Últimas indefectivações

domingo, 1 de dezembro de 2019

SL Benfica B na International Premier League: será este o ano?

"A International Premier League destaca-se no Velho Continente pelo formato inovador, estilo Champions, e pela repercussão que uma competição organizada pela liga mais marketingzada do planeta naturalmente oferece. As 12 melhores equipas sub-23 de Inglaterra (ou seja, as que compõem a Premier League 2) recebem nos seus terrenos as 12 melhores academias da Europa, que surgem por convite. É uma prova oficial, apesar de não estar ao abrigo uefeiro: é o mais próximo que existe duma Champions League no escalão etário em questão, um intermediário entre a Youth League e a competição original. O SL Benfica, sendo presença habitual no certame, resiste em confirmar o prestígio que o Seixal vai construindo na Europa, com prestações muito aquém e a impressão de um certo desinteresse dos responsáveis encarnados. Este ano, porém, a situação encaminha-se com outra seriedade, demonstrado com o primeiro lugar na fase de grupos e ao deixar para trás a rapaziada do Hertha BSC, do Blackburn Rovers FC e do Newcastle United FC.
É com toda a naturalidade que os comandados de Renato Paiva confirmam as previsões de superioridade contra os adversários em questão. Depois da vitória inicial por 2-1 sobre os alemães e do empate seguinte (1-1) com os Magpies, nova vitória por 2-1 sobre os Rovers (com Daniel dos Anjos a tornar-se herói numa reviravolta épica ao cair do pano) confirma o lugar cimeiro da classificação e a porta aberta para os quartos-de-final, sendo a primeira equipa a lá chegar.
Torna-se então motivo de reflexão a demora na aposta séria na competição. Desde 2014-15 que o Benfica se tem passeado por Inglaterra sem grande destaque, cabendo ao FC Porto a manutenção da honra portuguesa com duas vitórias finais. Na primeira época, um decepcionante terceiro lugar nos grupos contra as qualidades de Manchester City FC, Leicester City FC e Schalke 04. Em 2015-16, a chegada ao quartos-de-final depois de um grupo com Chelsea FC e Liverpool FC, para a seguir existir o tropeção contra o… FC Porto (0-1). No ano seguinte, um dos piores segundos classificados num aglomerado com Sunderland AFC, PSV Eindhoven e Derby County FC. Na última grande olvidável época para o universo benfiquista, 2017-18, houve terceiro lugar contra Villarreal CF, Tottenham Hotspur FC e West Ham FC e, no ano passado, o último lugar confirmou-se apesar de – caricatamente – coincidir com uma vitória sobre o… Bayern de Munique, futuro vencedor da competição.
É portanto uma das maiores missões a curto prazo para a formação encarnada e para o próprio Benfica Futebol Campus, além da teimosa Youth League, que vai resistindo ao Museu Cosme Damião. Renato Paiva terá com toda a certeza ambições internacionais, num mercado demasiado mediático para o SL Benfica ignorar. Toda a equipa técnica mostra querer-se afirmar de forma sério nesse contexto e tudo têm feito esta temporada para respeitar os pergaminhos do clube, existindo a qualidade no plantel por eles dirigidos para dar azo a vitórias que confirmem, finalmente, o troféu."

O lazer da sociedade de consumo

"Para Karl Marx (1818-1883), o lazer é o “espaço do desenvolvimento humano”; para Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) é o tempo das “composições livres”; para Auguste Comte (1798-1857), é a possibilidade de desenvolver a “astronomia popular”; Friedrich Engels (1820-1895) reclamava a diminuição das horas de trabalho “a fim de ficar para todos o tempo livre suficiente para participarem nos assuntos gerais da sociedade”. Retiradas da obra de Dumazedier (1962), este conjunto de citações serve de introdução à noção de lazer avançada por este autor: o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo se pode entregar livremente, seja para desenvolver a sua informação ou a sua formação desinteressada, a sua participação social voluntária ou a sua livre capacidade criadora depois de ser separado das suas obrigações profissionais, familiares e sociais. Para este autor, o lazer engloba ainda três funções: desenvolvimento, descontracção e divertimento. O lazer, apesar de ter sempre existido de uma forma directa ou indirecta, tornou-se reconhecido como um direito por parte da população, especialmente após a Revolução Industrial e, principalmente, após a Segunda Guerra Mundial. Os lazeres são valorizados relativamente ao trabalho. Progressivamente, os indivíduos procuram o bem-estar pessoal e o hedonismo. A emergência desta nova sociedade dos lazeres desportivos torna-se visível com o surgimento de grandes armazéns de desporto (Go Sport, Decathlon, etc.). Nesta sociedade de consumo, os indivíduos aspiram a “aproveitar a vida”. As palavras de Horace, “Carpem diem”, encontram aqui, de certa forma, o seu sentido. A pluriatividade ou “multiprática”, e o “zapping desportivo”, não cessam de ganhar terreno no seio dos praticantes desportivos, que procuram, assim, colmatar o aborrecimento, mudar de horizontes e de prazeres (Lipovestky, 2006)."

