Últimas indefectivações

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Bom Ano... - diga-se que dificilmente será pior...!!!

 


Os homens brutos da Floresta de Sherwood


"1973, Junho. O Benfica conquistou o Troféu Vinho do Porto à custa de vitórias sobre o Nottingham Forest (3-0 na Luz) e Boavista (1-4 no Bessa. Eusébio marcou, no fim da festa, um dos golos mais excepcionais da sua carreira excepcional.

O Nottingham Forest é, para mim, um dos mais fascinantes clubes do mundo. A começar por aquele pormenor adorável de ter mais Taças dos Campeões (duas) nas suas vitrinas do que taça de campeão de Inglaterra (apenas uma). Fundado em 2 de Setembro de 1865 na cidade de Robin dos Bosques, tem um campo pequeno mas terrível, o City Ground, à beira do rio Trent, de onde se vê, a pouco mais de um quilómetro de distância, na outra margem, o estádio do grande rival, o Notts County.
Em 1995 e 1996, na altura a trabalhar para o jornal A Bola, viajei por toda a Inglaterra, tanto para fazer reportagens sobre os lugares onde a selecção nacional iria jogar como para cobrir o Mundialito de 1995 e, em seguida, o Euro 96. Fiquei com um carinho especial por Nottingham, uma daquelas cidades que nos recebem bem e nos fazem sentir em casa.
Ontem lembrei-me de Nottingham. E lembrei-me, igualmente, de que o Benfica tinha defrontado o Forest nos anos 70. Mais precisamente em 1973, dia 20 de Junho. Estava em jogo o Troféu Vinho do Porto, e Boavista e FC Porto também estavam na liça. Uma espécie de meia-final, portanto, o Benfica - Nottingham do Estádio da Luz, à hora tardia das 21h45. Sempre cavalheiros, os ingleses resolveram fazer uma pequena festa na embaixada para agradarem tanto aos encarnados de Lisboa como aos encarnados de Nottinghamshire. A bola rolaria depois... Ou pelo menos era ssim que deveria ter sido.

A dureza dos ingleses
Nessa noite da Luz, o Benfica desfez o Nottingham por 3-0, mas os moços da floresta de Sherwood jogaram com a brutalidade de um João Pequeno. O facto foi indesmentível e entrou pelos olhos adentro: estavam mais interessados em acertar nas pernas de Jordão, Eusébio, Nené e Jaime Graça do que propriamente na bola. Azar o deles, podemos dizer. Os encarnados levaram a coisa a peito e não estiveram para aturar aquela agressividade excessiva, mesmo à escala britânica que vê no jogo qualquer coisa de bruto. A forma como os médios e os avançados, sobretudo Jaime Graça e António Simões, resolveram embrulhar a violência contrária foi notável. Os passes curtos, bem medidos, de uma rapidez estonteante, enervaram os ingleses ao ponto de os deixarem como baratas ziguezagueantes: quando chegavam ao portador da bola, para fazerem a pressão individual, já a bola ela tinha mudado de pés, e assim por diante.
É preciso acrescentar que, nessa altura, o Nottingham Forest estava na II Divisão inglesa. Depois, com a chegada de um treinador formidando, Brian Clough, explodiu por entre as estrelas: em dois anos consecutivos foi campeão da II Divisão e da I Divisão. Depois conquistou a Taça dos Campeões. Mas ainda iriam ter de esperar mais oito anos até lá.
Nelinho, Eusébio e Jordão marcaram os golos do Benfica. A vitória foi tão categórica, que, no final, os jogadores do Nottingham acabariam por pedir desculpa por alguns exageros. Que tinham sido muitos, mas não aleijaram nenhum dos artistas lisboetas. Distribuíram-se handshakes, soaram umas palmadas nas costas, e prometeu-se um reencontro que nunca veio a acontecer.
Na outra meia-final, se assim lhe quisermos chamar, o Boavista bateu o FC Porto por 1-0. O golo de um tal Rufino, que tinha vindo da Guiné-Bissau à experiência, e não deixou marca por aí além.
Belíssimo Boavista esse, com Rogério, Salvador e Moinhos na frente. Sendo o nome do troféu Vinho do Porto, entende-se que a final tenha sido marcada para o Porto. Neste caso, para o Bessa. E aí se encontraram, frente a frente, Boavista e Benfica.
Enquanto o FC Porto batia o Nottingham Forest no desempate por grandes penalidades e atirava os ingleses para o último lugar da classificação do torneio, Eusébio voltava a ter uma das suas tardes plenas de magia. Os joelhos massacrados podiam fazê-lo sofrer de uma forma que pude testemunhar muitas vezes, seu amigo que fui. Mas, de repente, soltava-se dele o duende do Lorca, e ninguém era capaz de pará-lo.
O resultado da partida foi de 4-1 para o Benfica, golos de Eusébio, Jordão(2) e Vítor Martins contra um de Salvador.
Diz quem viu que  golo de Eusébio foi de dar arrepios na espinha. À beira do final, arrancou com a bola colada ao pé direito e começou a deixar adversários pregados ao chão. A cada passada, a sua velocidade aumentava como se se tratasse de uma locomotiva ganhando poder à medida que o carvão derrete nas caldeiras. Quando se encontrou com o guarda-redes pela frente e com o espaço cortado ao mínimo, decidiu picar a bola, assim com a parte de dentro do pé, num corte perfeito que levou a bola a bater na trave antes de entrar. Aimoré Moreira, o treinador do Boavista, figura ímpar no mundo do futebol, seleccionador campeão do mundo com o Brasil em 1962, não esconderia no final: 'O golo de Eusébio é das coisas mais extraordinárias que jamais vi num campo de futebol!' Falava quem sabia. E muito!"

