Últimas indefectivações

domingo, 19 de janeiro de 2025

Vitória na Terceira...


Fonte Bastardo 0 - 3 Benfica
16-25, 21-25, 15-25

A Fonte já não é o que era, mesmo assim, vitória sem mácula...

Goleada na Alemanha...

Uttigen 0 - 10 Benfica

Vitória esperada na Alemanha, contra um adversário mais fraco...

FIFA Club Worl Cup...

Terceiro Anel: Benficando - S02E02 - 2024/25 - Analise da Primeira Volta e desempenho do Benfica

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Mercado - Manu Silva, Andrés García e Marmoush

Observador: E o Campeão é... - Depois de Schjelderup, Barreiro também sai da cartola

Triunfo sólido


"O Benfica recebeu o Famalicão e venceu por 4-0. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Consistência
O treinador do Benfica, Bruno Lage, enaltece o desempenho dos jogadores e realça a possibilidade de mostrar aos Benfiquistas o troféu da Taça da Liga recentemente conquistado: "Foi uma vitória justa, uma exibição consistente da nossa parte, com quatro golos, com o futebol e com a dinâmica ofensiva que eu pretendo, que eu gosto, que eu sei que os adeptos gostam. Somos uns justos vencedores e estamos felizes pela exibição. E por oferecer, quer o troféu, quer a exibição aos nossos adeptos."

2. Juntos
Barreiro refere a importância do coletivo no hat-trick conseguido, releva o triunfo obtido e apela ao apoio dos Benfiquistas: "Depois do primeiro, veio uma ação, marquei o segundo, e depois já estavam os colegas a dizer 'Olha, vai para o terceiro, vai para o terceiro'. Há dias assim, estou muito feliz. Ganhámos hoje, era muito importante fazer o nosso trabalho, mas daqui a poucos dias temos aqui mais um jogo importante na Liga dos Campeões e precisamos de todos – nós no campo e os adeptos fora."

3. Homem do jogo
Veja os melhores lances de Barreiro, considerado o Man of the Match.

4. Ângulo diferente
Veja os golos do Benfica frente ao Famalicão de outro ângulo.

5. Trophy Tour
O Sport Lisboa e Benfica é o primeiro entre os 32 participantes do Mundial de Clubes da FIFA a receber o troféu criado de raiz para o torneio.

6. Calendário
O desafio da 20.ª jornada que opõe Benfica e Estrela da Amadora no reduto adversário realiza-se no dia 2 de fevereiro, às 20h30.

7. Vitória robusta
A equipa B do Benfica recebeu e venceu o Leixões por 4-0. Nélson Veríssimo afirma: "Estamos satisfeitos, porque foi mais um passo no sentido do desenvolvimento individual e coletivo da equipa. É esse o nosso caminho, é esse o nosso foco, e é assim que temos de continuar."

8. Jogos do dia
Às 19h00 (hora de Portugal Continental), o Benfica visita a Fonte do Bastardo em voleibol, e o RSC Uttigen em hóquei em patins no feminino. A equipa feminina de râguebi recebe o CR São Miguel, às 15h00.
Nesta manhã, os Juvenis receberam o Estoril e ganharam, por 3-0, e os Iniciados foram visitados pelo Belenenses e venceram, por 4-0.

9. Agenda para domingo
A equipa feminina de futebol do Benfica recebe e o Estoril, às 11h00, no Benfica Campus.
Na Luz há partidas de basquetebol e andebol no feminino (respetivamente, GDESSA, às 11h00, e ABC, às 15h00), hóquei em patins no masculino (Juventude de Viana, às 17h00) e futsal no feminino (Sporting, às 19h00).
Em basquetebol, o Benfica desloca-se ao pavilhão do Portimonense (11h30); em voleibol no feminino, visita ao Leixões (16h00); a equipa feminina de polo aquático recebe o Lousada na piscina da Abóboda (14h00); e, em râguebi, o Benfica visita o RC Lousã (15h00).

10. Distinção
Pau Bargalló é o Melhor Desportista do Ano em Espanha, eleito pela Real Federação espanhola de Patinagem.

11. História agora
Veja a habitual rubrica das manhãs de 5.ª feira da BTV.

12. Em destaque
Os principais conteúdos e temas que marcam a agenda do Sport Lisboa e Benfica nas diferentes plataformas do Clube.

13. Casa Benfica Arganil
Esta embaixada do benfiquismo celebrou 25 anos de serviço ao Benfica.

14. Revisão dos Estatutos
A proposta final dos novos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica está disponível para consulta dos sócios."

Proposta final dos novos Estatutos SLB disponível para consulta dos sócios


"Nos termos enunciados na última sessão da Assembleia Geral Estatutária do Sport Lisboa e Benfica, concluiu-se a consolidação e condensação da proposta de Estatutos, sem que seja necessária a realização de nova sessão da assembleia, estando, assim, a proposta final definida.
A proposta final estará disponível para consulta no Site Oficial do Sport Lisboa e Benfica, durante os próximos 30 dias, para conhecimento e esclarecimento dos sócios, no cumprimento do seu direito à informação.
⁠Após o termo desse prazo, será marcado o dia para a conclusão da Assembleia Geral estatutária, que, nos termos dos Estatutos em vigor e da metodologia aprovada, ocorrerá por votação final global, através de voto físico depositado em urna."

