Últimas indefectivações

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

A gravidez e a prática desportiva


"A gravidez não é um obstáculo para a prática desportiva. Aliás, ela é recomendada pelos médicos. Sabe-se que diferentes formas de exercício podem cuidar do corpo. Não é preciso ter medo de magoar ou de prejudicar o bebé. De uma forma geral, há práticas desportivas que são recomendadas e outras que são contraindicadas.
A gravidez altera o corpo da mulher de uma forma benéfica para a atividade física: a batida cardíaca e a capacidade respiratória aumentam, a tensão arterial baixa e os órgãos beneficiam de uma melhor circulação sanguínea. Estes sinais são semelhantes aos obtidos através de treino físico regular. A atividade física durante a gravidez pode ajudar no combate ao aumento de peso, às insónias, à obstipação, aos problemas urinários e às dores nas costas, por exemplo. Todavia, devem ser evitados exercícios que sejam traumáticos ou que envolvam risco de queda.
Qual é, então, a frequência do exercício físico quando as mulheres estão grávidas: os dois primeiros meses: formação normal; o terceiro mês (aumento do risco de aborto): ginástica de manutenção muito suave; do quarto ao oitavo mês: atividade desportiva ligeira; o nono mês: descanso.
Durante a gravidez, as atividades permitidas são, geralmente, muito suaves, relacionadas com o relaxamento e o trabalho da respiração. São recomendadas caminhadas, ciclismo de exercício, natação, ginástica suave, alongamento e hidroginástica. Realçamos aqui três práticas:
Andar a pé: a caminhada é uma excelente forma de exercício e pode ser praticada por todas as mães expectantes, mesmo as que são menos atléticas. Não exige a necessidade de equipamento especial. A marcha ativa a circulação sanguínea, particularmente nas pernas. É só preciso escolher um terreno estável e não muito íngreme, por forma a que o passeio não se torne uma árdua caminhada. Natação e aeróbica aquática: a natação aumenta o ritmo cardíaco e também é boa para as costas e as articulações. O contacto com a água diminuirá a sensação de ganho de peso durante os movimentos e dará uma massagem corporal mais completa. Poder-se-á, assim, exercitar os músculos de forma suave. Não esquecer também que há aulas de ginástica aquática dedicadas para as grávidas.
Yoga: o yoga também é recomendado durante a gravidez. Na sua forma pré-natal, pode ser uma boa preparação para o parto. O princípio desta atividade é combinar o relaxamento do corpo e da mente, a fim de eliminar o stresse. Esta atividade, supervisionada, também permite trabalhar a respiração, o que é essencial para o parto.
Eis alguns conselhos sobre como fazer bem estas atividades: lembrar de ouvir o corpo e as suas necessidades; em caso de cansaço, não há necessidade de forçar; certificar que se bebe e se come corretamente antes, durante e depois do exercício.
Existem certos sinais de aviso que devem levar uma mulher grávida a parar imediatamente o exercício: hemorragia vaginal, dor abdominal ou dor pélvica. Caso isso aconteça, deve consultar um médico.
Quais as práticas desportivas que não são recomendadas durante a gravidez? São: desportos de contacto ou desportos de equipa que possam causar um contacto rude, bem como o mergulho e as atividades em altitude (acima dos 1600 metros); as atividades desportivas que causam fortes choques ou requerem movimentos bruscos são fortemente desencorajadas: desportos de raquete, jogging (a partir do segundo trimestre de gravidez) e equitação. O exercício físico deitado de costas não é recomendado após o quarto mês de gravidez. Além disso, certas doenças contraindicam formalmente a atividade desportiva durante a gravidez: doença cardíaca ou pulmonar; tensão arterial elevada mal controlada; qualquer outro problema que canse o corpo; finalmente, um historial de aborto espontâneo, hemorragia uterina, uma gravidez múltipla ou uma abertura do colo do útero também contraindicam a prática de desporto. Em caso de suspeita de abrupção da placenta ou de uma gravidez ectópica, toda a atividade física é proibida até que seja feito um diagnóstico definitivo."

