Últimas indefectivações

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Andebol em alta!


"São vários os temas desta edição da News Benfica, com destaque para o andebol.

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O feito notável da nossa equipa de andebol, vencedora da EHF European League, motivou uma grande afluência de adeptos à sessão de autógrafos realizada na Benfica Official Store do Estádio da Luz. Veja a reportagem fotográfica aqui ou no Instagram oficial do Benfica.

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Veja também, no Site Oficial, a entrevista da BTV a Lazar Kukic e Gustavo Capdeville, dois dos obreiros do maior feito da história do andebol português.

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Não perca, a partir das 21h30, o Especial Informação da BTV. Na primeira parte, entrevista a Luís Araújo, o treinador campeão nacional de juniores, e, na segunda parte, entrevista, no Estádio da Luz, ao 13.º melhor marcador de sempre do Benfica em competições oficiais, Jonas.

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Já se encontram em pré-venda as novas camisolas adidas oficiais para a época 2022/23. Saiba mais sobre as novas versões dos mantos sagrados aqui.

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A BTV, em parceria com o Património Cultural Benfica, tem emitido diariamente uma peça relacionada com a história do Sport Lisboa e Benfica. Estes vídeos estão todos disponíveis no Site Oficial. Ontem, 1 de junho, foi evocada a estreia de Eusébio pelo Benfica em competições oficiais, em 1961, numa partida referente à segunda mão dos quartos de final da Taça de Portugal que, nunca é demais recordar, o Benfica foi obrigado a disputar no dia seguinte a se ter sagrado campeão europeu pela primeira vez, em Berna, frente ao Barcelona.

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No mês de maio foram 24 as Casas do Benfica aniversariantes. Saiba quais, aqui."

BI: Musa...

Javi Garcia...

Almoços e Jantares !!!

"O almoço entre Roger Schmidt e alguns jornalistas e comentadores tem feito correr muita tinta. Um dos que se mostrou mais ressabiado, provavelmente por não ter sido convidado, foi o José Manuel Freitas, que no auge da indignação chegou mesmo a dizer que jamais aceitaria um convite para almoçar com dirigentes ou treinadores.
Ora, sabemos que não é verdade, porque o agora comentador da CMTV almoçava todas as semanas com o Jorge Jesus no restaurante Coelho da Rocha. Talvez isso justifique os muitos elogios que lhe faz, alguns estapafúrdios, como ontem ter dito que o Fenerbahce será o maior desafio da carreira do treinador natural da Amadora.
O que não sabíamos, mas ficámos a saber, é que o José Manuel Freitas também anda em almoçaradas com o selecionador nacional. Será que foi uma «operação de charme» levada a cabo pela comunicação da FPF?
O Benfica que ofereça rapidamente um almoço ao homem. Levem-no ao Chimarrão e ele que coma tudo o que quiser para ver se a azia lhe passa."

A integração social pelo desporto: representação e realidades


"Antes de explorar as relações que o desporto tem com as noções de integração e/ou inserção social, convém aqui discuti-las. Numa primeira análise, podemos nos contentar com a definição emitida numa aproximação durkheimiana, postulando que a integração designa o processo pelo qual um grupo social se apropria do indivíduo para assegurar a sua coesão. Quanto à inserção, ela reenvia para a incorporação de uma pessoa num ambiente social mais restrito. Muitas vezes utilizados indiferentemente, e sobretudo em matéria desportiva, estes termos são complexos e fonte de evidentes fachadas. Convida também a alguma prudência. O desporto integra por “natureza” é, muitas vezes, veiculado pelos atores sociais do desporto ou pelos políticos de todos os horizontes ideológicos e pelos meios de comunicação social. Apoiando-se sobre as pretendidas virtudes educativas, cívicas e cidadãs, inalteradas no tempo e aos eventos do exterior, o desporto terá uma capacidade natural de integração e/ou de inserção social. Mais do que redutora, esta visão é um construto ideológico. No entanto, ela perdura e se reforça, ajudada por algumas atualidades simbólicas e pela mediatização de percursos isolados ou excecionais. Mais do que uma crença, a integração pelo desporto é hoje erigida a postulado, passando do estatuto de mito a quase uma realidade, a uma certeza, independentemente das condições em que a prática desportiva se desenvolve.
A realidade é que não existem resultados tangíveis que mostrem que uma integração e/ou inserção pelo desporto se opera de maneira automática e constante. É necessário, para avaliar os efeitos a médio e a longo prazo das práticas desportivas, ditas integradoras, ter em consideração várias variáveis ligadas à prática, ao seu enquadramento e aos praticantes. Este tipo de estudos ainda não se realizou em Portugal, ou os que se realizaram são pontuais. Alguns elementos reforçam a ausência deste tipo de estudos: a parte consagrada às políticas públicas não é tida em consideração e não existem grandes preocupações de rigor metodológico e científico. Raros são os estudos sobre a inserção profissional pelo desporto, a luta contra a exclusão profissional, a seletividade do mercado de trabalho desportivo ou a reinserção pelo emprego desportivo de público em dificuldade. Por outro lado, o contexto económico do financiamento da investigação em Portugal é mais ou menos dominado por uma rentabilidade económica. A integração social supõe que os indivíduos se inscrevam em solidariedades, que eles adiram aos objetivos e aos valores da sociedade, e que se conformem às regras prescritas. A integração não se reduz à entrada numa prática desportiva.
A integração social pelo desporto é também simbólica. Na realidade, os dispositivos de integração pelo desporto apenas podem ajudar no âmbito dos efeitos negativos criados pelas sociedades neoliberais."

