Últimas indefectivações

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Viagem marcada para Coimbra

Benfica 3 - 0 Setúbal

O Benfica fez mal não adiar este jogo. Tal como aconteceu na eliminação da Taça de Portugal, com o Braga, poucas horas após o jogo no Dragay, esta meia-final da Taça da Liga, poucas horas depois do jogo do Alvalixo, podia ter sido perigosa...
Aliás, os primeiros minutos foram um pouco 'assustadores'!!! Com um Benfica muito diferente do normal, corremos sérios riscos (Obrigado, Lisandro...)!!!
Levou algum tempo para o Benfica estabilizar o jogo defensivamente - é verdade que nesta altura não criámos muitas oportunidades... -, mas o jogo após os primeiros cinco minutos, estava controlado.
Quando por volta do minuto 40, o Guedes sofreu penalty (e expulsão do adversário), o jogo ficou praticamente fechado... Ainda por cima, poucos minutos depois, novo penalty sobre o Talisca, e 2-0 ao intervalo... a jogar com mais um!!!
O 2.º tempo, foi um exercício de futebol ofensivo (a baixa velocidade): marcámos mais um, mas podíamos ter marcado muitos mais...

Estamos novamente na Final da Taça da Liga, num jogo que ficou marcado pelo regresso do Rúben Amorim 6 meses após a lesão... Deu ainda para o Sílvio ganhar ritmo, e para o Guedes se mostrar... e para o Lisandro voltar em 'grande'!!!

Os penalty são claros, mas para um apitador como o Rui Costa, marcar os dois a favor do Benfica, só mesmo porque estamos na Taça da Liga... porque no Campeonato outro apito cantaria!!!

Mais um susto...

Paço de Arcos 4 - 5 Benfica

O jogo até começou por parecer mais fácil do que parecia... Mas começamos a controlar o jogo demasiado cedo!!! O empate no início do 2.º tempo, acabou por espivitar a nossa equipa, principalmente o Valter...!!! Rapidamente chegámos ao 1-5, e o jogo parecia 'morto', mas a menos de 5 minutos do fim, permitimos que o Paço de Arcos fosse reduzindo (golos dos nossos jovens emprestados!!!)... e só não houve empate, porque o Trabal no final, safou alguns golos certos!!!

O 'derby' (I)

"Os dias e horas que antecederam o derby foram um amontoado opinativo que, profusamente e com sapiente pretensão, nos convidou a ler o que havia de ser o jogo. No sábado e domingo, nem o zapping nos libertava de canais (todos) em infindáveis explanações ad nauseam, acompanhadas do tão habitual, como abominável lote de pseudo reportagens cheias de nada para encher o tempo em jeito de salsicha. A provável vitória do Sporting era a linha dominante nos editoriais e previsões, roçando, não raro, a falta de distanciamento que importa preservar no jornalismo profissional. Não direi que, neste cacharolete editorial, os leões tivessem sido levados ao colo (sempre são leões... pesados) para um embalo vitorioso, mas andaram lá perto. Houve até jornais de serviço para desestabilizar o Benfica que, em tempo de vésperas, escreveram sobre falsas exigências de Jorge Jesus para renovar o contrato.
Mas, finalmente, chegou o que interessava: o jogo. E aí, foi (quase) tudo ao contrário do que se vinha dizendo e comentando. Que seria um jogo escaldante. Não foi. Que o Sporting iria entrar de rompante. Não entrou. Que o Benfica iria jogar para ganhar. Não jogou. Que Jorge Jesus estava a fazer bluff com a lesão do Gaitán. Não estava. Que desta vez o técnico encarnado não iria inovar, como o fez em anteriores situações com insucesso. Inovou. Que a tenrinha defesa do Sporting iria permitir oportunidades aos experientes Lima e Jonas que juntos somam 61 anos. Não permitiu. Que Artur iria ser o elo mais fraco do Benfica? Não foi. Que o fim do blackout leonino anunciado horas antes do jogo era uma decisão de mestre. Não foi."

Bagão Félix, in A Bola

O anti-Jesus

"Numa conferência de imprensa mítica, já há uns tempos, Jorge Jesus, como sempre a dizer 'coisas certas com as palavras erradas', perguntava 'o que é isso de experiência?', para logo responder, num jeito inimitável, 'experiência é conhecimento'. Talvez essa seja a melhor forma de olhar para o dérbi deste domingo. Um Benfica com mais experiência acumulada, logo com mais conhecimento, que foi capaz de ocultar com organização colectiva a perda de qualidade das individualidades que formam a equipa hoje, por comparação aos anos interiores.
Houve, por isso, um efeito surpresa. O Benfica de Jesus, que construiu a sua identidade em tomo de um futebol de ataque, com transições rápidas, não compareceu em Alvalade. Não estiveram presentes as acelerações no limite da razoabilidade de Salvio pela direita, nem as diagonais da esquerda para o meio, nem sequer o jogo interior rendilhado, a oferecer muitas possibilidades aos avançados. Em parte também por respeito ao Sporting, que é hoje uma equipa mais forte e competente do que no passado recente, o Benfica entrou em campo em modo resultadista.
Ora aí reside uma inovação. Nas últimas épocas, e em importante medida porque tinha jogadores que assim o permitem, o Benfica nunca teve uma atitude resultadista. Agora, com um plantel sem as mesmas doses de talento, o treinador prefere contrariar a própria identidade que construiu e ser um anti-Jesus, secundarizadndo a qualidade do jogo ofensivo, em nome de um realismo avisado.
A filosofia parece clara. Se for possível acrescentar nota artística aos resultados, tanto melhor. Se não for, cá estarão os resultados. Esta atitude pragmática era possível no Jesus do passado? Parece-me que não. Mas, afinal, o que é o conhecimento se não experiência acumulada."