Vítor Rosa, in A Bola

17 de Fevereiro


Desde que Rui Costa assumiu a presidência do Sport Lisboa e Benfica a Champions League passou a ser o objetivo:


"✅ 25 jogos
✅ 15 vitórias
✅ 7 empates
❌ 3 derrotas
➡️ 50 golos marcados
❌ 27 golos sofridos
Todos os jogos foram na UEFA Champions League"

Hoje este senhor faz anos. Nem de prepósito !


"Parece que faz ainda mais sentido voltar a relembrar o discurso que teve.
Durante muitos anos, muitas coisas que eu particularmente reclamei era o discurso para fora patético , ridicularizando (com direito de antena, Marinho lol) e deitando sempre para baixo o nosso poder de sonhar.
Ontem vimos o Rui Costa cantar com os adeptos , mas o que para mim conta é a mensagem que o RC tem deixado. Não era preciso ninguém nos dizer que é difícil ter ambição na Champions, todos nós sabemos o quanto se torna difícil, época apos época.
Mas nunca, nunca nos tirem o direito de sonhar.
Tudo é impossível até acontecer , isso é um facto e verdadeiro !
Alcançar os 1/4 deve ser sempre um objetivo mínimo, mas mínimo não máximo. Aquele discurso de mimimis "ai que eles só um jogador ganha mais que o nosso plantel todo " enquanto o futebol for 11x11 , 2 balizas e 1 bola.. deixem essas merdas, e muito menos dar tempo de antena para esses bananas. Não devemos ser irrealistas como os lagartos, nem ir cantar musicas de natal para o canal do clube a ironizar que bom está o natal.
Podemos cair já a seguir, e nem passar esta eliminatória. Mas já valeu a pena. Porque o direito de sonhar ninguém nos tira, e quando vemos o presidente com esse sonho.. estamos todos no caminho certo.

Ps: Parabéns Sr Vitor Paneira."

Prémio por objectivos!!!



"António Salvador - Presidente do SC Braga - ainda não foi visto a falar com os jornalistas após o descalabro com a Fiorentina.
Mas também, sejamos sinceros, o que realmente importa ao Salvador é que o FC Porto seja campeão para assim receber o bónus pela transferência de David Carmo."

O inverso do pedido de desculpas!!!


"Esta semana ficou conhecida pelo pedido de desculpas apresentado pela Premier League aos clubes prejudicados pelo árbitro e VAR, no jogo em que foi cometido um erro grave e que ditou a derrota de umas das equipas.
Aqui no burgo premeia-se Fábio Melo para 7m dos jogos grandes da jornada, depois do erro grave no jogo SC Braga - SL Benfica que ditou o afastamento dos encarnados de Lisboa da Taça de Portugal.
#apitodourado #40anosdisto #LigadaFarsa"

Bater ainda mais fundo...!!!


"Aí está ele nomeado novamente para cumprir as funções que tão bem sabe. 7 dias depois de ter sido a única pessoa neste País que não viu um pontapé na perna de um jogador do Benfica dentro da área adversária. Foi deliberado? Foi propositado? Foi premeditado? Claro que não. Foi uma decisão correcta e por isso Fontelas Gomes, Paulo Costa e Bertino Miranda agradecem o gesto e premeiam o bom trabalho.
A Liga Proença consegue sempre bater ainda mais fundo. 
Rui, Presidente do Benfica, se isto não é suficiente para exigir a demissão imediata destes filhos de uma grande puta que nos andam a gozar e anunciar publicamente que o Benfica não entra mais em campo enquanto este Conselho de Arbitragem se mantiver em funções, vende os jogadores, paga as dívidas e fecha o clube. É o melhor. E voltamos daqui a 2 ou 3 anos quando for tudo à falência.
Que insulto esta nomeação. Um VAR que devia ter sido imediatamente banido. Vão gozar com o caralho!
Voltamos a ver futebol daqui a 15 dias quando voltar a Liga dos Campeões."

Promovido?!


"Fábio Melo, o VAR do SC Braga x SL Benfica, que cometeu, pelo menos, um erro grave - reconhecido por toda a imprensa e especialistas - é nomeado para um dos jogos grandes da jornada.
Noutros países, pune-se quem comete erros.
Em PT, premeia-se quem erra em prejuízo do SLB.
Isto é o sistema. Isto é o modelo instituído na arbitragem para prejudicar gravemente o SL Benfica."

