Últimas indefectivações

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A miséria, sempre a miséria

" «Nós sempre dissemos», disse o líder do FC Porto. Este 'nós' custa tanto ou mais a suportar que a derrota em Braga. Fosse ou supersticiosa e diria que as duas coisas estavam ligadas.

O Benfica é tão grande. E muito deve aborrecer os rivais com a sua grandeza. Atente-se neste episódio recente: o Benfica perdeu em Braga, mais vítima dos seus erros, é verdade, do que dos erros alheios que foram à fartazana, o que também não deixa de ser verdade.
Uma consulta à imprensa da especialidade, e não só, nos dias que se seguiram à derrota do Benfica poderá facilmente ter induzido em erro um leitor menos atento ou menos qualificado ou simplesmente mais distraído. 
Ao ponto de, confundido, chegar inapelavelmente a esta conclusão:
- O Benfica caiu para o último lugar na tabela do campeonato com 1 ponto de avanço sobre o FC Porto e com 3 pontos sobre o Sporting que é o líder isolado da prova.
Ou não parece?

O Comité de Controlo de Ética e Disciplina – nome pomposo – da UEFA considerou «inadmissível» o protesto do Sporting.
Assim sendo, o jogo Schalke 04, 4 -Sporting, 3 não vai ser repetido nem o clube português terá direito a receber o meio milhão de euros pretendidos a título de indemnização pelo golo sofrido nos instantes finais da partida de Gelsenkirchen em consequência de uma grande penalidade manhosa.
Não espanta em nada o veredicto da UEFA. Outra decisão, aliás, não poderia resultar da reunião do referido Comité sediado na neutral Suíça. O árbitro é soberano e as suas decisões são irrevogáveis. Daí a expressão 'inadmissível'. Acontece assim por todo o mundo do futebol.
O que não deixou de espantar foi o suspense formal criado no nosso país em torno das exigências do Sporting, aparentemente levadas muito a sério, como se fosse possível ou exequível vermos algum dia a UEFA ressarcir da forma pretendida pelo Sporting os valores de um qualquer clube prejudicado em campo. 
Foi o absurdo tema tratado tão respeitosamente por cá que conseguiu até entusiasmar uns quantos benfiquistas esta demanda internacional do Sporting junto da justiça europeia. Não por amor, mas por interesse, é óbvio.
Decidisse a UEFA a favor da repetição do jogo de Gelsenkirchen por motivo de flagrante roubalheira e teria então o Benfica toda a legitimidade para exigir a repetição da final de Turim da Liga Europa de 2014.
E até mesmo para exigir a repetição da final da Taça dos Campeões Europeus de 1963 frente ao AC Milan, tendo em conta que Pivatelli 'arrumou' com Coluna numa época em que não eram permitidas substituições. Coluna passou o tempo todo em campo a coxear no relvado de Wembley e Pivatelli não foi expulso como devia ter sido.
E, já agora, poderia ainda o Benfica exigir à UEFA a repetição da final da Taça dos Campeões de 1968 frente ao Manchester United, outra vez em Wembley, tendo em conta que Nobby Stiles, só no primeiro quarto de hora fez duas entradas a pés juntos sobre Eusébio objetivamente passíveis de expulsão ou mesmo de irradiação.
Paciência, fica tudo como estava. A queixa do Sporting não conseguiu impor à UEFA uma jurisprudência revisionista como, aliás, era de esperar.

ALIÁS, nem o próprio Sporting acreditava numa benesse destas. O Sporting entendeu apresentar uma queixa à UEFA não a pensar no passado mas a pensar no futuro imediato. Foi uma forma de pressão legítima, não temendo sequer o ridículo.
O importante é que os árbitros dos próximos jogos europeus do Sporting tenham conhecimento da indignação que grassou no Lumiar e que se ponham em sentido, com o sentido entre a comiseração e a reparação de injustiças, quando apitarem os subsequentes jogos dos ofendidos. O mesmíssimo já fez o Sporting este ano nas competições de trazer por casa, as nossas, as internas, e, diga-se, com êxito retumbante. E se pegou cá dentro por que razão não pegará lá fora? São mais espertos e menos impressionáveis os árbitros estrangeiros em comparação com os árbitros portugueses?
O árbitro nacional do Sporting de Braga-Benfica de domingo passado, por exemplo, só teve coragem intelectual para expulsar um jogador bracarense quando já corria o tempo de descontos, isto para não ofender o pranto do Sporting sobre os resultados dos jogos em que os adversários do Benfica se vão fazendo expulsar por acumulação de jogo violento.
A coisa aqui por casa está a resultar.
Veremos como corre lá por fora ou com gente estrangeira.

LUÍS DUQUE é o novo presidente da Liga de Clubes. Que seja um mandato próspero e feliz. O Benfica votou em Duque. O FC Porto e mais duas dezenas de clubes também votaram em Duque. Houve, no entanto, quem não votasse ou se abstivesse.
Houve também quem acusasse o Benfica e o FC Porto do comando ínvio de todo o processo eleitoral. Do Benfica não houve uma palavra sobre o assunto. Sobre o mesmo assunto, houve do FC Porto palavras do seu presidente.
Estas mesmas palavras: «Para que se não dissesse que era o FC Porto e o Benfica a dirigir o processo, nós dissemos sempre que não queríamos ninguém ligado ao FC Porto ou ao Benfica.»
«Nós sempre dissemos…», disse.
Este 'nós' é que custa tanto ou mais a suportar do que a derrota em Braga.
Fosse eu supersticiosa e até diria que as duas coisas estavam ligadas.

JESUS falha nos jogos importantes, lê-se. Sim, é verdade, que tem falhado em jogos importantes em Portugal e no estrangeiro. Se, em cinco temporadas na Luz, Jesus não tivesse falhado todos os jogos importantes que falhou, poderíamos já ter festejado cinco títulos de campeão nacional, cinco Taças de Portugal, três Ligas dos Campeões e duas Ligas Europa. E ainda mais uma Taça da Liga, aquela em que falhou em 2013. Em poucas palavras, o paraíso.

A miséria, sempre a miséria. Diz-se que foi a tal miséria impendente que obrigou ao recentíssimo movimento de contra-revolução na Liga de modo a garantir um futuro próspero a todos os clubes associados mais aos seus benévolos parceiros comerciais.
A bem da nação futeboleira, salvem-se os clubes, salvem-se os patrocinadores e salve-se a Olivedesportos se é verdade, como constou, que estavam quase à beira da ruína.
Que se salve tudo isto e o triplo, se for necessário. Haja dinheiro em caixa para todos. Saúde-se a renascida fartura e as renascidas concórdias. Vem aí uma nova época dourada do futebol português. Douradíssima. 
Mas, interrogo-me, se com tantas notas a entrar à catadupa nas devidas tesourarias, com tanta fortuna em emolumentos e em sentimentos, com tanta reestruturação, modernização e êxito empresarial, não conseguirá a renovadíssima Liga dispensar uns trocos para investir em sprays para os árbitros, pobres deles, não terem de perder tempo a discutir com os jogadores o lugar exacto onde se forma uma barreira?
Tempo é dinheiro, não é? E é absurdo o tempo que se perde nos jogos da nossa Liga nas marcações dos livres directos com o passinho à frente e com o passinho atrás, com o árbitro a voltar costas e a ser enganado, com o público pagante a impacientar-se à falta de tempo útil de jogo, isto sim, é que é uma real miséria.
A ver, portanto, se há uma alma caridosa, lá das altas esferas destas organizações, que se lembre de facilitar as tarefas dos árbitros e de corresponder aos legítimos anseios dos espectadores. Para tal, basta perder o amor a uns poucos euritos, agora que até há de sobra graças à nova gestão, e encomendar uma dúzia de sprays de bolso para que nos jogos da nossa Liga a cada livre directo não corresponda 2 minutos de tempo perdido.
Mais protagonismo para o spray e menos protagonismo para os árbitros é uma excelente solução, já internacionalmente aprovada nos palcos dos acontecimentos mais chiques da modalidade.
Faz alguma confusão que em Portugal, um país apaixonado por modernices, tarde a ser implementado este utensílio tão eficaz e tão alcance das bolsas mais modestas.

O Bayern e o Arsenal querem o Gonçalo Guedes, lê-se. Peter Lim, o dono do Valência, quer o Gonçalo Guedes, lê-se. Nós também queremos o Gonçalo Guedes. Se faz favor."

