Últimas indefectivações

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Só há razões para acreditar

"Como é que os benfiquistas a um empate de se sagrarem quase campeões, e a uns dias de uma final europeia (mais de 20 anos depois) estão deprimidos? Porque os benfiquistas sabem que o futebol tem uma história repetida e não gostam nada do seu passado recente.
O Benfica continua sem ganhar nada e a poder ganhar tudo. Neste momento, só há razões para acreditar na equipa e nos jogadores. Chegar a esta altura, nesta posição, é um privilégio.
Tenho acompanhado a época do Chelsea, e vi com atenção os últimos dois jogos, em Old Trafford e o derby londrino. Impressionante a intensidade a que se joga no final da época naquele campeonato. Ao plantel de luxo que tem o Chelsea deve-se somar a sageza do seu treinador.
Irei a Amesterdão com a ilusão que tudo pode acontecer numa final, mas o favorito é claramente o campeão europeu. Direi para a estatística que já da última vez que ganhámos em Amesterdão também o favorito era... o Real Madrid. No Benfica espero candidatos a substitutos de Eusébio da Silva Ferreira nesse jogo memorável.
Nove finais europeias são um palmarés invejável. Vencer a terceira seria o céu. O Benfica pode em Amesterdão homenagear a história e escrever o futuro. Mesmo sabendo que poucos acreditam que o Benfica pode vencer, basta que acreditem aqueles que até agora o têm feito: o treinador e os jogadores. Eu como adepto estou com eles. Com realismo mas muita esperança e orgulho no que têm feito.
No domingo o Benfica tentará sagrar-se Campeão Nacional de voleibol pela segunda vez na mesma semana. Querem matar a modalidade e por este andar vão conseguir. Para quem como eu gosta de voleibol e defende a modalidade é uma tristeza grande."

Sílvio Cervan, in A Bola

Recordar é viver (VI)

Somos Benfica

"Somos da cepa de que somos feitos. Somos feitos de uma cepa que se habituou a conquistar o que a outros é oferecido. Somos de uma cepa que sabe na pele (e de que maneira!) que, independentemente do exagero do optimismo, só pode gritar “vitória” depois de a termos conquistado e nunca na véspera. Da mesma maneira, sabemos que derrotados de véspera são os fracos. E a única ‘fraqueza’ que admitimos no nosso ADN é aquela paixão incondicional pelo nosso Benfica.
Recentemente, em nossa casa, tivemos um duro revés ao empatar com o Estoril. Foi duro, passou e já é passado. O futuro diz-nos que as dificuldades aumentaram, mas o nosso ADN também nos diz que, independentemente das dificuldades, independentemente dos métodos “camorristas” que alguns utilizam até à banalidade, teremos de ser fiéis aos nossos princípios. Particularmente ao princípio que nos obriga a nunca desistir de lutar, nunca desistir de vencer, enquanto houver uma gota de sangue e outra de suor para misturar no vermelho da nossa camisola.
E nós, os adeptos (nós, o Benfica), temos de ser fiéis a um outro princípio fundador: aquele “E Pluribus Unum”, que nos diz diariamente que apenas unidos podemos ser “De muitos, um”, tem de ser vivido na plenitude com os nossos atletas. Isso de ser unido na antecâmera da vitória esperada é muito fácil e óbvio. Mas também sabemos que as coisas fáceis são para os outros e que as difíceis são para nós. Como tal, cabe-nos, agora, saber ser unidos no momento em que temos de encarar o futuro com os dentes cerrados e uma abnegação sem limites."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Uma vitória, muitas vitórias

" «Vamos chegar às Antas e vamos ser campeões!», disse Maxi no fim do jogo de segunda-feira- E você duvida?

ESTA AUTO-CONFIANÇA da parte de um dos capitães da equipa, isto é, afirmada por alguém que melhor conhece do que fala, está fundada nos dados objectivos que constituíram o notável trajecto da nossa equipa principal de Futebol, ao longo desta época. Pode outra equipa portuguesa superar a qualidade e o brilho técnico de um tão grande número de jogadores, a consistência e o estofo tácticos fora do comum, ou a motivação competitiva, a impressionante capacidade de realização e o espírito de grupo que caracterizam esta equipa e todo o casulo estrutural que a rodeia?
Pode. O futebol e as competições desportivas sérias, implicam esse risco ocasional. Mas, o que a convicção de Maxi Pereira traduz é que desta vez só nos derrubam, se for através a obstinada introdução de 'factores exteriores' à essência do jogo-jogado por dois conjuntos de onze atletas; ou seja, só se for mediante 'aquelas' sistemáticas intervenções, caprichosas e intimidatórias, que o provincianismo caseiro e a comandita das justiças têm parido nas últimas décadas de competição.