Consciencializemo-nos!


"Quando Lev Tolstói iniciou o seu «Anna Karénina» – “Todas as famílias felizes são parecidas, cada família infeliz é-o à sua maneira” – de certeza que não estaria a pensar no desporto, mesmo que de uma forma metafórica se tratasse. Isto até porque em 1877 este se encontrava nos seus primórdios…
O desporto actual já não é o «deportatre» latino, porque a sua prática já nada tem de distracção ou de divertimento, e nele estão presentes todas as situações, desde as mais exemplares às mais ignóbeis, desde as portadoras de valores às detentoras das maiores perversidades. Nele, neste momento, a vitória e a acumulação de riqueza têm um mais do que importante papel – já não é tanto o «interessa participar»... E sim, parafraseando Tolstói, todos os que se servem do desporto são parecidos; os que o servem são ignorados, relegados para segundo ou terceiro plano, mas felizes à sua maneira e consigo próprios.
Actualmente o desporto pós-moderno tem de ser encarado como uma actividade que possui valores intrínsecos ao ser humano mas também tem valores (preço) económicos. Tem de ser visto como uma actividade que não gera nem bens nem obras, e, mesmo criando postos de trabalho em inúmeras áreas, não cria riqueza, embora a movimente em determinados sentidos. Actualmente o desporto assenta em dois intervenientes: o praticante (desportista, competidor) e o consumidor (espectador). E não é só consumido pelo espectador em directo: passámos da época do relato radiofónico para a época da imagem e, na sociedade actual, como nos diz Manuel Sérgio (1), a educação desportiva chega às pessoas pelos ‘media’ e pela ‘internet’, destituída de preocupações éticas, bem mais do que pela escola e pela família. Não há desporto sem competidor e sem espectáculo (o que implica a existência do espectador).
O desporto pós-moderno é essencialmente alta competição e profissionalismo, é fundamentalmente espectáculo, é movido pelos ‘media’ e pela publicidade, exige sensacionalismo e impõe heróis, é determinado pela ciência e pela tecnologia e nele tudo é quantificado (em termos de comprimentos, pesos, tempos, pontos, golos, recordes, bolas de ouro, cartões vermelhos e amarelos, número de jogos jogados, ‘performances’, etc.). Por último, e talvez mais importante, com mais peso, mas menos consciencializado, o desporto pós-moderno é gerido pela economia e pela política.
Robert Redeker (2) parte da hipótese de que “o desportista é um mutante submetido ao imperativo da comercialização” para chegar à conclusão que o desporto é um eugenismo despolitizado.
E mostra-nos (3), fazendo cair o mito de que o desporto é um reflexo da sociedade, como o desporto estrutura essa mesma sociedade, a modela, como a força para se parecer com ele. “O desporto é uma ideologia” afirma ainda, apresentado o desporto-espectáculo como um transfundir, dia após dia, do culto da ‘performance’, do amor pela lei do mais forte, do fanatismo da avaliação e da legitimação da fraude (não visto, não acontecido).
Quando nos dizem que “não devemos esquecer ou ter dúvidas dos valores que a prática desportiva generalizada, mas sobretudo a competitiva, incute no desenvolvimento de seres humanos como motivação para enfrentarem quaisquer desafios que a vida lhes apresente e da relevância que tem em termos de saúde em geral, com os hábitos saudáveis que garante a todos os seus praticantes, e saúde mental, devendo ser o principal aliado na sua preservação” (Carlos Paula Cardoso, Presidente da Confederação do Desporto de Portugal, em «A Bola», 28.12.2022), nós duvidamos. Duvidamos porque os comportamentos de violência, a corrupção, a fraude, o treino intensivo precoce, a morbilidade, a dopagem, o suicídio, a morte súbita, os abusos sexuais e o treino intensivo precoce estão cada vez mais presentes (e em maior número) no seio do desporto.
E duvidar é não nos enganarmos a nós próprios.
Deixemos de encarar o desporto como uma indústria quando na realidade é um comércio com muito negócio à mistura.
Consciencializemo-nos pois que no desporto a vítima é o desportista e o grande responsável é o consumidor – ou seja, nós! Os políticos (governos, deputados e partidos), as instituições (federações, associações e clubes) e os dirigentes desportivos são só efeitos colaterais…"

Na frente da eliminatória


"Na deslocação ao Brugge, vitória por 0-2. Um passo importante para alcançar os quartos de final, porém, nada está ainda decidido. Este é o tema em destaque na News Benfica.