Afonso de Melo, in O Benfica

'O Estádio da Luz «virou hoquista»'


"O Benfica foi o anfitrião do Campeonato Europeu de hóquei em patins de 1965 e Portugal sagrou-se tetracampeão europeu

Em 15 de Maio de 1965, no Estádio da Luz, inaugurou-se, qual 'jóia incrustada na grandiosamente' do 3.º anel, o Pavilhão dos Desportos, de 'traço simples mas grandioso'. As modalidades benfiquistas, antes obrigadas a receber os adversários em campos alheios, viram colmatadas e satisfeitas parte das necessidades pelas quais passavam.
A iluminação, 'especialmente concebida' para o complexo, era 'comparável à máxima do recinto do Parque Eduardo VII'. Outra 'das coisas boas que há ali dentro é justamente o piso', facto que animou os hoquistas, em particular. A modernidade das instalações permitiu que aí se realizasse a 27.ª edição do Campeonato Europeu de hóquei em patins, três semanas depois.
Participaram nove seleçoes: Alemanha Ocidental, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal e Suíça. Os jornais imprimiam que 'Portugal é favorito' a campeão por ser 'dos melhores praticantes do Mundo'. Em boa verdade, Portugal estava em segundo, na soma de todas as conquistas na competição.
Funcionamento em sistema de poule, o Campeonato foi conquistado por um Portugal com 100% de eficácia. A dureza da prova e o equilíbrio entre as equipas expressaram-se quando, 'um a um, foram caindo os invictos'. A Suíça, que impôs 'sensacional derrota' sobre a Espanha, acabou derrotada por 8-1 frente aos portugueses.
A brilhar no 'cinco' portugueses esteve António Livramento, 'subtil e objectivo' jogador do Benfica, que com Adrião do FC Porto e Vaz Guedes do CA Campo de Ourique, formaram um 'trio de classe'. 'Com velocidade endiabrada', Livramento foi peça-chave nos colossais 10-0 frente à Holanda e nos 17-0 à Bélgica.
A competição foi gradualmente despertando o interesse do público, apesar das 'naturais dificuldades de transporte e acesso ao Estádio'. No último jogo, em 12 de Junho de 1965, frente a Espanha, o Pavilhão dos Desportos, com capacidade para cinco mil espectadores, 'registou enchente'. Aí, viu-se na selecção portuguesa 'um virtuosismo (...) presente em cada lance, transformando o hóquei em patins em algo mais que patinagem, dribles e remates'.
Portugal, que havia sido tetra-campeão europeu e 1950, repetiu a proeza em 1965, com pontuação máxima, 'no atraente pavilhão do Estádio da Luz'.
Na área 17 - Chão Sagrado, do Museu Benfica - Cosme Damião, poderá encontrar mais sobre as instalações benfiquistas na história do Clube e do país."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