Boto, Luxemburgo e a discussão errada


"Nos últimos dias, José Boto, novo diretor técnico do Flamengo, disse que o Brasil é «o maior produtor de jogadores de todos os tempos». «E parece que querem fazer jogadores como na Europa, isso é um erro», concluiu.
Vanderlei Luxemburgo, treinador cujo auge está distante, festejou. «Olha que legal o que ele disse! Cadê nossa qualidade para jogar futebol? Cadê nosso drible? Cadê nossa seleção jogando da maneira que sempre jogou?»
Boto e Luxemburgo concordam que o futebol criativo e mágico, a que no Brasil se convencionou chamar futebol arte, não está fora de moda e que o país sul-americano não deve apostar na formação de jogadores baseada no futebol força ou no futebol tática.
Concordam eles e concordamos (quase) todos — até porque nunca foi isso que esteve em discussão no debate sobre a defasagem do futebol brasileiro, há cinco mundiais de seleções longe do protagonismo de outrora, face ao europeu. Se Boto e Luxemburgo acham que o debate é entre futebol arte e futebol força, estão a ver o filme ao contrário.
A Alemanha, talvez o maior exemplo histórico de futebol físico, passou a jogar nas últimas décadas sob a batuta de gente como Ozil, Gundogan, Kroos, Gnabry, Sané e Musiala, atletas mais criativos do que os do passado. O mesmo pode ser dito da Inglaterra, muito mais mágica por estes dias do que em 1966. Ou da Suécia e demais nórdicos que, aos futebolistas altos, louros e toscos, juntaram craques como Ibra, Litmanen, os irmãos Laudrup e tantos outros. Ou até da latina Espanha, cuja imagem de marca de hoje, o tal tiki taka, substituiu a imagem de marca do antigamente, a famigerada fúria.
A discussão não é, pois, futebol arte versus futebol força até porque os fortes europeus estão cada vez mais artísticos — a discussão é sobre metodologia de treino e trocas de experiência.
Em 2011, o correspondente de A BOLA, depois de anos a ver treinos em Portugal em que a cada exercício, sempre com bola, os treinadores integravam o físico, a técnica, a tática e até o mental, arrepiou-se ao ver que nos principais clubes do Brasil as sessões ainda se dividiam em 30’ de corrida à volta do campo e 60’ de rachão.
E enquanto os treinadores europeus emigravam de país para país, enriquecendo a cultura futebolística deles próprios e dos países de destino em valiosas trocas de experiências, os maiores técnicos brasileiros limitavam-se a sair de um gigante de São Paulo e ir para outro do Rio, passando, no meio, por um de Minas ou por um gaúcho, numa alegre (e milionária) estagnação.
O caminho para o futebol brasileiro se tornar novamente protagonista passa por métodos de treinos modernos que tornem os seus jogadores cada vez mais mágicos tecnicamente — e, por que não?, cada vez mais fortes física e taticamente. E pelo fim do isolacionismo a que a maioria dos seus treinadores, por comodismo ou soberba, por décadas se dedicou. O resto é papo furado."