Consumir desporto


"O Total Sportek – um site que cobre e fornece links de transmissão ao vivo gratuitos e informações sobre partidas para alguns dos maiores eventos esportivos ao vivo que geralmente são transmitidos pela Sky Sports e BT Sport – publicou um estudo que apresenta “os 25 desportos mais populares do Mundo”.
Para tal foram seleccionados treze parâmetros sob os quais foram analisadas várias modalidades:
1. Audiências globais e público-alvo
2. Números de audiência televisivos
3. Número de ligas profissionais em todo o mundo
4. Valores de direitos televisivos
5. Valores de contratos de patrocínios
6. Salário médio de atletas na liga principal
7. Maior competição e número de países representados
8. Presença nas redes sociais
9. Destaque nos meios de comunicação (sites, TV)
10. Relevância ao longo do ano
11. Domínio regional
12. Igualdade de género
13. Acessibilidade ao público em geral em todo o mundo
Não é o resultado deste estudo que nos preocupa – o qual será facilmente consultado na internet – mas sim os critérios adoptados para se procurar o resultado investigado. São parâmetros de pendor declaradamente económico, com base na apresentação de um produto como espectáculo. Um espectáculo que depende essencialmente de dinheiro. De dinheiro da televisão, de dinheiro dos patrocinadores, de dinheiro do merchandising, de dinheiro da publicidade e, em última instância, de dinheiro do consumidor.
Não se atendeu aos critérios “maior número de praticantes por modalidade” ou “modalidade que mais valores fomenta” por exemplo. As vertentes social e cultural são minimamente tidas em conta.
Se dúvidas ainda haveria sobre o negócio existente à volta de toda e qualquer modalidade, a escolha destes parâmetros eliminam-nas.
Já não são a vitória e o recorde as principais especificidades do desporto pós-moderno, mas sim o lucro…
Facto que é demonstrado por um simples exemplo: logo após os Jogos Olímpicos de Inverno em 2018, onde 2 atletas «limpos» da Rússia, a competirem sob a bandeira do COI, foram apanhados nas malhas do doping, um entendimento entre Thomas Bach, presidente do COI, e Igor Levitin, ex-ministro dos Transportes e representante de Putin na Coreia do Sul, revelou o seguinte: Moscovo pagou a quantia de 15 milhões de dólares a título de contributo para a luta contra o doping e retirou o recurso apresentado no TAS relativamente ao levantador de pesos Alexander Krushelnitsky, que teve de devolver a medalha de bronze… e a Rússia foi readmitida pelo COI nos Jogos Olímpicos! Vão-se os valores, fique o “d’argent”!
Num país – o nosso país – com mais espectadores (incluindo telespectadores) que praticantes desportivos na base, o consumismo impera. E isto verifica-se porque o espectador continua atrás do golo, continua atrás do recorde, continua a perseguir o herói e continua atrás da exaltação.
Mas isto acontece porque o consumidor o procura ou porque lhe é oferecido?"