Mensagem de Ano Novo


"Benfiquistas, quero desejar-lhes um ano de 2021 com muita saúde e muito sucesso! O ano de 2020 foi um ano muito desafiante onde todos fomos confrontados com uma terrível pandemia. Nessa altura, todos souberam apoiar o Benfica de uma forma incondicional e bem expressa todos os dias. A minha profunda gratidão em nome de todos os profissionais do Sport Lisboa e Benfica!"
"2021 é um ano, para nós, também desafiante, onde temos grandes objetivos para cumprir. Tenho a certeza de que, se todos estivermos juntos, sempre juntos, iremos conseguir os objetivos que todos pretendemos. Merecemos sempre ser felizes, e tudo fazemos diariamente para tornarmos a Família Benfiquista muito feliz"
"Que 2021 nos traga a felicidade de termos a possibilidade de voltar a apoiar a nossa equipa ao vivo, dentro do nosso Estádio. Esse é outro objetivo bastante grande pelo qual todos nós ansiamos, porque sentimos a vossa falta, no dia a dia, junto da nossa equipa"
"Em 2021 queremos concretizar todos os nossos objetivos, a Família Benfiquista merece ter dias muito felizes. Fazemos tudo para concretizar todos os objetivos e sermos felizes. Muito obrigado! Um ano de 2021 com muita felicidade"

Mergulho dos hipócritas...!!!


"Sérgio Conceição sobre o anti-jogo: “Entendo o rigor defensivo. Entendo que as equipas usem de todas as formas para travar o Porto, mas há um limite. Eu nunca usaria esses meios para travar um adversário”. 
As imagens falam por si. Hipocrisia e dissimulação sempre fizeram parte da génese do clube, plantel e equipa técnica."

Diferenças entre páginas !!!


"Para terminar o ano da melhor maneira, nada melhor que mais um bocadinho de ódio destilado pelo “Record”, liderado pelo grande anti-Benfiquista Bernardo Ribeiro.
Para fazer a “Liga da Verdade” convidam o ex-árbitro internacional Iturralde González, que diz que não há penálti. Na página seguinte, metem o jogo na “lista negra”, ignorando o que foi escrito pelo árbitro apenas e só porque o ódio fala sempre mais alto.
Mais, olhando para a "lista negra" vemos um Marítimo – Benfica, onde houve um penálti claro para marcar a favor do Benfica, mas segundo o jornal do oficial Sporting, o Benfica foi beneficiado (!).
Por outro lado, jogos como o “Porto – Braga”, “Marítimo – Porto”, “Paços de Ferreira – Sporting”, “Sporting – Farense”, “Santa Clara – Porto” ou “Vitória SC – Porto” foram “jogos limpos” na opinião do "Record".
O ódio ao Benfica é sempre maior que a idoneidade e ética que qualquer jornalista tem de ter."

Os 5 momentos mais impactantes de 2020 | SL Benfica


"Foi um ano inesquecível para o SL Benfica. Pelas más razões, claro está, com uma percentagem de vitórias que só encontra valor semelhante nos anos negros de 2000 e 2001.
Perdido o campeonato, a Taça de Portugal, a Supertaça e a entrada na Champions, o SL Benfica não conquistou qualquer título em 2020, circunstâncias antes vistas só em… 2008.
Foi um ano de grandes mudanças a nível de cargos técnicos, a nível de transferências – começou com a bombástica contratação de Julian Weigl, continuou pelo defeso recheado de chegadas sonantes e a novela Cavani e terminará com a novela Lucas Veríssimo – e de grandes mobilizações da massa adepta, onde, apesar da pandemia, houve a vontade de 38 mil almas de dar o seu contributo à causa benfiquista, nas eleições mais concorridas de sempre.

1. Eleições Presidenciais (28 de Outubro) – Luís Filipe Vieira olhava para o lado e via João Noronha Lopes (entretanto apoiado pelo Movimento Servir o Benfica de Francisco Benítez), Rui Gomes da Silva e Bruno Costa Carvalho.
Nunca o presidente em funções há 17 anos tinha observado tanta concorrência para o seu posto e via, naturalmente, o caso mal parado: a época 19-20 tinha sido um desastre desportivo, a Justiça insistia em associá-lo a manobras duvidosas, a novela Cavani foi fracasso que demorou um mês e a eliminação da Champions cereja no topo do bolo.
Mas, bastou a contratação de Jesus e a dívida de gratidão da massa adepta, que o elegeu com 62,59% dos votos. Noronha, que fez campanha audível e que granjeou o apoio das camadas mais jovens, viu nos 34,71% – melhor resultado de sempre contra Vieira – enorme elogio aos seus esforços e o estímulo para continuar presente enquanto rosto da oposição.