A NOSSA INDOMÁVEL determinação deste ano não foi obra do acaso e tudo começou há muito tempo atrás. Numa caminhada muito segura em que a constância exibicional e a insubmissa vontade de vencer dos jogadores, como Maxi, constituíram regra de oiro, a equipa, sempre aclamada pelos Benfiquistas confiantes, foi construindo a sua própria afirmação, jornada, desde o início da época, confirmando-se como o poderoso cume simbólico de um esforço estrutural muito mais vasto.
Em todo o caso, nem mesmo nas presentes circunstâncias de euforia geral, à beira de conquistarmos um novo campeonato, mais uma taça e outro torneio europeu, ou ainda às vésperas da nossa definitiva alforria em termos dos direitos de comunicação, além de outras acções de fortíssimo impacto empresarial que em breve serão anunciadas, podemos reduzir esta caminhada triunfal do BENFICA  aos registos do (incontestável) sucesso mantido, pelo menos até agora, pelos grandes jogadores de Futebol e pela equipa, por um treinador e pelo grupo de especialistas que os envolvem.

ALGUMAS MEDIDAS e marcas alcançadas nos anos anteriores, na esfera do Futebol e em outras modalidades desportivas, já permitiam augurar que no nosso Clube. Eram reflexo - convirá lembrá.lo agora e sempre - de uma política global tecida de olhos postos no futuro, com persistência determinada e muita argúcia negocial pelo Presidente Luís Filipe Vieira que, desde o fim dos nossos 'anos negros', recupera precisamente as mais solenes tradições do Glorioso, atendendo aos mesmos modelos de matriz fundacional de 1904.

COMO TODOS ESTAMOS recordados, as eleições para os novos corpos sociais, em Outubro passado, surgiram num momento decisivo. E nesse início de época, eu próprio vi ainda que alguns Benfiquistas mais timoratos se chegaram a inquietar com uns fogachos da parte lista de oposição a Luís Filipe Vieira: mas tudo não passou, afinal, de meros frémitos de ocasião próprios da intensa democracia Benfiquista. A esmagadora vitória que consagraria a ligação do universo dos Sócios ao Presidente Vieira para o seu terceiro mandato, sedimentou definitivamente a solidez estrutural do SPORT LISBOA E BENFICA, estabelecendo o marco de entrada no terceiro dos ciclos definidos a partir de 2003: credibilizar, reconstruir e ganhar.

É AQUI QUE NOS ENCONTRAMOS. Pelos nossos próprios méritos, com as nossas próprias convicções e certezas. Imunes a todas as ameaças do presente e preparados para todas as armadilhas do futuro."

José Nuno Martins, in O Benfica 

Vozes do dono

"Lembram-se dos discos da 'His Master Voice'? Tinham um cãozito de orelhas arrebitadas para a boca de um gramofone. Estes cãezitos dos quais hoje falo não esticam as orelhas para a boca do gramofone, não vá sair de lá alguma das famosas Escutas. Mas obedecem cegamente à voz do dono. A uma patada do Madaleno, uivam, ganem, rosnam e ladram um uníssono. Seja onde for: em jornais ou em programas de televisão. Cailhes da boca a baba da raiva, numa aisiedade de serem solícitos para com o patrão. A vontade de agradar é tanta que chafurdam na mentira e na desonestidade. Algo os reduz a meros rafeiros, no entanto: a falta total de credibilidade!
Pois é... Que credibilidade pode ter um miserável que copia nacos inteiros de livros alheios? Que credibilidade pode ter um banqueiro de meia-tijela que leva o banco à falência e sai de lá rico? E um grávido atoucinhado e analfabeto espalhador de boatos? Já para não falar num baladeiro de churrascaria de melenas oleosas... Ou de um merceeiro de tiques abambalhados com contas estranhas por explicar. Se são tão vagabundos estes mariolas, como levar a sério qualquer numa das suas porcarias escritas (com erros de ortografia e de sintaxe) ou esganiçadas até ao histerismo? Deixá-los portanto, entregues à sua tarefa torpe. Receberão, em troca, do dono que idolatram, biscoitos velhos e pontapés nos focinhos...

P.S. - Vítor Pereira, o do FC Porto, largou uma pilhéria. Ou talvez repetisse apenas aquilo que o rapazito do lado lhe segreda sempre ao ouvido. Foi ao seu estilo. Não sujinho, mas até um bocado para o porco."

