Últimas indefectivações

domingo, 31 de outubro de 2021

Injusto


"O golo tardio do Estoril Praia deitou por terra a concretização do objetivo da conquista dos três pontos. O empate verificado no final da partida não reflete o que se passou em campo, antes comprova a asserção futebolística “quem não marca, sofre”.
Frente a um adversário difícil no seu reduto, tivemos ascendente claro ao longo do jogo. A entrada de rompante, com Lucas Veríssimo a colocar-nos na frente do marcador, prometeu uma vitória tranquila, porém a ineficácia na definição das ocasiões de golo penalizou-nos.
"É um resultado difícil de digerir. Perdemos dois pontos. Pusemo-nos a jeito, porque tivemos oportunidades para fazer o 0-2 e a equipa acabou por não o fazer. Devíamos ter saído daqui com os três pontos", considerou Jorge Jesus.
A perda da liderança foi o preço elevado pago pela desinspiração nos lances ofensivos, porém, o empate não nos retira o foco, nem nos desvia dos objetivos preconizados. Reagir o mais rapidamente possível é o que se exige da nossa equipa, regressar o quanto antes à posição cimeira é, agora, o desígnio. Conforme afirmou Lucas Veríssimo, “o Campeonato é longo, tenho a certeza de que no final podemos sair com o título.”
Nota para os marcos importantes na carreira de Pizzi ao serviço do Benfica atingidos ontem, que mereciam um desfecho da partida consentâneo com o magnífico percurso de águia ao peito. Chegou aos 346 jogos oficiais, 228 no Campeonato Nacional. Em ambos os rankings está agora na 19.ª posição e em excelente companhia. No primeiro a par de Albino, no segundo a par de Cruz e Pietra.
O desaire no Estoril já lá vai, importa agora preparar o dificílimo embate em Munique (terça-feira, dia 2, às 20h00) para a Liga dos Campeões.
Vamos, Benfica!

P.S.: Por mútuo acordo, face à impraticabilidade do nosso pavilhão n.º 2 devido à humidade no piso, Benfica e Sporting decidiram adiar a partida de voleibol que os opunha ontem à noite e que será agendada para momento oportuno. Os detentores de bilhete poderão utilizá-lo quando o jogo for realizado ou, em alternativa, poderão devolvê-lo e serem ressarcidos do montante despendido."

Ainda sobre o golo de Mbappé frente a Espanha, Duarte Gomes lembra que é na disseminação descuidada da mentira que nascem polémicas estéreis


"O ex-árbitro internacional diz que a "validação daquele golo", que valeu a Liga das Nações à seleção francesa, "foi, de facto injusta e quase imoral", mas "não foi o árbitro, o seu assistente ou o VAR que erraram": a lei que está mal