Leonor Pinhão, in A Bola

Unidos e Crentes

"Este é o momento para estarmos juntos. Não merecíamos uma derrota em Braga. O momento exige de todo os benfiquistas um forte sentido de união. Estamos num momento decisivo da 1.ª Liga: é fundamental voltar à rotina das vitórias e a um ritmo de consistência táctica, quer na Liga, quer na Champions.
Esse não é, no entanto, apenas um esforço que deve ser feito pelos jogadores e pela equipa técnica: é um esforço que Sócios e adeptos devem acompanhar com um apoio incondicional e uma confiança redobrada no Benfica. Continuamos a ser líderes. Na pontuação, na concretização, na consistência de jogo e no espectáculo. Continuamos a encher estádios, em casa e fora. A somar a tudo isto, uma extraordinária inconsistência dos nossos adversários directos, impossível de passar despercebida: um Sporting que se agiganta com os grandes e leva a cabo exibições sofríveis com os clubes mais modestos e um FC Porto que ficou de tal maneira obcecado com a relatividade que deixou de ter cultura de jogo. Temos, por isso, todos os motivos para continuar a acreditar que a liderança do Benfica é para durar, para chegar ao Natal e ao Verão de 2015, quando estaremos já na posse do 34.º título.
Quanto à Champions, nenhuma equipa se reequilibra de uma época de transferências agressiva de forma natural e imediata. É preciso tempo, construir hábitos de jogo e entranhar cultura táctica. Muito já tem feito Jorge Jesus. O caminho não é fácil de ser percorrido. Mas é possível e está ao alcance do sonho que sempre nos guiou. A palavra acreditar é, aqui, fundamental. Quer os jogadores, quer os Sócios ou os simpatizantes, quer o próprio Jorge Jesus têm de acreditar que voltar a erguer uma Taça dos Campeões Europeus está ao alcance do Benfica como renovar o título de Campeão Nacional ou voltar à final da Liga Europa.
A desistência e o cepticismo são, muitas vezes, os inimigos derradeiros da nossa equipa. Ultrapassar esta barreira é, logo à partida, deixar qualquer adversário nesta Europa a tremer de medo."

André Ventura, in O Benfica

Encarnado é o Vermelho-amor (diagnóstico... com omissão!!!)

"A primeira derrota do Campeonato aconteceu domingo, amarga como alguns remédios que tomávamos na infância, injusta como o Futebol é às vezes, revoltante por ser com um clube que se tornou tão anti-benfiquista.
Apesar de sabermos que era um jogo exigente, não acreditava que a derrota pudesse acontecer diante do Sporting de Braga. E ocorreu porque o futebol é assim mesmo, quem não mata, morre. Bem cedo poderia o Benfica ter resolvido aquele jogo. Depois o cansaço de uma quarta-feira europeia pesou nas pernas dos nossos jogadores e não conseguimos manter a pressão e os níveis físicos e, em consequência, o Braga afastado da baliza de Artur. Os do SC Braga e do FC Porto (dos muito que lá havia com a camisola do Braga) estavam mais fresquinhos e disso tiraram partido na segunda parte.

Mas, em meu entender, a derrota deveu-se sobretudo por duas falhas que passo a explanar: o Benfica não tem, até ao momento, um verdadeiro número 6, um trinco que equilibre a uma equipa tão ofensiva; um trinco que encoste aos centrais e defenda como este. Bem sabemos que será Fejsa a ocupar esta posição, pois o Benfica precisa dele mais do que de qualquer outro jogador, e, enquanto não recupera, não conseguiremos ter o alto desempenho de que nos habituamos naquela zona do terreno; a outra falha é a da concretização. Podíamos, e deveríamos, ter marcado três ou quatro golos, que para isso tivemos oportunidades de sobra. Mas Lima ainda desafinado (embora mantenha toda a raça e qualidade) e as bolas não entram nas balizas contrárias, principalmente, nos jogos mais exigentes. Jonas está quase aí e Jorge Jesus terá de se decidir se joga com dois avançados ou continua com Talisca a apoiar o único que vai a jogo. Mas Jonas faz-nos falta!
Logo que Fejsa recupere e Jonas esteja na sua plena forma, este Benfica será diferente. Será o Benfica mais próximo da ideia de Jesus: raçudo, veloz e mortífero. Até lá, resta-nos apoiar todos os que vestem o Manto Sagrado."


Carlos Campaniço, in O Benfica

PS: O diagnóstico interno até está acertado... mas a omissão 'dourada' era escusada !!!

Reagir

"Costuma dizer-se que ganhar e perder faz parte do desporto.
Poderá ser assim em muitos quadrantes onde existam provas desportivas, por este país e por esse mundo. Em modalidades várias, na alta, média ou baixa competição, em encontros de amigos ou de rivais, em quase tudo. Porém, quando se fala de Benfica, quando falo de Benfica, apenas admito um resultado: a vitória.
Um século de história gloriosa, e em particular o legado de Eusébio, ensinou-nos a ser assim. As últimas temporadas, em que a dupla Vieira-Jesus recolocou o Benfica no seu devido lugar, quer no panorama português, quer no panorama europeu, devolveram-nos também esse grau de exigência, que na transição do milénio quase havíamos hipotecado. Hoje, deixámos de conseguir encaixar uma derrota. E a de Braga doeu. 
Independentemente de podermos felicitar os vencedores, de lhes devermos respeito dentro e fora dos campos, admitir uma derrota não pode jamais constar da nossa matriz identitária. Temos de exigir de nós próprios, e de todos no clube, uma espécie de revolta interior, que não permita olhar, nem por um segundo, para as derrotas como coisa natural. Para o Benfica, perder não é normal.
Não pode ser normal. Após uma pré-temporada complexa, e a meio de uma Liga dos Campeões pouco entusiasmante, a vantagem pontual com que o Benfica liderava a classificação do Campeonato (principal objectivo da época) era a almofada onde a família benfiquista repousava a sua confiança.
Perder em Braga, naquele que era tido como o primeiro grande teste à equipa encarnada, representou um rude golpe nesse sentimento de confiança. Hoje, há nova partida do campeonato. E na terça-feira joga-se o futuro europeu. O que se espera de todos é um grito de revolta face ao que aconteceu no Minho. A mesma revolta que os adeptos sentiram ao ver fugir três pontos, ao ver a vantagem classificativa reduzir-se à sua mínima expressão, ao ver os rivais directos recuperarem ânimo e tranquilidade, numa luta que não permite falhas, hiatos ou hesitações."

Luís Fialho, in O Benfica

Portugal, UEFA e Platini

"Portugal atingiu, no ranking das competições europeias de clubes, o 5.º lugar. Pelos resultados obtidos pelo Benfica e Porto. Ultrapassou a França de Michel Platini e está (esteve) perto da Itália. Mesmo assim, continua a pertencer ao 'clube dos remediados' para a UEFA. O recente caso do prejuízo que a arbitragem provocou ao Sporting na Alemanha é uma elucidativa amostra. Como o foi o empurrão escandaloso (mas infrutífero) dado à Juventus em Turim nas meias-finais da Lida Europa da passada época, logo vingado pela fraudulenta arbitragem na final contra o Sevilha. Fosse um dos tubarões europeus ou simplesmente um clube gaulês e outro galo cantaria.
Já aqui me referi, por diversas vezes, àquelas figurinhas vestidas como árbitro que estão a fazer ginástica nas linhas de cabeceira das competições da UEFA. Às vezes estão a um ou dois metros das jogadas, mas conseguem uma de duas coisas: ou não ver o que toda a gente viu (lembro-me de uma mão de J. Terry do Chelsea na Luz, dos penáltis por marcar no Benfica-Sevilha, ou ainda nos metros bem à frente de Beto na marcação das penalidades do desempate) ou - mais grave - conseguem ver o que não existiu e ninguém viu (foi o caso do penalti a favor do Schalke 04 no último minuto do jogo contra o SCP).
Entretanto, o fogoso Platini - que detesta portugueses - criador destes (des)ajudantes e que pôs em marcha o 'fair-play financeiro', achará, por certo, que é só uma coincidência, a UEFA ter como um dos sete patrocinadores oficiais da Champions League a russa Gazprom, que, por acaso, também patrocina o Schalke 04 e que o árbitro do jogo com o Sporting foi também, por acaso, russo..."

Bagão Félix, in A Bola

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Premier League International Cup - 1.ª jornada

Schalke 04 B 0 - 1 Benfica B

Na estreia nesta nova competição, o Benfica venceu em Londres o Schalke por 0-1, com um golo do Renato (59'), nesta competição sub-21 (creio que é permitido, a utilização de 3 jogadores mais velhos!!!). As informações foram escasas, mas aparentemente foi um jogo totalmente dominado pelo Benfica, que merecia um resultado mais desnivelado... Nos últimos minutos um jogador Alemão foi expulso.

Recordo que o Benfica faz parte do Grupo C, onde vamos ainda defrontar o Leicester City, o Manchester City.

Jogaram: M. Santos; Semedo, Lindelof, Cardoso, Rebocho; Pinto, Sanches (Amorim, 75'); Costa, Guedes (Rochinha, 71'), N. Santos (Andrade, 60'); Fonte. Estiveram ainda no banco: Lopes; Valente, Alfaiate; Menga.

Benfica, derrota e tempo

"O Benfica perdeu em Braga. Perdeu como poderia ter ganho, num excelente jogo de futebol.
Mas este jogo veio confirmar:
1. O Benfica, em comparação com a passada época, não tem banco à altura do desgaste de todas as competições. À excepção de Jonas que entrou, Jorge Jesus tinha consciência de que outro jogador suplente nada mudaria:
2. O eixo central perdeu Garay, Matic (e Fejsa) e o verdadeiro Enzo. Em substituição, há o promissor mais ainda insuficiente Lisandro, um n.º 6 que oscila entre o adiado Samaris, o imberbe Cristante e o esforçado André Almeida. E Markovic passou de foguetão pelo clube:
3. Enzo está em trânsito para os laranjais valencianos: é um sócia e uma sombra do verdadeiro;
4. O Benfica não venceu nenhum jogo de dificuldade maior: Sporting, Braga e Champions, ou como escreveu J. M. Delgado não passou nos testes de stress;
5. Os adversários não precisam de ser iluminados para perceber que, jogando com velocidade pelas alas, tudo se torna mais possível.
Posto isto, não vale a pena discutir erros de arbitragens que têm que ser decididos num instante. Mas já registo a falsidade que foi a contagem do tempo. Não falo de nada de subjectivo, mas de uma métrica que é objectivável. Entre o minuto 85 e o 96,30 (um total de 12,5m) jogaran-se... 3 minutos! O jogo esteve interrompido 5m por causa de agitação junto dos bancos e é retomado já com 1 minuto para lá dos 90. Depois, ainda houve a obrigatória lesão do guarda-redes (quase 3m) e outras espertezas habituais, aliás, em todas as equipas. O árbitro precisava de um novo relógio e calculadora para somar e subtrair. Inaceitável!"

