como este pódio, definem a posição de força de cada um destes países na Terra, com base no fundo de maneio disponível para este tipo de investimento e bluff também. Não esquecer que foi o bluff americano sobre a "guerra das estrelas", que levou o bem-intencionado Gorbachev a reconhecer que não tinha um saco azul que fosse, para alinhar nesta competição e atirou a toalha ao chão assumindo aquilo que os russos por norma ainda hoje nunca assumem e que é o erro. O erro no sentido em que o modelo económico escolhido falhou, não vingara e foram claramente ultrapassados pelos americanos no plano do imaginário, do que ainda estava por construir.
A polémica, justificada aliás, em torno da questão dos direitos humanos no Mundial de Futebol que viu o pontapé de saída ser dado ontem (20 Nov.), espelha precisamente o cenário marciano. O poder do dinheiro comprou tudo e todos, especialmente aqueles que agora se fazem de distraídos e até indignados com a realização do evento. Estando o mal feito, já que o evento já começou, parece-me importante valorizar o outro lado desta moeda. Qual, afinal? O facto do assunto estar em cima da mesa e das lideranças destes "califadozinhos" não terem forma, desta vez, de poderem calar o indivíduo, os grupos de pressão, os patrocinadores. Nem a polícia poderá encostar a multidão à parede e começar a bater, como se viu ontem na confusão do acesso a uma das zonas de fans. "Mas os patrocinadores patrocinaram, que moral têm para levantarem a voz?", poderá dizer/pensar. É verdade, mas calma, "Roma e Pavia não foram feitas num dia". O imediatismo vigente é aliás o maior inimigo para a evolução e no "deserto islâmico" o ritmo é outro e é improdutivo ir contra o mesmo, porque pode faltar a água quando mais se precisa e "cair tudo por areia". Os resultados serão visíveis numa década ou duas e o debate e a pressão estão lançados. O Médio Oriente não estará desconectado de uma nova ordem mundial em esboço e quererá ocupar uma posição na mesma. Ora esse posicionamento começou ontem e os próximos dias ditarão que Catar será este a partir de 19 de Dezembro, o dia seguinte à entrega da taça.

COP27 e COP28, o "lado marciano" da questão!
O Mundial de Futebol começou ontem dia em que a COP27 terminou em Sharm-el-Sheikh no Egípto, quando a mesma deveria ter terminado na sexta-feira anterior, 18 de Novembro. Porquê? Porque após uma semana de debates, chegado o fim do evento, a organização ainda não tinha chegado a acordo para um comunicado final que apresentasse alguma evolução positiva que no mínimo teria que confirmar os objectivos do Acordo Climático de Paris de 2015 e que tem como objectivo mais claro e público, trabalhar-se no sentido de conter o aumento da temperatura no planeta abaixo dos 2º Celsius relativamente aos níveis pré-industriais e de continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5º Celsius para as próximas décadas. Graças à pressão europeia, daí estes dois dias extra, conseguiu-se também a criação de um Fundo de Respostas a Perdas e Danos, que beneficiará os países menos desenvolvidos, que por vezes são os mais poluidores, por via da deslocalização de indústrias ocidentais, que nestes "paraísos industriais" podem poluir na ausência de leis ambientais. Mas esta contradição, para mim é compreensível, a qual teve origem na Cimeira do Rio de 1999, altura em que se estabeleceram quotas de poluição para todos os países signatários, sem se olhar às diferentes capacidades industriais de cada um. Resultado, sobretudo os americanos, começaram a comprar as quotas dos países menos poluidores, para manterem o seu ritmo de produção! O que já é menos compreensível, é ter ficado agendada a COP28, para daqui a um ano, a realizar nos Emirados Árabes Unidos, um dos maiores produtores de combustíveis fósseis, os mesmos em discussão para a gestão do fim da respectiva exploração. Volto ao bloco anterior, para terminar como comecei, "Sejamos claros, o taco, o cacau, o dinheiro está todo no Golfo Pérsico e as economias ocidentais estão nas mãos, ou dos árabes ou dos chineses."
(...)"