1
São 11 jogos europeus (9 vitórias) nesta temporada sem conhecermos o sabor da derrota. A nossa equipa deu, ontem, continuidade ao excelente percurso que tem vindo a realizar, adiantando-se na eliminatória ao ganhar, por 0-2, no estádio do Brugge.
Roger Schmidt está satisfeito com o desempenho da equipa: "Gostei de todo o jogo, mesmo na fase inicial em que não éramos nós, porque fomos capazes de defender e vencer duelos, com respeito pelo nosso oponente. Controlámos o jogo e criámos ocasiões para marcar. Não há jogos perfeitos, e, na minha opinião, a segunda parte foi melhor do que a primeira. Porém, mesmo na primeira parte, criámos oportunidades. Só permitimos quatro remates ao adversário e temos de estar felizes."
Sobre a eliminatória, o nosso treinador lembra que "estamos apenas na primeira parte" e nada está decidido: "Respeitamos o nosso adversário e precisamos de uma exibição top no Estádio da Luz."
Veja a conferência de imprensa de Roger Schmidt no Site Oficial.

2
Aursnes, considerado o homem do jogo pela UEFA, explica que "foi um resultado muito bom para nós, uma boa 1.ª mão, mas ainda falta um jogo e temos de dar tudo. Vamos jogo a jogo e veremos."
O autor do primeiro golo, João Mário, partilha da mesma opinião: "Foi um bom primeiro passo, apenas a primeira parte, estamos felizes, mas agora temos de vencer e fazer o mesmo em Lisboa." Assim como Gonçalo Ramos: "É sempre bom começar a fase a eliminar com uma vitória, ainda por cima fora de casa. Ainda não está fechado."
E Chiquinho refere a justiça do resultado: "Tivemos o controlo do jogo e várias oportunidades para fazer golo. Não conseguimos fazer todas as que queríamos, mas no final somos justos vencedores."
Leia as declarações destes jogadores, aqui.

3
Mais uma vez, os benfiquistas demonstraram a grandeza do Benfica ao prestarem enorme apoio nesta deslocação à Bélgica. Gonçalo Ramos realça que "a massa adepta é sempre especial. Os nossos adeptos não nos deixam mal em nenhum lugar, em nenhum país e é sempre bom contar com o apoio deles".
Siga a conta oficial do Benfica no Instagram para ver vídeos do extraordinário apoio nas bancadas e muito mais.

4
A convite do Club Brugge KV, a Direção do Sport Lisboa e Benfica, liderada pelo Presidente Rui Costa, realizou uma visita institucional à Câmara Municipal de Bruges.
Veja as imagens.

5
A nossa equipa de hóquei em patins recebeu e venceu a Oliveirense, por 3-1, em jogo a contar para o Campeonato Nacional. Nuno Resende elogia a equipa, líder da classificação, e salienta a importância do triunfo: "Os jogadores deram aquilo que tinham, conseguimos os três pontos e isso é muito importante nesta fase em que temos muitos jogos."
Veja o resumo do jogo."

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica vai solicitar junto das autoridades belgas esclarecimentos quanto aos motivos que levaram à atuação das forças de segurança no centro da cidade de Bruges horas antes da partida e que culminaram com a detenção de cerca de três dezenas de adeptos do Benfica.
O Sport Lisboa e Benfica agradece aos seus adeptos o apoio inexcedível demonstrado ao longo de mais esta vitoriosa jornada europeia."

Benfica Podcast #474 - The Champions is back

Modalidades #116 - Semanada...

5 minutos: Rogerball...

Corrupção no futebol: Até onde pode ser um desporto fiável?


