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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Natal...

Zero: Sónia Costa Cunha: «Se baixarmos o preço do bilhete através do IVA, teremos mais adeptos»

SportTV: Titulares - Rui Borges deve renovar com o Sporting?

Chuveirinho #154

F1 de regresso...

37 anos de excelência e com resultados


"A Federação Portuguesa de Desporto para as Pessoas com Deficiência (FPDD) celebrou, em outubro, 37 anos. Foi fundada em 1991 pelas Associações Nacionais de Desporto para Pessoas com Deficiência – ANDDVIS (Deficiência Visual), ANDDI (Deficiência Intelectual), PCAND (Paralisia Cerebral), LPDS (Deficiência Auditiva) e ANDMOT (Deficiência Motora), extinta – as quais desenvolvem a atividade desportiva da FPDD.
Temos a missão de proporcionar oportunidade de prática desportiva e atividade física a todos ao longo da vida, independentemente da capacidade funcional. Temos mais de 3.800 praticantes inscritos – chegámos a cerca de 1.900 durante a pandemia – com taxa de participação feminina de apenas 30% e pirâmide etária com mais atletas seniores do que menores de 19 anos. Apesar dos constrangimentos, a FPDD contribuiu para que 2025 tivesse muitos sucessos internacionais para o país.
Destacamos no Boccia: três medalhas no Mundial Jovem, um ouro no World Challenger, seis medalhas no Europeu; no Futsal: título europeu para atletas com síndrome de down (SD), título mundial para atletas com deficiência intelectual (DI) e apuramento para o Euro 2026 de futsal para surdos; no Ténis de Mesa: quatro medalhas do Euro SD, três medalhas no Mundial DI; no Goalball: triunfo na divisão B e subida à divisão A do Euro; no Basquetebol: 2.º lugar no Mundial DI; no Judo: sete medalhas no Euro SD; e ainda quatro ouros nos Jogos ParaEuropeus da Juventude.
De salientar o contributo da Liga Portuguesa de Desporto para Surdos na participação e sucesso histórico da Missão aos Jogos Surdolímpicos (seis medalhas)."

SportTV: NBA - S04E09

Mas “nós”, quem?


"1. Não é hábito falarmos neste espaço dos jogos internacionais dos nossos adversários internos. Não é, por definição, um assunto que nos diga respeito. Está explicado. No entanto, na última terça-feira, o Sporting, o 2.º classificado do Campeonato Nacional, foi à Alemanha jogar com o Bayern de Munique para a Liga dos Campeões, e, no fim do encontro, o seu treinador disse umas coisas que, enfim, merecerão a nossa atenção.

2. O treinador do Sporting disse umas coisas um bocadinho absurdas, consumada a derrota por 3-1. Nunca nenhuma equipa portuguesa ganhou ao Bayern de Munique, em Munique, e o Sporting não fugiu à regra. Tudo normal.

3. Ainda assim, quem seguiu a transmissão do jogo na Sport TV pode ter ficado convencido aos 54 minutos, momento em que a equipa portuguesa se adiantou no marcador, de que o jogo já tinha terminado com a vitória do Sporting, de tal monta foi o alarido dos relatadores daquela estação celebrando a primeira vitória de uma equipa nacional em Munique, embora faltasse mais de meia hora para o término da partida. Adiante…

4. Adiante porque já avançámos que o treinador do Sporting proferiu umas coisas um bocadinho absurdas no fim do jogo de Munique, mas ainda não desvendámos quais foram as tais coisas um bocadinho absurdas proferidas por Rui Borges. Então, cá vai… Falando aos jornalistas nacionais que acompanharam o jogo na Alemanha, o treinador do Sporting lamentou-se do trabalho do árbitro, um sujeito escocês, chamado Walsh.

5. E disse, contristado: “Saímos daqui com 2 golos de bolas paradas, outro golo que é precedido de falta. Nós às vezes queixámo-nos tanto dos nossos árbitros, e se calhar são dos melhores... Custa sair daqui assim por isso.” Em resumo, o Sporting perdeu por causa do árbitro, segundo o seu treinador. Nem vamos discutir se foi por causa do árbitro que o Sporting perdeu o jogo, porque esse pormenor, para nós, não tem importância nenhuma. Não é um problema nosso.

6. O que tem importância, e é problema nosso, é ouvir o treinador do Sporting afirmar que “nós em Portugal às vezes queixamo-nos tanto dos nossos árbitros…” Como é possível dizer-se uma coisa destas? Mas “nós”, quem? Quando é que se ouviu o treinador do Sporting queixar-se “tanto” dos árbitros em Portugal? Quando? Sim, quando? Nunca.

7. É que não há memória nestes tempos recentes de se ter ouvido treinador ou presidente ou apanha- -bolas do Sporting a queixar-se “tanto” dos árbitros portugueses. Daí terem estranhado o sujeito escocês que lhes apareceu pela frente em Munique. Pobre mister Walsh."

Leonor Pinhão, in O Benfica

E o Benfica descobriu os Estados Unidos!