O jogo!!!!

Bastidores: EHF European League Champions...

Bigodes: O melhor 11...

Martial por Darwin, uma troca justa?


"Aceitavas Fazer A Troca Martial Por Darwin?

Na época 2021/22, Darwin foi a figura de maior destaque do SL Benfica. Marcou 26 golos e fez quatro assistências em 28 jogos da Primeira Liga.
Como recompensa pelas exibições que teve dentro das quatro linhas ao longo da época, recebeu o prémio de melhor marcador do campeonato, para além do reconhecimento por parte dos colegas de equipa, adeptos e até mesmo adversários de topo, como o caso de Van Dijk.
O neerlandês elegeu o uruguaio como um dos avançados mais difíceis contra quem jogou, dizendo que Darwin era muito rápido, forte e vertical.
Tendo tudo isto em conta, é normal que jogadores como Darwin despertem o interesse de grandes clubes. A verdade é que o avançado do SL Benfica já foi associado a várias equipas, incluindo “gigantes” europeus.
Foi apontado como o potencial substituto de Haaland, no BV Borussia Dortmund e já esteve com um pé em vários outros clubes, segundo a imprensa, como por exemplo, Paris Saint-Germain FC, Newcastle UFC, Chelsea FC, Manchester City FC e Manchester United FC.
O suposto interesse dos red devils por Darwin foi uma das mais recentes notícias no universo futebolístico. A imprensa inglesa avançou que o clube inglês, que já passou por melhores fases, em termos de prestações e resultados, não está disposto a pagar os 100 milhões de euros pelo uruguaio.
No entanto, uma vez que não querem desistir do jogador das águias, propuseram ceder Anthony Martial, juntamente com o pagamento de um valor abaixo do proposto pelos encarnados.
Segundo se consta, Martial não será uma das opções prioritárias para Erik Ten Hag, na próxima temporada. O ponta de lança francês esteve cedido ao Sevilha FC, em janeiro da época transata, onde realizou 12 jogos, tendo marcado um golo e feito uma assistência.
Com 26 anos, destaca-se pela técnica, velocidade, drible, habilidade, pelo bom jogo de pés, pela precisão e pelo ritmo intenso na transição do corredor esquerdo para o centro do terreno. No entanto, não é um jogador que jogue muito em prol da equipa, é mais individualista, o que pode ser prejudicial para o estilo de jogo do SL Benfica.
Apesar disso, o jogador recebeu, desde cedo, rasgados elogios de estrelas como Thierry Henry, que, em 2017, chegou a dizer “Martial é muito melhor do que eu, quando tinha a idade dele”. Poucos são os que têm direito a enaltecimentos como este.
A verdade é que, se a saída de Darwin se confirmar, o SL Benfica precisa de um ponta de lança à altura do uruguaio. Rodrigo Pinho esteve quase toda a época lesionado, Yaremchuk ficou aquém do esperado, Seferovic pouco jogou e Gonçalo Ramos, nos jogos em que esteve presente, não revelou ser um goleador nato, que é algo que os encarnados precisam.
Face às aspirações e metas que o SL Benfica tem definidas para a próxima temporada, é preciso ter um jogador com faro de golo no plantel.
A meu ver, Martial não seria uma má opção, apesar de não ter tido uma época de grande nível. Para além disso, um avançado como Henrique Araújo não pode ser posto de lado totalmente. Quando teve oportunidades no onze das águias deu provas de que estava mais do que preparado para assumir o cargo de goleador da equipa.
No entanto, tem menos experiência de jogar em grandes ligas do que Martial, muito devido ao facto de ter menos seis anos do que o francês.
A decisão está nas mãos da direção do clube, mas confesso que não devia ser descartada a hipótese de ter um jogador como o francês no plantel. É certo que Roger Schmidt saberá o que fazer e saberá como trabalhar jogadores com as características de Henrique Araújo ou de Martial. Resta agora saber quais serão as cenas dos próximos episódios destes rumores de mercado na preparação da próxima época."

Fura Redes: Bah...

Fura Redes: Jonas...

𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗲 𝗖𝗼𝗻𝘀𝗲𝗹𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝗔𝗿𝗯𝗶𝘁𝗿𝗮𝗴𝗲𝗺: 𝘂𝗺𝗮 𝗿𝗲𝗹𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗮𝗺𝗼𝗿


"Há cerca de 2 anos ficámos a saber de uma investigação do Ministério Público ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Em causa estariam denúncias do árbitro (despromovido de forma fraudulenta) Jorge Ferreira, sobre crimes de corrupção e falsificação de documentos.
A RTP, por intermédio do jornalista Hélder Silva, entrevistou o visado árbitro que confirmou as pressões do Conselho de Arbitragem sobre os árbitros para favorecerem determinados clubes, prática que, sem qualquer pudor, todos assistimos na época que findou. O mesmo jornalista contactou outros árbitros (incluindo internacionais) que, quando confrontados com a veracidade das informações de Jorge Ferreira, responderam «Não me pergunte isso, por favor».
As suspeitas que recaem sobre o Conselho de Arbitragem tornam-se ainda mais interessantes quando investigamos as ligações familiares dos seus membros.
O Presidente do Conselho de Arbitragem, Fontelas Gomes, é casado com a observadora Eliana Pinelo. Logo aqui existe uma clara incompatibilidade de funções. Um dos dois deveria ter-se demitido pois não podem ambos exercer ao mesmo tempo uma vez que os dois cargos são inconciliáveis. Fontelas Gomes esteve também envolvido numa transferência do filho ainda menor para o Sporting e, embora receba cerca de 10 mil euros por mês, os gastos que realiza são incompatíveis com o nível de vida que faz, assim como as despesas que suporta e que realiza.
O Vice-Presidente da Secção não profissional, Dr. Paulo Costa, tem como irmão o árbitro (C1) Rui Costa, que sendo irmão de quem é, não poderia também ele exercer funções. Mais um claro conflito de interesses. De acordo com o regulamento de arbitragem, um árbitro não pode pertencer aos quadros federativos se tiver um observador na família ou se tiver relações com familiares diretos. A título de exemplo, o árbitro Alfredo Braga - que tem um sobrinho observador - também não podia ter relações familiares com ele, mas o certo é que a situação, apesar de denunciada, permaneceu impune.
O referido Vice-Presidente, Dr. Paulo Costa, atuou e atua nas classificações C1 e C2. Ficou provado por acórdão proferido em 2017 pelo Conselho de Justiça que este atuava nas notas dos árbitros da C1. Correm rumores que ele dizia aos árbitros para "não favorecerem A ou B". Isto passou-se várias vezes e era reportado pelos árbitros e árbitros assistentes visados.
O Vogal de Secção Profissional, Bertino Miranda, decide as classificações dos assistentes. Sabemos que no passado falou pessoalmente a José Braga e a Tiago Rocha - árbitros que tinham todo o interesse em recorrer - para saber da disponibilidade de ambos atuarem como colaboradores na academia da arbitragem. Após o decurso do prazo de recurso, não mais foram contactados, evitando assim reclamações e alaridos públicos por uma eventual decisão contrária a sair do recurso que aqueles pretendiam interpor.
Álvaro Mesquita, árbitro auxiliar, chegou a ter 8/9 notas negativas em épocas passadas, contudo, acabou nas últimas jornadas com notas de "Muito Bom". Este fazia parte da equipa de Jorge Sousa. E quem era colega de equipa de Jorge Sousa? Bertino Miranda, que avalia os árbitros assistentes.
Ricardo Duarte, membro do Conselho de Arbitragem, está ligado a um grupo que atua próximo dos árbitros e árbitros assistentes, condicionando jogos e pressionando-os a comportamentos que implicam decisões contrárias ao regulamento de jogo.
Lucílio Baptista, Pedro Portugal e Albano Fialho, membros da Secção de Classificações, são os responsáveis pela alteração das notas introduzidas na plataforma informática. São eles quem têm o poder de alterar as notas a seu bel-prazer (podendo penalizar quem age corretamente) e protegem os interesses de quem atua, submetendo na plataforma online as notas que lhes são transmitidas conforme as diretrizes de Ricardo Duarte. Estes não dão acesso dos documentos aos árbitros. Qual a razão? Será para modificar as notas na plataforma sem que ninguém saiba? Volvidos meses, nenhum observador vai ver a nota que aparece na plataforma informática, até porque o que aparece no critério de descida é apenas a não classificação.
