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sábado, 30 de julho de 2022

Visão: Brian Deane...

Enzo chegou, viu e jogou… e não foi pouco


"Enzo Fernández protagonizou um dos movimentos de mercado mais novelados, mas também mais bem recebidos dos últimos anos, no que ao Sport Lisboa e Benfica diz respeito.
O jovem médio argentino estava já nas listas de jogadores apetecíveis dos clubes financeiramente mais aprazíveis da Europa.
As águias envidaram esforços poucas vezes envidados e conseguiram trazer o futebolista da América do Sul para Portugal – uma travessia que tem permitido que os adeptos portugueses vejam de perto predestinados que encantam partida a partida.
Enzo tem tudo para ser mais um a encantar. De resto, na pré-época encarnada já começou a fazê-lo. Vinha rotulado de “titular de caras” e foi-o mesmo, em todas as partidas desde a sua chegada.
Ao lado de Florentino (que poderá não vir a ser o seu principal parceiro no centro do terreno) tem mostrado confiança e qualidade.
A sua qualidade de passe – incluindo de passe vertical, a queimar linhas e a encontrar espaços que muitas vezes o SL Benfica não encontrava perante blocos cerrados e baixos – salta à vista.
A bola não chora nos seus pés, mas também não passa lá muito tempo. Passa por lá muitas vezes, sim, mas rapidamente volta a circular, com o argentino a mostrar-se verdadeiro dínamo do meio-campo benfiquista.
Sem bola, o ex-CA River Plate é muito agressivo e aplica muito bem o pressing que é característica fundamental das equipas de Roger Schmidt. Raramente está mal posicionado e raramente perde a bola.
Transmite segurança a cada passe que executa e a cada linha de passe que fornece. Os colegas sabem que podem endereçar-lhe a bola sem qualquer hesitação e sabem que a vão receber de volta com régua e esquadro.
Enzo Fernández é claramente o médio que há muito tempo faltava ao plantel das águias – e é também o médio que durante muito tempo vai faltar ao plantel das águias, se não prepararem já a sua sucessão. É que ele não fica cá muito tempo.
Se não o sabíamos antes da sua chegada, ficámos a sabê-lo após os jogos de pré-temporada em que participou.
Muito simplesmente: é craque."

Um SL Benfica a perder gás… ou uma firme aposta na ‘prata da casa’?


"A entrada de Roger Schmidt como treinador do SL Benfica configurou uma autêntica pedrada na letargia que reinava no universo encarnado, depois de um ano miserável no que ao plano desportivo diz respeito. À chegada do técnico alemão, Rui Costa foi capaz de corresponder com reforços, não medindo quaisquer esforços para reforçar o débil conjunto encarnado.
E os reforços, ainda que a conta-gotas, foram somando uns atrás dos outros. Musa, Ristic, o talentoso Bah que custou a módica quantia de 8M de euros, o irreverente e mediático David Neres que comporta um esforço financeiro adicional para suportar o seu elevado salário e que chegou fruto de um acerto de contas com o FC Shakthar Donetsk, clube que estava em dívida com o SL Benfica desde a altura da compra de Pedrinho. E, por fim, os dois reforços mais caros do mercado, João Victor, central brasileiro contratado ao Corinthians do treinador português Vítor Pereira por quase dez milhões de euros e Enzo Fernandez, médio ex-River Plantel, que acarretou um investimento de também dez milhões de euros que podem ascender a 18. A expectativa era a de que o SL Benfica continuasse a arrasar o mercado de transferências e, diariamente, surgiam o nome de outros jogadores associados ao clube e que implicariam outros investimentos igualmente avultados. Ricardo Horta é um dos nomes que surge à cabeça.
Ora, quando se esperava uma continuidade da política de transferência mais incisiva, o SL Benfica decide abrandar, preferindo esperar para ver como reagiriam os talentos dentro de portas aos testes que a pré-temporada reserva. Florentino, à partida, seria um nome a dispensar no plantel encarnado mas foi ganhando algum ascendente nas opções do timoneiro encarnado e hoje parte na pole position para agarrar o lugar de pivot defensivo no miolo, inviabilizando, para já, a chegada de um novo concorrente para a posição.
Mais à frente no terreno, na posição 10, muito se falou numa possível chegada de Reinier, médio ofensivo contratualmente vinculado ao Real Madrid e que nas últimas duas temporadas esteve por empréstimo no Borussia de Dortmund. A verdade é que tem sido Rafa, extremo de origem, a descair para terrenos interiores e a ocupar aquele terreno e com João Mário, homem que se perfilava para agarrar o lugar, a atuar descaído pela ala, como já havia acontecido aquando da passagem pelo Sporting com Jorge Jesus, inviabilizando, para já, a chegada do jogador canarinho. Mais à frente, na frente de ataque, apesar das notícias que dão conta do desejo de vender Gonçalo Ramos, o jovem avançado português tem impressionado, conseguindo suprir a difícil tarefa de substituir Darwin Nunez, avançado uruguaio que saiu para o Liverpool no defeso. Também Henrique Araújo, jovem formado cantera do Seixal, tem deixado bons indicadores, enquanto Yaremchuk procura ainda regressar à sua melhor forma. Isto num cenário em que era expectável a chegada de um nome com créditos firmados para a frente de ataque encarnado.
Resta perceber se este SL Benfica ainda vai investir no mercado e se ainda há gás para dar todos os reforços pedidos por Roger Schmidt. E, neste cenário, perceber ainda se a aposta na prata de casa e nos jovens da formação é efetuada por convicção ou imposição. Falta pouco mais do que um mês para acabar o mercado e a sensação é a de que ainda muito vai mudar no universo dos encarnados."