O Mundial de clubes dos desafios


"Nos últimos meses, adensou-se a discussão em torno do número de jogos disputados pelos profissionais de topo, indexando-se essa realidade a uma eventual diminuição dos índices qualitativos dos encontros, das competições e da própria capacidade individual de cada atleta.
Um jogador, independentemente das condições morfológicas e de treino que o potenciam e que dele fazem um atleta de alto rendimento, é um ser humano, necessita de períodos de descanso e de recuperação.
Porém, importa sempre ter em conta que estamos perante profissionais de elite, altamente recompensados pelo seu trabalho, numa profissão reconhecidamente de desgaste rápido e, portanto, de finitude assumida.
A discussão em torno desta dualidade (elevado número de compromissos oficiais versus atividade competitiva e de entretenimento de massas) subiu a primeiro plano com a realização, no verão deste ano, do primeiro Mundial de clubes com o formato que o seu homólogo de seleções ofereceu até ao Qatar-2022. Os teoricamente 32 mais poderosos (entendendo sempre a configuração continental indispensável) estarão nos Estados Unidos da América para uma competição decerto aliciante para a FIFA (mais jogos entre emblemas globais, mais transmissões televisivas, direitos alargados, perspetivas de rentabilização de marketing decerto avantajadas, até tendo em conta a localização do evento e os seus hábitos nestes domínios), para os adeptos e para os media.
Será, no entanto, uma prova bem acolhida pelos clubes participantes ou, pelo menos, pelas suas estruturas técnicas e pelos protagonistas do relvado? Aqui surgem as primeiras dúvidas, até com declarações contundentes de figuras muito significativas do planeta Futebol. Pep Guardiola foi dos primeiros a questionar a oportunidade do torneio, acompanhado pela FIFPro (o organismo sindical internacional dos profissionais de futebol).
Como preparar um torneio com estas características, em que os conjuntos que atingirem as meias-finais farão, seguramente, sete jogos, em período de defeso na Europa, coartando (e disso convencendo os jogadores…) períodos de férias após um época recheada de desafios e impactante nos níveis físicos e psicológicos dos astros dos retângulos?
Como lidar com o excesso de treinos, de concentrações, de aviões, autocarros e hotéis, com mudanças de clima e voos longos?
E, apesar das generosas recompensas financeiras, como manter a qualidade do espetáculo (porque é disso mesmo que se trata), não iludindo organizadores, patrocinadores e adeptos?…
São novos desafios à consistência e à coesão de plantéis, ainda que se tenha de levar em consideração que o primeiro Mundial de clubes oferece uma paleta bem diversa de equipas participantes e, consequentemente, aliciantes distintos.
Se para o Auckland City, campeão neozelandês e da OFC (a confederação de futebol da Oceânia), é altamente motivador jogar esta competição, pela exposição internacional, pelo prestígio continental agregado e pela motivação total dos seus jogadores (uma boa parte amadora), para o Real Madrid, o Manchester City ou o Inter de Milão pode ser um desafio extra a necessidade de gestão meticulosa dos seus recursos humanos, tentando respeitar a prova e os seus próprios pergaminhos internacionais, mas não olvidando a necessidade de, na transição de temporadas, gerir e programar objetivos porventura faseados e distintos para os seus riquíssimos (em todos os aspetos) grupos de profissionais.
O segredo estará aqui mesmo, na gestão criteriosa e ponderada, para que as principais equipas do planeta surjam suficientemente motivadas e competitivas na América do Norte mas, ao mesmo tempo, jamais neglicenciando a programação da temporada 2025/2026, com desafios internos e externos certamente exigentes e a requererem atenção redobrada.
Os grupos de trabalho tendem a ser cada vez mais alargados, justamente para poderem fazer face a todos estes desafios. Tal acaba por, ironicamente, ser interessante na perspetiva da universalização do mercado de trabalho, com mais possibilidades e menos fronteiras, permitindo-nos, desde logo, concluir que estamos perante uma faca de dois gumes: calendário mais denso, desgastes acentuados e ainda menores e menos frequentes períodos de pausa, em contraponto com maior número de oportunidades, integração mais facilitada em estruturas de grande qualidade e competitividade, melhor rodagem e opções reforçadas para os treinadores.
Não há, obviamente, soluções perfeitas.
Benfica e FC Porto já fizeram saber, através de Rui Costa e de André Villas-Boas, que os respetivos clubes terão o maior prazer em demandar terras norte-americanas em junho e julho, colocando mesmo o Mundial como um dos objetivos principais para o ano de 2025. É, efetivamente, uma chance muito clara de (re)afirmação internacional de águias e dragões, num contexto novo e apetecível, embora, realisticamente, os prémios de participação fiquem aquém das expectativas iniciais.
Acredito, mesmo assim, que a balança será favorável aos emblemas nacionais. A exposição em sede de torneio inédito e com modelo competitivo interessante e desafiador, o seu posicionamento estratégico nas renegociações contratuais com parceiros e stakeholders, a eventual valorização de ativos que, quer se queira, quer não, terá sempre de constituir objetivo estratégico dominante e estruturante da atividade dos clubes portugueses de topo, são argumentos mais do que suficientes para considerar fascinante o desafio do primeiro Mundial de clubes, que este ano ocupará as atenções dos adeptos e dos media e virará atenções para os Estados Unidos.

Cartão branco
Não sendo um mercado habitual para os treinadores portugueses, a África do Sul terá, provavelmente, a mais bem organizada liga profissional do futebol africano. A chegada de Miguel Cardoso ao Mamelodi Sundowns, o novo menino bonito do futebol sul-africano (depois de muito domínio dos rivais do Soweto, Orlando Pirates e Kaiser Chiefs), pode abrir caminho a técnicos e atletas para uma experiência desafiante: outra cultura, outros costumes, mas uma necessidade significativa de interação com o exterior e com novas propostas futebolísticas.

Cartão amarelo
O modelo competitivo da Taça da Liga é pobre, limitativo e muito questionável. Porque, independentemente dos esforços da Liga Portugal para tornar atraente a semana da final four, é importante não esquecer que a grande maioria das equipas pertencentes ao organismo que gere o futebol profissional em Portugal nem sequer tem oportunidade de participar na competição. Para lá de completamente ilógica, é uma situação de diferenciação inaceitável, e que reduz a Taça da Liga a uma prova (?) de interesses de marketing e autopromoção que não cumpre objetivos de transversal competição. A rever ou, no limite, a extinguir."

Zero: Mercado - Neymar, Andrés Garcia, Paulinho

Zero: Tema do Dia - O que esperar da 2ª volta na Liga Betclic?

Zero: Mercado - Diomande tem tubarão à perna; Mais bilhetes a voar!

ESPN: Futebol no Mundo #416 - Brasileiros em alta na Premier League e as rodadas de Serie A e Copa do Rei

TNT: Melhor Futebol do Mundo...