Afonso de Melo, in O Benfica

Objectivamente (tolinho)

"E o tontinho continua a dar-lhe com o sujinho, sujinho!
Vítor Pereira, que foi inventado para treinador do FC Porto pelo absolutista presidente dos andrades, depressa aprendeu a lição de provocador! Sem capacidade para orientar uma equipa campeã, agarra-se à habitual política provocatória que se institui no clube azul e branco há muitos anos para denegrir a imagem dos jogadores, técnicos e dirigentes do Clube que seriamente luta para ser campeão e o tem feito de forma ´seria, LIMPA e vertical! A mesquinhez desta gente que exibe diariamente em declarações à Imprensa e aos seus habituais veículos transmissores chega a irritar qualquer ser humano por mais pacífico que seja!
Não me lembro de uma única vez destes provocadores saudarem com sinceridade quem lhes ganha! Uma única vez que seja! Há sempre um culpado! Ou é o árbitro, ou a bandeirola de canto ou as redes da baliza. Eles é que nunca têm culpa de qualquer derrota! A culpa é sempre de alguém! É por estas e outras que a intolerância faz parte da cartilha dos adeptos fanáticos que não perdoam deslizes nem aos seus próprios atletas.
Será que Vítor Pereira ainda não se apercebeu que já não é treinador do FC Porto há vários meses? De nada lhe adianta andar a engraxar o presidente e os adeptos de modo a perdoarem-lhes os sucessivos desaires da equipa que tão mal orienta...
Engraçado também é a velha aliança Porto/Sporting para derrubar o Benfica e retirar mérito a tudo o que tem feito até agora! O Sporting ainda não entendeu que anda a ser gozado há anos por quem nunca enxergou além do seu próprio umbigo!
É pena porque só irão ver quando lhes levarem mais um Futre ou um Mourinho quase de borla!"

João Diogo, in O Benfica

Confiança

"O sonho lindo terminou? Não, definitivamente  O jogo do FC Porto, que tinha tudo para não ser decisório, pode ser ultrapassado com sucesso pelo colectivo 'encarnado', ainda que se saibam as implicações do empate caseiro frente ao Estoril. Num momento emocional extraordinário, até desusado, o Benfica, mercê da igualdade, desperdiçou um capital de enorme valia, transferindo-o para o seu antagonista de amanhã, que já vivia uma fase de total desnorte, inclusive com o anúncio público da impotência para revalidar o título.
Ante um valoroso Estoril, intérprete de uma prestação irrepreensível, o Benfica acusou demasiada fadiga, consequência de uma carga competitiva quase brutal, ademais com a importância determinante dos respectivos desfechos em todas as competições. Não se pode falar de negligência, de laxismo, de subestimação do adversário. Pode falar-se de um jogo em que nada ou quase nada correr bem, testemunhado por um público fervoroso que fez tudo para empurrar a equipa na direcção do triunfo.
O Benfica não era tão forte como muitos consideravam antes da partida com o Estoril, da mesma forma que não é tão débil quantos muitos consideram após o encontro. E é um Benfica que ainda tem trunfos para jogar. Em condições normais, a turma de Jesus, a despeito de disputar a Final da Liga Europa quatro dias depois, desfruta de amplas possibilidades para não escorregar no Dragão.
A derrota equivale a um sonho mau, mas outro resultado será sinónimo de encantamento. Importa ter confiança, não permitir que o alicerce anímico se amarrote, antes se fortaleça. É ou não é verdade que este Benfica tem sido protagonista de uma temporada magnífica? Falta um jogo de dimensão transcendente. Que pode valer a dimensão do júbilo."

João Malheiro, in O Benfica

Estamos na frente

"1. Grande exibição na Liga Europa frente ao Fenerbahçe numa noite europeia 'à antiga'. Natural cansaço, muitas oportunidades desperdiçadas, um golo sofrido de forma irregular, uma lesão muito importante, uma expulsão escusada - em suma, uma noite em que tudo nos correu mal, segunda-feira, frente ao Estoril. Estamos em mais uma Final europeia e... continuamos à frente no Campeonato, embora não com a 'confortável' vantagem anterior. Vamos ao campo do FC Porto liderando a classificação. Há que acreditar na equipa.

2. A propósito de mais uma Final europeia - a nona - em que estaremos envolvidos, os jornais têm recordado as anteriores e lá vem o inevitável 'mão de Vata'. Volto a recomendar que vejam o filme do golo no YouTube. Se o árbitro tivesse visto a mão do Vata teria tido a obrigação de marcar penálti - foi nítido o puxão do defesa francês ao nosso avançado que, ao procurar desenvencilhar-se, empurrou a bola com a mão. Aliás, Mozer, então jogador do Marselha, que esteve nesse jogo, ainda na semana passada o confessou na Imprensa.

3. Execrável o artigo de Miguel Sousa Tavares em A Bola de terça-feira da semana passada. Infelizmente, a sua conhecida desonestidade intelectual - bem expressa nesse artigo - não tem resposta adequada naquele jornal, já que os nossos representantes raramente defendem os interesses do Clube e quem lhe fazia frente - o nosso Ricardo Araújo Pereira e o sportinguista, José Diogo Quintela (este 'oportunamente' afastado) - já lá não escrevem.