Bagão Félix, in A Bola

PS: Infelizmente, o consócio Félix, enferma de um mal generalizado no universo Benfiquista. Acha que para ter credibilidade, não se pode queixar das arbitragens... chegando mesmo, a desculpar os erros!!! Em vez de tentar arranjar um álibi para os instantes.. talvez pudesse ter escrito: "...apesar das insuficiências ou erros do actual Benfica - uma discussão válida... -, a arbitragem em Braga, acabou por ter influência directa no resultado... sendo que os erros, foram constantes, e sempre para o mesmo lado..." Não estaria a enfiar a cabeça na areia, assumia as limitações do actual Benfica, e ao mesmo tempo chamava a atenção para a Roubalheira da Pedreira... Ainda por cima num jogo, onde os instantes caíram sempre para o mesmo lado!!!

A posição 6

"Matic disse numa entrevista recente que Jorge Jesus considerava a posição 6 (leia-se, médio-defensivo) a mais importante da equipa. Porque, explicava, o número 6 é a última barreira antes de a bola chegar à defesa e a primeira peça a iniciar o jogo de ataque.
Olhando para trás, Javi Garcia foi dono indiscutível do lugar, a este sucedeu Matic, a seguir ceio Fejsa - e quando este se lesionou a confusão começou a instalar-se. Até porque Rúben Amorim, que o poderia substituir, também foi afastado dos relvados por uma lesão grave.
Daqui se conclui que, numa posição fulcral para a equipa, Jesus não tem tido sorte. Tem 'inventado' sucessivas soluções que, por saídas ou por lesões, vão caindo por terra umas atrás das outras. Nesta época já foram experimentados cinco jogadores na posição 6: Samaris, André Almeida, Talisca, Enzo Pérez e Cristante. E isto não por uma questão de rotatividade, mas porque Jesus anda positivamente à nora.
É evidente que nenhum dos jogadores experimentados convenceu o treinador do Benfica. André Almeida, para mim o melhor, tem limitações técnicas ao sair com a bola para iniciar o ataque. Samaris não tem a robustez nem o sentido posicional de Javi Garcia. Enzo Pérez é muito baixo para aquela posição, e vê-se à légua que aquele não é o seu lugar. Talisca não dispõe do rigor táctico nem do físico necessários para a função. E Cristante é demasiado verde e revela muitas lacunas a defender.
Na posição 6, Jesus tem um problema muito bicudo para resolver. E, enquanto não for resolvido, enquanto não houver um dono indiscutível do lugar, a equipa não estabilizará. O bom início de campeonato depressa se tornará uma ilusão."

Vanessa...



Não se deve ter expectativas elevadas, mas esta é uma excelente notícia. Se a Vanessa quiser voltar à competição, com entrega total ao treino, terá todas as hipóteses de voltar a dar alegrias a ela, à família, ao Benfica, e a Portugal...

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Parelhas de coices, socos e pontapés na cara!

"No início de 1913, o Benfica desloca-se ao Porto para conquistar o Torneio das Três Cidades, organizado pelo FC Porto em comemoração da inauguração do Campo da Constituição. Uma romagem de desportivismo que terminou da pior maneira.

Em 1913, o Benfica era um jovenzinho. Um jovenzinho a caminho do Porto para uma agradável aventura.
Em 1913, o FC Porto também se julgava um jovenzinho. Foi preciso muita ginástica para que esse jovem FC Porto de 1913 fosse, muitos e muitos anos mais tarde, transformado num adulto. Efeitos da progeria, essa doença terrível que destrói tanto como a mentira.
Deixemos isso. Vamos falar de outro clube portuense, esse sim, de uma digníssima antiguidade, o Oporto Cricket Law Tennis Club, fundado no ano de 1855 e que ainda vive orgulhosamente lá para os lados do Campo Alegre. E vamos falar também do Real Vigo Sporting Club que, fundado em 1905, se fundiria em 1923 com o Real Fortuna Football Club da mesma cidade para dar lugar ao Celta de Vigo de tão má memória para os 'encarnados'.
Deixemos isso também. Se resolvi ir tão atrás no tempo foi para falar da inauguração do velhinho campo da Constituição, um dos monumentos ao Futebol português que o FC Porto soube tão bem cuidar anos a fio. Vivam-se tempos de cavalheirismo. Os ingleses não só tinham trazido para Portugal o 'beautiful game' mas também arreigadas concepções de desportivismo, o famoso fair-play. Presidente da direcção portista, Joaquim Pereira da Silva, arquitecta um torneio internacional disputado por clubes de três cidades, Porto, Lisboa e Vigo, e assim chegamos aos quatro clubes até agora apresentados e citados acima.
Realizou-se a prova num sistema de poule, a uma volta, nos dias 31 de Janeiro, 1 e 2 de Fevereiro.
A primeira jornada colocou frente-a-frente o FC Porto, anfitrião, e o Real Vigo, com vitória dos primeiros por 4-0. Eram nesse tempo figuras da equipa azul e branca treinada pelo francês Adolphe Cassaigne, o guarda-redes Peter Janson, Mário Maçãs, Carlos Megre, Charles Allwood, Magalhães Bastos, Camilo Moniz, Constantino Encarnação e Ivo Lemos. Já o Benfica, como se sabe, actuava só com portugueses, tal como o Real Vigo exibia um conjunto totalmente formado por espanhóis, algo que não muito comum à época. Portugueses que marcaram a história do Clube da 'águia': Paiva Dimões, Henrique Costa, Carlos Homem de Figueiredo, Cosme Damião, Artur José Pereira, Álvaro Gaspar, Alberto Rio, Francisco Belas, Luís Vieira, Domingos Fernandes...
Frente ao Oporto Cricket Club, a vitória 'encarnada' foi expressiva (8-2), embora ligeiramente ensombrada pelo facto de os portuenses não terem conseguido apresentar um onze completo, ficando-se por um guarda-redes e nove jogadores de campo. As mazelas desse primeiro encontro reflectiram-se na segunda jornada, com o Oporto Cricket Clube a sofrer nova derrota, agora frente ao Real Vigo, por 0-3.

Mandando às malvas o desportivismo
Defrontavam-se então as duas equipas vencedoras da jornada inicial. Encheram-se de brios os portistas na vontade de bater os lisboetas no seu novo campo. E de tal forma que rapidamente chegou à vantagem, vantagem essa que logo tentou defender, recuando em bloco para junto da sua baliza e procurando frustrar as tentativas de Alberto Rio, Luís Vieira e Álvaro Gaspar, os benfiquistas em maior destaque. O inglês Janson, com uma série de defesas vistosas, foi adiando o empate. Debalde. A superioridade 'encarnada' era por demais evidente. O Benfica chegou ao 3-1 e poderia ter feito mais alguns golos, não fosse o acerto de guardião do FC Porto e o trabalho meritório de Webber e Camilo Moniz.
Decidia-se a conquista do belo troféu em prata, a «Taça Futebol Clube do Porto», na jornada derradeira que, como as anteriores, atraiu o interesse de muito público que não hesitou em desembolsar os 320 réis que permitiam assistir aos dois jogos.
O encontro entre FC Porto e Oporto terminou com a vitória dos primeiros, por 1-0.
Quanto ao confronto entre Benfica e Real Vigo, o Futebol foi, infelizmente atirado para segundo plano. Dia 2 de Fevereiro, domingo de Carnaval, e o embate não chegou ao fim. Toda a primeira parte foi um não mais acabar de picardias iniciadas pelos galegos, segundo crónica assinada por Rodrigues Teles, um dos historiadores do FC Porto que parecia desconhecer, na altura, que a data da fundação do clube não era a de 1906. O Benfica chegaria à vantagem (e o 1-0 manter-se-ia sem alterações) e reclamaria ainda outro golo prontamente anulado pelo árbitro, o britânico Janson, guarda-redes do FC Porto (algo muito comum nesses primórdios do Futebol) que considerou que a bola não tinha ultrapassado por completo a linha de baliza.
Azedaram-se os espíritos e mandou-se às malvas o tão saudado desportivismo. Na segunda parte o regabofe foi total. Ora leiam o que se escreveu: «O defesa esquerdo do Vigo, defendendo uma avançada de Luís Vieira, depois de dar um pontapé na bola, voltou-se, pôs as mãos no chão e recebeu a carga do jogador português com uma verdadeira 'parelha de coices'». Edificante, no mínimo. Mas não se ficou por aqui: «A seguir, caso que já não era sem precedentes, um jogador do Benfica, ao dar com a cabeça na bola, levou na cara um pontapé de um jogador espanhol, incidente que pouco depois de repetia, com a agravante de o homem de Vigo se rir do molestado, facto que este tornou como provocação e de que se desforrou dando um soco no adversário». Caldo entornado de uma vez por todas. Continua o cronista: «Imediatamente foi o campo invadido por muitos espectadores, formando-se dois partidos antagónicos, o que levou a autoridade a intervir e o árbitro a dar por findo o desafio faltando três minutos para completar o tempo. E assim a taça posta em disputa neste interessante torneio, pelos resultados obtidos, foi entregue ao Sport Lisboa e Benfica».
Não terão dado os 'encarnados' a viagem por mal perdida. Nem terão chorado certamente os adeptos os seus 320 réis..."

