Últimas indefectivações

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Força Benfiquista...


PS: O facto desta iniciativa solidária do Benfica, ter sido criticada em directo na televisão, é a prova declarada que o nível de demência mental no Tugão já ultrapassou todos os níveis aceitáveis...!!!

Europa a várias velocidades (I)

"A final da Champions foi excelente. Venceu bem o Real Madrid. Nos últimos 4 anos, a equipa merengue venceu 3 Ligas. É obra! Cristiano Ronaldo foi soberano. Zidane não precisa de histrionismos patéticos nem de piadas subliminares. É um senhor, como senhores são os derrotados Massiniliano Allegri e o príncipe do futebol, Gianluigi Buffon.
Depois desta final, resolvi revisitar a história das últimas 10 edições da Champions. Nesta última década, acentuou-se, provavelmente de um modo irreversível, o fosso entre os (poucos) do costume e os (muitos) de acompanhamento.
E, de facto, os números falam por si. Dos 10 títulos 6 são espanhóis (3 para o Real Madrid e 3 para o Barcelona). Os outros 4 repartem-se pelo Bayern, por 2 ingleses (Chelsea e Man. United) e pelo Inter, agora arredado destas lides.

Mais significativos são os dados relativos aos países representados nas meias-finais: 43% espanhóis (apenas 3 clubes: além dos já citados, o Atlético de Madrid), 25% ingleses (aqui com os 5 clássicos: Man. United, Chelsea, Man. City, Arsenal e Liverpool), 20% alemães (o inevitável Bayern, Dortmund e Schalke), 8% italianos (Juventus e Inter) e 5% franceses (Lyon e Mónaco, com a curiosidade de o PSG nunca lá ter chegado). Outros países? Nenhum!
Ou seja, fora deste conjunto dourado, o máximo que outras equipas têm alcançado é os quartos-de-final. É aí que, uma vez por outra, Portugal tem estado representado. Amanhã, concluirei esta breve análise sobre - também no futebol - uma Europa a várias velocidades. E, em ambos os casos - político e desportivo - desejadas e até estimuladas pelos poderosos.

(continua)"

Bagão Félix, in A Bola

O mundo está um sítio perigoso

"Como pode o futebol responder às dúvidas, hoje prementes, quanto à realização do Mundial, em 2002, no Catar? Para já, mandará a prudência que a FIFA tenha no bolso um plano B, para o que der e vier. Mas a verdade é que as escolhas de Zurique nos últimos anos têm sido sempre de risco, o que nos remete para outra questão: na presente conjuntura haverá alguma sede segura?
De qualquer forma, realizar o Mundial numa África do Sul que se despedida de Nélson Mandela (a sua derradeira aparição pública ocorreu entre Espanha e Holanda) foi jogar com a sorte (e tudo correu bem); quatro anos depois, fazer a maior competição de futebol num Brasil mergulhado numa tremenda convulsão social, foi andar no arame sem rede (e os brasileiros lá estabeleceram uma trégua que parou as manifestações e ajudou à festa...); visando o Campeonato do Mundo da Rússia de 2018, ninguém poderá fazer uma previsão certa de como estará o ambiente político internacional, onde os russos são um player essencial, provocando amores e desamores (vai ser uma espécie de roleta russa); e então que dizer do Mundial do Catar?
Como se as dúvidas reinantes não bastassem (clima tórrido, território exíguo, dificuldades de mobilidade dos adeptos e polémica em relação às condições laborais na construção dos estádios), junta-se-lhe a sombra de um boicote sunita alargado ao país organizador, que está muito para lá do pay check da FIFA.
É curioso verificar como, em plena época da globalização do futebol, vai sendo cada vez mais difícil levar o jogo a latitudes diferentes. Além de que o Mundo está menos fiável e mais perigoso..."

José Manuel Delgado, in A Bola

'Fina' hipocrisia !!!



