Últimas indefectivações

terça-feira, 11 de outubro de 2022

11 de Outubro


Crime...


"Emails, Padres, Missas, Vouchers, Toupeiras, Porta 18. O criminoso J.Marques e a sua equipa de imberbes Farias podem parir os soundbytes que quiserem, na quantidade que quiserem. No final, o verdadeiro crime acontece é no mesmo sítio. Sempre."

Censura?!


"Se havia dúvidas quanto ao envolvimento da Cofina no roubo dos emails com os amigos de Contumil, mais provas se apresentam para dissipar essas dúvidas.
De ontem para hoje, a notícia da Cofina no site do Correio da Manhã , perdeu (foi apagada) a frase em que Rui Pinto admite que entregou os e-mails ao FC Porto.
A cerca começa a apertar para os mentirosos. E não são só os três estarolas os mentirosos.
#cúmplicesdocrime"

Coragem e ambição


"Jogo de exigência máxima, em Paris, frente a um dos candidatos a vencer a Liga dos Campeões, o PSG. A determinação de vencer mantém-se. Este é o tema em destaque na News Benfica.

1
Roger Schmidt espera "um jogo difícil de novo" e realça que "tivemos um jogo intenso no nosso Estádio na semana passada". Na opinião do nosso treinador "jogámos contra uma equipa de nível elevado na Europa, com jogadores com muita qualidade individual e não foi uma surpresa". Hoje, em Paris, "vai ser igual".
A receita para o jogo está dada: "Eles têm a vantagem de jogar em casa, mas vamos tentar ter a mesma abordagem para esta partida, a jogar com coragem, a acreditar na nossa forma de jogar e a tentar praticar bom futebol", assume Roger Schmidt.
Sobre o apoio esperado em Paris, em função dos muitos Benfiquistas residentes em França, e em particular na capital do país, Schmidt realça: "Os nossos adeptos acompanham a equipa e ainda recentemente tivemos um forte apoio no jogo com a Juventus."
Veja a antevisão de Roger Schmidt.

2
Otamendi foi o porta-voz do plantel e reconheceu que "o PSG tem jogadores em todas as linhas que em qualquer equipa são titulares". Não obstante essa constatação, o capitão de equipa revela a ambição do grupo de trabalho: "Vimos com uma mentalidade vencedora, à procura dos três pontos, teremos de fazer um bom jogo, máxima concentração em todos os momentos dos 90 minutos, ser positivos e acreditar que podemos conseguir."

3
O Sport Lisboa e Benfica lamenta que, no dia em que joga em Paris uma partida importante para a Liga dos Campeões, o jornal "O Jogo" consiga dar total destaque a um jogador adversário como se de um jornal francês se tratasse. Uma postura incompreensível, aquém do respeito que o Benfica, a sua equipa e os seus adeptos merecem e exigem.

4
Também a nossa equipa de basquetebol tem compromisso europeu ao início da noite (19h30). Na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, visita ao Limoges, um dos clubes do topo da Liga francesa, uma das mais competitivas na Europa.
Norberto Alves espera "uma equipa muito física e muito alta" e considera que "vamos ter de jogar nos nossos limites". "Vamos ter de jogar melhor do que jogámos em Riga, o que não é fácil, pois jogámos muito bem", explica. E deixa uma garantia: "Isto é jogo a jogo, portanto vamos para ganhar, independentemente de sermos favoritos ou não."

5
Bárbara Timo, recente medalha de bronze no Campeonato do Mundo de judo, já regressou a Portugal. Veja a reportagem fotográfica no Site Oficial.

6
O Sport Lisboa e Benfica congratula-se pelo projeto de lei submetido à Assembleia da República com vista à alteração do regime específico de reparação de danos de acidentes de trabalho dos atletas, com melhorias significativas em relação à proteção dos atletas e à mais eficiente gestão dos custos. Uma excelente iniciativa que merece o nosso total apoio."

𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬, 𝐁𝐞𝐧𝐟𝐢𝐜𝐚! 👊

Parreira: Jogámé contra qué?

A Verdade do Tadeia #672 - Mais um teste ao Benfica

É este o nosso querer


"1. Na véspera do desafio do Benfica com o PSG, essa multinacional de futebol milionário, o 'parisiense' Danilo Pereira apresentou-se na conferência de imprensa ao lado do seu treinador para a tradicional conversa com os jornalistas que a UEFA impõe no programa mediático dos seus jogos. A Liga dos Campeões é o maior palco internacional da proclamada indústria do futebol. É uma competição seguida por milhões de adeptos em todo o mundo e, por isso mesmo, merece a atenção da imprensa especializada de todo o mundo. Ainda assim...

2. Ainda assim acontece, por vezes, que os tiques das paróquias locais se sobreponham à  dimensão deste fenómeno de popularidade e de cosmopolitismo que é a Liga dos Campeões.

3. Aconteceu um desses episódios serôdios, á portuguesa, na conversa de lançamento do jogo quando um representante da imprensa nativa perguntou a Danilo Pereira se o seu reencontro com o Benfica lhe despertava sentimentos de 'vingança'. A uma pergunta bolorenta deu Danilo uma resposta positiva, praticamente uma lição.

4. 'Vingança? Não, de todo. O Benfica deu-me muito, como a chance de estar aqui hoje. Penso que vingança não é bom de se dizer, não é a palavra certa', disse o internacional português que cumpriu dois anos de formação no Sport Lisboa e Benfica e que, mais tarde, representaria durante cinco temporadas o FC Porto. Esteve muito bem Danilo na sala de imprensa frustrando as intenções de uma questão maldosa. Quando os futebolistas corrigem a escolha de palavras dos jornalistas, é porque, felizmente, o mundo está a mudar para melhor.