Afonso de Melo, in O Benfica

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Lixívia VIII

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica............. 19 (-3) = 22
Sporting............16 (+1) = 15
Braga............... 14 ( 0) = 14
Corruptos........ 18 (+4) = 14


O Roubo foi à descarada. E neste caso, a velha desculpa do erro humano, não é para aqui chamada. Houve premeditação. Às claras... Ao contrário de alguns que querem se cingir à discussão dos penalty's, eu deixei bem claro na crónica ao jogo, que mais do que as analises dos penalty's (onde o Benfica é claramente prejudicado, ao contrário daquilo que foi dito no final do jogo pelo treinador do Braga e repetido por alguns energúmes... inclusive alguns que se dizem Benfiquistas!!!), o critério disciplinar foi a principal arma de condicionamento do jogo. Não foi uma decisão. Foram dezenas de decisões, tomadas sempre em benefício de uma equipa, e sempre em prejuízo da outra, durante 96 minutos. De uma coisa ninguém poderá acusar Marco Ferreira, falta de consistência!!! Ele foi sempre consistente, no Roubo...!!!
Santos, Danilo, Micalela, André Pinto e até o Custódio tinham que ter sido expulsos. Os dois primeiros, dentro dos 20 minutos da 1.ª parte, os outros dois no 2.º tempo, e o Custódio que só jogou os últimos minutos, mas ainda foi a tempo de fazer 2 penalty's!!!
Já no jogo da 1.ª mão da Meia-final da Taça de Portugal do ano passado, no Dragay, com este árbitro, os jogadores do Benfica foram agredidos repetidamente à PATADA. Pelo menos por 3 vezes... a consequência, foi 1 amarelo !!! Esta consistência do Marco 'Patada' não pode deixar dúvidas...
A patada do Santos ao Talisca é para vermelho directo, mas mesmo se não fosse mostrado, o Santos fartou-se de fazer faltas durante o resto do jogo, várias para 2.º amarelo, e nada lhe aconteceu... sendo que na falta mais grave, o árbitro decidiu ignorar, e dar lançamento ao Benfica!!!

O Danilo, à 3.ª falta para amarelo, é que levou o 1.º !!! E depois com amarelo, nunca se coibiu de distribuir porrada...

A besta da Micaela, também só à 3.ª falta para amarelo, levou o cartão. Sendo que a patada no Jonas merecia um vermelho directo. E depois no banco, ainda foi um dos mais activos na caça ao Enzo...!!!
O André Pinto, depois de fazer penalty descarado sobre o Nico, ainda enfiou um murro no Nico quando este estava no chão!!!
O Custódio, em poucos minutos fez (possivelmente) 2 penalty's!!! Porquê possivelmente, porque a PorkosTV decidiu esconder as imagens no remate do Salvio, que aparentemente foi parado pelos braços do Custódio. Depois, derrubou o Eliseu: num lance onde o Eliseu falhou o cruzamento, mas depois é atropelado, o facto do Benfiquista ter falhado a bola, não desculpa o atropelamento!!!

Houve outros cartões perdoados, ou por faltas graves, ou por protestos, ou por simulações, mas estas foram as situações mais descaradas... Este ambiente de impunidade, deu aos jogadores do Braga uma confiança, na disputa de todos os lances, que em conjunto com a dose industrial de 'amarelinha' que eles tomaram, os tornaram quase indestrutíveis. Um jogo que estava totalmente controlado pelo Benfica, foi 'virado' totalmente com o critério disciplinar... Todas as outras teorias de cumentadores de sofá são absurdas...
Se alguém tem duvidas, basta rever o cartão ao Samaris... Depois de tanta impunidade, depois de tantos avisos, o Samaris que não tinha feito nenhuma falta, num lance onde sofre falta, é premiado com um amarelo!!! O critério, foi só um: prejudicar o Benfica.

Mas além dos cartões ainda houve os penalty's!!! Aqui o Marco Ferreira teve a preciosa colaboração da PorkosTV, aliás umas das suas especialidades!!!
- Num livre marcado pelo Talisca, pareceu-me ver o Luisão a ser puxado e derrubado pelo Santos, mas não houve uma única repetição!!!
- O lance do Gaitán é demasiado claro, até para se perder tempo a escrever o que quer que seja...
ADENDA: Inicialmente não tinha reparado, mas o Santos joga a bola com braço, neste lance!!!

- A Mão do Custódio também foi 'apagada' pela PoskosTV...
- O derrube do Custódio ao Eliseu foi recebido em silêncio, pelos incontinentes verbais da PorkosTV!!!
Nos penalty's pedidos pelo Braga, nenhum deles é legitimo:
- No lance entre o Eliseu e o Pardo, o Eliseu ganhou a frente da bola (ganha posição) e é o Pardo que tenta passar por um sítio onde já estava o Eliseu...
- No lance do Lisandro, apesar de todo espalhafato do Pardo, nem vale a pena perder tempo a analisar se o toque existe ou não, porque o Pardo parte de uma situação de claríssimo fora-de-jogo: mais de 1 metro...

ADENDA: Depois de alguns comentários a alertarem-me para mais alguns lances, fica aqui a adenda:
- Duas entradas faltosas do guarda-redes Matheus sobre atacantes do Benfica, onde são marcadas faltas contra o Benfica, em jogadas perigosas...
- Falta de Tiago Gomes sobre Salvio, já com um amarelo, que daria o segundo...
- Entrada de André Pinto ao joelho de Eliseu, com os pitõns...
- Falta mal assinalada ao Lima num ataque perigoso do Benfica, por Mão na bola inexistente...

Para memória futura, e para deixar claro que houve premeditação, deixo aqui anotado a observação do nosso consócio Bagão Félix, esta noite na Bola TV: '... nos últimos 15 minutos de jogo, foram jogados 2,30m...'!!! Além da paragem com a confusão entre o Enzo e o Danilo (quase 5 minutos), entre substituições, simulações de lesões, demora nas reposições de bola... etc... só se jogaram 2,30m nos últimos 15 minutos!!! E isto com o Freitas Lobo histérico na PoskosTV a dizer que já passava da hora...!!!

Não vale a pena falar muito dos outros jogos:
- Os Lagartos, já a ganhar por 1-0, beneficiaram de um fora-de-jogo muitíssimo mal tirado, ao Marítimo, que podia ter dado o 1-1...
- Os Corruptos foram treinar a Arouca, com o Xistra como mediador. Mesmo assim, sem nenhuma necessidade ainda deixou de marcar um penalty para cada lado!!! O homem não sabe mais...
O que fica de Arouca, é aquilo que todas as pessoas atentas já sabem: no rol de treinadores na I Liga, não temos treinadores ligados no seu passado, ao Benfica e ao Sporting, agora ex-jogadores, ou ex-funcionários dos Corruptos são às carradas... E depois, é só activar as cláusulas!!! Se alguém quiser comparar a atitude dos jogadores do Arouca nos jogos com o Sporting e o Benfica, com a atitude demonstrada no último sábado, esteja à vontade... Pessoalmente, acho que a diferença esteve na 'amarelinha', deve ter esgotado o stock esta semana, os de Braga compraram tudo...!!!

Anexos:
Benfica
1.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Cosme, Prejudicados, Sem influência no resultado
2.ª-Boavista(f), V(1-0), Marco Ferreira, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
4.ª-Setúbal(f), V(0-5), Capela, Nada a assinalar
5.ª-Moreirense(c), V(3-1), Luís Ferreira, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
6.ª-Estoril(f), V(2-3), Vasco Santos, Nada a assinalar
7.ª-Arouca(c), V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Braga(f), D(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, (2-3), (-3 pontos)

Sporting
1.ª-Académica(f), E(1-1), Soares Dias, Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
2.ª-Arouca(c), V(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, (2-0), Sem influência resultado
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
4.ª-Belenenses(c), E(1-1), Cosme Machado, Nada a assinalar
5.ª-Gil Vicente(f), V(0-4), Beneficiados, (1-4), Sem influência no resultado
6.ª-Corruptos(c), E(1-1), Benquerença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Penafiel(f), V(0-4), Rui Costa, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Marítimo(c), V(4-2), Manuel Oliveira, Beneficiados, (4-3), Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(2-0), Xistra, Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-0), Mota, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
3.ª-Moreirense(c), V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
4.ª-Guimarães(f), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
5.ª-Boavista(c), E(0-0), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
6.ª-Sporting(f), E(1-1), Benquerença, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Braga(c), V(2-1), Proença, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
8.ª-Arouca(f), V(0-5), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, (1-6), Sem influência no resultado

Braga
1.ª-Boavista(c), V(3-0), Vasco Santos, Beneficiados, (1-0)?!, Impossível contabilizar
2.ª-Moreirense(f), E(0-0), Paixão, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
3.ª-Estoril(c), V(2-1), Hugo Miguel, Prejudicados, (3-1), Sem influência no resultado
4.ª-Arouca(f), D(1-0), Proença, Nada a assinalar
5.ª-Nacional(f) E(1-1), Jorge Tavares, Prejudicados, Impossível contabilizar
6.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Bruno Esteves, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Corruptos(f), D(2-1), Proença, Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
8.ª-Benfica(c), V(2-1), Marco Ferreira, Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)

domingo, 26 de outubro de 2014

Festival do 'cacete', acaba em derrota...