Caderneta de superstições


"Desde que Paula Queiroz, ao subir a escadaria do estádio, encontrou dois cêntimos no chão, e logo a seguir, quando se sentou na bancada, mais uma moeda de um cêntimo, nunca mais largou estes dois amuletos da sorte que a acompanham sempre no bolsinho das calças, do casaco, da camisa, do carro. A família já tentou demovê-la, procurando um pensamento um bocadinho mais racional, tentando explicar-lhe que não era por Paula andar com aquelas moeditas para cá e para lá que a sua equipa ganhava. Mas vamos lá nós tentar entender os desígnios profundos da mística crença. Paula jura a pés juntos que, se deixar os três cêntimos em casa, a derrota é certinha. E sobre isto batatas.
Já João Mestre acredita no seu mais íntimo âmago que tem muito mais possibilidades de ver golos se a equipa atacar da esquerda para a direita. Ideia peregrina absolutamente validada por outro João, o Almeida, que não só é adepto de um lado sobre o outro como ainda reforça a mezinha cruzando a perna para o lado do ataque como se apontasse um pé como seta a facilitar que a redonda se encarreire, ordeira, na direcção da baliza adversária. Pena é que nem todos estejam de acordo nesta esotérica matéria e Cristina Almeida tenha a certeza de que, tanto no apito inicial como no começo da segunda parte, as pernas devem estar sempre descruzadas. E leva a coisa mais longe: havendo prolongamento e penáltis, é bom que os membros inferiores se mantenham afastados um do outro para que tudo não descambe numa fatalíssima derrota.
Há quem acenda uma vela antes dos jogos, como a mãe do Hugo Silva. E o António Barata nunca faz a barba no dia anterior. Miguel Vitório acha tudo isso um despautério de todo o tamanho até porque acredita que ser supersticioso dá azar! O que está certo para Miguel, e isto é fórmula validada durante anos a fio, é acender um cigarro mal o árbitro apita para começar a partida. Nuno Ferraria só tem uma exigência antes dos jogos: que o rival perca. E acha bastante curioso, e até suspeito, que umas vezes as suas preces resultem e outras nem por isso.
Agora, quem não está mesmo para deixar o jogo nos destinos da sorte é o Marco Passarinho que sabe que se perder um segundo que seja da bola a rolar o azar vai ensombrar a equipa com o manto negro das coisas do diabo. Deve ser por isso que, um dia destes, veio a assapar do Algarve a quase duzentos quilómetros/hora para não perder pitada dessa roleta russa que é o Benfica-Sporting. E, por falar em carros, o João Jony dá as voltas ao estádio que tiver de dar, mas tem de estacionar sempre no mesmo sítio. Dois ou três lugares ao lado e é evidente que o jogo já não vai fluir da mesma maneira. E o que dizer da mirabolante colecção de superstições que Gisela Pinto carrega na sua caderneta de afectos? Temos de mudar de parágrafo para não dar azar:
Primeira: não vê os jogos na televisão. Segunda: pede ao seu companheiro que grave os penáltis para ela depois poder ver com o coração almofadado, já sem os perigos da moeda do bem e do mal. Terceira: debaixo da camisola, leva outra com a imagem do Harry Potter e umas meias de feiticeiro. Quarta: durante anos, tinha de comer sempre uma fartura na mesma rulote, mas pelos vistos começou a perceber que aquilo não fazia sentido e libertou-se disso. O problema é que agora ganhou outra: já não coloca os nomes dos craques nas costas das camisolas porque, acredita Gisela, "ah é certinho que vão ser logo vendidos".
Tiago Vilhena está a ler isto e a pensar na quantidade de disparates absurdos que as pessoas fazem só por causa de uma bola a ser pontapeada por vinte e dois seres humanos; isto enquanto está sentado na infância, debaixo da mesa, a tentar que a equipa dê a reviravolta ao resultado. Patrícia Dantas tenta levantar Tiago, aconselhando-lhe outra mágica poção: que se ponha de pé a cantar de pulmões abertos e cheio de fervor o hino do clube e pode ter a certeza de que a vitória está no papo!
Mas a vitória da nossa equipa só se veste se cumprir vários preceitos simples e lógicos. Por exemplo, para Nuno Leite é evidente: nunca deixar que a irmã vá ao estádio (foi uma vez e a equipa perdeu) e nunca usar cachecol. Em miúdo, usou duas vezes e das duas vezes deu empate – uma tragédia que Carlos Oliveira tenta evitar não usando nada da cor do seu clube em dia de jogo para além da camisola. Se por acaso, à entrada do estádio, se lembra de que tem umas cuecas vermelhas, volta para casa e troca de indumentária. Pedro Reis sorri, enquanto beija a aliança para afastar o mau-olhado que a esposa de clube adversário sempre lhe tenta lançar para cima: realmente é o que está certo, ele que usa a mesma camisola e o mesmo cachecol a época inteira sem uma única lavagem. Chegado a Maio, então sim, lá vão a enxaguar as lãs e os algodões cheios de nódoas de cerveja e molho de bifanas e cheiro a tabaco e a fumo de morteiros e perfume de golos.
Quem está a ler tudo isto é o alentejano Manuel Percheiro, intrigado com isto tudo. Sim, consegue compreender que se use sempre o mesmo cachecol – ele próprio o faz de época para época, um cachecol com mais de vinte e cinco anos no lombo que só uma ou outra vez lhe falhou (pode ter sido por não estar devidamente endireitado ao pescoço), mas causa-lhe alguma urticária essa coisa de não lavar o equipamento um ano inteiro. É que é coisinha para não dar sorte nenhuma."

A história do jovem Bill filho do carteiro de Gleann Buic


"No dia em que resolveu abandonar Anfield, Shankly viu Liverpool inteira exigir que ficasse.