5. O mundo, sim. O Benfica é de Lisboa, de Portugal e do mundo. Nas mais diversas modalidades temos atletas e equipas do Benfica defrontando-se regularmente com adversários de outros países. Aconteceu nesta semana com o voleibol, que foi vencer (1-3) na casa dos neerlandeses do Dynamo Apeldoorn dando um passo seguro para a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões. No basquetebol vimos nesta semana o Benfica entrar a vencer (76-89) o VEF Riga, na Letónia, na jornada inaugural da fase de grupos da Liga dos Campeões. E vimos também o nosso fabuloso atleta Fernando Pimenta sagrar-se campeão do mundo da maratona em K2 e em K1. Benfica em todo o lado.

6. Quem haveria de dizer que ao quarto de hora do jogo com o PSG tinha o Benfica mais remates à baliza e mais possibilidades claras de golo do que teve nos 90 minutos do jogo anterior em Guimarães?

7. Queríamos mais no sábado em Guimarães? Sim. Queríamos mais na quarta-feira com o PSG? Sim. É este o nosso querer."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Ser benfiquista


"Depois das 13 vitórias consecutivas, à primeira escorregadela, em Guimarães, lá apareceram as primeiras dúvidas dos nossos adeptos relativamente à capacidade da equipa para triunfar esta época. Sem surpresas. Mesmo não sendo professor de matemática, as contas dos benfiquistas são muito fáceis de explicar, e nem é preciso calculadora: a expectativa é de ganhar todos os jogos onde o manto sagrado entre em campo. Todos. Seja com o Vitória SC ou com o Paris Saint-Germain. Um desfecho diferente significa sempre uma desilusão tremenda e cria de imediato na nossa cabeça o início de uma crise existencial. O leitor sabe certamente do que estou a falar. Quando o Benfica não ganha, a vida deixa de fazer tanto sentido. E vai voltando a fazer á medida que se aproxima o início do jogo seguinte. Até lá, mantém-se ativa uma voz dentro da cabeça que nos lembra a toda a hora que algo não está certo. Tipo a voz do Big Brother a lembrar os concorrentes para trocarem as pilhas do microfone. Será que nos esquecemos  de trancar o carro? Será que deixámos comida ao gato? Será que já pagámos a mesada, perdão, o IMI, ao Governo? Nós bem sabemos o que é, tentamos esquecer, mas a voz não para de nos lembrar. Os pássaros nasceram para voar. Os peixes nasceram para nadar. O Benfica nasceu para ganhar. Esta é a lei da mãe natureza, e o mundo estremece quando a lei não se cumpre. Pelo menos o nosso. Daqui em diante não será diferente. Não faz sequer parte dos meus planos voltar a ver o Benfica obter algum resultado que não seja a vitória, o ficarei surpreendido se o futuro me demonstrar outra realidade. A exigência é esta, por isso, sem pressão, mister Schmidt!"

Pedro Soares, in O Benfica

Uma Champions (cada vez mais) desafiante


"Para escalar com sucesso, pelo segundo ano consecutivo, a montanha de apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, feminina, o Benfica, atual 37.º classificado no ranking feminino de futebol da UEFA, teve de contornar novamente o Twente (36.º) e de suplantar o surpreendentemente Rangers, que na época passada 'cilindrou' na Escócia o Glasgow City, ocupante da 14.º posição no ranking europeu. Procurando consolidar-se entre as melhores do Velho Continente e evoluir na direcção de objectivos grandiosos nesta vertente do futebol, a equipa benfiquista reservou, com total mérito desportivo, um lugar no sorteio de 3 de Outubro, na Suíça. Todavia, em vésperas de feriado nacional português, a 'fortuna' meteu folga em Nyon, e ao Benfica calhou um grupo bem antipático. Espanholas, alemãs e suecas no caminho: as Inspiradoras vão bater-se com Barcelona (2.ª do ranking e finalista vencido na última edição da Champions feminina), Bayern Munique (5.º, e um dos oito melhores clubes da prova em 2021/22) e Rosengard (11.º).
A este nível competitivo, o crescimento consegue-se afinando o incrementando a qualidade dos recursos por via do mercado de transferências, mas em momento estratégico e embates com os mais qualificados no panorama, para aferição de capacidades, para avaliação de virtudes e de fraquezas. Este é o desafio a encarar agora! Na temporada passada, lembre-se, o Benfica começou, de forma sensacional, por bloquear o Bayern e, fruto de uma vitória no reduto do Hacken (Suécia), concluiria a fase de grupos com 4 pontos - e poderiam ter sido 5 ou mesmo 7, em boa verdade, se nos recordarmos das peripécias do primeiro duelo com as nórdicas no Benfica Campus. Encurtar distâncias para o topo, patamar para o qual está 'desenhado' o projeto da equipa feminina, e superar a fasquia dos 4 pontos serão metas muito interessantes para atingir em 2022/23, numa trajetória de desempenho crescentes.
A vertente feminina do futebol é cada vez mais um player desportivo de futuro - o fervilhante negócio dos direitos televisivos comprova e subscreve o ponto de vista de expansão e de exploração deste filão do mercado -, e o Benfica, fazendo história em Portugal, já vai lançado."