"Aquilo que o director de comunicação do Porto ontem fez, além de atirar areia para os olhos dos seus adeptos, é a demonstração clara da actual impotência do Porto em lutar contra o Benfica. Com aliancas ou sem alianças. Vamos é tratar de coisas sérias que isto vai ser como o processo dos vouchers. É a estratégia dos perdedores e ressabiados. O Benfica não cometeu nenhum crime, não comprou árbitros com viagens e meretrizes. O Benfica não recebe árbitros em casa do seu presidente. O Benfica não está metido naquela mixordia de escutas que apenas peca por defeito em relação à denúncia da pouca vergonha que foi o futebol português durante mais de vinte anos. O Benfica não alinha em quinhentinhos, não tem uma estratégia de intimidação dos seus adversários e entidades ou pessoas não alinhadas. O Benfica não faz nem desfaz equipas que sobem ou descem de divisão, de acordo com as suas conveniências. O Benfica não ameaça os jogadores que mantém emprestados nos outros clubes nas semanas que antecedem os jogos em que defrontam o clube de origem. O Benfica não foi condenado por corrupção...o Benfica não tem ligações especiais à PJ que permitam ao seu presidente fugir para a Galiza se entrasse por esses caminhos invios da batota desportiva. Por muito que não queiram o Benfica é Tetracampeão numa altura em que o futebol português ganhou vergonha do seu passado mais recente apesar das constantes tentativas de o cobrir, de novo, com a lama dos procedimentos criminosos e batoteiros."

José Marinho, in Facebook

"- A confiança é tanta nos e-mails e na possibilidade de comprometer o Benfica que a denúncia que chegou ao Ministério Público era...anónima.
- Em relação a este Apito Atabalhoado apenas uma dúvida. O que terá Jesus, actual treinador do Sporting, a comentar sobre isto...?
- O Apito Atabalhoado esqueceu-se de um nome. Tiago Antunes....lembram-se, aquele árbitro que foi ameaçado por Luís Gonçalves que veria a sua carreira andar para trás? Nem de propósito...foi despromovido.
- O Ministério Público abriu um inquérito ao material denunciado no Apito Atabalhoado. Isso é bom. Provavelmente o Benfica mais rapidamente verá o seu nome limpo do que os adeptos do Porto verão o seu novo treinador apresentado.
- O presidente do Benfica tinha marcada uma entrevista, esta noite, na RTP. Uma entrevista que a RTP sabia, desde o fim de semana, que não se faria hoje, porque o presidente do Benfica não estaria em Portugal durante o dia de hoje. Como não está. Mas calma...não está em Vigo."

PS: Aqui está um 'vouchers' II !!! A estratégia de desinformação é igual...
Inacreditável o destaque dado a um anúncio 'cheio de nada' (o artigo no ÁS espanhol, foi só mais uma encomenda ao avençado do costume...)!!!
Um sabujo leu um suposto e-mail (privado) de um ex-árbitro (com um curriculum de benefícios aos Corruptos!!!), para um funcionário da BTV, onde defende a teoria, que os árbitros Não Internacionais, prejudicam menos o Benfica, do que os Internacionais!!!
A 'coisa' é tão grave, que apesar de estar na posse de tal documento à tanto tempo, nunca se lembrou de o entregar nas autoridades competentes!!!!

Como podemos recordar no Youtube, as notícias 'encomendas', mentirosas, são a 'prata da casa'...!!!!

E já agora, não foi só o Tiago Antunes que foi despromovido, o Jorge Ferreira, cuja a família foi ameaçada durante a época, também foi despromovido, depois de ter sido 'vetado'' para os jogos dos 'grandes'!!!!  E já agora, Luís Ferreira, autor dos dois maiores escândalos da época: Benfica-Boavista, e Corruptos-Tondela safou-se!!!

É oficial...


Final de época: ‘reset & go’!