Bill foi um miúdo do mundo das minas e seus escavadores. Das minas brutas de Gleann Buic, uma terriola perdida da província de East Ayrshire, perto de Muirkirk, no interior da_Escócia. Minas de carvão à beira de lagos que, ao contrário de Loch Ness, não tinham monstros. Bastava-lhes a monstruosidade do trabalho infantil sem controlo dos meninos adulterados que não tinham direito a infância como os outros. Só lhes exigiam que sacudissem a fuligem dos fatos mal-amanhados para ir à missa e ao futebol. E_Bill gostava de futebol._Gostava mesmo muito de futebol. Gostava tanto de futebol como odiava a vida nas minas. Gostava mais de ir ao futebol do que à missa, mas isso também eu.
John e Barbara Shankly viviam numa daquelas casas de tijolo geminadas tão férteis na Grande Ilha da glorious mud. Viviam é um eufemismo: bracejavam. Ou acotovelavam-se. Afinal ter dez filhos não é brincadeira nenhuma mesmo que todos sejam uns brincalhões do caneco. E em setembro de 1913, quando William Shankly nasceu, já tinham vindo ao mundo nove. Foi o último rapaz. Irmãs foram quatro, sendo que a mais nova, Elizabeth, ainda vivia por lá no tempo das vacas magras, ou seja, depois de os comboios passarem a ser elétricos e as lareiras alimentadas a lenha o que, decididamente, contribuiu bastante para que todos fossem abandonando Gleann Buic, ou Glenbuck, como teimam em grafar os ingleses vaidosos da sua magnífica língua de trapos que, tal como uma esponja, absorve um bocadinho de todas as outras. É preciso deixar claro, em qualquer lado, pode ser mesmo aqui, que_John tinha um estatuto superior ao dos seus vizinhos: usava ufano uma farda de carteiro e transportava de uma casa para outra a sua saqueta cheia de cuspo e erros de ortografia. E, por isso, deu-se ao luxo de ver todos os seus seis rapazes seguirem o caminho do futebol e que se lixasse o carvão. Os manos Shankly iam em grupo para os treinos de um clube dedicado aos jovens chamado Cronberry Eglinton Football Club, numa vila vizinha. Em seguida foram-se separando. Pudera! Todos juntos faziam quase uma equipa inteira, o que podia ter a sua graça mas também provocaria invejas pela certa. Bill, já sénior, alinhou no Carlisle, jogando a médio-direito. Depois passou para o Preston North-End e por lá ficou durante dezasseis anos, o que é de todo o valor. Com o Preston ganhou o seu primeiro grande título, a Taça de Inglaterra, em 1938. De repente a guerra! A rapaziada que ouviu, com o peito cheio de amor patriótico a célebre tirada de Wiston Churchill – «We shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender!» – largou os campo de futebol e partiu para as trincheiras. Bill preferiu o ar. Alistou-se na Royal Air Force. Quando voltou, com imagem de herói, preparou-se para ser treinador e dirigiu o Carlisle, o Grimsby Town, o Workington e o Huddersfield. Em dezembro de 1959 desembarcou em Liverpool e a cidade que já fora revolucionada pelos Beatles não voltou a ser a mesma. O Liverpool vogava abstrato na II_Divisão e Shankly abraçou a obra como se fosse o desígnio da sua vida. E foi mesmo. Decidiu que não queria que o equipamento tivesse calções brancos e implementou os vermelhos: «Assustamos mais os adversários se vestirmos de uma cor só», afirmou. E os reds assustaram toda a gente. Em 1962 subiram_à I Divisão. Em seguida passaram a ganhar tudo: duas Taças de Inglaterra, três campeonatos, uma Taça UEFA. Seria o seu adjunto, Bob Paisley, seu firme braço direito, a levar o Liverpool às vitórias na Taça dos Campeões, mas a alma de Bill estava lá impressa e inconfundível como uma impressão digital. Decidiu abandonar Anfield em Julho de 1974. Considerava o seu trabalho concluído. No dia em que a notícia saiu, a cidade quase colapsou. Adeptos inconsoláveis invadiram a sede do clube, trabalhadores das fábricas em redor ameaçaram greves se ele não voltasse. Não voltou. Deixou igualmente um hino para o Kop cantar: «You’ll never walk alone», uma canção do musical Carroussel, composta por Rodgers and Hammerstein em 1945. E ensinou-nos que o futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso."

Benfica-Famalicão, 4-0 Grupo do (Leandro) Barreiro deu música com maestro turco


"Benfica esteve sempre no controlo das operações, mesmo nos momentos em que decidiu jogar com piloto automático. Schjelderup vai ser um caso muito sério…