Braga 2 - 1 Benfica
Talisca

Tinham saudades do Tugão?! É óbvio que se vai falar muitos dos erros do Jesus, das falhas dos nossos jogadores, e até das sortes e dos azares... mas este jogo, como muitos outros, foi decidido pelo Apito. Já são muitos anos a virar frangos, para perceber como os trafulhas funcionam: depois de tudo o que se passou dentro do campo, como é que é possível, o Braga ter somente um jogador expulso, e logo aos 91 minutos, e por algo que ele fez fora do campo?!!! Tanto o Santos como o Danilo tinham que ser expulsos nos primeiros 20 minutos, a Micaela tinha que ter ido para a rua... Foi um festival do arreio do mais asqueroso possível... E para cúmulo, o Samaris sofre falta, é empurrado, e leva amarelo!!! Aliás a foto em cima, é um resumo perfeito do jogo...!!!
O jogo foi todo condicionado pelo proteccionismo do Marco Ferreira, todo... A estratégia defensiva do Braga, foi uma: dar porrada!!! Eu sei que ninguém se vai importar muito com isto, dirão que foi uma arbitragem 'à Inglesa'!!! Se com o Arouca na Luz, o Emanuel antecipou a expulsão do Amaro e substituiu-o, hoje, o Conceição nem precisou de usar a mesma estratégia, tal era a confiança, que ninguém seria expulso...!!! É óbvio, que com um árbitro a sério, os jogadores do Braga tinham imediatamente adaptado a sua agressividade ao critério do árbitro, e as expulsões não tinham acontecido... mas nesse caso, o jogo ofensivo do Benfica teria sido completamente diferente. Especulando, muito provavelmente, teria sido um massacre de 90 minutos...
Depois daquilo que se viu ontem em Arouca, onde os Corruptos efectuaram um treino de descompressão, creio que é bastante claro as diferenças abismais do Tugão: enquanto o Benfica, vai enfrentar adversários, carregados de 'Amarelinhas', com motivação no máximo, os outros em metade dos jogos, até podiam levar a equipa Veteranos, pois ganhavam na mesma!!! E em cima disso, temos que levar com encomendas destas... e podem argumentar: o Marco Ferreira, nem é dos piores?! Pois não... Por isso imaginem os outros!!!
A 'culpa' do Benfica resume-se à forma previsível como nós sabemos que mais tarde ou mais cedo isto ia acontecer!!! Depois do Benfica ter beneficiado de algumas expulsões nas primeiras jornadas (justas), os do costume foram para as televisões, rádios e jornais, embalar a canção do 'colinho', e o Benfica ficou calado!!! E hoje, muito provavelmente, ninguém do Benfica vai publicamente criticar a arbitragem...!!! Esta estratégia não é nova, mas deixa-me fora do sério...!!!
E não foram só os cartões, houve penalty's (pelo menos dois: Luisão e Gaitán), faltas ofensivas marcadas ao Benfica, verdadeiramente abjectas: ao Lima e ao Salvio por exemplo... em jogadas perigosas. Houve jogadas perigosas do Braga, após faltas não assinaladas... resumindo, um Festival... O Homem do Jogo, é claramente o árbitro...
Espero atentamente, para ver a atitude do Braga nas recepções aos Corruptos e às Osgas, se calhar a 'amarelhinha' vai estar esgotada na farmácia, nestas semanas...!!!

Isto não absolve o Jesus e os jogadores do Benfica, que cometeram erros, mas eu não sou daqueles que acha que o Benfica é obrigado a jogar mil vezes melhor que os adversários, em todas as jornadas, e quando não jogamos mil vezes melhor, quando jogamos somente duas vezes melhor, então merecemos a derrota, porque nos pusemo-nos a jeito!!!
Os três erros do Jesus, na minha opinião, foi a não titularidade do Jonas (é óbvio que o Lima está num mau momento, insistir no Lima a titular, nem é bom para o próprio Lima); a não titularidade do André Almeida (este seria sempre um dos jogos mais difíceis da época, o André não custou €10 milhões, mas é o melhor '6' defensivo que temos, ponto final); e em último lugar, devia ter esgotado as substituições (a entrada do Jonas, e o recuo do Talisca, inicialmente até resultou, mas pouco depois ficou à vista, que o Braga tinha espaço aberto para o contra-ataque... tanto o Pizzi, como o André podiam ter entrado).

A equipa até entrou muito bem, e não foi só o golo... estávamos a jogar muito bem, quando num alivio de bico do Braga, a nossa defesa estava mal colocada, e levámos o golo do empate, completamente contra a corrente do jogo. Sentimos o golo, e com o critério disciplinar absurdo, a equipa perdeu confiança...
Voltámos a entrar mal no 2.º tempo, mas a tal substituição aparentemente suicida, do Jonas pelo Samaris inicialmente deu-nos algum gás... mas o Braga percebeu onde estava o buraco no meio-campo, e mais uma vez, numa altura até estávamos por cima, marcou o 2.º golo.
A perder foi um autêntico massacre, que só um guarda-redes do Braga inspiradíssimo, a habitual confusão com o banco do Braga, que parou o jogo mais de 5 minutos, e o habilidoso do apitador, que foi inventando faltas contra o Benfica, nos descontos de uma forma nojenta, nos impediu de chegar ao empate... mais do que merecido.

O Artur acabou por ser um dos melhores, sem culpa nos golos, e com algumas intervenções muito boas. O Lisandro e o Eliseu, foram mal 'comidos' no 1.º golo do Braga, mas no resto até estiveram razoáveis... O muito-campo funcionou mal, pouco agressivo. O Salvio continua trapalhão... O Talisca começou muito bem, com o golo, e com mais algumas grandes jogadas, mas devia ter sido substituído. Ninguém poderá acusar o Lima de falta de entrega, mas o golo não quer nada com ele... se não me engano, o último golo, de jogada 'corrida' que ele marcou, com na 1.ª mão da Meia-final da Liga Europa com a Juve...!!! Repito esta insistência do Jesus, está inclusivamente a prejudicar o próprio Lima.

Para terminar, é sempre bom recordar: o Benfica é líder isolado da Liga.

Vitória em São Miguel...

Clube K 0 - 3 Benfica
12-25, 15-25, 6-25

Regresso às vitórias como era esperado, o Clube K luta pela manutenção...

Empate em 'ervado' !!!

Portimonense 2 - 2 Benfica B

Jogo disputado num relvado inacreditável, onde jogar futebol é impossível.
O Hélder não sei se com medo das condições, inventou uma estratégia de 3 Centrais, que rapidamente percebeu não dar...!!! Tivemos sempre em vantagem (0-1; 1-2), mas o resultado acaba por ser justo...

Varela; Lindelof, Valente, Nunes (Rebocho, 31'); Semedo, Menga; Pinto, Amorim (Cardoso, 69'); Costa, Guedes (Romário, 78'); Fonte.

sábado, 25 de outubro de 2014

Os auto-golos também contam !!!

Sporting 2 - 3 Benfica

Nem que fosse por meia a zero... sabe sempre bem ganhar ao Sporting, ainda por cima a este Sporting de 'cara lavada' cheio de arrogância, esperteza-cigana, e pedantismo... (tudo misturado!!!) Sendo em Futsal, ainda melhor, já que o treinador Lagarto é cara (ou o cu) chapado do seu presidente: arrogante e trauliteiro... e é incapaz de disfarçar a tremenda azia sempre que perde com o Benfica... e já vão em 4 seguidas (duas vezes para o Campeonato, na época anterior; a Taça de Honra, esta época; e hoje, mais uma para o Campeonato!!!).

É óbvio que tivemos sorte, não é todos os dias que se beneficia de um auto-golo, quanto mais de dois... e mesmo o terceiro golo, foi um meio-auto-golo!!! Mas, ao contrário das palavras do trauliteiro Lagarto, o jogo não foi tão desequilibrado como ele quer fazer passar... O Benfica defendeu bem, teve momentos em que não conseguiu sair para o ataque, mas também teve momentos onde jogou muito bem, e criou oportunidades, incluindo bolas nos postes... Aliás continuamos a falhar golos inacreditáveis, o falhanço do Patias no lance do 2.º golo do Benfica, é incrível... Também não deixa de ser curioso, que os Lagartos apesar do discurso do 'massacre' só chegaram ao golo, em dois cantos, que o Benfica defendeu mal, principalmente o 2.º...
É preciso não esquecer, que o Benfica continua com muitas ausências: Ré, Pablito, Vítor Hugo... o Bruno Pinto regressou hoje, após longa ausência, e com a saída do Paulinho, foi tornado público hoje a contratação do Mancuso. Além dos problemas no joelho do Patias que tem condicionado o Brasileiro neste início de época. Portanto, este Benfica debilitado, conseguiu ganhar, a um adversário muito mais rodado, supostamente invencível (na cabecinha das osgas)... pela 4.ª vez consecutiva!!!