João Sanches, in O Benfica

Foco no Rio Ave


"Na semana passada trouxe aqui o tema das paragens para jogos de selecções, e os efeitos negativos que elas têm nas competições de clubes, designadamente no ritmo e na condição física dos atletas. Infelizmente, não foi preciso muito tempo para confirmar os piores receios. Em Guimarães viu-se um Benfica muito condicionado pela paragem, e longe da dinâmica de vitória que levava até então. Sobretudo durante a primeira parte, a equipa de Roger Schmidt pareceu andar à procura da bússola que lhe indicasse o caminho que percorrera nas sete jornadas anteriores. Não a chegou a encontrar, desperdiçando os primeiros dois pontos na prova.
Para isso também pesou a enorme motivação da equipa da casa. Quem só havia ganho um dos últimos cinco jogos que disputara, apareceu de faca nos dentes para fazer a vida negra ao Benfica. Já estamos habituados: nesta Liga, todos os adversários contra nós jogam o triplo.
A verdade é que continuamos na frente, e a próxima partida, contra o Rio Ave, será a primeira das vinte e seis finais que faltam para conquistarmos o título. É esse o jogo mais importante destes dias. È esse que temos total obrigação de vencer.
Escrevo antes da partida com o PSG. Na Champions, um empate com a Juventus na Luz e uma vitória em Israel garantem matematicamente o apuramento. Contra a poderosíssima equipa francesa, tudo o que vier à rede é peixe. O único encargo é o de proporcionar bons espectáculos. Neste momento, o foco terá de ser no Rio Ave - equipa que já venceu o FC porto, e nos últimos seis jogos apenas perdeu um. Ah, e já se sabe: contra nós vai também jogar o triplo."

Luís Fialho, in O Benfica

Futebol é para todos


"Se desde sempre sabemos que o futebol não escolhe idade, a verdade é que com a idade se vai perdendo cada vez mais a prática do futebol e vai ficando nas nossas vidas o espectáculo desportivo. E que espectáculo!
Um espectáculo tão envolvente e aglutinador que galvaniza sociedades inteiras por esse mundo fora e que mobiliza num único espaço mental para todas as gerações de uma família, os seus vizinhos, as suas comunidades e as outras. É por isso que, numa sociedade em que vivemos, cada vez mais temos de reencontrar novas formas de viver o futebol e temos de verdadeira e definitivamente devolver o futebol à vida de todas as pessoas sem olhar à sua idade. Numa palavra, o futebol a andar é a solução.
Nós sabemos, o sabem-no os nossos parceiros europeus que connosco iniciaram um processo que não terá retorno.
O futebol está de volta para os mais velhos, e o Benfica faz parte disso."

Jorge Miranda, in O Benfica

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"1
Estreia do Benfica na fase regular da Basketball Champions League e logo com uma vitória fora de portas;

2
Fernando Pimenta juntou mais duas medalhas de ouro ao seu vasto pecúlio internacional na canoagem. Desta feita, campeão do mundo de K1 short race e de K2 maratona;

7
Desde 2011/12 que o Benfica não terminava a primeira volta da fase de grupos da Liga dos Campeões com pelo menos 7 pontos. Antes há que recuar a 1994/95;

9
Com o empate cedido em Guimarães, logo começaram as tentativas de desvalorização do percurso benfiquista até este desaire, como se o pleno de triunfos nos 7 primeiros jogos no Campeonato (diferente de 7 jornadas iniciais devido a adiamentos) fosse banal. Só havia acontecido em 5 épocas. 8 vitórias seguidas no Campeonato desde o jogo inaugural ocorreram em apenas duas temporadas. Invicto nos primeiros 8 jogos aconteceu 30 vezes, mas com 7 vitórias e 1 empate reduz-se a 9. Nas 8 anteriores (1959/60; 1960/61; 1972/73; 1982/83; 1983/84; 1990/91; 2009/10; 2016/17) há a particularidade de terem sido todas de título de campeão nacional conquistado para o Benfica;

40
Grimaldo representou o Benfica pela 264ª vez em competições oficiais, tantas quanto José Torres, passando a figurar no Top40 dos futebolistas com mais “jogos oficiais” pela equipa de honra do Benfica;

61
Caldas na Taça de Portugal. Um confronto que aconteceu pela última vez, em competições oficiais, há quase 61 anos (dezembro de 1961). Dos 12 “jogos oficiais” (8 no Campeonato e 4 na Taça de Portugal) o Benfica venceu 9, empatou 2 e perdeu 1;

70
Odysseas chegou aos 184 jogos pelo Benfica em competições oficiais, os mesmos de Quim e Jonas, figurando agora no top70;

100
Otamendi cumpriu 100 jogos pelo Benfica (incluindo particulares)."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1. Grande jogo de futebol na Luz diante do PSG, com um ambiente fantástico, num apoio imenso dos adeptos. Foram mesmo o décimo segundo jogador, a atacar e a defender em uníssimo com a equipa. São estes momentos que tornam o Benfica um clube singular. Uma comunhão que nos orgulha e empurra nesta caminhada que é longa, com batalhas de três em três dias desde o início de época. Que noite de futebol, que para ser plena só faltou mesmo a vitória.

2. Personalidade, identidade e ambição. Tanto em Turim como na Luz, diante de um crónico contendor a vencer a Champions, com muitos milhões investidos em Paris ano após ano, jogámos olhos nos olhos, para vencer. Com qualidade e organização. À Benfica. Tivemos quatro oportunidades de golo e, por isso, não saímos satisfeitos com o resultado. Na próxima semana estaremos na capital francesa para discutir o jogo, sem serventias sem medos. Amanhã com Rio Ave foco para mais uma vitória e onde os adeptos vão, certamente, voltar a ser decisivos. Todos à Luz!