Numa partida em que nunca houve incerteza quanto ao destino dos três pontos, Bruno Lage apresentou uma novidade, antes timidamente ensaiada mas sem a continuidade que a partir de agora deve ter, que teve a ver com o posicionamento de Leandro Barreiro, assumindo o internacional luxemburguês uma missão híbrida, que passava por pressionar alto na saída de bola do Famalicão, ter segurança de passe quando se juntava a Florentino e Kokçu para trabalhar no meio-campo, e, acima de tudo, revelar uma capacidade de chegada, vindo de trás, à área adversária, que não se via no Benfica desde os melhores dias de Pizzi. Foi assim que Leandro Barreiro chegou ao ‘hat-trick’, o primeiro golo feito com um toque subtil, à ponta de lança, o segundo após assistência de Schjelderup e o último, também a passe do norueguês, surgindo com pezinhos de lã, ao segundo poste da baliza minhota.
O Famalicão, que bem quis esticar até às imediações de Trubin o 4x2x3x1 que preparou para este jogo, nunca assustou um Benfica defensivamente diferente (a única hipótese de marcar, aos 55 minutos, por Sorriso, deveu-se a um erro de Otamendi). E defensivamente diferente, porquê? Essencialmente porque a equipa foi muito mais eficaz na pressão, com Akturkoglu e Schjelderup a trabalhar nas alas, Barreiro a fechar o meio, e Florentino a proteger os centrais, enquanto que Kokçu, o maestro da equipa, ajudava na meia-esquerda. Será que quando Di María, o virtuoso, regressar, o Benfica consegue jogar assim, em modo de rolo compressor? Provavelmente não, porque haverá que encontrar uma fórmula para compensar o que o mago argentino já não faz defensivamente. Uma questão de fundo a que Bruno Lage deverá dar resposta.
O que se viu no ‘poker’ ao Famalicão, que não ganha um jogo desde 3 de novembro do ano passado, foi uma grande sintonia coletiva quando tocou a pressionar, o que permitiu a Trubin uma noite descansada, exceção feita ao ‘soluço’, já mencionado, de Otamendi.
Mas se do ponto de vista defensivo o Benfica melhorou globalmente (e nenhuma equipa que não defenda bem alguma vez será campeã nacional), na ótica atacante também há muito a dizer. A começar por Schjelderup, que faz coisas do arco-da-velha, assistiu duas vezes para golo, meteu velocidade no flanco esquerdo sem medo de encarar o um-contra-um e, ao mesmo tempo, deu a ideia de estar apenas a mostrar um terço do seu potencial. Há uma estrela que se está a revelar na Luz, assim quem de direito acredite nele e aproveite um futebol alegre e ofensivo, que não se esquece de defender, e que vai pecando, sobretudo, por demasiada sofreguidão quando na posse da bola.
Depois, Leandro Barreiro, que tem golo, ‘timing’ de chegada à área (como Pizzi, ou como o leão Pedro Gonçalves, jogadores que não estão, mas aparecem, para finalizar), e deixou tudo em campo, agarrando com unhas e dentes a oportunidade de jogar onde mais gosta. E há Kokçu, de batuta na mão e cabeça levantada, a pautar o jogo com autoridade, revelando-se um oito moderno, a defender e a fazer jogar, o que permite a Florentino atuar como mais gosta, ou seja sem ter um parceiro ao lado (Javi García, Matic e Fejsa também eram assim).
Afinal, como jogou o Benfica, em 4x3x3 ou em 4x2x3x1? Pelo posicionamento na cabeça da área de Florentino, recuado em relação a Kokçu, que baixava para distribuir jogo e a Barreiro, que se adiantava para dar apoio a Pavlidis, falar-se em 4x3x3 será mais correto porque, embora, por vezes, Kokçu surgisse ao lado de Florentino, nunca houve lógica ou dinâmica de ‘duplo pivot’.
Perante este quadro, o Famalicão ainda tentou agitar a frente de ataque com Sejk (63), mas houve sempre mais Benfica, mesmo naqueles momentos de menor fulgor, em que os encarnados baixaram propositadamente a intensidade do jogo, para a seguir acelerarem. E por falar em aceleração, que dizer da velocidade de João Rego no lance de quarto golo, em que sprintou pela direita, passou a Akturkoglou, que de seguida assistiu de calcanhar o compatriota Kokçu para o golo de mais belo efeito da noite?
Segue-se o Barcelona, que mora num planeta diferente do Famalicão. Que mudanças, individuais e coletivas, irá introduzir por Bruno Lage, depois de ter testado uma fórmula de sucesso? Na próxima terça-feira este mistério será desvendado…"

Benfica-Famalicão, 4-0 Destaques do Benfica: noite de sonho de Barreiro nos quadros de Schjelderup


"Os encarnados bateram o Famalicão esta sexta-feira, na 18.ª jornada da Liga; foram vários os jogadores em bom plano

(9) LEANDRO BARREIRO (melhor em campo)
Em Faro, para a Taça de Portugal, fez de Kokçu na esquerda do meio-campo, e neste jogo, com o Famalicão, fez de Aursnes à direita. O internacional luxemburguês desde o primeiro segundo que mostrou grande facilidade e vontade para aparecer em zona de finalização, além do enorme comprometimento defensivo. Apareceu ao primeiro poste para marcar o primeiro da noite, ao centro a solicitar grande passe de Schjelderup, que finalizou com classe, e marcou o terceiro ao segundo poste, a emendar o que pareceu ser uma tentativa de remate de Schjelderup mas resultou num passe à medida do sentido de oportunidade de Leandro Barreiro. Pressionou também muito, recuperou bolas, bloqueou o atrevimento do Famalicão. E acabou a fazer de Florentino, quando o 6 do Benfica saiu. Barreiro nunca tinha marcado dois golos na carreira e festejou três. Mereceu-os bem.