2. PAOK 2-1 SL Benfica (15 de Setembro, Terceira Pré-Eliminatória da Liga dos Campeões) – No Toumba, os encarnados viram-se impotentes para contrariar o 3-4-3 de Abel Ferreira e viram os seus sonhos despedaçados: os de Jesus, os das suas finanças e os de Luís Filipe Vieira, que contava com apuramento para impedir surpresas em Outubro.
Aos pés de Zivkovic, dispensado umas semanas antes, o SL Benfica sofreu o segundo e não teve traquejo de ir atrás do empate e muito menos da vitória. Contra todas as previsões, era eliminado à primeira e atirado para a Liga Europa, competição cuja fase-de-grupos não jogava desde… 2009-10.

3. Apresentação de Jorge Jesus (17 de Julho) – Já depois de perder o campeonato e a Taça de Portugal, o SL Benfica via chegar o técnico português, que viu na pandemia o momento certo para deixar o projecto vencedor na América do Sul e voltar ao clube do qual saíra em maus termos.
Seria apresentado com pompa e circunstância, em cerimónia apoteótica, onde contou com o apoio da maioria das grandes personalidades do universo encarnado. Em tom de revisionismo histórico, prometeu «arrasar» e colocar a equipa a «jogar o triplo».
Com ele chegaria o maior investimento de sempre e a revolução num plantel onde as principais peças de 2018-19 continuavam presentes.

4. Demissão de Bruno Lage (29 de Junho) – Se na semana anterior o 4-3 do CD Santa Clara na Luz não fora aviso suficiente, o SL Benfica viajava à Madeira em estado muito fragilizado, resultado das duas vitórias nos anteriores 11 jogos.
A equipa não encontrava forma de recuperar os índices anímicos, via o Porto a fugir-lhe na frente – depois de já ter estado a sete – e encontrou nos Barreiros o recordista olímpico Nanu, que foi o herói do jogo e provocou a queda de Bruno Lage, que dizia na flash interview ainda sentir o «apoio de toda a gente». Vítima ou culpado? Perceberia-se uns meses depois.

5. FC Porto 3-2 SL Benfica (8 de Fevereiro, 20ª jornada da Primeira Liga) – O SL Benfica chegava ao Dragão depois de já ter ultrapassado prova de fogo na visita a Alvalade, mas o seu futebol há muito que não entusiasmava. Bruno Lage não conseguia impor o mesmo rendimento à equipa, apostava agora em Weigl e Taarabt para o meio e foi por aí que o FC Porto conseguiu vitória justa: ignorou um e condicionou outro, vingando a vitória categórica de um ano antes.
Começava a fase negra do técnico português, que perdera toda a aura mística de 2018-19."