3. Destaque ainda nesta edição do jornal O Benfica para outros momentos importantes da semana benfiquista. As medalhas de Fernando Pimenta na canoagem merecem o merecido sublinhado de mais um feito por parte deste atleta ímpar. No basquetebol, estreia auspiciosa do Benfica com a vitória em Riga, na jornada de abertura da Champions. No voleibol, partimos na frente na 2.ª pré-eliminatória de acesso à fase de grupos, depois da vitória nos Países Baixos no jogo da 1.ª mão.

4. A seu tempo será feita justiça quanto aos verdadeiros responsáveis pelo roubo e assalto dos e-mails do Benfica, que lançaram a organização numa devassa pública sem precedentes e com consequências graves para a imagem e reputação do Sport Lisboa e Benfica. Por agora, na barra do tribunal, estão a ser julgados os responsáveis pela sua divulgação. Uma exposição pública feita propositadamente de forma truncada, deturpada e fora de contexto, com o objectivo de passar uma ideia falsa e mentirosa sobre o dia a dia do Clube. É o que está a ser julgado, tornando explícita uma estratégia sem escrúpulos e sem princípios de quem a conduziu, porque quanto ao teor dos e-mails, 5 anos depois e depois de tudo o que já foi dito, estamos conversados relativamente à sua real irrelevância."

Pedro Pinto, in O Benfica

O Rallye Mistério


"O êxito desta prova levou mais alto os valores do ecletismo benfiquista aos desportos motorizados

Até aos anos 1950, o panorama dos desportos motorizados em Portugal era muito reduzido, quando comparado com o praticado noutros países. Levantadas as restrições de abastecimento em matéria de combustíveis, impostas pela II Guerra Mundial, instituições e clubes como o ACP, o Benfica, Arte e Sport ou o 100 à Hora pugnaram pela divulgação e pela expansão desta modalidade.
No início da década de 1950, Aquiles Vieira, responsável pelo motorismo benfiquista, ansiava pelo desenvolvimento da modalidade, bem como do papel que o Benfica poderia e deveria ter. Segundo ele, 'só é possível contar com um maior desenvolvimento das secções de motorismo dos clubes, atraindo novos praticantes com um maior número de provas que lhes desperte o entusiasmo'.
Foi precisamente dentro deste espírito que o Clube organizou, em Fevereiro de 1951, a Prova Mistério Regularidade, com participação aberta a todos os amantes dos desportos motorizados, incluindo motos. O funcionamento do rallye assentava numa estrutura muito simples: na partida, todos os participantes receberiam bilhetes com a indicação do percurso e a velocidade média a efetuar, e, na chegada dos postos de controlo seguintes, seriam entregues novos bilhetes contendo o novo itinerário e médias a percorrer. A originalidade da prova, aliada ao secretismo do trajeto, despertou interesse e excitação nos 65 concorrentes que, na manhã chuvosa de dia 18, compareceram no Campo Grande.
Com uma extensão máxima de 51 Km, tendo como pano de fundo os arredores da capital, a Prova Mistério passou por localidades como Bucelas, Loures, Caneças, serra de Montemor, Amadora, Calçada de Carriche e Queluz, terminado em Carcavelos. Por entre chuva, lama e algumas curvas mais perigosas, os concorrentes, com o auxílio inexcedível dos membros da organização, iam dando mostras da sua destreza a cada nova etapa do percurso.
Junto ao local da meta, encontrava-se um sinaleiro que tinha por obrigação anunciar o final da prova. Porém, este não foi a tempo de o fazer para Manuel Fernandes, que, infelizmente, por ter ido até Cascais, foi muito penalizado, levando a organização a pedir-lhe desculpas.
O grande vencedor da prova foi o benfiquista Soares Franco, na categoria de automóveis. Nas motos, a vitória coube aos irmãos Dinis e José Salgado, representes do Sporting de Alenquer. A imprensa foi unânime em afirmar que a prova constituiu um verdadeiro êxito, dando o seu contributo para o estímulo dos desportos motorizados em terras lusitanas.
Para saber mais sobre esta e outras histórias da modalidade, visite a área 3 - Orgulho Eclético do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ricardo Ferreira, in O Benfica

Teia de mentiras!


"Pinto da Costa entendeu prestar declarações sobre uma intervenção minha na CMTV. Aqui estão as fontes: Expresso, Maisfutebol ou Público. A nenhum destes meios entendeu desmentir. Desta vez acertou no meu nome, é um progresso."

O dia que mudou o futebol português

Mauro Xavier, in Facebook

A capa deste jornal revela bem o estado em que está a comunicação social


"Naqueles lados que reclamam o centralismo, e sempre com o mimimi do Norte vs Sul o que lá se faz aos anos é sempre aquela psicologia invertida. A questão dos emails de acusar (com emails truncados) o que eles fazem de melhor, é obra.
O Vitinha não tem culpa, é um grande jogador, puxam para uma capa onde vai estar uma equipa portuguesa que pode praticamente já fechar hoje as contas do apuramento para dar destaque (e não é ao Vitinha como vão dizer ) mas sim a um clube francês, que está a jogar contra um clube português.. portanto estão a ver aquele mimimi todo enfiado pelo c* acima...
Isto se fosse com o choradinho do FCP já merecia abertura do porto canal, comunicado e um presidente vir fazer uma graçola e lá vinha o choradinho.. tudo contra nós.
- Um gajo qualquer"

Assumidamente...