'Negra' bastarda !!!

Fonte do Bastardo 3 - 2 Benfica
25-23, 28-30, 25-23, 21-25, 15-7

Já se esperava um jogo difícil, a Fonte do Bastardo é o nosso principal adversário... Conseguimos levar o jogo para a 'negra', garantindo assim 1 ponto, mas aparentemente não estivemos bem no último Set...
Amanhã novo jogo nos Açores, desta vez em São Miguel, para ganhar, sem sustos...

Agridoce...

Barcelos 5 - 5 Benfica

Depois de empatar em Barcelona, sofrendo somente um golo, é estranho sofrer 5 em Barcelos!!!
Esta jornada, encaixada, entre o jogo com o Barça e o Bassano (com Turquel pelo meio...), seria sempre complicada (não sei porque é que o jogo não foi adiado para amanhã!!!), mas independentemente das qualidades do adversário (tinha só vitórias), do desgaste das deslocações, do ambiente terrorista (adeptos, treinador e jogadores no banco do Benfica foram agredidos durante o jogo, que esteve interrompido durante vários minutos!!!), depois de conseguirmos estar em vantagem por duas vezes (0-2; 2-4), é difícil de aceitar a alegria da 'salvação', no golo do Nicolia, a 6 segundos do fim!!!
Num Campeonato, sem play-off's, onde tudo é decidido na regularidade, este início de época está a dar péssimos indicadores, com o Benfica a denotar muitas dificuldades sempre que enfrenta equipas claramente mais fracas... Sendo que essas dificuldades aconteceu muitas vezes porque continuamos a desperdiçar demasiadas bolas paradas... quando se tem especialistas no plantel, não se compreende porque não são esses especialistas a marcar todas as situações, ou de Penalty, ou de Livre Directo. Hoje, por exemplo, o João Rodrigues, que tem estado irrepreensível nos penalty's, não foi chamado a marcar um...!!!

Adenda1: Como já tinha referido na crónica, adeptos, jogadores e treinadores do Benfica, foram agredidos dentro do Pavilhão, durante a partida, aqui fica as primeiras declarações oficiais do Benfica.


Adenda2:
O Sport Lisboa e Benfica apoia e promove a saudável prática desportiva, disputada dentro da lei, com fair-play e em recintos que garantam a todos – atletas, técnicos, staff de apoio e adeptos – total segurança para que o resultado final dos jogos possa ilustrar aquilo que acontece em campo. Nesta descrição não se insere aquilo que voltou a registar-se no Pavilhão Municipal de Barcelos, onde se deslocou o SL Benfica para disputar a 4.ª jornada do Nacional de Hóquei em Patins.
Apesar dos alertas já deixados pela Direcção do Clube noutras ocasiões e relativamente a várias modalidades, continuam a realizar-se, sem condições de segurança, partidas onde tanto os atletas no recinto de jogo como bancos de suplentes vêem colocada em causa a sua integridade física.
O desporto não é guerrilha, pelo que não se podem considerar aceitáveis, por exemplo, "métodos competitivos" como o arremesso de moedas e outros objectos contra os elementos da equipa adversária. E isto perante a atitude passiva ou insuficiente presença de forças de segurança.
10 meses passados após reunião realizada com a Federação de Patinagem de Portugal (FPP), precisamente a propósito do tema segurança, o que fica demonstrado é a prática de uma interpretação irresponsável de um decreto de lei que permite aos clubes prescindir de policiamento nos jogos em que são visitados.
Veja-se o que aconteceu no Pavilhão Municipal de Barcelos no passado sábado:
- Sensivelmente à passagem do minuto 14 da segunda parte, depois de o Benfica estar a vencer 4-2, o banco que deveria abrigar os elementos do Clube foi atacado com insultos permanentes, cuspidelas e com adeptos do Óquei de Barcelos empoleirados no acrílico que deveria ser de protecção. Quando a equipa da casa reduziu para 4-3 o ambiente piorou, chegando mesmo a haver contacto físico de adeptos com elementos do Benfica. Neste momento, um responsável da secção de Hóquei em Patins dirigiu-se à mesa pedindo a interrupção imediata do jogo ao 3.º árbitro, algo que apenas sucederia após o golo do empate (4-4). Nesta altura, os empurrões e murros no banco passaram então a agressões com moedas e isqueiros, tendo sido atingidos na cabeça o treinador do Benfica e o atleta João Rodrigues. Para defender a sua integridade, o técnico entrou na pista e apenas aí os árbitros interromperam a partida durante 12 minutos, tornando-se evidente que os elementos de uma empresa privada presentes eram insuficientes para criar o perímetro de segurança à equipa do Benfica.
Estes incidentes de extrema gravidade tornam-se ainda mais preocupantes a partir do momento em que são regulares e, aparentemente, aceites pelo clube da casa e até pela FPP. Em fevereiro deste ano, no mesmo recinto desportivo, houve confrontos entre adeptos do Óquei de Barcelos e atletas do FC Porto. Ninguém foi castigado pelas instâncias federativas nem a equipa da casa mudou o seu processo de organização de jogo, recorrendo a uma tímida presença de elementos de uma empresa de segurança privada.
Realça-se a atitude do treinador e de alguns dirigentes do Óquei de Barcelos, tentando conter a agressividade dos seus adeptos. Em contraponto, foram visíveis gestos de exaltação de ânimos por parte de, pelo menos, dois hoquistas da casa. Existem imagens de órgãos de comunicação social a documentá-lo.
O actual estado das coisas não é positivo para a modalidade. É urgente que no hóquei em patins acabe o "vale tudo" praticado em alguns pavilhões devidamente identificados.
É bom entrar num pavilhão em que se sente um ambiente fervoroso, mas é muito mau competições que se querem credíveis e bem organizadas realizarem-se em recintos onde tudo é permitido.
Muito mais haveria para dizer. Quanto a este Óquei de Barcelos-Benfica, ficou demonstrado que a segurança aos intervenientes não foi garantida; a reacção da equipa de arbitragem foi tardia e pouco responsável, não obstante o pedido do delegado do SL Benfica à mesa para que o jogo não fosse reatado sem estarem reunidas todas as condições exigíveis e, como é óbvio, sem moedas ou outros objectos na pista.
Registe-se que a PSP só se apresentou no pavilhão no final da partida e por iniciativa da comitiva do SL Benfica.
O Sport Lisboa e Benfica tem investido recursos humanos e financeiros para garantir a segurança das equipas e adeptos adversários no Pavilhão Fidelidade – acrílicos atrás dos bancos, túnel que protege as equipas, separação de adeptos visitantes que lhes permite ver os jogos sem incidentes. No entanto, nos recintos dos outros competidores tudo parece ser feito para que os seus adeptos estejam o mais próximo possível dos atletas do Benfica para intimidar, agredir, provocar. Seguramente isto não é hóquei em patins nem verdade desportiva!
Face a tudo o que o Clube tem feito para preservar a verdade desportiva e a segurança dos adeptos, o Sport Lisboa e Benfica sente-se no direito de recusar “voltar à pista” em jogos em que se repita o cenário registado em Barcelos no último sábado.
Se a Federação, os clubes e outras entidades oficiais não se mobilizarem para resolver este problema, poderemos em breve assistir a acontecimentos ainda mais graves numa partida de hóquei em patins e isso ter repercussões sérias na imagem pública da modalidade, assim como na sua própria existência enquanto campeonato de alta competição. 

Mau início...

Galitos 86 - 78 Benfica
25-20, 17-18, 25-22, 19-18
Soares(20), Carreira(12), Fernandes(12), Andrade(11), Doliboa(10), Gentry(9), Fonseca(2), Ferreirinho(2), Barroso

Não me vou alargar muito, num jogo que não assisti, mas com tantos jogadores lesionados ou condicionados, já estava à espera de muitas dificuldades, até porque em relação ao jogo da Supertaça, este não decidiu um Titulo...!!!
As lesões e a veterania do plantel, numa época onde vamos regressar à Europa, não combinam bem!!! Recordo que a última época que não fomos Campeões, também jogámos na Europa... A prioridade nesta altura passa por recuperar os lesionados, temos que nos mentalizar, que provavelmente, vamos ter mais algumas desilusões na época regular... sabendo que as decisões só serão definitivas no Play-off...