"Recentemente temos lido notícias sobre a manipulação de resultados na Série B do campeonato brasileiro. Os jogadores visados pela investigação têm sobre si a acusação de que receberiam compensações monetárias como cometer penáltis durante as primeiras partes dos jogos.
Este tipo de situação leva-nos a repensar não apenas em todas estas fraudes mas também nos erros de arbitragem que podem ou não ser cometidos com intenção. Quantos lances verificamos em jogos que podem ter sido com base negocial e que no final definem jogos e até finais de taças.
Há espaço para a manipulação exatamente porque há a crença verificada que as pessoas têm memória curta, os casos são abafados e passam facilmente. Infelizmente há uma probabilidade real de manipular resultados e este tipo de acontecimento pode até refletir na performance dos próprios jogadores. Se refletirmos bem, quantas vezes assistimos a decisões polémicas até em grandes competições e passadas 24 horas já ninguém comenta o assunto?"

Golazo: Premier League = Superliga

Cadomblé do Vata


"1. Superioridade nas ruas; superioridade nas bancadas; superioridade no relvado... às portas da cidade deve haver agora uma placa a dizer "Bem Vindos a Rougge".
2. Acompanho o SLB há muitos anos e acho que esta foi a primeira vez que defrontamos 2 adversários num só jogo de Champions... começamos contra o Bayern da Bélgica e terminamos contra o Carcavelinhos da Flandres.
3. Quando vi o videozinho belga de ontem, fiquei intrigado por eles se auto intitularem "lavradores"... hoje vi o batatal onde nos receberam e entendi tudo.
4. "Queremos ganhar a Champions, mas não podemos ganhar 14 jogos seguidos"... nunca pensei que os objetivos de Roger Schmidt pudessem ser tão limitados.
5. Com a vitória de hoje, somamos 9 em 11 jogos esta temporada e atingimos as 12 partidas seguidas sem derrotas... o Benfiquinha Europeu até se rebola todo na sepultura."

Club Brugge KV 0-2 SL Benfica: belgas ainda assustaram, mas águias já têm um pé nos quartos


"A Crónica: Benfica Aguenta Início Apertado E Colocam-se Em Posição Privilegiada 

As noites que tanto gostamos de futebol da Liga dos Campeões. Na competição onde competem os melhores dos melhores, num ano em que já caíram alguns gigantes e outros ficariam pelo caminho já nesta fase. É um pouco do contexto da prova onde competem Club Brugge KV e SL Benfica, adversários nos oitavos de final, com esta primeira mão a ser jogada na Bélgica. Para as águias, imitar o que o FC Porto conseguiu fazer na fase de grupos – vitória por 0x4 – seria a situação ideal, mas no cenário existente a vitória já deixaria o Benfica em ótima posição para fechar em casa.
Não tardou a haver oportunidade de golo, com a equipa de Roger Schmidt a dar o primeiro aviso, num pontapé de canto. Otamendi passou despercebido e conseguiu cabecear para Ramos, que lhe imitou o gesto, mas sem testar ainda Mignolet, que defendeu tranquilamente. O Brugge chamava a pressão e explorava depois as costas da defesa encarnada com bolas rápidas – é numa situação do tipo que os belgas criam a primeira situação para golo -, sem se darem à pressão e permitir que o Benfica recuperasse a bola em zonas adiantadas. Os belgas procuravam as faixas para criar perigo. O Benfica não foi conservador e manteve-se fiel à sua matriz de jogo, com uma construção de trás para a frente para criar desequilíbrios atrás.
A entrada para a primeira meia hora de jogo trouxe mais posse e estabilidade para o Benfica em Bruges, que começava a defender melhor. Gonçalo Ramos e Rafa começavam a colecionar oportunidades, com Rafa a fazer uso da sua velocidade para romper. O desequilibrador encarnado enviou uma bola ao poste e aos 34 minutos rematou cruzado, obrigando Mignolet a uma defesa apertada. Sentia-se mais Benfica com o passar dos minutos.
Os encarnados começaram a segunda parte com uma intensidade acima do demonstrado no primeiro tempo e ficou perto do golo, com Ramos a colocar a bola muito perto da baliza. Não fez o desejado golo, mas conseguiu uma grande penalidade após uma falha de Hendry. Na conversão do castigo máximo, João Mário fez o quinto da sua conta pessoal na Liga dos Campeões, abrindo o marcador. Um golo muito importante para as águias.
A equipa da Luz chegava a último terço, sem criar grande perigo. A definição foi um problema em que os comandados de Roger Schmidt esbarraram. A formação orientada por Scott Parker estava completamente desligada e sem ideias, com o Benfica a dominar por completo o rumo dos acontecimentos, mantendo a toada sem criar muito perigo, até ao minuto 72. Neres soltou Grimaldo no espaço e este colocou a bola redondinha para Chiquinho na área, mas o médio português não conseguiu ter a capacidade de fazer golo.
O ímpeto da primeira parte por lá ficou e o Brugge não conseguiu criar nenhum lance passível de golo até ao final da partida. O Benfica geriu a sua vantagem, geriu também o esforço físico de peças importantes como Ramos e Rafa e não passou por nenhum calafrio após o golo. Numa fase do jogo mais apagada, surge o segundo golo. Erro na defesa belga, pressão de Neres, que se isola e finaliza com categoria. Assim, uma vitória por dois golos de diferença, que coloca o Benfica perto dos quartos de final. A segunda mão é dia sete de março, no Estádio da Luz.