"Imaginemos "A Bola" ou o "Record" a colocarem o Félix na capa no dia em que o FC Porto defrontasse o Atlético Madrid, com o título em manchete “FÉLIX ILUMINA AS ESTRELAS”. O complexo de inferioridade do FC Porto é tão grande que só dá pena e vergonha alheia. #40anosdisto #ligadafarsa"

Lixívia 9


Tabela Anti-Lixívia
Benfica...........25 (0) = 25
Corruptos.......22 (+4) = 18
Sporting.........16 (0) = 16

Semana atípica sem grandes Casos.
Admito que com os jogos no mesmo dia, e com os Corruptos a jogar ao mesmo tempo que o Benfica, não revi os jogos. E sabendo que os resumos, e análises de arbitragens são quase sempre enviesadas, não me admirava que tivesse havido alguns Casos, que ninguém falou...!!!
Sendo assim, parece que os VAR's 'salvaram' o Soares Dias em São Miguel e o Mota no Algarve!!!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Arouca(c), V(4-0), Mota(V. Santos, Licínio), Prejudicados, (5-0), Sem influência
2.ª-Casa Pia(f), V(0-1), Martins(Nobre, P. Ribeiro), Prejudicados, Sem influência
3.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-2), Soares Dias(Malheiro, Coimbra), Prejudicados, Sem influência
4-ª-Boavista(f), V(0-3), Pinheiro(L. Ferreira, J. Silva), Prejudicados, Sem influência
5.ª-Vizela(c), V(2-1), Veríssimo(Nobre, N. Pereira), Prejudicados, (3-1), Sem influência
6.ª-Famalicão(f), V(0-1), Almeida(Melo, B. Costa), Prejudicados, (0-2), Sem influência
7.ª-Marítimo(c), V(5-0), Nobre(V. Santos, Mesquita), Nada a assinalar
8.ª-Guimarães(f), E(0-0), Rui Costa(L. Ferreira, S. Jesus), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
9.ª-Rio Ave(c), V(4-2), M. Oliveira(Rui Oliveira, L. Costa), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Braga(f), E(3-3), Veríssimo(Martins, H. Ribeiro), Nada a assinalar
2.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Mota(Narciso, P. Brás), Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
3.ª-Corruptos(f), D(3-0), Almeida(Hugo, Martins), Prejudicados, Impossível contabilizar
4.ª-Chaves(c), D(0-2), Narciso(V. Santos, D. Silva), Beneficiados, Sem influência
5.ª-Estoril(f), V(0-2), M. Oliveira(Pinheiro, L. Maia), Nada a assinalar
6.ª-Portimonense(c), V(4-0), C. Pereira(V. Ferreira, Cunha), Nada a assinalar
7.ª-Boavista(f), D(2-1), Pinheiro(Melo, B. Costa), Nada a assinalar
8.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Martins(Godinho, R. Teixeira), Nada a assinalar
9.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Soares Dias(Malheiro, Cidade), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(5-1), Malheiro(Esteves, R. Cidade), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2.ª-Vizela(f), V(0-1), Veríssimo(Correia, I. Pereira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
3.ª-Sporting(c), V(3-0), Almeida(Hugo, Martins), Beneficiados, Impossível contabilizar
4.ª-Rio Ave(f), D(3-1), Martins(Rui Costa, C. Martins), Beneficiados, Sem influência
5.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Pinheiro(Melo, Manso), Nada a assinalar
6.ª-Chaves(c), V(3-0), Nobre(Narciso, V. Marques), Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Estoril(f), E(1-1), Godinho(Soares Dias, Licínio), Beneficiados, (3-1), (+1 ponto)
8.ª-Braga(c), V(4-1), Soares Dias(Hugo, B. Jesus), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
9.ª-Portimonense(f), V(0-2), Mota(Martins, A. Campos), Nada a assinalar

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica

Sporting

Corruptos
Veríssimo - +3
Correia - +3
Godinho - +1
Soares Dias - +1

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Mota - 1
Martins - 1
Pinheiro - 1
Soares Dias - 1
Veríssimo - 1
Almeida - 1
Nobre - 1
Rui Costa - 1
M. Oliveira - 1

Sporting
Veríssimo - 1
Mota - 1
Almeida - 1
Narciso - 1
M. Oliveira - 1
C. Pereira - 1
Pinheiro - 1
Martins - 1
Soares Dias - 1

Corruptos
Malheiro - 1
Veríssimo - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Pinheiro - 1
Nobre - 1
Godinho - 1
Soares Dias - 1
Mota - 1

VAR's:
Benfica
Nobre - 2
V. Santos - 2
L. Ferreira - 2
Malheiro - 1
Melo - 1
Rui Oliveira - 1

Sporting
Martins - 1
Narciso - 1
Hugo - 1
V. Santos - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Melo - 1
Godinho - 1
Malheiro - 1

Corruptos
Hugo - 2
Esteves - 1
Correia - 1
Rui Costa - 1
Melo - 1
Narciso - 1
Soares Dias - 1
Martins - 1

AVAR's:
Benfica
Licínio - 1
P. Ribeiro - 1
J. Silva - 1
Coimbra - 1
N. Pereira - 1
B. Costa - 1
Mesquita - 1
S. Jesus - 1
L. Costa - 1

Sporting
H. Ribeiro - 1
P. Brás - 1
Martins - 1
D. Silva - 1
L. Maia - 1
Cunha - 1
B. Costa -1
R. Teixeira - 1
Cidade - 1

Corruptos
Cidade - 1
I. Pereira - 1
Martins - 1
C. Martins - 1
Manso - 1
V. Marques - 1
Licínio - 1
B. Jesus - 1
A. Campos - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Martins - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1

Sporting
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Corruptos
Martins - 1 + 1 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Nobre - 1 + 2 = 3
V. Santos - 0 + 2 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Godinho - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Corruptos
Soares Dias - 1 + 1 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores:

Antevisão...