"No futebol, os finais de época são sempre alturas "tumultuosas", do ponto de vista dos afectos.
Ou a época correu bem e iniciam-se os festejos desse mesmo "feito" e se alcança (ou deseja) "aquele" contrato que servirá de impulso para melhor qualidade de vida e/ou melhores condições de treino e evolução...
Ou a época correu "mal" (ou de forma insuficiente) e a busca incessante de justificações instala-se, levantando-se considerações acerca das "injustiças" que se observam (ou julgamos observar) no meio que nos rodeia - nas oportunidades que o treinador não deu, no dirigente que não apostou, no empresário que não se tem (ou de quem não se gosta), entre outras possíveis razões para o insucesso. 
Tendencialmente (salvo excepções que possam surgir), e não só no contexto de futebol, reagimos assim:
Sucesso - comemoração; 
Insucesso - julgamos negativamente (a si próprio, aos outros, ao meio);
Curiosamente, em ambas as situações, comete-se o mesmo erro pois, na realidade, se não nos detivermos a avaliar o padrão de comportamentos  que mantivemos, e que nos conduziu ao sucesso/insucesso, teremos sempre dificuldade em desencadear, voluntariamente, os comportamentos que, de forma consistente e consolidada, nos aproximarão do sucesso.
De facto, e numa semana em que tanto se fala do Ronaldo, e validando apenas algumas das características que lhe são publicamente reconhecidas, o seu DNA espelha uma enorme vontade de superação... a partir do seu próprio trabalho.
Por outras palavras, a partir da única coisa que realmente controla - o seu próprio comportamento.
Se pensarmos nesta fórmula, de nos centrarmos em exclusivo no nosso comportamento que, aparentemente, evidencia ser uma das alavancas do seu sucesso (como de tantas outras "personalidades" que, em áreas distintas, pela qualidade consistente do seu trabalho obtém sucesso), teremos algumas directrizes que importa integrar como "exercício" de final de época:
1) Face ao sucesso;
Frequentemente, no que respeita ao sucesso, a acção a limita-se à sua comemoração e a "curtir" a "onda" de adrenalina que dele advém.
De facto, esta primeira acção é já, para alguns atletas, um enorme "feito" pois, muitas vezes, por terem padrões de exigência demasiadamente (entenda-se: disfuncionalmente) elevados, acabam por nem sequer "cumprir" este passo - fundamental para a consolidação da sua confiança.
Ficará, então, por cumprir uma segunda acção, que se traduz na análise do que conseguimos efectivamente fazer, de acordo com o planeado. Por outras palavras, algo como:
· O que correu bem e como vou repetir?
· O que podia ter corrido melhor e como posso procurar/activar oportunidades (soluções/ferramentas/atitudes) que alavanquem a minha evolução?
(ex: por vezes, apostar numa melhor qualidade alimentar e de sono pode ser suficiente para dar "aquele salto" que não se imaginava alcançar)
Estamos, assim, a optimizar (treinar!) a consciência ou, por outras palavras, a capacidade em reconhecer e trabalhar e comportamentos de sucesso.
2) Face ao insucesso;
Aqui a coisa complica... Seja porque a cabeça dos atletas tende a culpabilizar-se por tudo ou a iniciar um "agigantar" de raiva na direcção de tudo e todos (por se achar que não se merece o que se alcançou), até porque, muito frequentemente, amigos e familiares, numa tentativa de proteger a confiança do atleta, validam os "azares" com o treinador, o árbitro, o empresário, a lesão...
Enfim, acaba-se por se investir demasiado tempo nos "porquês" (fora da acção do indivíduo) e muito pouco tempo nos "como?" (centrados na acção do próprio) que, de facto, ajudarão o atleta a superar a situação.
Na realidade, há treinadores que, intencionalmente ou não, têm preferências com determinado tipo de atletas... há dirigentes e/ou empresários que, chamando a si a missão de "ajuda", acabam por só prejudicar, há árbitros que (tal como os atletas) cometem erros e há lesões que surgem na pior parte da época mas...
Contudo, tudo isto faz parte do jogo. E, se o atleta aceita participar, então, deve aceitar todas estas condicionantes que, já agora, não controla...
O desafio está, como a própria investigação científica corrobora, ao evidenciar uma das principais características associadas a atletas de elite na optimização da capacidade em focar a atenção apenas no que se consegue controlar, no caso, no próprio comportamento.
E, também aqui, em contexto de insucesso, essa característica será a alavanca que o ajudará a traduzir o insucesso em oportunidades de êxito, na medida em que uma correta análise do mesmo, resultará invariavelmente numa gigante margem de progressão para a próxima época.
Até porque, o Sucesso está "recheado" de um considerável número de "erros" (ou oportunidades de optimização) que, frequentemente desconsideramos por estarmos "inebriados" com a "comemoração" (o que resulta num erro e perda de oportunidades de progressão)...
E o Insucesso transporta um enorme conjunto de acções bem sucedidas, que se tende a desconsiderar pela "nuvem" que se instala com a desilusão do resultado final (o que resulta num ERRO da mesma dimensão). 
Em suma, os finais de época (entenda-se o final de época de um atleta/treinador/árbitro/dirigente, o final de um ano escolar para um aluno, ou do ano económico para uma empresa), transportam uma enorme oportunidade que se traduz numa espécie de "encerrar para balanço" (como, há uns anos, se observava nas vitrines de lojas de rua), onde se deve identificar claramente, seja em contexto de sucesso ou insucesso, que comportamentos me aproximaram do meu objectivo e que comportamentos devem ser melhorados."