"Golos de Letra" de Vítor Serpa

"Há livros que trazem consigo uma tal energia de irradiação intelectual, moral, espiritual que, sem favor, transcendem a simples designação de obra literária. Os livros de Vítor Serpa, pela sua inapagável afirmação de amor à beleza (física e moral), ao conhecimento científico, ao encontro fraterno entre as pessoas – são dessa condição e quilate. No primor do estilo, na luz esplendente das suas imagens, nas emoções próprias de quem se transcende, na helénica serenidade da sua filosofia, os livros de Vítor Serpa constituem oportunas lições e nobres ensinamentos a um pensamento crítico e a um proceder mais humano. Por isso, o livro que vem de publicar, Golos de Letra, editado pela Federação Portuguesa de Futebol (algo de novo, eu diria mesmo: de excelso, se passa, na F.P.F., para editar um livro que é um foco luminoso nas circunstancialidades do futebol) é uma obra para ler e reler e aprender e meditar. Evocou Emil Cioran que, enquanto se preparava a cicuta, que mataria Sócrates, o filósofo pediu uma flauta, para aprender a tocar uma canção que muito o enternecia. “Para quê?” questionaram os circunstantes. Resposta de Sócrates: “Para saber tocá-la, antes de morrer”. Para discutir e impugnar, criticamente, a panenvolvente atmosfera da ideologia do “deus-lucro” ou para nos deliciarmos com a relação, que já tem séculos, entre o desporto e a literatura, é preciso aprender e escasseiam livros, como Golos de Letra, de Vítor Serpa, que nos ensinem que, antes de ser Sporting, ou Benfica, ou Porto, ou Real Madrid, ou Barcelona, ou Mancester City, ou Bayern de Munique, etc., etc., o futebol é literatura, é amor, é amizade, é arte, é pedagogia, é competição, é transcendência, numa palavra só: é cultura. No âmbito da historiografia e da crítica literárias não existe passado (em Portugal) para este livro. Não, não digo que ele é um “monumento histórico”. Mas situa-se, sem sombra de dúvida, entre o que de mais admirável já se escreveu, sobre o futebol, em língua portuguesa. Porquê? Porque Vítor Serpa faz da sua prosa, tanto nos jornais, como nos livros da sua autoria, um contra-poder ao poder das taras dominantes.
Fecho os olhos e abro o livro, sem opção premeditada (“ao calhar”, como eu dizia em rapaz). Tenho diante de mim a página 88, que pretende levar-nos às supremas altitudes da Literatura e do Futebol, lembrando as figuras insignes de Vinícius e de Pelé: “Os poetas, talvez os homens que mais perto estão de Deus, parecem entender melhor a sublime paixão pelo futebol. Vinícius, que nem era um adepto muito apaixonado pelo seu Botafogo, acabaria por escrever sobre o jogo e, especialmente, sobre Pelé, por ter sido alvo de honraria comum do estado brasileiro. O poeta do Orpheu receberia, do governo do seu país a medalha grau oficial, mais importante do que a medalha de grau de cavaleiro, recebida por Pelé na mesma ocasião e brincava dizendo que o crioulo merecia que tivesse sido ao contrário”. E Vítor Serpa, manifestando assim que muito pesquisou e trabalhou, na feitura deste livro, oferece-nos, a propósito, um texto de Vinícius: “Sim, caro Pelé, nós representamos, em face da comenda que nos é conferida, o Brasil racialmente integrado, o Brasil sem ódios e sem complexos, o Brasil que olha para o futuro sem medo porque, apesar dos pesares, é bom de mulher, bom de música, bom de poesia, bom de pintura, bom de arquitectura e bom de bola. Particularmente por isso considero-me feliz de estar a seu lado, no momento em que nos colocaram no peito a condecoração” (p. 88). Há, aqui, um fortíssimo desafio hermenêutico porque, neste como noutros textos do Golo de Letras, as palavras dos grandes escritores também ressoam a ideologia que informa a mundividência de Vítor Serpa. O escritor, o verdadeiro escritor, ou é um militante especializado na interpretação do curso da História, ou pode até provocar satisfação intelectual, elevar-nos até aos mais límpidos cimos estéticos, mas não será nunca o anunciador de um princípio-esperança… que as pessoas buscam e sonham, com a esperança numa solução humana possível – que, acrescente-se, nunca é pré-fabricada em qualquer ortodoxia partidária.
Alexandre O’Neill, António Lobo Antunes, Fernando Assis Pacheco, Baptista-Bastos, Carlos Drummond de Andrade, Craveirinha, Dinis Machado, Fernando Pessoa, Gonçalo M. Tavares, Jacinto Lucas Pires, João de Melo, João Tordo, José do Carmo Francisco, José Eduardo Agualusa, José Gomes Ferreira, José Jorge Letria, José Saramago, Lídia Jorge, Luandino Vieira, Manuel Alegre, Manuel Bandeira, Maria Teresa Horta, Nelson Rodrigues, Ruy Berlo, Valter Hugo Mãe, Vinícius de Moraes, entre muitos outros, constituem o fértil campo criativo onde o futebol nos faz inocentes e o Vítor Serpa o foi encontrar. Ninguém é inocente, no futebol, mas pode morrer inocente se, nele, deixar entrar, ao longo da vida, o que de mais belo e bom e verdadeiro e justo a vida tem. “À pergunta: Onde mora Deus? Martin Buber conta a resposta que deu um mestre sábio, que temos de ouvir: Deus mora onde o deixamos entrar” (José Tolentino Mendonça, Nenhum Caminho será Longo, p. 76). Fecho, de novo, os olhos, abro o Golo de Letras e fico diante da página 38 e do sereno orgulho da inquieta humanidade do José Cardoso Pires. “Amigo de Pinhão, o escritor vivia, na altura, no bairro de Chelsea, em Londres, e gostava particularmente de ver futebol inglês. Apresentava uma razão forte: Para mim, o futebol tem de ser um espectáculo de alegria, uma feira, uma romaria, como é na Inglaterra onde, como se sabe, o apoio ao jogador é feito a cantar (…). Um dia, o escritor escreveu esta tão curiosa quanto perspicaz prosa, n’A Bola: O futebol é um belo espectáculo, a hora e meia, o antes e o depois do jogo. Ir, entre a multidão, a caminho do estádio, toda aquela festa, Depois, a troca de piadas. É um medíocre amante do futebol aquele que se contenta em vê-lo na televisão”. Hoje, não é difícil encontrar uma laboriosa e refulgente colmeia de inteligências ávidas de interpretar o futebol, designadamente o futebol-espectáculo. No meu entender, o índice mais claro e mais seguro da popularidade desta modalidade desportiva…
Irradiante e vibrante, o progresso do futebol descortina-se, por esse mundo além. E liberto de todos os ressaibos de descrença, plenamente visíveis na pós-modernidade. Gilles Lipovetsky (O Crepúsculo do Dever, D. Quixote, Lisboa, 2010) faz uma síntese do desporto pós-moderno: “O desporto libertou-se do lirismo das virtudes, acertou o passo com a lógica pós-moralista, narcísica e espectacular. Hoje, o desporto de massas é essencialmente uma actividade dominada pela procura do prazer, do dinamismo energético, da experiência de si próprio. Depois do desporto disciplinar e moralista, eis o desporto lazer, o desporto-saúde, o desporto-desafio”. Mas o período pós-moralista do desporto “coincide com o culto hiperbólico do espectáculo, com as estratégias de comunicação das marcas, com a personalização e a profissionalização dos campeões” (pp. 132 ss.). Vou repetir-me: para mim, o desporto, mormente o espetáculo desportivo, reproduz e multiplica as taras da sociedade de mercado, que nos governa, com relevo muito especial para uma altíssima competição, que demasiadas vezes utiliza meios, sem qualquer alcance e significado éticos. Ser ético, no meu modesto entender, é querer assumir os interesses do outro, mesmo quando eles não coincidem com os meus. São assumidos, porque são justos e solidários e não porque são do António, ou do Joaquim, ou do Manuel, que não são pessoas da minha simpatia. O Desporto (que o Vítor Serpa defende) contesta e rejeita os modernos figurinos de um desporto que, no adversário, descobre um inimigo e concorre, sem vergonha, à sacralização de pessoas e de fórmulas, hábeis seguidoras do mais despudorado maquiavelismo. Como se sabe (é a Física que no-lo ensina) nada existe, sem relação. Pergunto: existe desporto, sem uma relação fraterna, entre os clubes? Ou quando se dificulta, nalguma imprensa, o acesso à opinião pública de uma ética, sem a qual não há Desporto?...
O livro Golos de Letra escapa a esquemas e a definições confortáveis. O seu objectivo primeiro, se bem penso, é levar o que de belo e bom o futebol tem e é a todos os povos (e pessoas) da língua de Camões e Vieira, quero eu dizer: da língua portuguesa. “A literatura africana de língua portuguesa não tem, no futebol, uma generosa fonte de inspiração. Futebol em Angola, Moçambique, Guiné, S. Tomé e Príncipe, em especial nos meios mais intelectuais, ainda rima com colonização, com escravatura, com branco a enganar o negro, com ídolos roubados pelos europeus à mãe África, tal como sucedia com o ouro e o diamante que os brancos levaram para suas riquezas. Durante o período da Guerra Colonial, desde o período da guerra de sessenta a meio da guerra de setenta do século passado, os intelectuais africanos não pareciam ter opção (…). Por todos os países lusófonos, onde se revelava o sonho da independência e da justiça social, os escritores produziam uma diversa literatura de guerra” (p. 121). No entanto, “José Eduardo dos Santos, mesmo durante as suas funções de Presidente de Angola, nunca deixou de ser um entusiástico portista, como Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde, antigo estudante de Coimbra, divide a sua opção clubística, entre o Sporting e a Académica” (p. 123). De facto, o Doutor Jorge Carlos Fonseca é, hoje, um dos grandes escritores de língua portuguesa e um exemplar desportista. Sei-o bem, que sou seu admirador e Amigo. Afirma o Vítor Serpa: “Talvez que, entre todos os grandes escritores africanos de língua portuguesa, Mia Couto seja mesmo aquele que vive e fala de futebol com uma visão profundamente literária” (p. 141). Enfim, para o valor da obra de Vítor Serpa, como jornalista e escritor, e pela sua projecção, na C.P.L.P., Golos de Letra reveste-se de uma importância especial. É que este livro atinge os limites de uma experiência vivida. Nele, perpassam as linhas mestras do perfil de um dos escritores e jornalistas, o Vítor Serpa, cuja personalidade mais marcou a história do nosso futebol e do seu indiscutível progresso. Após a sua leitura, que vivamente se recomenda, o saldo a reter é francamente positivo: para o futebol português, para a literatura portuguesa, para a cultura portuguesa. E parabéns à Federação Portuguesa de Futebol que não desconhece que vivemos tempos de urgência, em direcção a um futebol diferente, que nos faça dignos da condição humana."