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António Silva – Os pormenores do seu jogo Defensivo e Ofensivo

Paolo Maldini, in Lateral Esquerdo

A águia voa mais alto


"Depois de treze vitórias consecutivas, o Benfica vai com dois empates, tendo tido num deles uma exibição que deixou muito a desejar e viu o seu maior rival novamente aproximar-se (e logo com uma goleada ao 2º classificado). Pelo caminho ficou o recorde de Eriksson dos quinze triunfos a arrancar a temporada. Altura para preocupação ou depressão? Nada disso. Este clube, bem como a imprensa que o segue, tem muita tendência ao oito e ao oitenta, a subir às nuvens ou às cinzas do inferno caso a bola entre ou não entre.
A verdade é que este Benfica de Schmidt continua um projeto sólido, forte e consistente. E nunca ninguém deverá dizer num clube desta estatura que há empates que sabem a vitórias, mas a maneira como a equipa se comportou contra o clube mais rico do mundo foi bastante agradável. Em mais uma grande noite europeia, o Benfica bateu-se de igual para igual contra Messi, Mbappé e Neymar e continua bem lançado para seguir em frente na maior competição de clubes na Europa.
Nos dias antes do jogo com os parisienses, as redes sociais benfiquistas debatiam que ambiente haveria no estádio, tendo em conta a invasão de "turistas" que se adivinhavam. Adeptos do futebol moderno que procuraram bilhete exclusivamente para este jogo, principalmente na ânsia de ver uma lenda do futebol mundial chamada Lionel Messi e não tanto o próprio Benfica (e o argentino não os defraudou, mostrando que aos 35 anos continua a ser o melhor jogador do mundo. Cada vez menos se mexe, mas sempre que recebe a bola nos pés, faz tudo perfeito). Mas a verdade é que a maioria dos 62.000 adeptos no estádio participaram numa grande noite, empurrando a equipa encarnada para a frente e incomodando e de que maneira os milionários da equipa francesa (um clube que sem os petro-dólares continuaria a ser modesto. É curioso recordar que há apenas 10 anos, em 2011, o Benfica jogou com este PSG para a Liga Europa e nem 30.000 apareceram no estádio). Há um feedback engraçado que confirma o bom ambiente: ir ao YouTube ver os vlogs dos adeptos franceses que vieram a Portugal e ouvir o que dizem no final do jogo. Há um que refere inclusive que já foi a vários estádios na Europa e que o que viu no Estádio da Luz entra facilmente para um top-3.
Um dos destaques foi o jovem central António Silva. Custa a acreditar como só tem 18 anos e como se está a impor desta maneira. Arrisco-me a dizer que se ele for isto tudo, é um fenómeno. Mas não deixo de sentir preocupação com o hype que se está a criar à volta de um miúdo com meia-dúzia de jogos nos seniores. É bom que ele seja forte mentalmente, porque este clima de elogios na imprensa vai virar ao contrário assim que ele tiver a primeira falha. É que os rivais do Benfica já lhe fizeram mira, da mesma maneira que atacaram incessantemente Renato Sanches em 2016 ou João Félix em 2019.
É uma verdade de La Palisse dizer que todos os jogos são importantes, mas sabemos bem que há uns mais importantes que outros. E aproxima-se um encontro fundamental que pode definir a época: o jogo no Dragão. A conversa dos treinadores é que se deve pensar jogo a jogo e ainda há Rio Ave para o campeonato, PSG para a Champions e Caldas para a Taça, mas é normal que os adeptos (dos dois clubes) já comecem a ter o clássico na mente. Ver como o Benfica se comporta em Paris será importante para aferir do estofo da equipa num encontro de exigência máxima, mas o verdadeiro teste do algodão será o encontro da 10ª jornada. Em que se pode dar o caso do Benfica poder sair de lá com 6 pontos de avanço ou já atrás na classificação. Para além do resultado, será importante perceber se de facto esta é uma equipa diferente dos últimos anos, capaz de ir ao Dragão jogar sem medos e para ganhar (como fez em Turim, por exemplo) ou se se vai deixar mais uma vez enrolar na chama e na pressão do dragão.
Duas notas finais: preocupação natural com os prejuízos que o Benfica anda a apresentar, mas valide-se a estratégia de Rui Costa, focando-se no que era primordial para o clube neste momento: a aposta desportiva mais do que as contas bonitas. O clube precisava de mudar o ciclo urgentemente e isso faz-se com investimentos fortes e certeiros. E o que se planta agora, colhe-se depois. Mais lamentável é (e utilizando uma expressão que a personagem usava muito) a "feira de vaidades" que vamos assistindo por parte do último presidente do clube. Desde entrevistas a livros, procura manter-se nas luzes da ribalta, por mais que diga que já não quer mais saber do Benfica e vai revelando toda a azia que sente em relação a Rui Costa e inclusivé a sensação que até nem se importava muito que este falhasse, de modo a poder validar a ideia que no fundo ele sempre teve: que é o único capaz de conduzir o Benfica e que por isso tudo lhe deve imensa gratidão. Mas tal como os que agora estão a ser julgados em tribunal pela exposição ilegal e adulteração dos emails do Benfica, o tempo encarrega-se de colocar todos no seu lugar.
A águia voa sempre mais alto que os abutres."

