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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Os 5 momentos mais impactantes de 2020 | SL Benfica


"Foi um ano inesquecível para o SL Benfica. Pelas más razões, claro está, com uma percentagem de vitórias que só encontra valor semelhante nos anos negros de 2000 e 2001.
Perdido o campeonato, a Taça de Portugal, a Supertaça e a entrada na Champions, o SL Benfica não conquistou qualquer título em 2020, circunstâncias antes vistas só em… 2008.
Foi um ano de grandes mudanças a nível de cargos técnicos, a nível de transferências – começou com a bombástica contratação de Julian Weigl, continuou pelo defeso recheado de chegadas sonantes e a novela Cavani e terminará com a novela Lucas Veríssimo – e de grandes mobilizações da massa adepta, onde, apesar da pandemia, houve a vontade de 38 mil almas de dar o seu contributo à causa benfiquista, nas eleições mais concorridas de sempre.

1. Eleições Presidenciais (28 de Outubro) – Luís Filipe Vieira olhava para o lado e via João Noronha Lopes (entretanto apoiado pelo Movimento Servir o Benfica de Francisco Benítez), Rui Gomes da Silva e Bruno Costa Carvalho.
Nunca o presidente em funções há 17 anos tinha observado tanta concorrência para o seu posto e via, naturalmente, o caso mal parado: a época 19-20 tinha sido um desastre desportivo, a Justiça insistia em associá-lo a manobras duvidosas, a novela Cavani foi fracasso que demorou um mês e a eliminação da Champions cereja no topo do bolo.
Mas, bastou a contratação de Jesus e a dívida de gratidão da massa adepta, que o elegeu com 62,59% dos votos. Noronha, que fez campanha audível e que granjeou o apoio das camadas mais jovens, viu nos 34,71% – melhor resultado de sempre contra Vieira – enorme elogio aos seus esforços e o estímulo para continuar presente enquanto rosto da oposição.

2. PAOK 2-1 SL Benfica (15 de Setembro, Terceira Pré-Eliminatória da Liga dos Campeões) – No Toumba, os encarnados viram-se impotentes para contrariar o 3-4-3 de Abel Ferreira e viram os seus sonhos despedaçados: os de Jesus, os das suas finanças e os de Luís Filipe Vieira, que contava com apuramento para impedir surpresas em Outubro.
Aos pés de Zivkovic, dispensado umas semanas antes, o SL Benfica sofreu o segundo e não teve traquejo de ir atrás do empate e muito menos da vitória. Contra todas as previsões, era eliminado à primeira e atirado para a Liga Europa, competição cuja fase-de-grupos não jogava desde… 2009-10.

3. Apresentação de Jorge Jesus (17 de Julho) – Já depois de perder o campeonato e a Taça de Portugal, o SL Benfica via chegar o técnico português, que viu na pandemia o momento certo para deixar o projecto vencedor na América do Sul e voltar ao clube do qual saíra em maus termos.
Seria apresentado com pompa e circunstância, em cerimónia apoteótica, onde contou com o apoio da maioria das grandes personalidades do universo encarnado. Em tom de revisionismo histórico, prometeu «arrasar» e colocar a equipa a «jogar o triplo».
Com ele chegaria o maior investimento de sempre e a revolução num plantel onde as principais peças de 2018-19 continuavam presentes.

4. Demissão de Bruno Lage (29 de Junho) – Se na semana anterior o 4-3 do CD Santa Clara na Luz não fora aviso suficiente, o SL Benfica viajava à Madeira em estado muito fragilizado, resultado das duas vitórias nos anteriores 11 jogos.
A equipa não encontrava forma de recuperar os índices anímicos, via o Porto a fugir-lhe na frente – depois de já ter estado a sete – e encontrou nos Barreiros o recordista olímpico Nanu, que foi o herói do jogo e provocou a queda de Bruno Lage, que dizia na flash interview ainda sentir o «apoio de toda a gente». Vítima ou culpado? Perceberia-se uns meses depois.

5. FC Porto 3-2 SL Benfica (8 de Fevereiro, 20ª jornada da Primeira Liga) – O SL Benfica chegava ao Dragão depois de já ter ultrapassado prova de fogo na visita a Alvalade, mas o seu futebol há muito que não entusiasmava. Bruno Lage não conseguia impor o mesmo rendimento à equipa, apostava agora em Weigl e Taarabt para o meio e foi por aí que o FC Porto conseguiu vitória justa: ignorou um e condicionou outro, vingando a vitória categórica de um ano antes.
Começava a fase negra do técnico português, que perdera toda a aura mística de 2018-19."

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