Vasco Santos, videoárbitro, é um elemento necessário para as respetivas informações. Este manteve a categoria de arbitro C1 e foi para VAR. Não conseguia passar sequer nas provas físicas, mas foi sempre classificado e avaliado por pessoas que, possivelmente, adulteravam os valores de classificação. Todos os árbitros são testemunhas deste facto. Querem provas? Na época 2017/18, durante as primeiras provas de aferição realizadas no Luso, o Sr. Vasco Santos passou sem cumprir os mínimos das provas físicas.
E não menos importante, nunca é demais relembrar que a Unilabs tem como Diretor Executivo de Operações Sérgio Gomes da Silva, filho de Fernando Gomes (presidente da Federação Portuguesa de Futebol), e tem como Chefe Executivo Luís Menezes, adepto fanático do FC Porto que não se coíbe de assumir isso publicamente. E quem é Luís Menezes? É “somente” filho de Luís Filipe Menezes.
A promiscuidade e os poderes instalados no atual Conselho de Arbitragem falam por si, e os resultados nas arbitragens são evidentes. Não acreditam? Vejamos:
Nas últimas 4 épocas, o FC Porto teve 47 penáltis a favor, o Sporting 44 e o SL Benfica 25. Diz a cartilha anti-Benfica que “nos anos do Tetra o Benfica era beneficiado pelos padres”. Mais uma mentira. E das grandes. Nas últimas 3 temporadas, o FC Porto teve 39 penáltis assinalados a seu favor. O SL Benfica, nas 4 temporadas do Tetra, teve 27. Fica clara e evidente a anormalidade estatística destes últimos 4 anos. Os números falam por si e são avassaladores. Com menos 34 jogos, o FC Porto conseguiu, mesmo assim, ter mais 12 penáltis que o Benfica nos anos do Tetra. Não existe competição em Portugal, é tudo uma autêntica farsa onde as mentiras disseminadas pela cartilha portista se tornam verdades absolutas.
O FC Porto foi, também, o líder incontestado – pelas piores razões - no ranking dos 5 primeiros classificados dos campeonatos dos 15 países com melhor ranking europeu de clubes da UEFA, com 11 expulsões a favor. O Sporting e SL Benfica, juntos, não chegaram para igualar os números do FC Porto. Quanto ao tempo de jogo em superioridade numérica (incluindo minutos adicionais), o Sporting teve 108 minutos, o SL Benfica teve 178 e o FC Porto teve uns estonteantes 479 minutos, equivalentes a 5 jogos completos a jogar em superioridade numérica. Pior, em mais de metade desses jogos, o FC Porto ainda não se encontrava em vantagem no marcador quando ficou com mais um jogador em campo (2 a perder e 3 empatado). Sempre a bater recordes.
Ao longo dos últimos anos, o SL Benfica precisou de 849 minutos para que fosse assinalado um penálti a seu favor, o Sporting de 283 minutos e o FC Porto apenas de 238 minutos. O SL Benfica precisa, em média, de mais 611 minutos que o FC Porto para que lhe seja concedida uma grande penalidade. Não se trata de falta de ocasiões, quando ambos terminaram o campeonato com praticamente as mesmas oportunidades criadas. Trata-se, pura e simplesmente, de medo dos árbitros. Medo de ajuizarem a favor do SL Benfica, mesmo que justo. Medo de sofrerem represálias, verem os seus negócios vandalizados e as suas famílias ameaçadas de morte. Medo de beneficiarem o SL Benfica e irem para a verdadeira jarra, não aquela que premeia o Artur Soares Dias e outros tais com viagens ao estrangeiro, a ganharem fortunas.
As evidências são irrefutáveis e a ligação obscena entre o Conselho de Arbitragem e o FC Porto é inegável. Os números não enganam, porém insistem em fazer de nós parvos.
Não há quaisquer dúvidas de que Fontelas Gomes e o Conselho de Arbitragem estão numa missão: Destruir o SL Benfica e beneficiar o FC Porto e o Sporting com sucessivas entradas diretas na Liga dos Campeões. É tão descarado que só não vê quem não quer.
É tempo para uma reflexão profunda e abrangente sobre o papel da arbitragem em Portugal. É tempo de uma limpeza no futebol português. É tempo de reestruturar o Conselho de Arbitragem e as pessoas que o compõem. É imperioso que o VAR não se cristalize como mais um instrumento de subjetividade e potencial manipulação no futebol português. A próxima época não pode ter início sem que estejam reunidos os pressupostos fundamentais que garantam a verdade desportiva dentro das quatro linhas. Não podemos continuar neste clima de suspeita, obscuridade e promiscuidade. Chegou o momento de nos unirmos pelo bem do desporto nacional.
Chegou o momento de denunciarmos, sem medo, quem tanto mal tem feito ao desporto rei.