Cadomblé do Vata

"1. 31 jogos, 29 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 101-20 em golos... e o Jesus, demora muito?
2. Últimos 3 jogos contra madeirenses na Catedral: 10-0 ao Nacional; 6-0 ao Marítimo; 4-0 ao Marítimo... nem consigo colocar em palavras as saudades que tenho do União da Madeira.
3. Gosto muito dos relatos do Hélder Conduto, mas hoje tenho que lhe fazer um reparo.. incluir o empate do Marítimo contra o Sporting na lista de bons resultados dos madeirenses pah?
4. Raúl não acerta com a baliza e os colegas já não confiam nele... hoje o Gabriel auto expulsou-se mal viu o espanhol junto à linha, para evitar que ele entrasse.
5. Sei que não fica bem elogiar jogadores do Benfica, mas... já podemos dizer que Vlachodimos é o melhor guarda redes a jogar em Portugal ou ainda temos que prestar vassalagem aos 7 milhões do Marchesin?"

Vinicius, estupendo farejador de golos: Jorge, bota um zero nesses 17 milhões. Menos que isso, ele não mexe uma palha

"Vlachodimos
Uma excelente defesa aos 4' sinalizou que hoje não seria dia de festa para os insulares. Ao contrário dos avançados do Leipzig, que continuaram a insistir, os jogadores do Marítimo perceberam que não valia a pena despenderem energia ao nível da pontaria e passaram o resto do jogo a rematar na direcção da bancada.

André Almeida
Sacrificou-se até dar a vitória como garantida e só depois autorizou a entrada de Tomás Tavares no terreno de jogo.

Rúben Dias
Exibição segura na semana em que deveria ter assinado até 2042 e não 2024. Ainda assim, foi um bom começo.

Ferro
52.772. Não é o número de espectadores que estiveram na Luz. Foi o número de recuperações de bola feitas por Ferro.

Grimaldo
Passou mais ou menos despercebido tal como o novo relvado. Às vezes é melhor assim. 

Gabriel
Como é que podemos criticar Fábio Veríssimo se foi ele o mais lúcido de todos os presentes na Luz? Ainda esperou que Gabriel se redimisse, mas acabou por ceder à sabedoria das multidões que há semanas pedem a Gabriel que entre nos eixos ou que, sei lá, faça aquilo que lhe é pedido na posição que ocupa (hoje a 6). E que o faça a bem ou a mal, terá dito Fábio ao nosso amigo.

Taarabt
Duas coisas muito importantes acerca do sacana do marroquino que foi quem mais tempo teve a bola no jogo de hoje: o papel que desempenha do meio-campo para a frente não é apenas o de um circulador de bola. Taarabt empurrou sempre a equipa para a vitória. Quase tudo o que ele fez conquistou metros, mas, ainda mais importante do que isso, enxovalhou qualquer pessoa que insistisse em passar a bola para o lado e não para o espaço entre linhas ou para as costas da defesa adversária, onde reside afinal a nossa felicidade. Que seja um marroquino cadastrado a exercer esta pressão social sobre os restantes jogadores é ainda mais interessante.

Pizzi
Os seus números deviam ser cantados no final de cada jogo como se fossem a taluda vencedora da Lotaria de Natal: quinze golos, sete assistências e participação em 50% dos golos marcados pelo Benfica esta época. Cantado em Dói Maior.

Chiquinho
Não é que não se esforce por construir, aparecer e assumir o jogo. Aliás, hoje foi preponderante nas combinações com Taarabt e Vinicius. Mas, quando vemos o entendimento de hoje entre Pizzi e Vinicius, o pobre do Chiquinho torna-se um Joe Pesci ao lado de Pacino e de Niro. Que isso não te desanime, Francisco Leonel: quando tiveres 3 horinhas e meia vê o Irishman e perceberás que um eterno actor secundário pode, afinal, ser protagonista de pleno direito.

Vinicius
Estupendo farejador de ocasiões de golo que só não fez meia dúzia porque não calhou. Finaliza quase sempre como se fosse óbvio que a bola iria aparecer ali, à sua mercê, como se fôssemos todos um bocadinho mais burros do que ele. A esse momento seguir-se-á o já habitual festejo desprovido de histerismos, ainda que uma série de indivíduos com a estatura média de um jogador dos iniciados se abracem a ele como a um jovem ídolo, que começa a ser. Jorge, bota um zero nesses 17 milhões. Menos que isso e o nosso Carlos não mexe uma palha.

Raul de Tomás
Parece um daqueles gifs que nos convence a ficar alguns segundos à espera que aconteça alguma coisa interessante, até percebermos que é só aquilo. Felizmente o Jorge Mendes é menino para vender o anterior relvado da Luz a outro clube, portanto é uma questão de aguardarmos, por isso ou pelo milagre que seria ver este avançado espanhol de bons pés cumprir o seu aparente potencial, talvez quem sabe, recebendo a bola e prosseguindo na direcção da baliza ao invés de rodopiar sobre si mesmo 42 vezes até passar a bola para o médio defensivo.

Tomás Tavares
Entrou para a segunda parte de um jogo que parecia ganho. Finalmente uma ocasião à sua medida. Esteve bem e merece mais oportunidades como esta. Pode ser já esta terça a dizimar o corredor esquerdo do Sporting da Covilhã.