Desmentido e repúdio

"O Sport Lisboa e Benfica repudia e desmente de forma veemente as falsas e absurdas insinuações do director de comunicação do FCP e avançará com o correspondente processo crime por difamação e outros processos que se justifiquem. Considerando que mais não visam do que desviar as atenções da crise e graves problemas por que passam outras instituições."


PS: É preciso realçar que aquilo que afinal é mais importante: o conteúdo destas supostas denúncias é completamente pífio!!! Nada, de nada... 
Em segundo lugar, a divulgação de comunicações privadas (manipuladas ou não) é crime... E quando essa divulgação tem claras intenções de propaganda barata, tentando denegrir o bom nome do SL Benfica, ainda é mais grave...
Em terceiro lugar: quando afinal depois de tanto procurarem, o mais grave que conseguiram 'construir', é isto, então, estou mais descansado!!!!!

Benfiquismo (CDXCII)

De branco...!!!

105x68... Benfica não pára !!!

Zidane, Vitória e Conceição

"A crítica e os críticos ora revelam benevolência e tolerância com uns ora, nas mesmas circunstâncias, nem sequer dão tempo a outros para dizerem bom-dia.

À segunda vitória na Liga dos Campeões, Zinedine Zidane adquiriu estatuto como treinador, apesar de o mundo ter sido alertado para o perigo da sua pouca experiência quando no dealbar do ano passado foi escolhido para substituir Rafael Benítez.
A crítica e os críticos ora revelam benevolência e tolerância com uns, aplainando-lhes o terreno para uma progressão sem escolhos, ora, nas mesmas circunstâncias, nem sequer dão tempo a outros para dizerem bom dia. Colocam-lhes logo o laço ao pescoço para uma asfixia que vão apresando ou retardando de acordo com os seus caprichos.
Zidane jamais reclamou tratamento especial pela sua carreira futebolística, por saber que uma coisa é jogar e outra é treinar. Em face da sua simplicidade, foi logo colocado no grupo dos duvidosos, dos que se olham de viés por não de se descortinarem neles aptidões para bom desempenho na complexa do treino.
Situação muito semelhante, quase tirada a papel químico, se observou com Rui Vitória, agravada pelo facto de, enquanto praticamente, imensamente distante do virtuosismo da estrela francesa, ter sido mais um a integrar a multidão de candidatos a outro modo de vida.