𝗔𝗯𝗮𝗶𝘅𝗼 𝗼 𝗖𝗼𝗻𝘀𝗲𝗹𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝗔𝗿𝗯𝗶𝘁𝗿𝗮𝗴𝗲𝗺!
𝗔𝗯𝗮𝗶𝘅𝗼 𝗼 𝗖𝗼𝗻𝘀𝗲𝗹𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗶𝘀𝗰𝗶𝗽𝗹𝗶𝗻𝗮!
𝗔𝘀𝘀𝗶𝗻𝗲𝗺 𝗮 𝗣𝗲𝘁𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼

Teia de interesses e influências: a promiscuidade entre a política e o FC Porto


"A ligação entre o futebol e a política foi um tema que deu (e muito) que falar antes das eleições do Benfica, em outubro 2020, quando os nomes de Fernando Medina, na altura presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e António Costa, primeiro-ministro, surgiram na Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira. O assunto parece, no entanto, não suscitar sentimentos de indignação quando os políticos vestem a camisola azul e branca, como é o caso do recém-eleito presidente do Partido Social Democrata, Luís Montenegro.
O ex-líder parlamentar, para além fervoroso adepto portista, é também elemento efetivo do Conselho Superior FC Porto, e não houve vivalma na comunicação social que, agora, pusesse em causa a rigorosa equidistância que se impõe a quem exerce cargos políticos e altos cargos públicos.
A promiscuidade entre o poder político e dirigentes portistas é evidente, e temos assistidos, impávidos e excessivamente serenos, a comportamentos antiéticos e sucessivos casos de absurdo favorecimento ao FC Porto. Uma rede de interesses sem paralelo em Portugal. Importa, por isso, olhar com atenção para alguns nomes da vasta lista de membros do Conselho Superior do FC Porto e refletir sobre a gravidade de se misturar a gestão de cargos públicos com os interesses de um clube.
• Rui Moreira - Distinguido pelo Futebol Clube do Porto como Sócio do ano em 2010, o presidente da Câmara Municipal do Porto justificou a entrega da Medalha de Ouro da cidade a Pinto da Costa, o mais alto galardão do município, como um ato de justiça. Na verdade, a justiça tem falhado nos casos que envolvem o presidente portista...
O Edil da Invicta e membro do Conselho Superior do FC Porto foi, durante algum tempo, apontado como possível sucessor de Pinto da Costa. Não obstante recentemente ter confessado que, dada a sua idade, 65 anos, já seria tarde para cumprir o sonho de ascender à liderança do clube, Rui Moreira serve afincada e apaixonadamente o FC Porto. Está encarregue da concretização da Academia do FC Porto, um sonho do seu presidente, e é de conhecimento público (o que torna tudo ainda mais vergonhoso) que já reuniu com colegas autarcas para discutir assuntos relacionados com a construção da ambicionada academia. Será, certamente, um projeto idêntico ao do Centro de Estágios do Olival, pago por todos nós. A gravidade de toda esta situação em que se misturam a gestão de cargos públicos com os interesses de um clube, e em que o papel do presidente da Câmara do Porto já não se percebe onde começa e acaba e se confunde com o de futuro presidente do Conselho Superior do FCP e eventual sucessor de Pinto da Costa, devia deixar de sobreaviso e em alerta todas as autoridades competentes.
• Bragança Fernandes - Passou de vice para Presidente da CM da Maia em 2002, tendo lá ficado até 2017. Desempenhou vários cargos no FC Porto.
Analisando o concelho vizinho, Vila Nova de Gaia, os episódios grotescos também não param de brotar:
• Eduardo Vítor Rodrigues – Eleito em 2013 como Presidente da Câmara de Gaia, sucedendo a Luís Filipe Menezes, que estava no cargo há 16 anos. Nesse período ofereceu o Centro de Estágios do Olival ao FC Porto, num dos negócios mais escabrosos e que mais lesaram o erário público. Expoente máximo da afetação de recursos públicos em benefício de um clube de futebol, a fundação Porto-Gaia, criada em 1999 para construir e gerir o centro de estágios do FC Porto, obteve uma das piores avaliações no censo efetuado pelo Governo em 2012. 84,4% das suas receitas provêm de dinheiros públicos. Já em 2004, um relatório da Inspeção-Geral de Finanças, com base numa fiscalização à Câmara de Gaia, concluiu que a autarquia pagou a totalidade dos custos do centro de treinos: 16 milhões de euros. O FC Porto assegurou o direito de superfície dos terrenos por 50 anos e apenas paga uma renda mensal de 500 euros pelo centro de estágio. Para que os portistas conseguissem ressarcir todo o investimento da autarquia tinham de estar no centro de treinos durante... 2666 anos. Sim, dois mil seiscentos e sessenta e seis anos! - mas o contrato é de apenas 50 anos. Ou seja, 300 mil euros de renda, no total.
Como se não bastasse, a CM de Gaia, pela mão do seu presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, cedeu também à equipa B de futebol do FC Porto, em regime de exclusividade, a utilização do Estádio Jorge Sampaio, em Pedroso, mediante o pagamento de uma renda simbólica e manutenção do relvado. E as regalias não ficaram por aí, a secção de andebol tem o uso regular do Pavilhão Municipal da Lavandeira sem pagar quaisquer contrapartidas financeiras. É caso para dizer: amigos, amigos, negócios em toda a parte!
Será que estas benesses ao FC Porto seriam aprovadas se fossem referendadas diretamente pelos munícipes de Gaia? Lembramos que a CM de Gaia é uma das mais endividadas do país. Porque será?
• Nuno Cardoso - Presidente da CM do Porto pelo PS entre 1999 e 2002, sucedendo na altura a Fernando Gomes que é, atualmente, vice-presidente do FC Porto para a área financeira. Este foi o responsável pela dimensão assumida pelo Plano de Pormenor das Antas (PPA), o qual levava a cabo uma intervenção urbana que o próprio considerou «só ter paralelo com o que aconteceu nos anos 50, quando foi desenhada a Avenida dos Aliados». Ora, na sequência deste processo, Nuno Cardoso terá lesado deliberadamente a autarquia em favorecimento do FC Porto, tendo o Ministério Público concluído que os cofres municipais foram prejudicados em 2,5 milhões de euros. Mais: na altura, ao mesmo tempo que exercia funções autárquicas, Nuno Cardoso detinha um cargo no Conselho Consultivo da SAD portista. Em 2000 havia sido distinguido como sócio do ano, nos Dragões de Ouro. Tendo em conta os factos e circunstâncias acima expostas, teria sido descabido acusar Nuno Cardoso de conduta dolosa relacionada com a permuta de terrenos entre a autarquia e o FC Porto, no âmbito do PPA?