Veneração? Não. Reconhecimento? Sim!


"Luís Miguel Afonso Fernandes assinou pelo SL Benfica em 2013. Após um empréstimo ao Espanyol na época 2013/2014, Pizzi começou a envergar o Manto Sagrado em 2014/2015. Até então, o bragantino, que tinha dado nas vistas no clube da sua terra, chamou a atenção do SC Braga. Passou pelo caminho duro dos empréstimos: Ribeirão, SC Covilhã e Paços de Ferreira. Na passagem pela "capital do móvel" corria a época de 2010/2011 e o Luís Miguel ficou-me na retina. Fez um hat-trick em pleno Estádio do Dragão e terminou a temporada com 11 golos marcados. A sua capacidade de definição no último terço não era comum e estava ali alguém que era diferenciado nesse aspeto tão importante de um jogo de futebol.
Voltou novamente à cidade dos arcebispos, mas acabou por assinar pelo Atlético de Madrid no mercado de inverno da época 2011/2012. Sem espaço na capital espanhola, acabou por novamente entrar na rota dos empréstimos, desta feita, ao Deportivo da Corunha. Aí voltou a mostrar todo o seu valor - 8 golos em 36 jogos - e o SL Benfica fechou a contratação do português. Era a grande oportunidade para se impor ao mais alto nível do futebol português. E assim foi.
Pizzi foi um dos melhores criativos da última década do futebol português. E o que é um criativo? Um jogador que quer que o jogo passe por ele desde a construção até ao momento da decisão. Fosse à direita, à esquerda ou no meio, mais longe ou mais perto da área, Pizzi queria sempre a "redondinha" para colocar a equipa a jogar. E como qualquer criativo não basta colocá-lo como "número 10" para que as suas melhores qualidades apareçam de forma regular. Para que um criativo possa sobreviver na loucura que é um jogo, os seus colegas devem estar perfeitamente enquadrados com tudo o que ele pode fazer. É a equipa a jogar com o jogador. Sendo Pizzi um criativo, toda a equipa tem que lhe dar as melhores condições para receber a bola. E foi isso que aconteceu nos seus melhores anos de Benfica. Os criativos rendem mais quanto maior for a identificação dos colegas com o seu futebol E aqui chegamos ao "Deus" Jonas. Jonas e Pizzi, Pizzi e Jonas. Quantas vezes vimos aquele lindo futebol associativo que maravilhava o Inferno da Luz e nos levou a um "tetra" histórico. Foi fantástico! Pizzi foi uns médios mais criativos que Portugal teve ao longo dos últimos anos. É isto que penso quando me lembro do Luís Miguel Afonso Fernandes. Não foi um dos melhores de sempre do meu clube, mas foi um criativo vencedor que sempre respeitou o emblema que envergava ao peito! Vejo muitos Benfiquistas, por essas redes sociais fora, a dizer que o Pizzi sai pela porta pequena do SL Benfica. Eu não sinto isso.
Concordo que estava em final de ciclo pelo seu menor rendimento e pelo facto de não possuir características que vão ao encontro das ideias do novo treinador. Agora leio por aí que o Pizzi era o líder de um núcleo que fez a cama aos últimos treinadores... MENTIRA! MENTIRA! MENTIRA! Não sou eu quem o diz. É o Bruno Lage, o Rui Vitória e o Jorge Jesus. Aquele incidente no final do jogo no Dragão (que nunca devia ter saído do balneário) serviu a várias pessoas para encontrarem o bode expiatório para os péssimos resultados. Onde já se viu um jogador, que até era um dos capitães, ficar chateado por uma vergonhosa derrota frente a um grande rival? Pizzi sentiu o momento e exprimiu a sua insatisfação, como tantas e tantas vezes acontece em vários balneários por esse mundo fora (só que essas reações ficam dentro de quatro paredes...). Basta ver que, no dia da sua despedida, os seus colegas e elementos da estrutura não se coibiram de demonstrar todo o seu apreço por um grande profissional e amigo, que foi peça importante em várias conquistas do SL Benfica. 94 Golos, 92 Assistências, 360 jogos. Não são 9 jogos, nem 9 assistências, nem 36 jogos. Se queremos referências e jogadores fiéis ao clube, também temos de os reconhecer, nunca perdendo toda a exigência que um clube como o nosso tem que ter.
Por isso, digo que o Pizzi não merece uma estátua. Não merece um jogo de despedida. Mas merece reconhecimento, porque foram 8 épocas, 4 Campeonatos, 1 Taça de Portugal, 2 Taças da Liga e 3 Supertaças. Tem o seu lugar na história centenária do SL Benfica! Para mim serás o Pizzi do Benfica, o "Iniesta dos pobres" e, portanto, bato a minha continência, Luís Miguel Afonso Fernandes!"

Museu com cadastro!!!


"Agora que o FC Porto retirou o patrocínio à W52-FCPorto, depois do Mauro escândalo de doping no desporto português, estes itens serão retirados do museu do Dragão?
Estão contaminados por atos criminosos!
E como será no futebol? No Hóquei, no Andebol e no Basquetebol?
Segundo se sabe, alegadamente, os testes de "medecinas alternativas" começam nas camadas jovens. Miúdos servem de "cobaias" para os graúdos."

Demência?!


"Terrível o centralismo. Um horror à pátria. E bem o velho a dizer que é raro fazer-se um jogo no norte entre 2 equipas nortenhas (FC Porto e Tondela, neste caso). Algo nunca antes visto!

Ironias à parte, a única coisa que é de admirar no meio de tanta barbaridade é mesmo a quantidade de burros e camelos que ainda comem disto."