Jota
10 minutos esforçados, mas insuficientes para que a minha aposta em 5 ou mais golos batesse. Obrigadinho, Jota."


PS: O Vasco esqueceu-se do Cervi...!!! O rapaz é pequeno, mas ainda se consegue ver da bancada!!!

Passeio florido!!!


SL Benfica 4-0 CS Marítimo: Uma exibição como há muito não se via

"Depois de uma longa paragem internacional, a Liga Portuguesa voltou ao Estádio da Luz com os encarnados a receberem o CS Marítimo, que já não vencia qualquer partida há quatro jornadas. Nesta 12.ª jornada, o SL Benfica queria vencer para continuar líder do campeonato e os maritimistas queriam limpar a imagem dada, agora aos comandos do novo treinador, José Gomes.
O jogo começou frenético e com as duas equipas a mostrarem que queriam mandar. Mas a eficácia esteve do lado dos encarnados, que, aos oito minutos da partida, conseguiram fazer o primeiro do jogo. O primeiro passe é de André Almeida, que encontra Vinicius na grande área. O ponta de lança brasileiro recebeu de costas para a baliza, contemporizou para que Pizzi pudesse aparecer, e depois só teve de dar um pequeno toque para trás para que Pizzi chegasse e fuzilasse a baliza de Abedzadeh. Era o 1-0 a favor dos encarnados, que começaram muito bem a partida.
Depois do golo, o jogo esteve parado cerca de três minutos para que o VAR, Luís Ferreira, visse se havia realmente fora de jogo no momento em que a bola partiu para Vinicius. Como é que é possível haver tanto tempo de espera? Isto só quebra o momento de jogo de ambas as equipas e é prejudicial à partida. Há que ainda perceber bem esta situação.
Foram só precisos mais nove minutos para haver novo golo no Estádio da Luz e, desta vez, até nota artística houve para se ver. Aos 17 minutos, Chiquinho, em poucos toques, na sua maioria de primeira, deu início à seguinte sequência: Chiquinho, André Almeida, Taarabt, que, no meio de tantos defesas, descobre Pizzi, e por fim a bola chegou ao isolado Vinicius, que só teve de encostar para o 2-0. Foi o sexto golo nesta Liga Portuguesa do avançado brasileiro, e se este não foi um dos melhores golos da liga, em termos coletivos, então não sei… Mas que maravilha!
Em vez de dizermos “15 minutos à Benfica”, podemos, sim, dizer “30 minutos à Benfica” ou, neste caso, 31… Pois foi neste minuto que veio novo golo encarnado. De novo, os mesmos protagonistas: Pizzi e Vinicius. Primeiro, foi André Almeida que começou a jogada, com um toque subtil de cabeça para o 21 encarnado. O médio português, sem pensar duas vezes, cruzou para dentro da área e a bola acabou cortada pelo guarda-redes do Marítimo. Vinicius viu bem onde o corte iria parar e apareceu como um “rato de área”, como se diz na gíria, e fez o seu segundo golo na partida e o terceiro para o Benfica (3-0).
A terminar a primeira parte, houve golo anulado a Vinicius. É de destacar o grande início de jogada e a progressão de bola de Adel Taarabt, que depois encontrou Vinicius a entrar na profundidade (novamente). O ponta de lança brasileiro ainda introduziu a bola na baliza de Abedzadeh, mas de nada contou porque, desta vez, estava mesmo em fora de jogo.
O que dizer desta primeira parte? Um grande jogo por parte do Benfica com a equipa perfeitamente entrosada. Da parte dos maritimistas havia vontade, as ideias estavam lá, mas no último terço do terreno faltava qualquer coisa para criar real perigo para a baliza defendida de Vlachodimos. Assim, as duas equipas recolheram ao intervalo com um resultado de 3-0, mais do que justo, a favor dos encarnados.
A segunda parte começou tal e qual a primeira, ou seja, com as duas equipas a mostrarem a sua qualidade em campo, ambas a quererem marcar, e no fim da história? Marcou outra vez o Benfica. 
Foi aos 54 minutos que tudo começou, outra vez, nos pés de Chiquinho. O número 19 encarnado tinha o meio todo aberto e fez o que normalmente se pede nas bancadas: “remata daí mesmo”; até deu certo se virmos de uma perspectiva pragmática. O remate saiu dos pés de Chiquinho com imensa força e o melhor que Abedzadeh conseguiu fazer foi uma palmada para a frente. A bola foi parar perto de Vinicius e já se sabe como é o 95 do Benfica: um matador. E não perdoou, novamente. Estava feito o 4-0 e era o hat-trick de Vinicius – o oitavo golo no campeonato.
Depois de uma primeira falta, aos 27 minutos, ao travar um contra-ataque e consequente amarelo, Gabriel estava mesmo a pedir que acabasse por ser expulso neste jogo. Aos 60 minutos, acabou mesmo por surgir o segundo amarelo numa entrada violenta sobre um jogador do Marítimo. Por acumulação de amarelos, o número oito encarnado acabou por ver o vermelho, que foi bem mostrado por Fábio Veríssimo.
Depois da expulsão, era óbvio que o ritmo da partida ia reduzir drasticamente. O Benfica baixou as suas linhas, se bem que controlando os destinos do jogo, e o Marítimo tentava ter mais posse de bola para conseguir construir de forma mais calma o seu jogo, mas mostrava muitas dificuldades. Havia pouco para contar para se ser sincero.
O fim do jogo chegou muito lentamente e pouco – ou mesmo nada – houve para contar e o Benfica venceu o Marítimo e continua líder isolado da Liga Portuguesa – com mais um jogo do que o FC Porto. Os encarnados mostraram na primeira parte que sabem “jogar à bola” e ainda em alguns minutos da segunda, depois da expulsão, houve uma quebra notória. Os maritimistas mostraram bons sinais nesta partida, mas ainda há muito trabalho que José Gomes tem de fazer para voltar a meter de volta a equipa da ilha da Madeira no mapa do futebol português.