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Jogo com o SC Braga é mais importante

"Não vale a pena iniciar uma caça às bruxas, mas é um facto que desde que o Benfica reclamou na UEFA de uma decisão antes do Juventus-Benfica da última época nunca mais houve uma arbitragem inteiramente isenta em jogos do Benfica. Foi assim na última época no jogo em Turim contra a Juventus onde acabámos com nove, foi escandaloso na final contra o Sevilha onde aquela encomenda alemã jamais será esquecida. E já esta época iniciámos contra o Zenit com uma expulsão, prosseguimos na Alemanha onde houve uma aparição de um penalty caído do céu e da imaginação arbitral, e nesta quarta-feira degustámos uma arbitragem caseirinha. Embora tenha sido uma exibição polaca, para a gradar ao príncipe, não foi pelo árbitro que não se ganhou no Mónaco. Foi um jogo equilibrado onde o Mónaco em sua casa não foi superior ao Benfica.
O empate no principado não satisfaz nem preocupa, numa semana onde o jogo mais importante é claramente domingo contra o Braga. Exceptuando os clássicos, Braga e Madeira serão os jogos teoricamente mais difíceis deste campeonato para o Benfica. Uma vitória no domingo seria importantíssima para as aspirações do bi-campeonato. Depois do rochedo do Mónaco, teremos a pedreira de Braga. É uma fase da época que se faz também a partir pedra. Jorge Jesus sabe melhor que ninguém a importância pontual e anímica deste jogo. Foi a vitória em Braga que selou (praticamente) o campeonato da última época. Este ano, o jogo é muito mais cedo no calendário, não se consideraria um selo, mas era como o código postal, meio caminho andado...
Segunda-feira há sorteio da Taça de Portugal. Como se sabe, é um facto que já não tem a mesma relevância para todos os clubes com aspirações a ganhar títulos. Mas é excelente continuar preocupado com a sorte das bolinhas da FPF."

Sílvio Cervan, in A Bola

PS: No rol dos roubos Europeus já são 6 jogos consecutivos!!! Começou na Luz com o Turco Cakir, contra a Juventus, continuou em Turim com o Clattenburg... O Bitch na Final com o Sevilha. Com o Zenit além do critério disciplinar, tivemos um penalty sobre o Salvio... Em Leverkusen: com o penalty contra... e ainda dois lances dentro da área do Bayer nos últimos minutos... e agora, mais um no Mónaco: com impunidade disciplinar total para os nossos adversários...

Encarnado é o Vermelho-amor (Guedes)

"É o consenso geral que o Sport Lisboa e Benfica é dos clubes mais vanguardistas do Futebol mundial. Não fosse o enorme passivo que veio de trás, a necessidade da construção de um novo estádio e de uma academia, etc, talvez não precisássemos de vender um único jogador do plantel principal, nestes últimos anos, tal tem sido a sua gestão na última década, assertiva e exemplar.
Como clube vanguardista, o Benfica percebeu, atempadamente, que a sua hegemonia no Futebol nacional, e o reconhecimento como um dos maiores da Europa, passava pela Formação de jovens jogadores. É bem certo que Jesus tem razão, também há um enorme de formação com os jovens de dezoito, dezanove ou vinte anos, que chegam ao Benfica vindos dos estrangeiros ou mesmo de clubes de divisões inferiores em Portugal. Mas no caso concreto, falaremos apenas da Formação 'Made in' Seixal.
A alegria de vermos o Guedes vestir a principal camisola do Benfica, com apenas dezassete anos de idade, faz-nos crer que vamos no caminho correcto. Depois olhamos para a convocatória das várias selecções (desde os sub-21 aos sub-15) e vemos como a Formação do Benfica está em maioria nas escolhas dos vários técnicos. É caso para dizer que temos vários Guedes na academia do Seixal.
Acontece, porém, que o Benfica é um clube muito grande, no qual não é fácil vingar com facilidade. Ninguém desejará mais que a actual Direcção ver um Benfica 'português', mas como todas as grandes mudanças esta não poderá ser precipitada nem leviana.
Uma coisa é certa, os Guedes puxam pelo nosso Benfiquismo mais fervoroso!"

Carlos Campaniço, in O Benfica

O caminho...

"Na abertura de cada um dos 'Diários' de Miguel Torga estava a mesma frase de Amiel «chaque jour nous laissons une partir de nous-mêmes em chemin». Esta ideia de que na nossa caminhada a construção é feita do que se vai deixando implica que a história de cada homem seja a história do que ele diariamente deixa perdido no seu caminho. Acontece que o que fica perdido não pode ficar esquecido. Caso assim aconteça, o caminho do homem cumpre uma das prerrogativas para a existência do 'homem trágico': o esquecimento. Um caminho trágico feito por um homem trágico fatalmente conduzirá à tragédia.
Todo este introito surge a propósito das futuras eleições para a Liga. A comunicação social bombardeia-nos diariamente com a ideia de que os dirigentes do Benfica e do FCP estariam alinhados a na liderança de um novo projecto agregador para a Liga.
Recuso-me a acreditar nisto. Que os dirigentes do Benfica e do FCP e de todos os outros clubes queiram um consenso generalizado para que todos participem na edificação do Futebol português é legítimo e saudável. Que a vontade de um consenso implique uma aliança ou o que quer que seja de promiscuidade com dirigentes ligados aos casos de corrupção identificados nos processos 'Apito Dourado' e 'Apito Final' é algo que entra no campo do absurdo. Diz-nos a literatura que o esquecimento do passado é um dos absurdos que leva à repetição da tragédia.
Nas próximas eleições da Liga joga-se a questão dos direitos televisivos, joga-se o futuro do Futebol português com ou sem aqueles que o conspurcaram durante três décadas. Num passado bem recente, os dirigentes do Benfica construíram o seu caminho, dando uma enorme machadada nesse poder podre o bafiento. Esse momento de quebra do monopólio dos direitos de transmissão televisiva encheu-nos de orgulho. Foi um daqueles momentos da caminhada em que sentimos que faz sentido continuar nesta luta e, como tal, não pode (e acredito que não ficará) ficar perdido nem esquecido no caminho construído."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

O Sporting e a Liga

"Começamos a semana, mais uma vez, com uma lastimável prestação de Bruno Carvalho, confirmando que não estará presente na reunião de clubes que, na segunda-feira, procurou um nome consensual e de prestígio para suceder a Mário Figueiredo, e afirmando mesmo que não vê 'necessidade de os três grandes falarem em uníssimo' nesta matéria. Está, mais uma vez, muito enganado.
A Liga Portuguesa de Futebol está a tornar-se num degradante espectáculo público, com um candidato que se auto-proclamou como o único elegível e, claro está, resultou numa voz sem eco ou credibilidade para se afirmar no contexto dos problemas graves e urgentes do Futebol português. Para cúmulo, ainda recorreu aos tribunais quando a Federação - que já o devia ter feito há muito - pôs termo ao seu projecto de poder absoluto e exigiu novas eleições em que, no fundo, os candidatos surjam livremente e se apresentem com os seus projectos à votação dos clubes.
Chama-se democracia, Dr. Mário Figueiredo!
Luís Filipe Vieira percebeu - e bem - a importância de um nome de consenso para a Liga Portuguesa de Futebol, capaz de, dentro da diversidade natural e riquíssima do Futebol português, se afirmar como uma voz de solidez e de respeito entre os seus pares. Que conheça os problemas profundos do Desporto em Portugal. Que erga a voz aos interesses instalados. E, claro, que não tenha medo de eleições. Isso nunca! É por isso que, quando o Sporting boicota este trabalho já de si difícil de reunir à mesma mesa de líderes dos grandes e médios clubes da 1.ª Liga de Futebol presta um péssimo serviço ao Futebol português. Mas, ao mesmo tempo, presta um péssimo serviço a si próprio e aos seus adeptos, tão queixosos que são e foram dos 'esquemas subterrâneos' do Futebol profissional.
Bruno de Carvalho continua a esquecer-se que já não é um mero líder da claque 'leonina'..."

André Ventura, in O Benfica

PS1: Em primeiro lugar concordo que a situação de Mário Figueiredo era insustentável; em segundo lugar os elogios ao Duque são bastante despropositados: o prestigio do Duque é no mínimo duvidoso; o seu sentido eleitoral vai ser posto à prova, numa eleição de Lista Única, e pensar que o Duque vai afrontar os interesses instalados é no mínimo ingénuo...!!!
Agora concordo: era preciso uma solução colectiva... até porque como tem sido público nos últimos dias, os patrocinadores tradicionais do Futebol português estão a fugir (por diversas razões), e neste momento o 'poder' da Liga, resume-se à área Económica... as habituais guerras de palavras neste momento são totalmente desnecessárias ao negócio Futebol, para todos os Clubes, todos, incluindo o Benfica (e até o Sporting!!!)...
Além disso os tais 'esquemas subterrâneos' jogam-se noutro campo: FPF...

PS2: Em relação à tentativa histérica de tentar colar o Vieira ao Pintinho, especialmente pelos jornaleiros Lagartos e Corruptos (e os já habituais talibans-benfiquistas), tenho toda a confiança que o Presidente do Benfica, que criou a BTV, não vai desperdiçar o nosso maior trunfo...