"A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas".
Esta citação do Código Civil português bem pode servir de mote à reflexão que quero trazer a esta crónica.
Vamos centrar-nos no espectáculo que todos gostamos: o futebol.
Nas últimas semanas, assistimos a uma série de decisões de arbitragem que deixaram incrédulos intervenientes, adeptos e até jornalistas.
Morou neles a ideia de que os erros cometidos foram de tal forma grosseiros e evidentes, que tornou-se difícil compreendê-los e até aceitá-los como naturais, como humanos.
Naturalmente que não me refiro a lances de pura interpretação, daqueles que não têm carimbo garantido. Sabemos que esses jamais geram consensos, seja qual for a decisão final.
Refiro-me àqueles que estão clara e expressamente previstos nas leis de jogo. Aos factuais. Aos que não dependem de opiniões nem assentam em interpretações, por terem apenas uma única resposta possível: a resposta que a lei claramente prevê.
Não levem a mal a frontalidade, mas o nível de desconhecimento que a maioria dos agentes desportivos, adeptos e jornalistas/comentadores ainda evidencia em relação às regras do jogo é embaraçoso.
É inconcebível que quem joga, treina, dirige e comenta ao mais alto nível não conheça as bases em que assenta a sua atividade.
Desculpem mas ou é descuido ou é leviandade. Se não for nenhuma delas, é apenas mau profissionalismo.
O problema maior é a consequência. A falta de saber ganha contornos mais dramáticos quando depois produzem-se afirmações baseadas em pressupostos errados e infundados. É tantas vezes aí - na disseminação descuidada de uma mentira - que nascem as polémicas estéreis, os insultos e as ameaças a quem, tantas vezes, só cumpriu a lei.
Vou pegar em um exemplo extra-muros, porque a experiência e prudência aconselham a não falar de decisões da nossa praça:
- No golo decisivo marcado por Mbappé (no recente Espanha/França, da Liga das Nações), a esmagadora maioria das pessoas sentiu-se assaltada. Foi como se a validação daquele lance fosse um crime cometido por uma arbitragem encomendada.
A jogada correu mundo. Alguns jornais espanhóis fizeram capas com o título de "roubo" e "escândalo". Até por cá, a indignação foi enorme e meteu ao barulho jogadores, treinadores e até profissionais da comunicação social. E tudo porquê? Porque não conheciam uma regra que existe há muitos, muitos anos (não, não é recente) e que explica porque é que lances como aqueles devem ser considerados legais.
Compreendo parte da indignação: a validação daquele golo foi, de facto injusta e quase imoral... mas não foi o árbitro, o seu assistente ou o VAR que erraram. A lei que está mal! A lei é que tem que ser revista para que conceitos como "legalidade e justiça" estejam mais próximos.
A ignorância pode dar felicidade a muita gente, mas já se percebeu que numa indústria tão valiosa e amplificada como esta, pode ser altamente prejudicial.
Não faltam por aí PDF's, blogs, fóruns, artigos, vídeos, livros e pessoas que voluntariamente tentam esclarecer as regras do futebol. Fazem-no frequentemente. Sistematicamente. De todas as formas que podem, sabem e conseguem.
O desconhecimento é uma opção.
O jogo é demasiado estruturante na vida de muita gente. A forma como é percecionado cá fora exige rigor de todos. Profissionalismo. Há já demasiadas variáveis em campo que acrescentam ruído. Não é por aí que o espectáculo deixará de ter "interesse" comercial.
Mas naqueles que são os seus incidentes mais estanques, isso não pode acontecer. Ou fazemos o nosso trabalho bem feito ou usamos o nosso trabalho para nos promovermos à custas de inverdades. Cada cabeça sua sentença... mas acho que vale a pena pensarmos nisto.
A imagem e bom nome da indústria não dependem apenas dos outros... certo?"

Cansados


"Cansados. Cansados de tanto alertar e denunciar tudo e todos os que estão a destruir o Benfica. A transição de Luís Filipe Vieira para Rui Costa confirma-se como um simples passar de testemunho. Rui Costa é mesmo o Príncipe Herdeiro. Se fosse um Presidente do Benfica, à altura de todos os Benfiquistas que como nós sofrem na pele todos os atropelos semanais dos senhores do apito. Só nos últimos 3 jogos, e resumindo muito o que se passou em cada um, estamos a falar de um penalti por assinalar em Vizela, um penalti por assinalar em Guimarães para a Taça da Liga e ontem um segundo amarelo por mostrar a Lucas Áfrico depois de varrer Gonçalo Ramos, culminando no vergonhoso lançamento que dá origem ao canto do Estoril que viria a dar o golo. Ricardo Baixinho, o 4ºárbitro, dá indicação ao árbitro de lançamento para o Estoril. O erro é admissível, sim, quando a análise é subjectiva. Neste caso, não há subjectividade nenhuma. Ricardo Baixinho deu indicação ao árbitro de uma coisa que não aconteceu. E como nós já conhecemos Ricardo Baixinho há muitos anos, sabemos que o fez deliberadamente e de forma cega para beneficiar o seu clube de coração. A questão é: como é que um fanático lagarto como ele, com anos e anos de roubos despudorados, se encontra neste momento a decidir jogos da 1ª Liga, ainda que como 4º árbitro? A resposta é simples e nós já aqui a demos. Fontelas tem estado a montar um quadro de árbitros do futuro constituído por lagartos e andrades às paletes. Ser benfiquista é um factor eliminatório para se ser árbitro dos quadros de Fontelas. Perante isto, Luís Filipe Vieira nada fez. Já ver Rui Costa calado perante este cenário causa-nos um profundo nojo, porque percebemos que está tão ou mais comprometido que Luis Filipe Vieira e a defesa do Benfica é uma coisa secundária.
Uma última palavra para o treinador do Benfica: será que ainda não percebeu que quando coloca Everton em campo passa a jogar com menos um jogador em campo? Será que a época passada toda não foi suficiente para perceber isso? Vamos ter que continuar a aguentar com essa nulidade em campo mais quanto tempo?"