Em Espanha, Zidane impôs-se com trabalho e competência, sem recurso a maquilhagens, nem a outros artifícios em voga, que geram mordomias, que até podem colocar um treinador em capas de revistas sociais, mas não o ensinam a ganhar jogos ou a conquistar títulos. Em Portugal, Rui Vitória é exemplo fiel disso. De ignorante e sem jeito, além de outras alarvices que traduzem o perfil dos seus autores, de tudo se disse um pouco para o achincalhar, ora com direito a palmas de prosélitos fiéis, ora perante o silêncio cúmplice de quem, discordando, optou por anódino encolher de ombros.
Tal como o francês, e salvaguardadas as diferenças entre os cenários, também em apenas dois anos Vitória respondeu com dois Campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Taça da Liga e uma Supertaça, além de ter levado o Benfica à Liga dos Campeões (quartos de final com o Bayern e oitavos com o Dortmund). Sem conquistas, sim, mas assentando-lhe bem a ousadia de admitir que o caminho certo é o do Real. Para já, é o que há. Suficiente, porém, para o treinador da águia deixar quantos o inundaram de defeitos e lhe desejaram má sorte a falar entre si nos botecos da má língua. Até por respeito a um princípio simples e genuíno a que repetidas vezes recorreu para tornear algumas questões que lhe suscitaram desconfiança: cada qual segue a sua vida...

Escreveu o professor Manuel Sérgio em A Bola Online que os adeptos do Benfica devem estar agradecidos à estrutura que soube escolher Rui Vitória e a este porque soube liderar, com mestria, os jogadores que a estrutura lhe concedeu.
No tetra está, portanto, a estrutura, o treinador e os jogadores. E, de todos, qual terá sido o mais decisivo? Pergunta pertinente sem resposta devidamente suportada, «embora, no tapete verde de relva, durante os jogos, jogadores sejam sempre os mais decisivos».
Claro que são eles, os jogadores, e é esse reconhecimento que aproxima Vitória e Zidane, por ambos perceberem que na escala de prioridades a valorização humana se situa acima de todas as outras, principalmente quando se tem o melhor do Mundo, Cristiano Ronaldo.
Para haver futebol sem tácticas, mas não há futebol sem jogadores. Portanto, um treinador só é verdadeiramente grande quando, nas vitórias e nas derrotas, recolher o apreço e a disciplina dos jogadores com quem diariamente convive, sem precisar de qualquer declaração pública ouvir ou ler avulsos elogios por indicação de modernas estratégias de comunicação que, em rigor, pouco empolgam e nenhuma eficácia produzem.

No primeiro mês do ano transacto, o Real Madrid procurava substituto para Benitez e o FC Porto para Lopetegui. Florentino Pérez marcou golo ao acertar em Zidane, por convicção ou por mero acaso não sabemos, enquanto Pinto da Costa chutou a bola para bancada e... atingiu Peseiro. Logo nessa altura, escrevi neste espaço semanal que Sérgio Conceição seria a melhor solução, por ver nele um homem sério, lutador e firme (19 de Janeiro de 2016, pág. 37). E acrescentei:
«Revela uma personalidade vincada e uma coragem que não o inibe, por exemplo, se for esse o seu entendimento em benefício do grupo, se sentar o intocável Casillas no banco e devolver a titularidade a Helton. Creio que é um homem com esta garra e esta extraordinária vontade de triunfar de que o dragão precisa para devolver o entusiasmo e a confiança aos jogadores e fazer-lhes ver que no FC Porto não se desiste a meio».
Não é minha intenção louvar o provável futuro treinador do dragão. Ele não precisa e não quero agitar sumidades, porventura atarefadas na engendração de um tratado técnico-científico para justificar este atraso de ano e meio que vai obrigar Conceição a muitas horas extraordinárias para reparar o erro e tentar recuperar o tempo que se esbanjou. Só deixo este alerta."