Operação Alma Benfiquista


"Não sei porque sou Benfiquista, se calhar nem estava destinado a ser.
Nunca tive referências nem influências nesse sentido (a minha mãe torce pela dupla Chaves/FCP) e o meu pai, gostando do Benfica, não liga muito e nem se importa que o Sporting ganhe. Nunca tive sequer um tio ou avô que me guiassem.
Nascido e criado junto ao antigo José de Alvalade, desde sempre fui "sequestrado" por amigos sportinguistas para passarmos incontáveis dias e horas nos corredores daquele estádio: assisti a treinos de todas as modalidades (incluindo kick-boxing com o Fernando Fernandes) e foi a afinar a pontaria numa baliza deserta que me cruzei pela primeira vez com o grande Paulinho. Às vezes corria a noticia de que os seniores de futebol fariam treino aberto no Campo Grande e lá íamos nós ver os craques do Sporting. Lembro-me bem do corredor humano que os adeptos faziam à saída da porta 17(?) e do valente "caldo" que um amigo mais entusiasmado espetou no Figo. Se houvesse sorte, no final do treino e já depois de os jogadores recolherem, ainda conseguíamos bater uns quantos penalties antes que nos expulsassem do campo. No ano seguinte, recordo as muitas tardes passadas a ver o Juskowiak marcar golos mesmo à minha frente já que havia muitos jogos onde até aos 11 anos não pagávamos bilhete na bancada da Torcida Verde. Outros tempos. Do Benfica é que nada!
Até essa altura, e voltando atrás no tempo, apenas por uma vez tinha ido ao Estádio do Sport Lisboa e Benfica. Foi no dia 12 de Abril de 1987, nem 5 anos tinha portanto, e não me consigo recordar quem me terá levado - algum familiar de visita a Lisboa seguramente. O adversário nessa tarde foi o Salgueiros (1-0 golo de Rui Águas) e a única recordação que tenho desse jogo é de estar sentado bem lá no alto (foi aí que senti vertigens pela primeira vez) em cima de cimento frio. Curiosamente o nosso GR nessa tarde, Silvino Louro, viria também a apadrinhar a minha estreia no Municipal de Chaves em 22 de Março de 1998 quando defendia as cores do...Salgueiros (0-0)! Ele há coisas... 
A partir daí recordo-me de passar tardes em casa a gravar relatos inventados para um microfone. Cada jogada imaginada por mim era magistral e o "matador" era invariavelmente Magnusson. É o primeiro nome que associo à palavra ídolo, só mais tarde acompanhado pelo de JVP.
Um par de anos mais tarde comecei a jogar futebol de rua. Era avançado e marcava muitos golos e os vizinhos diziam à minha mãe que eu tinha de ir para uma escola de futebol. Um dia tive o seguinte diálogo com a minha mãe:
- Se quiseres podes ir treinar para o Sporting, que vais sozinho a pé.
- Mas, Mãe, eu quero ir para o Benfica!
- Benfica é longe para ires sozinho e eu não te posso acompanhar. É Sporting ou nada!
- Então é nada!
Peguei na minha bola e lá fui para a rua imaginar que era o sueco do Benfica.
Uns meses depois a minha mãe ainda fez uma derradeira tentativa e levou-me às escolinhas de verão do Humberto Coelho (não era o Benfica, mas já dava uns "ares"). O sr. Humberto - himself - veio receber-me à entrada e, ao ver aquela figura apertar a minha mão, aconteceu-me o mesmo que ao Rushfeldt. E assim continuei a ser o melhor marcador da minha rua.
Não foi até finais dos anos 90 que comecei a frequentar com mais assiduidade o nosso Estádio - belas tardes a ouvir a música da Fafá ao intervalo, era a única coisa boa daquela altura!
Hoje, emigrado há 9 anos, sinto como nunca a falta do meu Benfica.
Do Benfica que me fez ser informático em vez de futebolista. Do Benfica que me faz ir a reuniões com o portátil cheio de "Tó.colantes".
Não o digo pelos 1300km que nos separam - o grupo sólido de amigos que aqui tenho tem a sua génese num bar português a ver jogos do Benfica -, mas porque sinto o Benfica distante.
Distante dos seus adeptos, mais preocupado com a matemática financeira que com as lutas e as conquistas, mais preocupado em vender que com as bancadas a ferver de "Benfica".
Falta Benfica ao meu Benfica.
Falta um sentimento guerreiro, lutador. Faltam capitães à altura. Falta o INFERNO e o temor dos jogadores (contrários e da casa) pelo Terceiro Anel.
Eu sei que nós, os adeptos, ainda cá temos tudo dentro, disponíveis para dar do nosso Benfiquismo ao Benfica.
Qualquer dia ficamos sem referências como Toni ou Simões e aí poderá já ser tarde. Mais do que os resultados, há posturas e atitudes no nosso clube que nao representam os nossos valores.
Uma vez Benfiquista, Benfiquista para sempre. Só que às vezes preciso de ir ao Youtube ver imagens do antigo Pavilhão. nº2 cheio até ao tecto para relembrar velhos tempos.
Ando triste, agastado (afastado?), mas se der para transferir Benfiquismo para alguma conta, como sucedeu em meados dos anos 90, avisem-me que quero contribuir.
Viva o Sport Lisboa e Benfica!"

O Cantinho Benfiquista #20 - This Dreadful Year Has Come To An End

Visão Vermelha S2E14 - Supertaça, Portimonense...