Imprudências

"O futebol é um fenómeno popular, que mexe profundamente com as emoções daqueles que o seguem com maior fervor.
Milhões de almas percorrem quilómetros para estar perto das suas equipas gastando o que têm e o que não têm, sofrem a bom sofrer durante os jogos, e choram as derrotas como crianças, deixando de lado toda a racionalidade com que terão de enfrentar a segunda-feira seguinte.
São as emoções que fazem do futebol aquilo que ele é, que fazem crescer os clubes, e lhes dão dimensão social, humana, e também económica. São elas o cimento de todo o edifício futebolístico, por mais que uma certa empresarialização dos tempos modernos possa induzir o contrário. Sem elas, o futebol não teria nada de interessante.
Nem sempre os agentes deste desporto transformado em indústria têm em atenção essa realidade, permitindo descuidadamente que cumplicidades profissionais e pessoais se sobreponham ao respeito devido àqueles que os idolatram. Terá sido o que aconteceu com o nosso Rúben Amorim, ao deixar-se fotografar junto de figuras muito pouco recomendáveis.
Não é justo crucificar um atleta que sempre demonstrou a maior dedicação e profissionalismo ao serviço do clube do qual também é sócio e adepto, tal como nós. O próprio Rúben de pronto se arrependeu da imprudência - que feriu o sentimento de muitos benfiquistas.
Rúben explicou, perdoámos, assunto encerrado. Mas fica o ensinamento para ele, e para todos os jogadores, técnicos, dirigentes e profissionais ao serviço do clube: há situações que de um ponto de vista meramente racional são inócuas, mas para as quais a emoção do adepto não está, nem tem de estar, preparada.
Paralelamente, importa também reflectir sobre os motivos que levam um árbitro internacional a uma proximidade tão ostensiva a um líder de uma claque – que, em livro, confessou ao país várias práticas criminosas. Aí, não se trata de emoções nem de razão, mas sim de transparência. Mas, ao contrário de Rúben, de Proença não espero nada, a não ser a sua rápida aposentação."

Luís Fialho, in O Benfica

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Duque! O Duque! Ponham já o Duque a funcionar!

"O Sporting é vítima de Guttmann. Se foi com a maldição que a imprensa explicou a derrota do Benfica na final de Turim, só pode ter sido a mesma maldição que o impediu de golear.

É normal. Os impérios nascem, crescem e morrem. Mas há impérios que morrem mais do que outros. Reza a História que o estertor de alguns impérios produz singulares curiosidades.
Confiando no que nos relatam os jornais, a crise no BES, o desmoronamento da PT e o periclitante estatuto da Olivedesportos, provocaram uma aflição de tal monta no nosso futebol que houve necessidade, obviamente, imperiosa de erigir uma nova ordem para fazer face ao caos.
Reuniram-se, portanto.
Que fazer, amigos?
Alguém gritou:
- O Duque! O Duque! Ponham já o Duque a funcionar!
Dito e feito. Vem aí uma Liga para durar séculos. Ou, pelo menos, outros trinta anos. No fundo, é o que se quer.

O melhor do Benfica esta semana. Em 1.º lugar: os três golos do Jonas na Covilhã e o Jonas propriamente dito.
Em 2.º lugar: Gonçalo Guedes na Covilhã, a jogar, e Gonçalo Guedes no Seixal, a sair de um táxi a toda a brida para seguir viagem para o Mónaco com os adultos.
Em 3.º lugar: o ponto sofridamente conquistado no Mónaco dá uma esperança ténue de qualificação para a Liga Europa, que é a nossa praia. Mesmo assim está a coisa muito difícil. Perder em casa e não ganhar fora é no que dá. A ideia de um Benfica só para consumo interno entristece.

Na Taça de Portugal vamos em frente. Nesta eliminatória caiu um candidato forte. Pela segunda vez consecutiva Marco Silva foi ganhar na casa do FC Porto e adiós Copa de Portugal.
A segunda parte do jogo no Dragão arrancou de modo inaudito com os donos da casa a falhar dois penaltis de rajada.
Ao primeiro, apontado com o pé por Jackson Martinez estando a bola na marca dos 11 metros, respondeu Rui Patrício com uma estirada majestosa. Ao segundo, apontado de cabeça por Marcano, respondeu Rui Patrício com outra estirada categórica impedindo o golaço.
Pouco depois houve ocasião para uma terceira grande penalidade mas Jorge Sousa entendeu não apontar para o castigo máximo depois de ajuizar aquele segundo em que o braço de Jonathan Silva desviou a trajectória da bola dentro da área dos visitantes.
Está encarregue o árbitro de interpretar se há ou não intenção do jogador, exercício impossível visto que não se pode exigir a ninguém capacidades do foro paranormal ao ponto de saber ler o que vai na cabeça dos jogadores no que diz respeito a intenções.
O árbitro-mentalista ainda não foi nem nunca será inventado. E ainda bem porque com árbitros-mentalistas, ou seja com árbitros aptos a ler os pensamentos dos jogadores, poucos jogos chegariam ao fim por falta de material, à força de expulsões não por palavras, nem por actos, mas pela penalização de “pensamentos” de índole grosseira, quando não insultuosa.
Quanto a mim, que faço parte do público, estes momentos de dúvida que ocorrem sempre que uma mão e uma bola se encontram dentro da área, resolvo-os de maneira simples:
- Se o mesmo lance tivesse acontecido fora da área era ou não era falta?
Se era falta fora da área então é porque dentro da área tem de ser penalty. E vice-versa.
Sabemos como pesa de modo diferente a decisão de apontar uma falta fora da área (peso-leve) e a decisão de apontar para uma grande penalidade (peso-pesadíssimo). Terá sido por isso que Jorge Sousa, no papel de árbitro-mentalista, leitor dos pensamentos de Jonathan Silva, entendeu não marcar penálti contra o Sporting quando, provavelmente, não teria hesitado em castigar com uma falta um lance idêntico que tivesse ocorrido a meio do campo.
Esta, portanto, é a minha interpretação benévola da não menos interpretação benévola que o árbitro fez do lance de Jonathan Silva na sua área. Leu-lhe os pensamentos e considerou o momento como fruto da casualidade e não da intenção.
Há, no entanto, quem tenha outras interpretações sobre os motivos que levaram o árbitro Jorge Sousa a poupar uma grande penalidade contra o adversário do FC Porto e logo na casa do Dragão, o que não é propriamente o pão nosso de cada dia das últimas décadas.
Correm duas teorias sobre o assunto.
A primeira está infectada de clubismo. Jorge Sousa não apontou para a marca de grande penalidade porque não suportou a eventualidade de um segundo falhanço de Jackson Martínez na cara de Patrício o que acarretaria forte contributo para a desmoralização do avançado colombiano que é, de longe, o melhor jogador da equipa. Trata-se de uma teoria, a meu ver, desprezível. Adiante.
A segunda teoria, a meu ver, já não é assim tão desprezível ainda que seja mais rocambolesca do que a primeira. Cá vai ela:
Terá caído mal a Jorge Sousa, embaraçando-o ao ponto de se recusar a marcar uma segunda grande penalidade contra o Sporting, o excessivo realismo das imagens divulgadas do convívio da Batalha, na véspera do jogo, evento de índole pedagógica que reuniu Pedro Proença, o Super Árbitro, e Fernando Madureira, o Super Dragão.
Tudo isto aconteceu sob o alto patrocínio da celebérrima APAF (Agremiação de Pavoneio do Azeite Forrobodó) a quem coube organizar o 13.º Encontro do Empreendedorismo Jovem, porque de pequenino é que se torce o pepino.
Na Batalha, com tanto flash a disparar para si, Pedro Proença encadeou-se e, contra aquilo que era a sua intenção, acabou por obrigar Jorge Sousa a desfavorecer o FC Porto ao proclamar a sua satisfação pelos elogios recebidos da parte do Jovem Empreendedor Madureira.
- Não é normal um árbitro ver o seu trabalho aplaudido por um chefe de claque!
- Oh, falsa modéstia! Oh grandíssima falsa modéstia! – terá pensado Jorge Sousa e por isso não apontou para a marca da grande penalidade. Há limites, caramba!
O Maicon é que se fartou de rir.

PELO que se viu o Sporting é a mais recente vítima da maldição do Guttmann. Pois se foi com a maldição do Guttmann que a nossa patriótica comunicação social justificou ao país a derrota do Benfica na última final da Liga Europa, só pode ter sido a sobredita maldição que, anteontem, impediu o Sporting de golear o Schalke 04 na Alemanha.
Pois é. Temos pena.

A minha simpatia pelo jogador Rúben Amorim, que não é menor do que a simpatia que nutro pelo cidadão Rúben Amorim e pelo benfiquista Rúben Amorim, leva-me a não o condenar pela presença no 13.º Encontro do Empreendedorismo Jovem organizado pela Agremiação de Pavoneio do Azeite Forrobodó. 
Rúben Amorim, que está a recuperar de uma lesão complicada, deslocou-se à Batalha na condição de para lá mandado pelo Benfica que, certamente, entendeu ser dignificante para as suas cores a presença de um seu representante na já referida soirée em prol da educação dos Empreendedores Jovens da dita APAF.
Caro Rúben, apenas um reparo: da próxima vez que alguém lhe pedir para ficar numa fotografia tenha o cuidado de, pelo canto do olho, verificar a constituição completa do plantel.
Caro Benfica, apenas uma questão: será que por este andar ainda te vamos ver, um dia destes, na mesma barricada estratégica da grande macacada no dealbar de uma guerra para eleger um presidente da Liga? 
Reparem como trato o Rúben Amorim, que não conheço, por você e como trato o Benfica por tu. Não é falta de respeito pelo maior de Portugal.
Eu digo:
- Carrega, Benfica!
Não digo:
- Carregue, Benfica!
Trato o Benfica por tu, passe o exagero, desde que nasci. Assim vou continuar até ao fim e recusando-me a colaborar nas festas da APAF. Há milhões iguais a mim, acho eu."

Leonor Pinhão, in A Bola