Fernando Guerra, in A Bola

O que mudariam os adeptos no futebol

"As respostas ao desafio que lancei foram brilhantes. É a voz de quem dá alma ao jogo.

Lancei, como habitualmente faço na minha página oficial do Facebook, um desafio ao chamado adepto comum. A ideia era que sugerissem uma alteração (apenas uma) que fariam às Leis do Jogo, caso tivessem essa possibilidade.
As respostas, quase quatro centenas, foram absolutamente brilhantes. Algumas mais idealistas e arrojadas, outras bem pensadas e fundamentadas. Hoje todos nós, agentes directos ou indirectos do jogo, pensamos saber tudo sobre futebol: o que deve manter, o que precisa dispensar e o que pode criar, construir. Mas a verdade é que muito raramente nos predispomos a ouvir a voz daqueles que verdadeiramente alimentam o jogo. A voz daqueles que lhes dão alma, alegria e substância: os adeptos. Deixo-voz com um apanhado de vinte dessas sugestões, comuns a muitos dos participantes. Preparados? Então vamos a isso:
1. Pontapés de penálti (ou pontapés livres directos) a partir da décima falta colectiva de uma equipa (e/ou a partir daí, de cinco em cinco ou dez em dez infracções);
2. Fim do cartão amarelo para o jogador que dispa a camisola para festejar um golo;
3. Cronometragem do tempo útil de jogo (nesta foram propostas várias ideias distintas);
4. Fim das substituições após o minuto 90 (para evitar perdas de tempo);
5. Lançamentos laterais efectuados com o pé;
6. Fim do fora-de-jogo ou aplicável apenas dentro das áreas;
7. Fim do pontapé de baliza (recomeço feito, pelo GR, com as mãos como se fosse uma defesa, sobre a qual aplicava-se a regra dos 6');
8. Jogador que lesionasse outro teria que sair do terreno por igual período ao do lesionado;
9. Suspensão temporária (5' ou 10') para determinada infracções - exibição de cartão azul;
10. Assistência em campo sem interrupção de jogo (para os casos menos graves e à excepção do GR);
11. Substituições volantes (sem paragem de jogo e controlada pelo 4.º árbitro, à excepção do GR);
12. Árbitros falarem sobre as incidências dos jogos (flash interview ou conferência imprensa);
13. O 4.º árbitro passaria a autorizar a entrada em campo das equipas médicas:
14. Fim dos pontapés livres indirectos - todos passariam a ser directos;
15. Fim do limite das substituições (se fossem volantes);
16. Vermelho directo para simulações evidentes;
17. Só o capitão poderia falar com o árbitro: qualquer outro jogador seria punido com advertência;
18. Introdução obrigatória do Cartão Branco, exibido apenas em gestos de Fair Play: quem o merecesse, limparia cadastro disciplinar até aí acumulado;
19. Protestos com o árbitro sobre faltas assinaladas punidos com pontapé livre 5 metros à frente do local original;
20. Colocação de uma câmara no árbitro, junto à vista, para que o adepto pudesse ver qual a perspectiva que este teve num lance de análise difícil ou discutível.

Deixem-me que vos diga uma coisa: esta última é qualquer coisa de genial... Mas todas as outras são a prova cabal que, quando distantes da dor do clubismo e da poderosa influência do mundo da bola, os adeptos são, na verdade, quem mais percebe de futebol. Alguém duvida que, no prazo de cinco/dez anos, algumas destas ideias vão mesmo ser implementadas?"


Duarte Gomes, in A Bola

PS: Concordo na totalidade ou em parte, com as propostas: 1, 2, 3, 9, 14, 17, 19 e 20.
Diga-se que a câmara no árbitro, é algo que existe actualmente do Rugby... e com som, para se ouvir as conversas com os jogadores e as conversas com o VAR e directo...