Boas notícias da Europa: Trincão, Diogo Costa, António Silva, Florentino, Vitinha


"Nem sempre os valorizamos devidamente, mas os guarda-redes contam. E muito, mesmo se tendemos a reparar mais neles quando falham, porque ninguém os redime. São a rede protetora dos erros de todos os outros, mas não há apelo na hora do erro próprio, só agravo. Será sempre lembrado como Adán deixou virar ao contrário um jogo em Marselha que Trincão abrira numa junção eloquente de arte e eficácia. Mas é de elementar justiça sublinhar que no Dragão outra teria sido a história, do jogo e do grupo, se Diogo Costa não tivesse duplicado a angústia de Schick no momento do penálti. E, apesar do grande jogo coletivo do Benfica com o PSG, também Vlachodimos foi decisivo na Luz, numa das melhores exibições que se lhe anotam pelas águias. Diogo Costa é, aos 23 anos, o anunciado guarda-redes para a próxima década do futebol português, personalizado e elástico, com controlo invulgar do tempo e do espaço, além de um jogo de pés como é raro encontrar. Um guarda-redes de equipa grande e com lugar bem entregue numa grande seleção. Mas não foi apenas na baliza que a semana europeia autenticou a afirmação de talento português.
Fernando Santos já não pode ignorar António Silva, que o miúdo não tem como enganar depois do que mostrou no último par de meses. É um caso raro de personalidade, velocidade, agressividade boa, qualidade no jogo aéreo, e principalmente critério com bola, a construir com risco ou mais longo, como não me lembro de ver surgir em Portugal, pelo menos desde Ricardo Carvalho. E há outras duas evidências que resultam do jogo europeu na Luz: que Florentino tem de ser candidato à convocatória para o Qatar (apesar da forte concorrência na posição), pelo que garante de pressão e redistribuição, e que aquele Vitinha que se viu espalhar energia sem bola e qualidade com ela não pode ser suplente no onze das quinas. A questão pode ser a de escolher quem sai para ele entrar, mas não a de sair ele para entrar seja quem for.
Ainda na ressaca da desilusão na Liga das Nações, outra certeza: quanto menos vezes Bernardo Silva tocar na bola, pior joga a seleção. E a jogar a partir do corredor direito (mesmo que não amarrado a ele, reconheço), toca menos vezes na bola. Nos jogos do play-off, Fernando Santos puxou Bernardo para o corredor central e o rendimento melhorou muito, frente a Turquia e Macedónia. Não se entende este regresso ao passado, que o jogo frente à Espanha provou, mais uma vez, ineficaz. A natureza da seleção tem sido esta: perante um adversário de maior qualidade - idêntica à portuguesa, entenda-se, que muito melhores seguramente não há - a equipa preocupa-se sempre mais com o que faz sem a bola do que com ela. E já se percebeu pontualmente que bem podia ser ao contrário.
Para cuidar melhor a bola, para construir e criar com qualidade acrescida, é indispensável ter jogadores que consigam respirar mesmo no ar rarefeito do corredor central, podendo receber a bola de costas e ligando as pontas entre a construção e a finalização. Para os corredores não faltam opções, para esse espaço há bem menos, e não há nenhum como Bernardo, pelo menos enquanto Félix se mantiver com a carreira amarrada ao clube errado. Podemos ter um painel de avançados de qualidade historicamente invulgar, mas servi-los bem, e mais vezes, será a única maneira de concretizar essa força teórica. Ter Vitinha e Bernardo juntos no meio é um bom início de conversa para lá chegar. Pode sempre questionar-se se garantem equilíbrio defensivo ou a dimensão física ideal – mesmo se os imagino acompanhados de um 6, provavelmente Rúben Neves - mas essa é a linha de pensamento que tem conduzido à forma como a seleção tem jogado. E que os adeptos depois criticam. Quando não se ganha, claro."