O Brinco do Baptista #63 - Tratar da saúde

Fever Pitch - João, Miguel & Pedro... Trio!

Lixívia 11


Tabela Anti-Lixívia
Sporting............ 29 (+2) = 27
Benfica................ 27 (0) = 27
Corruptos....... 25 (+12) = 13

Jornada, onde o descaramento atingiu níveis estratosféricos!!!
Então, não é que os habituais expert's, especialistas, na ginástica gramatical, para justificar todos os erros favoráveis aos Corruptos e aos Lagartos, com frases, estilo: 'Aceita-se', 'Critério apertado', 'do ponto de vista do árbitro', etc... etc... Desta vez, não têm dúvidas nenhumas o Benfica foi beneficiado!!!
Só que não!!!

A suposta falta do Weigl na recuperação de bola, no 1.º golo do Benfica, é o cúmulo do descaramento: então na Supertaça a entrada com pitons à frente do Mbemba sobre o Rafa, foi 'duvidosa', mas agora o Weigl fez falta clara?!!! Eu sei que existe uma regra 'não escrita' no Tugão, que diz que os jogadores do Benfica, não podem, disputar os lances fisicamente com os adversários, mas existe limites para tudo!!! O Alemão, não rasteirou, não empurrou, não agarrou, não deu nenhuma cotovelada, nem sequer usou os braços... mas como teve o desplante de usar o corpo para ganhar posição, e imagine-se não se atirou para o chão ao contrário do adversários, tinha que ser falta contra o Benfica?!!!
O suposto penalty do Ody também é engraçado: então o Duarte Gomes tem a certeza absoluta que não houve 'mergulho' do jogador do Portimonense?!! É preciso não ter mesmo coluna vertebral para dizer uma coisa tão aparvalhada!!!
O mergulho é evidente, mesmo admitindo que existe um contacto mínimo, é o jogador de Portimão a arrastar o pé, na direcção contrária onde a bola foi...!!!! E depois a 'levar o tiro nas costas'!!!
Já agora os 3 Amarelos aos jogadores do Benfica foram para os 'apanhados': 2 em substituições, e o do Otamendi (fica de fora do próximo jogo, num momento em que  Jardel está 'confinado'!!!) acontece num lance, onde o Argentino é pisado, leva uma joelhada na cabeça, e ainda cortou a bola...!!!
Isto tudo numa partida onde um jogador do Portimonense, dá uma sarrafada por trás ao Rafa, para claro Amarelo! O Rafa  cai, levanta-se, segue para a baliza, o mesmo jogador adversário vai atrás dele, e dá-lhe novamente uma sarrafada, e acaba somente com um Amarelo, quando devia ter visto dois...

Enquanto isso em Guimarães, com 1-0 no marcador, para a equipa da casa, foram perdoadas duas expulsões aos Corruptos!!! Que com 9 jogadores em campo, nunca iriam dar a volta ao resultado...
Mas foi tudo normal!!!

No Jamor, os Lagartos contra a B Sad, voltaram a vencer sem saber ler nem escrever... mas desta vez, não houve grandes erros de arbitragem. Os dois penalty's foram bem assinalados...
Esclarecedor o facto do Narciso ter sido nomeado para VAR neste jogo, depois de na semana passada, ter oferecido vergonhosamente a vitória aos Lagartos contra o Farense!!!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), V(1-5), Godinho (Malheiro), Nada a assinalar
2.ª-Moreirense(c), V(2-0), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
3.ª-Farense(c), V(3-2), Martins (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
4.ª-Rio Ave(f), V(0-3), Pinheiro (Hugo), Prejudicados, (0-4), Sem influência
5.ª-B Sad(c), V(2-0), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(f), D(3-0), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
7.ª-Braga(c), D(2-3), Soares Dias (Esteves), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Prejudicados, (1-3), Sem influência
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Rui Costa (Esteves), Prejudicados, Sem influência
10.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (Nobre), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência
11.ª-Portimonense(c), V(2-1), Martins (Esteves), Prejudicados, Sem influência