Onzes Iniciais
SL Benfica Odysseas Vlachodimos (GR), Grimaldo, Ferro, Rúben Dias, André Almeida (Tomás Tavares, 45′), Adel Taarabt, Gabriel, Cervi (Jota, 80′), Pizzi, Chiquinho e Vinicius (Raúl De Tomás, 69′)
CS Marítimo Abedzadeh (GR), Nanu, René Santos, Grolli, Rúben Ferreira, Pelágio (Bambock, 76′), Vukovic (Correa, 74′), Edgar Costa, Marcelinho (Erivaldo, 68′), Getterson e Daizen 

A Figura
Vinicius Tem vindo a crescer muito nos últimos jogos da equipa encarnada, e golos? Esses têm aparecido de forma completamente natural. Hoje foram mais três, e já conta com oito golos no campeonato português. Está a apenas um do melhor marcador e colega de equipa, Pizzi, que merece ser destacado pelo grande jogo que fez. Vinicius assistiu, marcou e estava no sítio certo quando era preciso. Está aqui a formar-se um “goleador”.

O Fora de Jogo
Gabriel Não há muito a dizer em relação à pior prestação em campo. Isto já não é de agora: o número oito das águias tem estado fora de forma e até pode ser que agora esta paragem devido a castigo o faça regressar melhor para encarar o resto da temporada. Sucessivas exibições abaixo do seu nível e, hoje, entradas escusadas deram para Gabriel ficar como «fora de jogo»."

Curtas de um Benfica mudado

"– Vai-se confirmando a alteração no sistema encarnado no momento de Organização Ofensiva. Passou de saída com dois médios, para um formar um losango no meio no início da Construção. Gabriel como médio mais defensivo, Taraabt e Chiquinho como interiores, e Pizzi a deslocar-se para a posição dez, entregando o corredor lateral a André Almeida;
– A presença de Taarabt e Chiquinho aumentou desde logo a qualidade ofensiva do Benfica – Dos jogadores de nível elevadíssimo no que mais importa – Tomada de Decisão e Gesto Técnico. Também Pizzi cresce com a presença de melhores jogadores, e de jogos com mais espaço – Esteve ao nível do “velho” Pizzi de outras épocas, que pensava e executava com clareza e pouco erro o jogo ofensivo do Benfica; 
– A Organização Defensiva mantém-se similar. Chiquinho adianta-se para a linha de Vinicius e o Benfica mantém o 4x4x2 sem bola, embora com Chiquinho mais disponível para voltar e fechar linha média, aproximando o sistema de um 4x3x3 – que é aquele que se dispõe em posse;
– Carlos Vinícius não é o avançado com mais potencial do Benfica – Esse é RDT – Mas, é claro que no momento é o melhor de todos, e a diferença que tem para Seferovic é abismal em tudo o que envolve tocar a bola – Seja em zonas de criação servindo de apoio ou sobretudo a finalizar, onde tem uma eficácia muito elevada;
– Gabriel tem algumas virtudes e percebe-se a importância que vai tendo no Benfica – A agressividade defensiva, a forma como vence duelos, mas também a qualidade para rodar o centro de jogo. Porém, é um jogador com uma capacidade cognitiva limitada – Ninguém inteligente perde o número de bolas que oferece a cada jogo aos adversários, tão pouco tem as abordagens defensivas que vai tendo jogo após jogo, em situações desnecessárias;
– Na Liga Nacional juntar Chiquinho a Taarabt e ter um avançado eficaz nas grandes áreas adversárias poderá permitir o salto qualitativo que o Benfica procura desde o início da temporada – E a recepção ao Marítimo trouxe provavelmente o melhor Benfica da época – Muita facilidade para criar e desde bem cedo se percebeu que se estava a desenhar uma goleada:
– Os números internos do Benfica são tão esmagadores quanto as dificuldades que sente no exterior – É sempre tudo uma questão de qualidade – E uma lição para quem continua a analisar jogos como se apenas uma equipa fosse a jogo."

SL Benfica - CS Marítimo

"O Benfica recebeu o Marítimo para uma noite de grande eficácia e pragmatismo. O Benfica apresentou-se sem nenhuma alteração no 11 inicial. Não entrou propriamente dominante, mas tal como o Marítimo foi criando as suas oportunidades. De um lado houve Vlachodimos a fechar a baliza, do outro houve uma série de combinações de jogadores do Benfica a facilitar a finalização. 4-0. Umas notas sobre o jogo.
1. Carlos Vinícius. A confiança está em altas. Há certas coisas onde realmente consegue acrescentar mais do que RDT ou Seferovic, nomeadamente no apoio frontal e capacidade de segurar a bola enquanto joga de costas para a baliza. Essas capacidades depois encaixadas com alguém mais móvel como Chiquinho vêm ao de cima e permitem um ataque mais evoluído. Fez um hat-trick e uma assistência para o Pizzi. Arrisca-se a ser o melhor marcador da época.
2. Pizzi. É o melhor marcador do campeonato com nove golos. Hoje fez mais duas assistências. Está a fazer a melhor época pelo Benfica. Neste momento o Benfica joga em volta do Pizzi (e do Rafa, quando voltar). Toda a nossa táctica e modelo de jogo só funciona graças a eles. É um privilégio ter Pizzi na equipa. Há que aproveitar enquanto durar.
3. Adel Taarabt. Quem gosta de futebol, tem que gostar necessariamente do Taarabt. O marroquino não sabe passar para trás, só o faz em último caso. A maneira como consegue acelerar o jogo com um mero passe de primeira é incrível. Hoje valeu um golo (o segundo). A maneira como é capaz de transportar jogo. O melhor Benfica vem com aquilo que se pedia há bastante tempo. Uma dupla de meio-campo com Gabriel e Taarabt. Dois jogadores ofensivos mas que também são agressivos e com capacidade de pressionar.
4. Odysseas Vlachodimos. Só teve uma defesa hoje. Mas foi uma grande defesa. Está a mostrar alguma evolução entre os postes. Os problemas a jogar com os pés e nos cruzamentos, continuam por resolver, no entanto. Acho que vamos ter uma equipa engraçadinha quando jogarmos com Gabriel, Taarabt, Rafa, Pizzi, Chiquinho e Carlos Vinícius. Gostava de ver Jota no lugar de Cervi.
Acho que podia acrescentar algo mais à nossa equipa em termos ofensivos. Quem vai sair prejudicado é Florentino que perde algum protagonismo. Mas enquanto não conseguir entrar mais no jogo ofensivo da equipa, é o melhor para o Benfica. Apesar de ser inegável a capacidade defensiva do Florentino."