(6) TRUBIN Sem remates enquadrados ou lances a reclamar intervenção, mostrou concentração, eficácia e serenidade a jogar com os pés.
(6) TOMÁS ARAÚJO Competente a defender, na forma como, por exemplo, apertou Sorriso no único lance perigoso do Famalicão no jogo (55’), saiu para o ataque com qualidade e cruzou com perigo.
(6) ANTÓNIO SILVASomou vários cortes importantes na área, foi eficiente e nunca facilitou. Aos 74’ poderia ter sido feliz, mas chutou por cima da trave um cruzamento de Akturkoglu.
(7) OTAMENDIAutoritário nas ações defensivas e influente no ataque. Aos 2’ fez enorme passe que Akturkoglu não aproveitou na área; aos 11’ lançou muito bem Pavlidis, que depois cruzou para o primeiro golo; aos 51’ tentou o remate de longe. Aos 55’ fez um mau passe em zona proibida que resultou num remate perigoso de Sorriso.
(7) CARRERASSempre com enorme qualidade nas transições, em alta rotação, com a bola no pé pelo flanco esquerdo. Aos 52’ deixou Pavlidis em boa situação para criar perigo e combinou dezenas de vezes com Schjelderup, empurrando a equipa para a frente e o adversário para trás.
(7) FLORENTINOO guarda-costas da equipa inteira. Recuperou bolas, deu geometria ao jogo, fez a equipa girar à volta dele e fê-la sentir-se segura para ganhar asas.
(8) KOKÇU Fica a sensação que podia ser um pouco mais lá na frente, mas foi muito. Muito solidário a defender, recuou para pegar na bola e jogou-a muitas vezes de primeira, variando o jogo e desarticulando o adversário com a sua visão ampla do que fazer em posse. Lançou com perigo Pavlidis, duas vezes, e tentou o remate de longe até ter sucesso, com belo remate para o quarto da noite.
(7) AKTURKOGLU Irrequieto, perigoso, mas por vezes complicativo, sobretudo nas transições ofensivas. Jogou bem no espaço e arrancou bons cruzamentos, como um para Schjelderup (17’) e outro para António Silva (74’). Rematou, mas à figura do guarda-redes, e aos 81’ fez de calcanhar a assistência para Kokçu marcar.
(6) PAVLIDIS Aos 11’ assistiu para o primeiro golo de Barreiro, aos 45+1’ fez belo passe mas Akturkoglu chegou atrasado; correu, lutou, ganhou muitos lances. O problema foram os golos que falhou, aos 52’ e 61’, momentos que penalizam um ponta de lança. Mas nunca se rendeu e saiu aplaudido pelos adeptos.
(8) SCHJELDERUPMais uma exibição diferenciada do extremo norueguês. Só lhe faltou o golo. Viu remates bloqueados, chegou milímetros atrasado a cruzamentos, cruzou ele com perigo, serpenteou entre defesas, fez um passe delicioso para o segundo golo de Barreiro, ofereceu-lhe o terceiro… e sempre com intensidade no momento da pressão para recuperar a bola.
(5) ARTHUR CABRAL Boa ação num canto para a área do Benfica, presença na área do Famalicão, mas com pouca bola.
(5) BAH Resguardado, limitou-se a gerir bem o tempo de defender ou atacar.
(6) JOÃO REGO Entrou e na primeira vez que tocou na bola, aos 81’, correu, deixou adversários pelo caminho e desenhou a jogada do quarto golo.
(5) BAJRAMI Central, entrou para lateral-esquerdo, fez a estreia na Liga. Teve pouco tempo para se mostrar, mas pareceu desinibido.
(-) AMDOUNI Sem tempo para deixar marca no jogo."

Ponte para o Barreiro em direção à vitória do Benfica


"Um goleador inesperado numa vitória fácil do Benfica: Leandro Barreiro fez um hat-trick no triunfo por (4-0) frente a um Famalicão muito pouco competitivo na Luz. Num encontro em que Schjelderup voltou a ser reforço de inverno, os encarnados igualaram, à condição, o Sporting no topo da tabela da I Liga

É nestas alturas que tem piada olhar para números. Leandro Barreiro é um médio centro, mais habituado à metade defensiva do campo do que a grandes expedições atacantes. Em 61 jogos pela seleção do Luxemburgo, onde empresta um nível futebolístico que muitos poucos jogadores do grão-ducado poderão oferecer, tem dois golos. Nas duas últimas épocas no Mainz, marcou quatro golos em cada uma delas. Apenas menos um, portanto, que os três que marcou esta sexta-feira, no jogo que abriu a 2.ª volta do campeonato, onde se tornou também, de acordo com os nossos amigos do zerozero, no primeiro médio centro a marcar três golos num só jogo pelo Benfica em 25 anos, imitando o que Maniche fez em 2000 frente ao Farense.
Aconteceu, portanto, uma espécie de óvni futebolístico na Luz. E daí talvez não. Com Florentino mais estático e Kökçu dedicado à criação, o médio de origem angolana foi uma espécie de vagabundo no corredor central encarnado, com liberdade para aparecer na frente, baralhando as referências defensivas de um Famalicão muito pálido, quase não competitivo e que aumentou para nove os jogos sem vencer. A vitória por 4-0 fez-se sem particular pé no acelerador: o Benfica foi superior, muito superior, e juntou-se assim ao Sporting no topo da tabela da I Liga. À condição, claro está.
Contou-se bem cedo a história do jogo. O Benfica, sem Di María, entrou mandão e a permitir zero ao Famalicão, atirando-se à pressão alta e à recuperação rápida da bola. Aos dez minutos, já Schjelderup brincava com o seu talento, o golo esteve nos seus pés por duas vezes e segundos depois o Benfica abria o marcador com naturalidade: Otamendi lançou bem a entrada de Pavlidis pela esquerda, com o grego a trabalhar bem sobre o adversário, aproveitando o aparecimento de rompante de Barreiro na área, quase como um segundo avançado. Um toque de classe fez o resto.
O Famalicão, por ora, era uma equipa ausente, sem qualquer voz no jogo. O Benfica jogava, errava, falhava, criava muito. Aos 17’, Rodrigo Pinheiro roubou no momento certo o golo a Schjelderup e aos 25 minutos Trubin tocou pela primeira vez na bola. Não para defender, mas sim para dar um passe para um companheiro e iniciar mais um ataque encarnado.
Já nos últimos minutos da 1.ª parte, Schjelderup, cuja missão para este jogo, provou-se, seria desta vez mais altruísta do que de ator principal, fletiu para o centro e cheirou a diagonal de Leandro Barreiro, lesto a aparecer nas costas da defesa do Famalicão para fazer o 2-0. A ponte para o Barreiro tornava bem mais rápido o caminho para o regresso às vitórias do Benfica para o campeonato.
A 2.ª parte não trouxe um Famalicão de atitude renovada, a equipa de Hugo Oliveira foi sempre uma espécie de alma penada passando casualmente pela Luz e nos poucos espaços dados pelo Benfica não conseguiu aproveitar. Arrastava-se o jogo para o que soava a 45 minutos de controlo encarnado, mas sem grandes acelerações, quando Sorriso rematou ao lado sem qualquer oposição, depois de um erro na saída de Otamendi.
A possibilidade de sofrer um inesperado golo, abrindo o jogo, abanou o Benfica que decidiu, a partir daí, esfolar. E o resultado só não chegou a números aviltantes porque Pavlidis, que foi um dos melhores em campo, continua de costas voltadas com aquilo que lhe deu fama: o golo. Aos 61’, rematou ao lado após belo serviço de Kökçu, outro dos melhores do Benfica. E minutos depois tentou um belo chapéu, que iria à barra. A jogada não contaria, por fora de jogo do grego, mas o lance, quase perfeito em tudo, menos na pontaria, é paradigmático do momento do avançado, que suou que se fartou pela equipa, arrastando marcações, servindo de pivô, assistindo para golo.
Mas o 3-0 não demoraria. Schjelderup tentou a sua jogada registrada, navegando da esquerda para o meio, mas o que pareceu uma tentativa de remate transformou-se numa extraordinária assistência para Barreiro, que surgiu sem marcação, mais uma vez, ao 2.º poste. O 4-0 seria obra de uma arrancada pela direita de João Rego, aposta de Lage para os últimos minutos, tal como o albanês Bajrami, em estreia na I Liga. O passe atrasado do jovem português encontrou Aktürkoğlu (mais uma vez bem apagado), que com o calcanhar lançou Kökçu, que à entrada da área rematou colocado para o 4-0.
Depois da vitória na Taça da Liga, o Benfica arranca a 2.ª volta com uma das exibições mais concludentes da era Lage. O adversário, passivo, ajudou a uma festa que teve um protagonista inesperado, o goleador Leandro Barreiro."