Solta o Ramos, Jesus


"Com Darwin e Yaremchuk tantas vezes a aparentarem estar mais preocupados com o seu sucesso individual e não com o coletivo – É confrangedor perceber que entre eles simplesmente não há ligação – Procura do colega – mesmo que sistematicamente o colega esteja em melhor posição, emerge Gonçalo Ramos. Tem disponibilidade, e tem “nós” à frente do “eu”.

Distribuição de passes de Darwin na Amoreira
No Estoril foi com larga margem o melhor avançado do Benfica em campo. Está a faltar o que sempre demonstrou não ser um problema para si. O golo."

BnR: Rescaldo...

Não foi um salve-se quem puder. Foi a salvação para quem já não parecia ter uma


"Ao primeiro ataque e primeiro canto, o Benfica marcou logo ao minuto e quarenta e sete segundos, partindo daí para ser a equipa que mais controlou, criou e rematou, mas, aos 90', o Estoril empatou (1-1) quando já parecia cada vez menos capaz. E a liderança do campeonato ficou no monte dos vendavais que, desta vez, só tomou um banho de chuva

Não há lógica, tão pouco teoria, que bendiga algum momento por cima de outros quanto à probabilidade de a bola se aninhar dentro da baliza, pode dar-se o caso de um golo ser matutino, vespertino ou no meiotino de um jogo, que o factual é haver momentos melhores do que outros para se marcar e clube algum, caso o vizinho de refeição a deixasse na borda do prato, deixaria de dar uma garfada na hipótese de ao minuto e quarenta e sete segundos já ter um golo feito.
Em noite chuvosa, molhada e ventosa, o primeiro ataque do Benfica com chegada à área deu canto e a bola que João Mário de lá curvou foi desviado pela cabeça do central Lucas para um cedíssimo 0-1, dos que ou fazem matutar sobre se a estratégia acordada para um jogo é para manter, ou se começar a perder é apenas uma constatação para entrar rápido na cabeça e ir embora com ainda mais pressa. Foi essa a opção que telepaticamente terá unido os jogadores do Estoril.
Nunca seria obra do acaso o campeão da última segunda liga ir em quarto lugar na primeira porque a equipa é um caso sério de conspiração planeada com a bola, desde a própria área. Usando o guarda-redes Dani Figueira, em pontapés de baliza ou saídas já com o objeto que importa a rolar, o Estoril atrai, com paciência, a pressão do Benfica, fosse para tentar passes curtos ou para apostar em longos se o adversário confiasse em deixar os seus três defensas sozinhos com muito campo nas costas com os três atacantes.
Encontrasse a equipa Gamboa, o trinco para circular a bola para um dos laterais que, depois, muito tabelava com o extremo desse lado para receberem de volta um passe e ficarem com ela de frente para tudo, ou tentasse achar uma receção de Clóvis, André Franco ou Arthur de costas para os centrais, o Estoril foi jogando sem precipitações e tendo vários ataques em que percorria 60 metros de campo com um claro plano de ataque. O problema, depois, era como entrar nos restantes. Ao intervalo, a equipa rematara três vezes e nenhum com laivos de perigo.
Teve tão poucos por incapacidade própria e pela montagem coesa do Benfica, que pressionou os anfitriões a todo o relvado, começando na área do Estoril, onde podia não conseguir estancar muitas saídas, mas onde chegava amiúde com a supremacia na posse de bola que duraria toda a partida. Atrás, a espécie de losango que o sempre em movimento Weigl desenhava com os três centrais encontrava saídas em qualquer cerco e, com tantas atenções do adversário dadas a João Mário para impedir que esses pés de caxemira tocassem na bola, a escapatória foi outra.