Benfica After 90 - Marítimo...

O Polvo...

"Só há três coisas certas na vida: a morte, os impostos e o FC Porto ser beneficiado.
Sempre que um dirigente portista tem posição de destaque em alguma federação desportiva, o desporto nacional definha.
É de conhecimento público que Ilídio Pinto, ex-vice-presidente com o pelouro do hóquei em patins do FC Porto, controlava a seu bel-prazer todos os organismos nacionais que regulam a modalidade, incluindo a Associação Nacional de Árbitros de Hóquei em Patins (ANAHP). Era ele quem nomeava os árbitros para os jogos do FC Porto e, quando a partida não estava a decorrer como tinha idealizado, no intervalo não se coibia de os pressionar. O poder inquestionável e indesmentível da história assim o confirma.
Desde há muitos anos, o SL Benfica tem sido, de forma sistemática e reiterada, alvo de atitude persecutória por parte da Federação de Patinagem de Portugal (FPP) e da Associação Nacional de Árbitros de Hóquei em Patins (ANAHP). Muitos têm sido os comunicados e newsletters a dar conta disso mesmo. Alguns exemplos:
• Fevereiro 2014
«O Sport Lisboa e Benfica [...] não pode é permitir que se repitam situações como as que todos tivemos oportunidade de assistir no último jogo entre o AD Valongo e o Sport Lisboa e Benfica. Se a Federação de Patinagem de Portugal e demais órgãos que dela emanam continuarem a ignorar as graves situações que têm acontecido ao nível da segurança e da arbitragem no Hóquei em Patins, o Sport Lisboa e Benfica sentir-se-á no direito de, em conjunto com os seus associados, avaliar se faz sentido continuar a promover esta modalidade ou se efectivamente a luta pela verdade desportiva coloca o Clube "a mais" no hóquei nacional.»
• Junho, 2017
«Escândalo total no hóquei. A maior vergonha de sempre. Golo validado a 40 segundos do fim e depois anulado ao Benfica dá o título ao FC Porto. Os comentadores da TVI24 diziam que era inexplicável, nunca viram nada assim. É o título da vergonha. Incrível o roubo que dá o título ao FC Porto e tira ao Benfica.» Os árbitros deste jogo foram premiados pelo seu desempenho com a participação no Campeonato Mundial em Nanquim, na China. O responsável maior por esta decisão tem um nome, Fernando Graça, adepto ferrenho do FC Porto que, à data, era presidente do CERH (organismo responsável pelo Hóquei europeu). Acreditam em coincidências? Qual a explicação para nomearem um árbitro que só não desceu de divisão porque houve uma desistência e outro que estava no oitavo lugar da classificação?
• Março, 2018
«Mais uma página negra no hóquei em patins. Em Valongo, a famosa dupla que o ano passado tirou o título ao Benfica voltou hoje a estar em destaque numa arbitragem de total despudor. A dupla liderada por Joaquim Pinto entra na história desta modalidade pela total ausência de vergonha na forma como prejudicam intencionalmente o Benfica. Um escândalo e uma vergonha.»
• Novembro, 2019
«São erros atrás de erros no decurso da presente época, o que já tinha inclusivamente levado outros clubes a manifestarem o seu descontentamento na Comunicação Social.
Com tantos anos a apitar, os árbitros não mostram sinais de evolução ao longo dos últimos anos, continuam a cometer erros que influenciam os resultados, dando a ideia de que não aproveitam esses lances para analisar o que têm de melhorar.»
O Hóquei em Patins é, há muito, a modalidade de pavilhão menos credível em Portugal. São décadas repletas de escândalos, desonestidades, aldrabices e atropelos à verdade desportiva que marcam de modo indelével a história recente deste desporto. Os beneficiados são sempre os mesmos, os prejudicados também.
Infelizmente, a incompetência dos árbitros não justifica tudo. As declarações de Carlos Martins, jogador que passou pelo FC Porto, são taxativas: «Já se sabia quem era o árbitro e era campeão nacional antes dos jogos. Os árbitros diziam-me mesmo ‘olhas, atiras-te para o chão e é penálti’. Já entrávamos a ganhar, até na moeda ao ar.»
Ao SL Benfica restam duas hipóteses:
1. Acabar com a modalidade – que, sabemos, está a ser equacionado pela direcção do Clube - levando a uma morte lenta da modalidade e, consequentemente, de quem dirige a FPP.
2. Cerrar fileiras, investir fortemente na sua equipa e, paralelamente, tentar que as ervas daninhas que resistem (e proliferam) sejam terminantemente eliminadas de modo a que se possa restituir a credibilidade da modalidade. No fundo, refundar o Hóquei português.
Algo tem de ser feito. Já. O tempo dos comunicados e palavras inócuas tem de acabar. Não é a primeira vez que paira no ar a ideia de desistir do Hóquei, no entanto, essa atitude será encarada com júbilo pelos rivais, como se de um título se tratasse, à semelhança do que aconteceu aquando da falta de comparência na Taça de Portugal, em 2017. Que resultados trouxe essa medida? Para alguém do regozijo de certas estruturas directivas: zero! É tempo de agir, não de fugir, tendo em mente que o ideal é o SL Benfica ser ecléctico e campeão em tudo, sobretudo numa modalidade centenária no Clube - desde 1916.
Atente-se que o acolhimento da modalidade no Sport Lisboa e Benfica é anterior à criação da Liga Portuguesa de Hóquei, em 1922, que antecedeu, no nome, a Federação Portuguesa de Hóquei e, posteriormente, a Federação Portuguesa de Patinagem, entidade que tem estatuto de utilidade pública.
As responsabilidades públicas da FPP não se dissociam da responsabilidade pelas acções ou omissões dos titulares dos seus órgãos, trabalhadores, representantes legais ou auxiliares, nomeadamente pelos prejuízos causados pelo incumprimento dos seus deveres legais ou estatutários, além da responsabilidade disciplinar ou penal que no caso couber (artigo 7.º do Decreto -Lei n.º 248 -B/2008, de 31 de Dezembro).
Existindo um quadro legal orientado para prevenir o incumprimento dos representantes da FPP relativamente aos seus deveres legais e estatutários é esse instrumento que tem de ser accionado até às últimas consequências, em vez de atirar o stique ao chão. Existindo reiteradas queixas devem as mesmas ser compiladas, analisadas e expostas para salvaguardar os interesses do Benfica. Mas de modo eficaz!
É o dever moral e estatutário que o Sport Lisboa e Benfica tem perante os ex e actuais atletas, sócios e adeptos da modalidade, para que os grandes feitos alcançados pelo hóquei do Benfica não se diluam na irresponsabilidade de uns quantos fanáticos prevaricadores ou incapacidade de quem tem que fazer tudo, e ainda não fez, para elevar o nome do Benfica acima de todas as injustiças.
Pelo Hóquei, por Portugal, pelo Benfica, pelos Benfiquistas!"