Sporting
1.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Narciso (R. Oliveira), Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Veríssimo (Esteves), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
3.ª-Portimonense(f), V(0-2), M. Oliveira (Narciso), Nada a assinalar
4.ª-Corruptos(c), E(2-2), Godinho (Martins), Prejudicados, (2-0), (-2 pontos)
5.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(4-0), Nobre (Esteves), Nada a assinalar
7.ª-Guimarães(f), V(0-4), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
8.ª-Moreirense(c), V(2-1), V. Ferreira (R. Oliveira), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Famalicão(f), E(2-2), Godinho (Soares Dias), Nada a assinalar
10.ª-Farense(c), V(1-0), Narciso (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-B Sad(f), V(1-2), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Braga(c), V(3-1), Pinheiro (Martins), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
2.ª-Boavista(f), V(0-5), Godinho (Hugo), Nada a assinalar
3.ª-Marítimo(c), D(2-3), Rui Costa (L. Ferreira), Beneficiados, (1-4), Sem influência
4.ª-Sporting(f), E(2-2), Godinho (Martins), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
5.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Malheiro (Esteves), Nada a assinalar
6.ª-Paços de Ferreira(f), D(3-2), Almeida (Narciso), Beneficiados, (5-1), Sem influência
7.ª-Portimonense(c), V(3-1), Nobre (R. Oliveira), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
8.ª-Santa Clara(f), V(0-1), Pinheiro (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
9.ª-Tondela(c), V(4-3), Martins (Hugo), Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)
10.ª-Nacional(c), V(2-0), M. Oliveira (Esteves), Beneficiados, Prejudicados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Guimarães(f), V(2-3), Malheiro (Rui Costa), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
Rui Costa - 2
Almeida - 2
Martins - 2
Godinho - 1
Pinheiro - 1
Hugo - 1
Soares Dias - 1
Mota - 1

Sporting
Godinho -2
Narciso - 2
Veríssimo - 1
M. Oliveira - 1
Mota - 1
Nobre - 1
Hugo - 1
V. Ferreira - 1
Rui Costa - 1

Corruptos
Godinho - 2
Pinheiro - 2
Malheiro - 2
Rui Costa - 1
Almeida - 1
Nobre - 1
Martins - 1
M. Oliveira - 1

VAR's:
Benfica
V. Santos - 3
Esteves - 3
Malheiro - 1
R. Oliveira - 1
Hugo - 1
Narciso - 1
Nobre - 1

Sporting
Esteves - 3
V. Santos - 2
R. Oliveira - 2
Narciso - 2
Martins - 1
Soares Dias - 1

Corruptos
Esteves - 3
Martins - 2
Hugo - 2
L. Ferreira - 1
Narciso - 1
R. Oliveira - 1
Rui Costa - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Hugo - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Sporting
V. Santos - 0 + 2 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Hugo - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Corruptos
Godinho - 2 + 0 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
V. Santos - 0 + 3 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Martins - 2 + 0 = 2
Hugo - 1 + 1 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 2 + 2 = 4
Esteves - 0 + 3 = 3
V. Santos - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Hugo - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Corruptos
Martins - 1 + 2 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Malheiro - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1

Jornadas anteriores:

Épocas anteriores:

Rumo à 30.ª


"É recorrente a insistência sportinguista em tentar que a FPF altere a contagem dos campeões nacionais. Pretendem, sem fundamentação válida, que o Campeonato de Portugal, organizado sob esse nome entre 1922 e 1938, passe, volvidos mais de 80 anos, a ser considerado o que nunca foi.
Até 1934, o Campeonato de Portugal foi a única prova nacional. E os clubes vencedores eram apelidados de 'campeões de Portugal'. No entanto, face a elementos mais relevantes, estes não são suficientes para que a FPF deva aquiescer à demanda leonina e enverede pelo revisionismo.
Em 1938, o Campeonato da I Liga com quatro edições, passou a ser denominado por 'Campeonato Nacional da I Divisão', e o Campeonato de Portugal passou a 'Taça de Portugal'. Isto consta no relatório da FPF de 1938/39, uma decisão que foi obviamente legitima, tomada por quem tinha mandato para tal, no tempo certo e aprovada pelas associações.
Não houve alterações no modelo competitivo, não obstante a nova, denominação 'Taça de Portugal'. E o troféu praticamente não sofreu alterações (durante muitos anos teve placas dos vencedores da competição sob ambas as denominações).
E sobejam exemplos na imprensa, inclusive da década de cinquenta, de que o entendimento generalizado era, então, o de que o Campeonato e Taça de Portugal se tratava da mesma prova ou, no mínimo, o de que a primeira antecedera a segunda.
Como tal,  faço sempre a questão, nas minhas intervenções públicas desde que me consciencializei plenamente desta temática, de incluir os três Campeonatos de Portugal ganhos pelo Benfica no nosso palmarés da Taça de Portugal. E assim continuarei a fazê-lo, por respeito aos factos e a todos os benfiquistas que contribuíram para estes feitos."