Porque Rafa recuava uns metros para fugir das costas do par de avançados do Benfica, ia espreitar nas dos médios do Estoril e o seu contorcionismo para se livrar de quem o pressionasse era o que desatava múltiplas jogadas. Pelo pequeno e barbudo jogador a equipa acelerava os ataques e seria ele a rematar inofensivamente, aos 21’ e 45’, como Weigl fez aos 8’. Outras três tentativas houve sem ameaçarem por aí além, por entre as várias vezes em que o Benfica conseguia lançar Darwin na correria para ver o seu olhar cravado nos próprios pés e o seu poder de decisão nublado não darem o melhor seguimento a essas jogadas.
As vezes em que o Estoril mostrou ao que joga foram encolhendo, aos poucos, na segunda parte em que deixou de tentar roubar a bola para lá da linha do meio-campo e o Benfica, confortado pelo à-vontade com que os três centrais podiam começar as jogadas, passou atacar de outra forma à medida que a intempérie outonal molhava ainda mais a relva.
Inclinado com propósito para a direita, onde está a apetência de Lucas Veríssimo para farejar passes verticais com destino a um dos avançados, a equipa encurtou a distância média de vida dos passes, aproximando os jogadores que fizeram mais tabelas, pequenas sociedades ao primeiro e aqueles toca-e-vai-buscar que deram ao Benfica muitos ‘quases’ praticamente na pequena área do Estoril.
Esses fizeram-se com Diogo Gonçalves, que entraria para sacar um par de cruzamentos rasteiros que rasaram o pé de alguém; com a apetência de Gonçalo Ramos, saído do banco logo após o descanso, para se acercar de quem joga atrás dele e se oferecer para tabelas; e, especialmente, com João Mário e Rafa a desatarem os pequenos nós quando as jogadas parecem estar na iminência de empancarem em algo.
Mas, de toda a produção e aparente controlo crescente do Benfica surgiram, apenas, uma bomba rasteira (65’) de Lucas Veríssimo, que foi correndo e passando a bola até a rematar já na área, e outra de Everton de pé esquerdo (83’). O segundo golo que sempre pareceu palpável e próximo não apareceu e o amarrado Estoril, incapaz de inventar coisas com princípio, meio e fim, foi sendo mais direto nas suas intenções — que, de perigosas, se resumiram só a um cruzamento do brasileiro Arthur que foi desviado (69’) e fez de Vlachodimos um salvador-voador.
Não que o Benfica tivesse sido um dominador supremo do jogo, com capa de vilão ditador que submete quem apanhar à sua lei, mas, construindo e criando o que lhe foi saindo, foi uma daquelas equipas a ter um daqueles jogos que clichezou no futebol aquela ordem de ideias que o central Lucas disse, no final, com sotaque brasileiro: “faltou fazer o segundo golo, cara, se faz o segundo, faz o terceiro e o quarto, era natural”. Só que não fez.
E o Estoril, cuja vida aparente era canalizada cada vez mais para bolas paradas afim de darem em cruzamentos para a área ou em cantos, teve um último, aos 90,’ em que a cabeça de Loreintz Rosier acabou a desviar para o 1-1. Quem criou o suficiente, mas não aproveitou, era empatado por quem guardou a eficácia para o quase nada que fez chegar até à área.
O Benfica deixou a liderança do campeonato no campo muito praticável apesar do banho de chuva e de Jorge Jesus, em tempos, o ter como um monte dos vendavais devido a experiências passadas que o fizeram temer um salve-se quem puder para este jogo. Não foi, de todo, o caso. Salvou-se é a equipa que parecia que já não podia contra outra que não finalizou aquilo com que poderia ter resolvido o jogo."