A Figura
João MárioUm regalo de ver jogar. O médio internacional português faz a equipa jogar, define ritmos de posses e é o catalisador dos ataques. Joga sempre solto e hoje juntou mais um golo, numa época goleadora para ‘Super Mário’.

O Fora de Jogo
Centrais dos belgas Numa noite em que criar oportunidades de golo revelou-se ser muito difícil, os centrais de Scott Parker cometeram dois erros que custaram um resultado positivo à sua equipa. Primeiro Hendry, a dar um penalti e depois Meijer que não sentiu a pressão de David Neres, que faria depois o segundo encarnado."

Depois do la la Lang, o filme do costume de João Mário


"O Benfica venceu o Club Brugge (com um deslumbrante e serpenteante Noa Lang) por 2-0, com golos de João Mário e David Neres. Os belgas entraram bem e criaram problemas, mas os lisboetas afinaram a maquinaria e foram superiores neste regresso à Liga dos Campeões. A segunda mão joga-se a 7 de março, no Estádio da Luz

Na véspera do jogo contra o Club Brugge falaram a João Mário sobre intensidade. Uma palavrita tão na moda que quase merece um ministério na tabela periódica, tal é a profunda devoção e amor que tantos lhe têm, ou uma menção num conto cru qualquer de Rubem Fonseca. O futebolista do Benfica refletiu sobre o assunto depois de sorrir matreiramente, como se finalmente lhe dessem uma oportunidade para desmontar um mito. “Serve de desculpa para tudo”, denunciou. “Essa questão deve ser posta de forma coletiva. (...) Há um banalizar dessa expressão, não gosto tanto, sinceramente.” E silêncio.
Silenciosos devem ser os pitons com que calca qualquer tijoleira ou relvado. A intensidade de João Mário está no cérebro, no fino pé direito e na disponibilidade para ajudar os outros a manter a bola do lado dos homens que usam uma farda como a dele. Depois de uma entrada interessante do Club Brugge – e sobretudo durante o omnipresente festival do drible de Noa Lang –, João Mário voltou a ser importante. Pelo passe, pelas decisões, pela generosidade através do bom jogo e não tanto através de uma fúria que não leva no corpo. E pelo golo, de penálti, aos 51’, que abriu o caminho para a vitória no campo do Club Brugge (0-2, David Neres marcou perto dos 90’), a contar para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. O médio, numa intensa relação com o golo, celebrou pela 17.ª vez esta temporada (5 na Europa, 4 de penálti). O internacional português marca há quatro jogos consecutivos na Champions.
Este encontro foi inaugurado com 47 passes em quase três minutos para os rapazes de vermelho. Na ressaca dessa bebedeira de tantas certezas, Gonçalo Ramos, de regresso ao 11 de Roger Schmidt, ameaçou o golo. Do outro lado o perigo ganiu através do velocista Tajon Buchanan. O canadiano acelerou pela esquerda e só uma mancha de Odysseas Vlachodimos evitou a explosão de alegria em Bruges.
A barbaridade de virtuosismo que escorria das botas de Noa Lang era admirável. Rafa, mais um regresso ao 11 do Benfica, também ia aparecendo, sempre naquela zona malandra, entre defesas e médios, onde pode rodar e acelerar. Os belgas tornaram-se muito, muito desconfortáveis nos primeiros 25, 30 minutos. O vagabundo Lang continuava a provocar tempestades no estômago dos benfiquistas. A equipa acompanhava e afastava-se de qualquer ideia de banalidade, bastava lembrar que eliminou Bayer Leverkusen e Atlético de Madrid na fase de grupos. Mordia à frente, tentava jogar, criava perigo, aniquilando assim um eventual jogo de palavras entre park the bus e Scott Parker, o treinador inglês que esta noite se estreava neste torneio.