Bom Jogo, Boa Vitória, Com um Grande Barreirooo!


"Benfica 4 - 0 Famalicão

Tem graça ver muitos que criticaram a vinda do Di María e, depois, a renovação do seu contrato por mais esta época, que mandaram vir porque não defende, porque se agarra demais à bola, porque se atira para o chão por tudo e por nada, porque fisicamente não aguenta, tem graça vê-los agora aflitos com a ausência do craque argentino para o jogo de hoje.
Na primeira volta estive em Famalicão e foi das coisas futebolisticamente mais deprimentes que me lembro de ter visto o Benfica fazer - e olhem que já assisti a milhares de jogos do Benfica. Hoje temos uma excelente oportunidade de retificar a exibição e o resultado da jornada inaugural da Liga.
E VAMOS AO JOGO
(comentários escrito, em direto, desde o meu lugar de Fundador na Catedral)
00 Prestianni a jogar na B é menos um para ocupar o lugar de Di María - está Aktur. Bah (Tomás Araújo) e Aursnes (Barreiro) a descansar.
10 Já podíamos estar a ganhar.
11 E já estamos a ganhar! Excelente trabalho de Pavlidis, sim, do Pavlidis, e o Barreiro oportuníssimo a desviar do guarda-redes.
22 O senhor do apito a gerar revolta na plateia. Decisões (aparentemente) polémicas umas atrás das outras.
28 Desperdiçamos muitas jogadas de perigo... Um golo é pouco neste momento.
35 Barreiro com bela assistência do Schjelderup a bisar. Justiça no resultado.
38 Toma lá amarelo Florentino que aqui não se pode entrar decidido para ganhar bolas divididas.
42 E continua o festival do senhor do apito. E continuamos a desperdiçar jogadas de perigo.
45+3 Agora o senhor João Gonçalves acabou de meter a cereja em cima do bolo: interrompeu uma jogada perigosíssima do Benfica... para mandar as equipas para o intervalo.
46 Não vi o Trubin fazer uma defesa na primeira parte. Alguém viu?
54 O jogo está todo nosso, mas o Otamendi não precisa facilitar e o Pavlidis continuar a falhar. Vamos lá fechar isto com mais um golo.
60 Desculpem me os detratores do Tino, mas a quantidade de bolas que ele recupera não tem paralelo. Há quem exija ao Di María que defenda; e há quem queira que o Tino decida jogos.
62 Mais uma oportunidade que o Pavlidis não aproveitou para tirar a tampa ao ketchup...
64 E agora marca, com bela jogada, com barra à mistura, mas há fora de jogo. Também é galo!
67 Não marca o Pavlidis? Marca o Barreiro! E vai num hat trick: Barreirooo!
80 Muito bem João Rego, muito bem Aktur, muito bem Kokcu, muito bem Benfica: 4-0! Mais do que justo!
90+3 A assistência mais baixa da época para a Liga. Quem não veio perdeu um belo jogo. Foi de goleada, mas podia ter sido de "cabazada"!
Terça-feira temos o Barcelona na Catedral."

Terceiro Anel: Famalicão...

Esteves: Famalicão...

Visão: Famalicão...

A Verdade do Tadeia - Flash - Benfica...

BI: Famalicão...

5 minutos: Famalicão...