4. O nosso Voleibol parece ter que ir à bruxa. Ao longo dos últimos anos marcou nítida superioridade no decorrer de toda a época mas falhou os títulos mesmo no fim, nos jogos decisivos. Desta vez, finalmente, derrotou o Sp. Espinho numa final mais uma vez emocionante... mas a Federação de Voleibol, devido a um protesto do clube adversário, mandou repetir o jogo. Espero que se faça justiça!"

Arons de Carvalho, in O Benfica

Acreditar

"Não há que iludir a realidade: o empate frente ao Estoril foi um resultado decepcionante, que nos deixou angustiados, e que torna mais difícil o caminho que conduz ao título. Esperávamos chegar lá por uma larga avenida, mas teremos de fazer um desvio por uma estrada um pouco mais estreita. Não deixaremos, porém, de chegar ao destino.
O Futebol é isto. Numa quinta-feira saímos do Estádio em clima de justificada euforia, ao garantirmos presença numa final europeia, 23 anos depois da última vez em que tal aconteceu. Quatro dias volvidos saímos cabisbaixos, tristes, e com a sensação de termos desperdiçado uma oportunidade óbvia de quase garantir ali a conquista do Campeonato. Alegrias e tristezas. É precisamente o que o Futebol oferece aos adeptos, e por isso cativa tanta gente com a sua magia.
Agora vamos a factos. O Benfica é líder isolado da classificação e, se vencer o próximo jogo, sagra-se de imediato Campeão Nacional. Em caso de empate, deixa também o título muito bem encaminhado.
Depois, na quarta-feita, em Amesterdão, poderá voltar a erguer um trófeu europeu, 51 anos depois de na mesma cidade - Eusébio e seus pares terem mostrado o Glorioso ao mundo. Dia 26, no Jamor, podemos também conquistar a Taça de Portugal, prova que nos escapa desde 2004. Ou seja, estamos, continuamos a estar, a três vitórias da melhor temporada de todos os tempos. E se os dissessem, no início da época, que chegaríamos a esta data com tão grande possibilidades de fazer história, tal seria suficiente para nos deixar empolgados, e ansiosos por cada um desses embates, por cada uma dessas finais.
A primeira é amanhã. Eu arriscaria a dizer que é a mais importante de todas. Depois de uma temporada brilhante, não ser Campeão seria, não só uma injustiça, como uma anormalidade. Perder no Dragão poderia também afectar o ânimo da equipa para as decisões seguintes. Por isso, estou convicto de que iremos ter em campo o melhor Benfica. E, a ser assim, as hipóteses de sucesso serão muitas. Serão todas!"

Luís Fialho, in O Benfica

Obrigatório ser limpinho

"O melhor árbitro do Mundo nomeado para o jogo que vai decidir o campeonato parece, à partida, uma decisão normal. Deveria ser assim, mas não é. Porque o melhor do árbitro do Mundo acumula um histórico pavoroso em clássicos entre FC Porto e Benfica. Pedro Proença não teve apenas influência directa em dois jogos recentes entre dragões e águias. Foi mais do que isso.
Foram duas decisões erradas em dois duelos que tiveram impacto decisivo no desfecho dos respectivos campeonatos, ambos a favor do FC Porto. Um deles em 2008/09 e o outro em 2011/12. O primeiro é ainda hoje lembrado como o jogo do falso penálti de Lisandro. O segundo foi aquele em que Maicon marcou o golo da vitória, aos 86 minutos, em posição irregular. Erro já admitido pelo assistente do árbitro (Ricardo Santos).
Pedro Proença escolhido para o clássico mais importante dos últimos anos – e se calhar de sempre – é uma decisão natural. Só que é igualmente uma medida desprovida de bom senso. Sabe-se há muitos anos que Proença é adepto do Benfica, mas a relação entre ele e os responsáveis do clube anda muito perto da raiva. Não adianta escondê-lo: essa antipatia bilateral percebe-se facilmente em qualquer referência que Luís Filipe Vieira faz ao árbitro e vice-versa.
Proença apitou apenas um jogo do Benfica esta temporada. Foi na Madeira, frente ao Nacional: 2-2. Expulsou Cardozo (bem), mas o paraguaio puxou-lhe a camisola e... Proença perdeu a cabeça. Poucos minutos depois mostrou um vermelho a Matic absolutamente injustificado. E até hoje não voltou a dirigir qualquer desafio do Benfica. Ficou guardado para este superclássico. O quinto que vai apitar. Até hoje, nem uma vitória dos encarnados."

Crença, amanhã e sempre...