• Luís Montenegro – Acaba de ser eleito líder do Partido Social Democrata, vencendo por maioria em todas as concelhias do distrito do Porto, com exceção de Baião e Felgueiras. A sua alegada pertença à mesma loja maçónica do ex-diretor dos serviços de informação Jorge Silva Carvalho - na anterior campanha interna negou alguma vez ter pertencido à maçonaria - e as faltas parlamentares para assistir a jogos do FC Porto, clube do qual é adepto e membro efetivo do Conselho Superior, foram algumas das polémicas que viveu na Assembleia da República. Em Junho de 2019, foi constituído arguido - a par dos então deputados Hugo Soares e Luís Campos Ferreira - por alegado recebimento indevido de vantagem no caso das viagens do Euro 2016, tendo negado então a prática de qualquer crime e garantido que as viagens foram pagas a expensas próprias, num processo entretanto arquivado. Boa carta de apresentação para quem se acaba de assumir como candidato a primeiro-ministro, em 2026.
• Tiago Barbosa Ribeiro - Entre 2018 e 2020 exerceu o cargo de Presidente da Mesa da Comissão Política Concelhia do PS Porto. Desde cedo tem um registo sujo, destacando-se a suspeita dos crimes de falsificação de documentos no preenchimento de fichas de filiação no partido na concelhia de Coimbra. Fez um acordo para que o caso não prosseguisse para julgamento: assunção de culpa. Mas Tiago Barbosa Ribeiro ganhou mediatismo após se ter descoberto que fazia parte de uma rede montada pelo FC Porto para atacar o SL Benfica, no sórdido caso dos emails. Personagem bastante próxima de Pedro Bragança, coautor de 'Os Truques da Imprensa Portuguesa' e autor do 'Baluarte Dragão' - os diáconos Remédios da vida são sempre homens de públicas virtudes e vícios privados, não é? Nos dias que não denunciava os truques da imprensa portuguesa, o Pedro fazia truques na imprensa portuguesa. Um craque em técnicas pidescas da manipulação de massas. Tiago Barbosa Ribeiro poderá, decerto, aspirar a altos voos com amigos destes.
• Emídio Mendes – ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), foi parte fundamental na entrega ao FC Porto do Complexo da Piscina da Campanhã onde o FC Porto passou a albergar a natação, o pugilismo e o desporto adaptado, em novembro de 2015. Mais uma bela negociata. Tudo embrulhado com um lacinho pelo presidente da CM Porto, Rui Moreira. O dinheiro para a reabilitação, cerca de 2 milhões de euros, foi aprovado pela organização presidida por Emídio Gomes. O préstimo foi tão grande que no mandato seguinte Pinto da Costa agraciou Emídio com o cargo de vice-presidente do FC Porto. E 4 anos depois convidou Rui Moreira para o seu Conselho Superior. Favor com favor se paga...
Tudo o que aqui relatamos pode ser facilmente comprovado. Os municípios do Porto, Gaia, Maia, Gondomar e a CCDR-N estão, há muitos anos, despudoradamente ao serviço do FC Porto, mas também as câmaras de Chaves, Póvoa do Varzim, Matosinhos e Gondomar se curvam e beijam a mão que ostenta o anel papal, prestando-lhe obsequiosa vassalagem. E disso falamos no último ponto que trazemos à colação: o escabroso esquema de financiamento encapotado com dinheiros públicos e fundos comunitários ao Porto Canal.
• PortoCanalGate – Em 2018, através de uma investigação do Jornal i, ficámos a saber que o Porto Canal, que se dedicou durante dois anos a expor e-mails roubados ao SL Benfica, continua a ser financiado por câmaras municipais da região Norte. Contas somadas, foram mais de 402 mil euros que entraram no canal do FC Porto através um conjunto de duas dezenas de contratos comerciais assinados no período de 2014 a 2018 entre aquele operador televisivo – detido pela Avenida dos Aliados S.A., empresa controlada de forma direta (82,4%) pela Futebol Clube do Porto SAD, através da FCP Media – e diversas entidades, entre as quais as autarquias das Terras de Santa Maria, Chaves, Póvoa do Varzim, Matosinhos, Porto, Gondomar e Braga. Mas as sem-vergonhices não ficam por aqui. Ao tomar conhecimento desse esquema de financiamento encapotado, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) encarregou o diretor do Departamento Jurídico de interpor um procedimento cautelar ao operador televisivo, que já era reincidente. Porém, terminou tudo quatro anos depois. O diretor jurídico da ERC, Rui Mouta, procrastinou e “engavetou” durante mais de quatro anos o procedimento oficioso, poupando assim o Porto Canal, na esfera do Futebol Clube do Porto, a sofrer coima máxima de 150 mil euros. O procedimento, que deveria ter culminado num processo de contraordenação, foi, entretanto, arquivado por “caducidade”. E ninguém se surpreendeu. Foi apenas mais um escândalo nacional com o FC Porto como denominador comum e a culpa a morrer solteira, como sempre.
A instrumentalização de autarquias e entidades do Norte do país em proteção do FC Porto é absolutamente incontestável. E perante as evidencias há um silêncio ensurdecedor no país.
Recorde-se quando Mário Centeno, então ministro das finanças, foi convidado a estar na tribuna com o filho num jogo do Estádio da Luz? Instalou-se um escândalo nacional. Passados poucos dias, o Ministério Público promovia a emissão de mandados de busca para o Terreiro do Paço. O caso, como é lógico, foi rapidamente arquivado. Poucos meses depois, Rui Moreira apareceu em plena tribuna do Estádio do Dragão. Lembram-se o que aconteceu? Rigorosamente nada. A situação foi encarada com total normalidade. Também não foram levantadas quaisquer suspeitas em relação ao antigo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, presença assídua na Tribuna do Dragão, que por mera coincidência é filho do ex-presidente da AG do FC Porto, o juiz jubilado José Manuel Matos Fernandes, que, em 2009, como testemunha de defesa de Pinto da Costa no julgamento do Envelope, no âmbito do processo Apito Dourado, enalteceu no tribunal "a seriedade" do dirigente e afirmou nunca lhe ter constado qualquer tentativa de suborno na arbitragem. Repare-se na diferença de tratamento dado a um caso, o que envolve o SL Benfica, em comparação com os supracitados. Assim se expõe a hipocrisia de todos aqueles que se indignaram com a banal oferta de dois bilhetes para um jogo a um responsável político, mas que, perante a situação de desastre financeiro do FC Porto, demonstram que afinal vale tudo, desde financiamentos públicos avultados para o Porto Canal à oferta de terrenos, infraestruturas e gestão de projetos de construção, passando por uma lista para o Conselho Superior manifestamente incompatível com a necessária transparência e salvaguarda do interesse geral. É tempo de acabar, de uma vez por todas, com este sentimento de inimputabilidade.
Algumas figuras políticas envergonham-se e envergonham as funções que desempenham."