Estoril-Praia SAD 1-1 SL Benfica: Persistência canarinha recompensada


"A Crónica: Benfica Faz Jogo Competente, Mas Acaba Por Morrer Na Praia

Fim de tarde chuvosa no Estoril. Os artistas do Estoril-Praia SAD e do SL Benfica iam-se posicionando em campo, os adeptos iam preenchendo (muito bem) as bancadas, começa o jogo e golo do Benfica.
Com poucos segundos de jogo, João Mário cobra um canto de forma exemplar e Lucas Veríssimo responde com um cabeceamento certeiro, marcando assim o seu quinto golo pelas águias.
Animados, os jogadores de Jorge Jesus continuaram a pressionar e a chegar com facilidade à área adversária através de bolas paradas e de jogadas construídas por toda a equipa.
Com o passar dos minutos, o Estoril começou a entrar pelo mar vermelho e a assustar a defensiva adversária. Neste aspeto, Arthur esteve em bom plano, sendo sempre um puzzle difícil de resolver.
O Benfica não deixava de atacar, mas os canarinhos também tinham a mesma intenção, o que proporcionou um jogo animado. No final do primeiro tempo, o Estoril olhava o Benfica nos olhos, mostrando ser um adversário à altura do líder do campeonato.
A segunda parte começou com um Estoril mais possante e perigoso; várias foram as vezes que a equipa assustou a baliza de Vlachodimos. No entanto, tanta propensão para o ataque abria alguns espaços na defesa e o Benfica ameaçou marcar por várias vezes ao explorar as transições ofensivas.
Os minutos passavam e o Estoril tentava criar perigo, mas o Benfica acabou por controlar o jogo, sem, no entanto, o dominar.
Até que, ao minuto 90, o mar vermelho finalmente se abriu: o Estoril conquistou um canto, daí, André Franco fez um cruzamento fantástico e Rosier rematou de cabeça para o fundo das redes de Vlachodimos. Estava feito o empate.
Nos quatro minutos de compensação o Benfica bem procurou o golo da vitória, mas este não apareceu. O resultado final acaba por premiar a exibição exemplar do Estoril. Desta forma, o Benfica perde a liderança do campeonato.

A Figura
João MárioO belo jogo de João Mário não se cinge à assistência que fez. O nº20 das águias esteve presente em todos os momentos do jogo e contribuiu sempre da melhor maneira. Criou várias ocasiões de remate e também ajudou no processo defensivo. Uma exibição de encher o olho.

O Fora de Jogo
Desconcentração final do Benfica Durante 90 minutos, o Benfica fez um jogo exemplar. Até que, num lance polémico, a equipa distraiu-se e discutiu com o árbitro, acabando por ceder um canto e sofrendo depois o golo do empate nesse lance. Uma desatenção que custou dois valiosos pontos e a liderança do campeonato.

Análise Tática – Estoril-Praia SAD
A defender, a equipa de Bruno Pinheiro alinhava num 5-3-2, com o médio Gamboa a descer no terreno para dar apoio aos centrais. A intenção era impedir que o Benfica tivesse muitos espaços no interior do terreno. Os canarinhos, às vezes, também aplicavam uma pressão alta.
Com bola, o Estoril jogava em 4-3-3 e procurava sempre sair para o ataque com a bola controlada, estratégia que soube aplicar bem já que foram poucas as vezes que perdeu a bola no momento inicial da construção.
André Franco – o médio interior direito – avançava muitas vezes no terreno, já o outro médio interior, Rosier, era mais contido nos seus movimentos ofensivos.

11 Inicial e Pontuações
Dani Figueira (7)
Carles Soria (7)
Lucas Áfrico (6)
Ferraresi (7)
Joãozinho (6)
Gamboa (6)
Rosier (7)
André Franco (8)
Arthur (7)
Bruno Lourenço (6)
Clóvis (7)
Subs Utilizados
Ruiz (6)
Francisco Geraldes (6)
Chiquinho (6)
Xavier (6)
Patrick William (6)

Análise Tática – SL Benfica
Partindo do seu habitual 3-4-3, o Benfica jogou muitas vezes com Rafa em zonas interiores do terreno a dar apoio à dupla Yaremchuk/Darwin.
Durante largos espaços de tempo, as águias entendiam-se muito bem em campo, construindo jogadas desde trás e avançando tanto pelo meio como pelas alas do terreno.
A defender, o Benfica ora recuava ligeiramente os seus laterais, ora (à semelhança do Estoril) fazia pressão alta, dependendo do momento de jogo.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (6)
Lucas Veríssimo (7)
Otamendi (7)
Vertonghen (7)
Radonjic (6)
João Mário (8)
Weigl (7)
Grimaldo (6)
Rafa (7)
Darwin (7)
Yaremchuk (6)
Subs Utilizados
Gonçalo Ramos (7)
Everton (6)
Diogo Gonçalves (7)
Meite (6)
Pizzi (6)

BnR na Conferência de Imprensa
Estoril-Praia SAD
Não foi possível colocar questões ao treinador do Estoril Praia, Bruno Pinheiro.