Enquanto o Benfica não juntou ligeiramente as linhas e meteu algum gelo com a bola no pé foi sofrendo, o vaivém e o toma lá dá cá deixava os adversários muito confortáveis. Clinton Mata e Kamal Sowah voavam pela direita. Buchanan fazia o mesmo pela esquerda. A defender esses extremos juntavam-se quase à linha defensiva, criando uma muralha de 5 e 6 homens.
No primeiro tempo, um dos melhores lances do Benfica saiu dos pés do agora único campeão do mundo do plantel. Nicolás Otamendi mandou-se para o chão, em carrinho, e robou a bola a Denis Odoi. O argentino desatou numa desenfreada correria por uma pradaria impecável. Talvez o estatuto de rei do Catar lhe conceda alguns benefícios, nomeadamente o de ninguém se meter à sua frente. Quando chegou à área, tocou para João Mário e o cruzamento foi bloqueado.
Travado aquela irreverência alheia toda, inaugurou-se o festival do desperdício. Primeiro foi Fredrik Aursnes – bateu mal na bola –, após jogada entre Gonçalo Ramos e Rafa. Depois, um quase autogolo da defesa belga. Um dia depois do dia de São Valentim, António Silva desperdiçou um bombom oferecido pelo seu companheiro de ofício. Rafa atirou ao poste, num gesto difícil, uma bola que saiu do tal fino pé de João Mário. Ramos atirou por cima, mais um excelente cruzamento de João Mário, o tal que anda feliz da vida com o estilo de jogo deste Benfica de Schmidt. Hipotecava-se a alegria… e a tristeza foi ensaiada, quando uma bola de Odoi entrou na baliza de Vlachodimos. Fora de jogo, sentenciaram os árbitros.
Pouco depois do descanso, Gonçalo Ramos, que já havia falhado um golo cantado, ganhou um penálti. Antecipou-se ao defesa que ia sacudir a bola para longe na área. João Mário ofereceu o “1” ao marcador.
Os lisboetas iam-se revelando uma equipa madura, séria, comprometida e que sabia sentir o vento do jogo. Tentando atormentar essa segurança, Noa Lang, um talento cuspido pela fábrica de magos do Ajax, continuava a sua cruzada. O neerlandês só precisou de 60 minutos para superar o recorde de dribles eficazes desta edição da Liga dos Campeões, que pertencia a Rafael Leão, contava a GoalPoint.
O Club Brugge deixara há muito de encontrar os caminhos para a baliza do Benfica, para tal muito contribuiu o papel de Florentino e António Silva. Schmidt lançou então, aos 65’, Gonçalo Guedes e Neres, dando gás ao ataque encarnado. Quem quase fez o 2-0 até foi Chiquinho, um médio-faz-tudo que conta com a confiança do treinador alemão. Já com o ameaçador Ferran Jutglà em campo, testemunhou-se a mais um erro da defesa belga que permitiu outra investida contra a baliza de Simon Mignolet. Bjorn Meijer deixou a bola para a bota felina de Neres. O brasileiro aproveitou a gentileza e meteu a eliminatória num 2-0 que promete um final feliz na Luz.
Em cima da hora, João Mário voltou a ser protagonista ao colar, descolar, colar e descolar outra vez as palmas das mãos dos muitos adeptos benfiquistas que cantavam no Jan Breydel Stadion. E mais: deu lugar a João Neves, um garoto que fez a sua estreia na Liga dos Campeões."

Percentagem de penalty's no total de golos marcados, nas últimas 3 épocas!!!