O mecânico do sucesso


"Agostinho Martins era encarado como uma das peças-chave para o sucesso do hóquei benfiquista

Os plantéis são constituídos por um elevado número de elementos, em que se integram jogadores, treinador principal, equipa técnica e restante staff, apesar do mérito das conquistas ser distribuído de forma pouco equitativa, sendo atribuída a este ou aquele jogador ou mesmo ao treinador. Para os restantes elementos do plantel serem reconhecidos, é uma tarefa hercúlea.
Em 1964, após os encarnados terem conquistado o Campeonato Regional de hóquei em patins pela equipa de honra e a equipa de juniores se sagrar campeã nacional, o jornal O Benfica destacou a influência do mecânico Agostinho Martins nessas conquistas. Agostinho Martins ingressou inicialmente no Benfica para trabalhar no bar da sede, em 1945. Na década de 1950, após o hóquei em patins encarnado ter atravessado momentos difíceis na década anterior, foram operadas várias alterações na secção e aplicadas melhorias. Entre estas, foi adquirida uma máquina de rodas. Para a operar, a escolha recaiu em Agostinho Martins, pro ter formação em mecânica.
Agostinho destacou-se rapidamente, tanto pela qualidade do seu trabalho na reparação dos patins como pela forma inteligente como lidava com os jogadores. Com vários anos a exercer essa função, o mecânico percebia quando as queixas se tratavam realmente da falha do equipamento ou se eram uma forma do jogador se desculpabilizar de uma má exibição.
Um dos atletas que costumava com alguma frequência recorrer a essa estratégica era José Lisboa, que 'com frequência, mesmo em pleno jogo, pedia os meus serviços. Por vezes, concluindo tratar-se de uma questão psicológica, fingia que apertava as rodas dos patins daquele nosso jogador, o qual não dando pelo logro, voltava à pista com outro disposição, mas com os patins no mesmo estado'. A sua influência repercutia-se diretamente na prestação dos atletas.
Entre a década de 1950 e o final da década de 1960, os benfiquistas conquistaram 10 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal. Saiba mais sobre estes títulos na área 3 - Orgulho Eclético do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Alles gutte, Roger