SL Benfica
Não foi possível colocar questões ao treinador do SL Benfica, Jorge Jesus."

Nem Lucão segurou a liderança


"Frenético mas pensado. Assim entrou o Benfica na Amoreira. Construção de grande qualidade nos pés de Vertonghen à esquerda e Lucas Veríssimo à direita, os centrais encarnados não apenas não tremem na pressão adversária, como demonstraram uma qualidade assinalável no primeiro passe de ligação ofensiva – Encontrando não apenas os laterais (Radonjic e Grimaldo), mas também os médios e avançados.
O golo inaugural de Lucas Veríssimo trouxe a tranquilidade que permitiu à equipa de Jorge Jesus rubricar 20 minutos iniciais de grande qualidade, mesmo que sem bola, o Estoril tenha conseguido sair da pressão com os constantes apoios frontais dos avançados e combinação com os médios que já recebiam de frente para acelerar.
Pressing do Benfica – Saída do Estoril: Procura de quem está mais avançado para que este deixe médios de frente

Somou vários ataques prometedores que foram sendo desperdiçados na definição final, mas também viu Arthur Gomes descobrir Clóvis para uma perdida importante – estaria eventualmente em posição de “offside”, e foi prometendo na fase inicial mais do que o cumpriria na etapa inaugural.
A qualidade da construção do jogo do Benfica, que beneficia não apenas de centrais diferenciados em posse, mas também da inteligência e da boa escolha das suas rotas ofensivas por parte de Weigl trouxe aproximações ao último terço constantes, mas sempre com um Estoril bem organizado e fechado na sua linha de cinco – Quando perde a posse e transita para organização, o médio vira central.
Yarem e Darwin mais profundos, Rafa e João Mário como ligação para últimos movimentos dos pontas

Ausente – sem serviço – Yaremchuck e com Darwin com mesmas qualidades e defeitos de sempre – Acelera o jogo criando possibilidades que outros não criariam, mas sempre ansioso na decisão e incapaz de ver para lá do seu centro do jogo, os avançados do Benfica não contribuíram com a mesma qualidade para o jogo encarnado que os homens da rectaguarda e pouca foi a criação da equipa de Jorge Jesus, depois da prometedora entrada.
Não espantou a troca de Yarem por Ramos logo ao intervalo. O avançado português trouxe mais disponibilidade para todos os momentos – Defensivos e Ofensivos – e somou impacto imediato no lance em que combinou com Grimaldo para uma bola que percorreu toda a grande área e que quase chegou a Darwin. Ramos passou pelas diferentes posições do ataque – no apoio a Darwin e como nove mais fixo – e foi sempre diferente para melhor de todos os colegas na posição de homem mais ofensivo.
Diogo Gonçalves e Everton subiram a jogo substituindo os fatigados Darwin e Radonjic, e se o lateral português esteve participativo na ala direita, servindo a zona de finalização por diversas ocasiões, Everton falhou a ter impacto na partida.
A segunda parte decorreu com um Benfica seguro no controlo da partida, mas a desperdiçar na definição final oportunidades para garantir a tranquilidade no resultado – Ramos esteve em todos os lances prometedores.
A entrada de Meité e Pizzi para os instantes finais veio trazer perdas da posse ao jogo encarnado (Pizzi falhou metade dos passes que tentou!), menor qualidade posicional no centro do terreno – responsabilidade de Meité – menos agressividade, e embora nada o fizesse prever o Benfica que até então já deveria ter resolvido a partida, criou condições para um final infeliz.
De canto marcou, de canto sofreu. E hoje dormirá a olhar para cima."