João Tomaz, in O Benfica

Carta de Natal


"Querido Pai Natal,
Houve muita gente a portar-se mal neste ano. Dentro e fora do desporto. Sim, já sei que 2020 não é exemplo para ninguém, que enfrentámos inimigos desconhecidos e tivemos de nos adaptar a um novo estilo de vida, mas há coisas que não têm desculpa. É por isso que, neste ano, em vez de pedir presentes para mim, vou pedir para quem mais precisa.
- Para quem, no FC Porto, nos considera inimigos e não rivais, peço uma semana de férias no Brasil, com tudo pago. Se tiver dificuldades em encontrar viagem e hotel, com tudo incluindo, basta consultar as contas de 1995 do clube. Procure em José (Carlos) Amorim (Calheiros). Espero que essa semaninha de férias para  nos odeia sirva para acalmar. Não me venham dizer que é garra ou sentimento. A má-educação, o baixo nível, a coação e a violência não têm nada que ver com fervor clubístico ou amor à camisola. Não é por gritarem mais alto que têm razão, antes pelo contrário, como já se provou dentro e fora dos tribunais.
- Para quem, no Sporting CP, continua a sentir que 'este ano é que é', peço uma excursão ao Portugal dos Pequenitos. Só a partir de Março de 2021 será possível, porque o local está encerrado até essa data, mas será uma visita didática e fica já marcada com antecedência. Afinal, é um lugar que relembra o passado, feitos que hoje são meio duvidosos, e uma alegada glória que se arredou. Além da excursão, se puder passar a mensagem ed que mais vale tratar do seu batatal do que invejar o belo jardim do vizinho, óptimo.
Caro Pai Natal, despeço-me agradecendo desde já o seu esforço, e, se ainda lhe sobrar energia, dê-nos a nós, benfiquistas, as alegrias que merecemos.
Saudações desportivas!"

Ricardo Santos, in O Benfica

O Natal é vermelho e branco


"Amigo leitor, neste ano nem me atrevo a desejar-lhe um Natal feliz. 2020 foi atípico, doloroso, dramático. Ninguém estava preparado para a revolução a que assistimos. Esta Consoada será diferente, e não há nada que possamos fazer para alterar a situação. Tudo isto por culpa do calendário: foi agendado um Benfica - FC Porto para 23 de Dezembro, pelo que o sabor das rabanadas, da aletria e do bacalhau depende da inspiração do Darwin, do Everton e do Rafa. Sem adeptos, como já temos vindo a habituar-nos, o que significa que nem sequer teremos a possibilidade de dar aquele nosso contributo tão fundamental. Depois de um ano infeliz, 24 horas antes do Natal saberemos se vamos jantar um bom polvo ou se nem o conseguiremos mastigar. Diz a minha mão que, desta vez, deu mais de 50€ pelo bicho e tem a certeza de que vai ser dos bons. Pobre inocente, não faz ideia de que ser fresco ou congelado, grande ou pequeno, leve ou pesado, caro ou barato não terá interferência rigorosamente nenhuma na quantidade do prato. Será a minha mãe a cozinhar, mas isto nem sequer está nas mãos dela. Está nas mãos do Vlachodimos e nos pés do resto da malta.
Quando este artigo for publicado, o resultado da Supertaça já será conhecido. Não sei se o desfecho do jogo enquanto escrevo estas palavras, e são vários os cenários que passeiam pela minha cabeça. Até já imaginei uma vitória pela margem mínima com um remate endiabrado desde o meio-campo, mas infelizmente o Laurent Robert não foi inscrito no plantel - até porque já terminou a carreira há mais de dez anos. O resultado poderá ser qualquer um, porém, há um dado inalterável: o Natal será sempre vermelho e branco."

Pedro Soares, in O Benfica