"Que tudo te corra bem. Se isso acontecer, é sinal de que a vida nos vai sorrir - a nós, benfiquistas, e ao maior clube de Portugal. Aos 55 anos, chegas ao Sport Lisboa e Benfica depois de uma carreira modesta (mas marcantes) que começou no quase desconhecido Delbrucker SC, passou pelo histórico SC Preussen Munster (um dos clubes fundadores da Bundesliga) e chegou em 2007 ao SC Paderbon. Aí ficaste até 2010, tendo chegado na época seguinte ao Red Bull Salzburgo, pela mão de Ralf Rangnick, o estratega elogiado em toda a Europa, mas que não vingou no Manchester United deste ano.
Em 2014 assinaste como treinador principal de um velho conhecido do Glorioso, o Bayer Leverkusen, e aí ficaste até 2017, protagonizando um dos momentos mais insólitos do futebol alemão. Na época de 2015-16, em 21 de Fevereiro, num jogo com o Borrusia Dortmund, contestaste a marcação de uma falta que originou o golo do adversário. Discutiste com o árbitro Felix Zwayer, recebeste ordem de expulsão e recusaste-te a abandonar o banco. O jogo foi interrompido, as equipas recolheram aos balneários, e a partida só oito minutos depois viria a ser reiniciada, já contigo na bancada. Cuidado, Roger! No futebol português, pelo que temos vindo a assistir nas últimas duas épocas (e tem sido imagem de marca desde os anos 19080), a farsa e a mentira desportiva imperam, por isso espero que venhas preparado para a luta.
Em 2017 mudaste-te para a China, para o Beijing Guoan e, dois anos depois (quando saíste do clube) até tivesse os adeptos a despedirem-se de ti no aeroporto. Gostaram da tua entrega e do teu futebol de ataque, mas não foi suficiente para ficares. Até que, em 2020, foste apresentado como técnico principal de outro nosso velho conhecido, o PSV Eindhoven.
Com todo o respeito que os clubes anteriores me merecem, deixa-me confessar-te uma coisa: o SL Benfica não tem comparação com o teu passado. Já deves ter percebido quando chegaste ao aeroporto, em Lisboa. E vai entender a cada dia que passes connosco. O Glorioso não tem igual, é o ganha-pão da comunicação dos aziados, mas, acima de tudo isso, é o grande amor da imensa maioria dos portugueses. Dá-nos razões para estarmos felizes, joga bonito, entra na História e tens tudo de nós."

Ricardo Santos, in O Benfica

If you love football, you love Benfica


"Roger that. Já estou rendido, mister. A isto não se chama entrar com o pé direito. A isto, chama-se entrar com a genica que a qualquer engrandece. Há uns dias perguntaram-me qual a minha opinião relativamente a Roger Schmidt. A resposta é muito simples: não tenho um grande conhecimento acerca do trabalho do treinador alemão, no entanto, neste momento, diria que acredito que se trata do melhor do mundo. Não sei ainda se vai pôr a equipa a jogar o dobro ou o triplo, mas, se conquistar o carinho dos adeptos como já está a fazer, então terá certamente o triplo das possibilidades de ter sucesso no Glorioso.
Já lá vão uns anos valentes desde o último treinador estrangeiro que se sentou no banco de suplentes do Benfica. Apesar de eu ser um fã incondicional dos treinadores portugueses, gosto da ideia de se apostar num perfil capaz de catapultar o futebol do Benfica independentemente da sua nacionalidade. A expectativa é elevada, especialmente a nível europeu, onde o estilo de futebol alemão moderno tem sido bem-sucedido. Ainda assim, espero que o mister Roger tenha um curso de formação intensiva sobre o futebol português para depois não ser surpreendido na prática. Há algumas disciplinas que me parecem indispensáveis. A Economia da Fruta e do Café, lecionada por Jorge Nuno da Costa: Introdução à Natação, dirigida por Medhi T; Teoria Geral do Sabichão, promovida pela Universidade da Manhã; Introdução às linhas do VAR, explicada na Cidade do Futebol; Direito e Leis da Física, ensinada por Képler Ferreira; Teatro e Representação, conduzida por Otávio Edmilson; E Pluribus Unum, ministrada no Estádio da Luz.
Estude bem, mister. Se precisar de apontamentos, estou ao dispor."

Pedro Soares, in O Benfica