Benfiquismo (MCCCLXIX)

Numa piscina...!!!

Vermelhão: Relva nova, Vida nova !!!

Benfica 4 - 0 Marítimo


Regresso aos jogos decididos antes do intervalo... que saudades!!! Não terá sido só por causa da relva nova, mas ajudou: jogou-se mais rápido, mais triangulações, passes de qualidade em zonas de finalização...

Curiosamente, o Marítimo até criou perigo antes do 1-0, mas desta vez, fomos eficazes e marcámos nas primeiras oportunidades, deixando o jogo 'morto' relativamente cedo! E nem a expulsão do Gabriel mudou alguma coisa, pois continuamos a controlar o jogo, baixámos a intensidade, mas o Marítimo nessa fase nunca criou perigo... Os insulares até acabaram o jogo com mais posse de bola, mas o Benfica foi sempre muito mais 'directo'!!!
O Lage manteve a aposta na dupla Gabriel/Taarabt, e neste tipo de jogos, é óbvio que tem tudo para resultar! Em jogos contra adversários mais complicados, com bom jogo interior, será complicado... Por acaso, o Gabriel, quando em jovem, 'emigrou' para a Juventus era um '6', mas hoje não tem essas rotinas, principalmente na cobertura dos Centrais, na zona central, agora com a bola nos pés, ter o Gabriel e o Taarabt é uma 'complicação' para os nossos adversários! Com o Tino ou o Fejsa em campo, torna-se previsível que será sempre o 'outro' centrocampista a 'construir', agora com os dois em campo, em simultâneo, torna-se muito difícil efectuar as marcações (mesmo com o Gabriel longe do seu melhor)... e os espaços aparecem!
Inclusive noutras zonas do terreno, pois quando se tenta marcar os nossos médios centro, para impedir o jogo interior, abre-se espaço nas Alas...com o Chiquinho e o Pizzi a beneficiarem muito desse espaço!
O Vinícius com o hat-trick, mais uma assistência, e ainda marcou outro golo que foi anulado!!! MVP óbvio, mas o Pizzi esteve muito bem... o Almeidinhos esteve envolvido nos golos (novamente)!
As nomeações do Verdíssimo e do Luís Ferreira para VAR, foram, mais uma vez, a prova provada, que o Fontelas está ao serviço da Corrupção. Se tivesse um pingo de vergonha, depois da notícia da caldeirada das classificações já se tinha demitido, mas a gente sabe daquilo que a casa gasta!!!
Passei o jogo a ver entradas por trás, aquelas onde o defesa 'varre' o adversários, na zona do tendão de Aquiles, foram várias, algumas foram faltas, algumas até deram cartão, mas depois comparar os dois Amarelos do Gabriel com o resto, só mesmo contra o Benfica!!!
Anular golos, por 2,5cm, quando a Linha Virtual do fora-de-jogo tem no mínimo 20cm de janela de erro, é uma parvoíce!!!
Estamos na frente, após toda a turbulência, depois de todas as lesões, depois de todas as exibições cinzentas... aparentemente, no meio-campo e lá na frente com a dupla Chiquinho/Vinícius, finalmente 'acertámos'! No Sexta no Bessa, vamos ter uma batalha campal, mas a equipa está a dar boas indicações...
Antes disso temos a 2.ª jornada da Taça da Liga na Covilhã, na terça-feira. Pessoalmente, assumindo o risco, trocava a equipa toda!!! Zlobin; T. Tavares, Conti, Jardel, N. Tavares; Tino, Samaris, Caio, Jota; RdT e mais um para fazer 'número'!!! Bessa, Zenit, Famalicão, Braga é a sequência que se segue...

Vitória em Alverca...

Benfica 3 - 2 Turquel

Depois de uma semana atribulada, uma vitória curta, num jogo 'estranho' que terminou com um 3-5 nas Faltas!!! Alguém compreende estes critérios!!!
É impossível os jogadores não 'sentirem' a forma como fomos roubados nas duas jornadas anteriores, é fundamental alterar os jogadores, que independentemente do que tem acontecido, não podemos 'desistir' mentalmente dentro do ringue!!!

Inacreditável...

Fundão 5 - 5 Benfica

Pelas minhas contas, acertámos 6 vezes nos postes, e ainda 'oferecemos' dois auto-golos!!! E depois do Fundão ter chegado aos 4-1, sem fazer nada por isso, tivemos força para a reviravolta: 4-5... para a dois minutos do fim, permitirmos o empate final...!!!
Sem o Fernandinho (e o Roncaglio), a nossa capacidade de concretização baixa muito, inacreditável como num jogo onde estávamos a massacrar, só o adversário marcava!!!