O paradoxo do futsal do SL Benfica


"O Sport Lisboa e Benfica criou uma equipa de futsal no ano de 2001, sendo que não precisou de muito tempo para se tornar no dominador da modalidade a nível nacional.
No ano de 2009, o futsal do Benfica sagrou-se tricampeão nacional e no ano seguinte atingiu o ponto mais alto da sua história, ao tornar-se na primeira equipa de futsal portuguesa a sagrar-se campeã europeia, derrotando na final a poderosa equipa do Interviu, para muitos, a melhor equipa da história da modalidade.
Mas aquele que terá sido provavelmente, o maior feito no ciclo hegemónico do futsal encarnado, foi o facto do Benfica ter conseguido assumir este domínio com uma equipa que possuía uma espinha dorsal composta por jogadores portugueses.
Na equipa que conquistou o ceptro europeu em 2010, o guarda-redes Zé Carlos e o fixo Zé Maria eram os únicos resistentes da primeira equipa de futsal do Benfica. A estes, foram-se juntando vários internacionais portugueses com o passar dos anos, tais como André Lima (que viria a transitar directamente de jogador para treinador), Arnaldo Pereira, Ricardinho, Pedro Costa, Gonçalo Alves, Bebé e Joel Queirós. A estes, juntar-se-iam estrangeiros de grande qualidade como o fixo Davi e o pivot César Paulo.
No entanto, uma dinastia que tinha tudo para durar mais alguns anos no futsal português, mas que viria a ser forçosamente terminada. Depois do título europeu, o Benfica viria a ser copiosamente derrotado pelo Sporting na final do play-off, levando a direcção do futsal encarnado a entender ser necessário renovar a equipa. Uma renovação forçada e que o tempo viria a forçar que seria precoce.
Ricardinho e Zé Maria saíram em 2010; Arnaldo e Pedro Costa saíram no ano seguinte. O Benfica desfez-se desnecessariamente de uma equipa que ainda tinha muito para dar por mais dois ou três anos e nunca soube encontrar soluções a altura das perdas, dando assim início ao domínio do rival lisboeta que ainda hoje prevalece.
A partir da época 2015/2016, a UEFA viria a impor uma nova regra na modalidade, de que em cada jogo para as competições internas, cada equipa só poderia convocar um máximo de cinco jogadores não-formados localmente. Esta regra viria a limitar o número de estrangeiros nos plantéis, estrangeiros esses que viriam a ter cada vez maior predominância nos clubes nacionais.
Hoje, 12 anos após o título europeu do Benfica, o clube encarnado é completamente dominado pelo Sporting a nível nacional, sendo que o clube leonino também já conquistou dois títulos europeus. E em parte, a diferença entre ambas as equipas pode explicar-se pela qualidade dos jogadores portugueses.
Hoje, ao contrário de há 12 anos, é o Sporting que possui a base da selecção nacional, que venceu o campeonato do mundo, o campeonato da Europa e a Taça intercontinental, graças a jogadores como João Matos, Pany Varela, Erick Mendonça, Tomás Paçó e Zicky.
Fazendo uma comparação a ambas as equipas campeãs europeias, há uma questão que não pode ser ignorada: nos dias de hoje, o futsal de formação em Portugal está muito mais desenvolvido do que estava há dez anos atrás, o que permitiu ao Sporting formar os seus próprios jogadores, elevando-os a um nível de topo em tão tenra idade.
Mas mais do que isso, a ascensão desses jovens também se deve ao trabalho feito na equipa principal. Nuno Dias é um treinador que demonstra ter a metodologia de treino e a ideia de jogo necessárias para potenciar e extrair o melhor rendimento de um jogador.
Por outro lado, no Benfica, têm sido cometidos vários erros a nível da gestão dos jogadores nacionais, nomeadamente, a decisão absurda de ter dispensado os internacionais portugueses Tiago Brito e Fábio Cecílio no Verão de 2021, dois dos portugueses que davam então mais garantias no plantel.
Para além disso, nem Joel Rocha, nem Pulpis me parecem ser treinadores com o perfil indicado e capazes de extraír o máximo potencial de um jogador. E como se não bastasse, ainda houve os azares com as jovens promessas Carlos Monteiro e Lúcio Rocha, que se encontram a recuperar de lesões graves.
Todas estas circunstâncias levam a que a equipa de futsal do Benfica tenha uma base de jogadores formados localmente que a do Sporting. E a meu a entender, a tendência é que continue a ser assim nos próximos anos e não vejo a direcção da modalidade a fazer tudo o que é necessário para reduzir esta distância."

Braga e o Sheik salvador


"O Sporting de Braga troca o dinheiro e a influência de uma empresa portuguesa em dificuldades pelo dinheiro e influência dos donos do futebol mundial. A Olivedesportos pela Qatar Sports. Joaquim Oliveira por Nasser al-Khelaifi. O patrão aflito pelo Sheik salvador.
Não há surpresas nestes desenvolvimentos, que acompanham a tendência europeia de alienar as marcas desportivas numa tentativa de alavancar objectivos de sucesso local com financiamento global e orientação bem influenciada. Também não deve causar repugnância, passada a surpresa inicial, pois os fluxos de dinheiro no futebol sempre foram bastante “democráticos” e abrangentes: será uma das atividades económicas mais abertas a todo o tipo de financiadores, desde os “bicheiros” do Brasil às mafias do sul da Europa. No fim da linha, o que vale é quando a bola entra na baliza.
Nos clubes portugueses já circula há muito tempo o capital de japoneses, chineses, italianos, malteses ou brasileiros, entre outros, pelo que a abertura aos vizinhos do principal patrocinador do Benfica deve ser recebida com naturalidade. A Qatar Airways também já patrocina ou patrocinou grandes clubes europeus (Barcelona, Roma, Bayern de Munique), para lá do Paris Saint Germain, pelo que este negócio pode ser visto como um “upgrade” para o prestígio internacional do Sporting de Braga - pesando os prós e contras da associação a um país desaconselhável sob tantos pontos de vista.
O mais significativo deste golpe de mercado é, definitivamente, a confirmação da morte anunciada da Olivedesportos como grande sustentáculo dos anos dourados do futebol nacional, assinando aqui um derradeiro “excelente negócio”, porque os amigos são para as ocasiões.
A história lembrará o que fez de bem ao futebol nacional o visionário que se revelou no Mundial do México, há quase 40 anos, a carpinteirar num campo de treino esburacado os reclames dos primeiros “sponsors” da Federação. Joaquim Oliveira foi o grande patrão do futebol português, um autêntico Sheik nababo, um caso de estudo dos benefícios e malefícios da concentração dos direitos televisivos. Durante três décadas, com a Olivedesportos a engordar e os clubes a minguar, funcionou como um banco sempre disponível para crédito a dirigentes perdulários e “agarrados”, apenas a troco da extensão por cada vez mais e mais anos de contrato e dependência. Até ao dia em que o Benfica, qual placa giratória do futebol nacional, cortou o circuito ao criar a sua própria televisão, determinando o fim da concentração dos direitos e empobrecendo a oferta dos canais, o que determinou o declínio da Sport Tv e dos seus acionistas, por um lado, e a necessidade de as SAD emergentes procurarem outras fontes de financiamento, como consequência.
Agora, bem atenta à imposição política de nova concentração dos direitos da Liga Portugal, entra em força no futebol português a família beIN Sports, a empresa acusada de ter pago um bónus de 100 milhões de dólares aos dirigentes da FIFA pela atribuição da organização do Mundial de 2022 aos trolhas da mão de obra escrava…
É fazer as contas!"