"EQUIPA REGRESSOU A LISBOA COM DUAS GRANDES VITÓRIAS, DIVERSOS TROFÉUS E UM ÁLBUM FOTOGRÁFICO PARA MAIS TARDE RECORDAR.

“Tudo a postos para a receção ao Benfica nesta cidade”, “Agora é que são elas. O Benfica jogará em Nova Iorque em 11 de agosto”, escreviam os jornais luso- -americanos a poucos dias da chegada do Benfica à cidade que nunca dorme.
Em agosto de 1957, o Benfica, na qualidade de campeão nacional, fez uma digressão à América do Norte, transformando-se na primeira equipa portuguesa de futebol a visitar os Estados Unidos da América. “Pela primeira vez na história das relações internacionais do desporto português, um clube envia a sua representação máxima do futebol à maior nação do Novo Mundo”, escreveu o presidente Maurício Vieira de Brito, na primeira página do jornal do Clube. Esta breve, mas importante, digressão seguiu-se à que a equipa fez pelo Brasil, em julho do mesmo ano.
A passagem pelos Estados Unidos da América contemplava dois encontros: o primeiro, em 7 de agosto, em Fall River, Massachusetts, e o segundo, dia 11 de agosto, frente a" uma seleção da liga de futebol norte-americana, na cidade de Nova Iorque. O jogo em Fall River ficou marcado pela monumental goleada do Benfica de 0-10! Já o de Nova Iorque, no Downing Stadium, terminou com uma retumbante vitória da equipa encarnada por 2-7.
Desta viagem, a comitiva trouxe um álbum fotográfico, oferta de portugueses residentes em Nova Iorque, que documenta a passagem da equipa do Benfica pela Grande Maçã. Para além do álbum, trouxeram, também, variadíssimos troféus, ofertas de associações ou clubes desportivos portugueses sediados nos Estados Unidos. Ninguém se conteve nos gestos de amor ao seu clube: um grupo de adeptos portugueses adquiriu um troféu comemorativo da passagem da equipa rubra por terras americanas para oferecer aos jogadores, mas, até chegar às mãos dos encarnados, esta peça esteve em exposição na montra de uma loja de decoração, chamada The Pawtucket Furniture Co., para todos os que a quisessem admirar.
Para saber mais sobre as digressões do Benfica pelos quatro cantos do mundo, visite a área 26 – Benfica Universal, do Museu Benfica – Cosme Damião."

Custos de contexto


"O resultado do dérbi não foi aquele de que precisávamos, nem aquele que a equipa, na maior fatia do tempo de jogo, fez por merecer. A partir dos 25 minutos, o Benfica dominou em todos os parâmetros. Só faltou o mais importante no futebol, o golo – neste caso, um 2.º golo que garantisse o triunfo. Tendo o FC Porto feito a sua parte, a distância para a liderança está agora em 8 pontos. É difícil. Mas, com 21 jornadas por disputar, tudo ainda é possível.
Num campeonato desequilibrado, e onde as equipas da frente normalmente ganham – mesmo a jogar mal –, desperdiçar 6 pontos em casa, perante adversários da segunda metade da tabela (com golos sofridos no tempo extra, fruto de erros individuais), é um peso que teremos de carregar às costas.
Depois de um exigente Mundial de Clubes, sem pré-época, quase sem férias, com pré-eliminatórias europeias e Supertaça, já se sabia que este seria um ano desafiante. Acresce que saíram jogadores importantes que, por diferentes motivos, não era possível manter (Carreras é hoje titular do Real Madrid; Di Maria resolvia um jogo em cada três; os dois turcos renderam, na última temporada, 28 golos e 22 assistências). Aos lesionados de longa duração Bah e Manu Silva, juntaram-se Bruma, Nuno Félix e Lukebakio. Alguns reforços demoraram tempo a adaptar-se, e só agora estão a demonstrar a sua real valia (por exemplo, Ríos e Sudakov). Em certos momentos, a sorte também não tem estado connosco. E ainda tivemos de lidar com algumas arbitragens penalizadoras. Do outro lado, vemos um Sporting consistente e um FC Porto revitalizado e ganhador.
Todo este contexto tem-nos sido francamente adverso. E é nele que temos de enquadrar os resultados da nossa equipa.
Há que perceber o que se pode melhorar, e lutar até ao fim. Acredito que o tempo jogará a nosso favor."

Luís Fialho, in O Benfica

Desporto adaptado: uma lição!


"O desporto adaptado não é apenas competição, saúde, educação ou lazer. É tudo isso, sim, mas é também uma lição viva de cidadania, dignidade e humanismo. Cada atleta que entra em campo desafia limites físicos e intelectuais, mas sobretudo derruba preconceitos sociais e liberta o seu ser. Talvez a verdadeira igualdade não resida em tratar toda a gente como igual, mas em sermos capazes, enquanto sociedade, de criar condições para que cada um possa libertar o melhor que há em si em prol de todos.
No desporto adaptado, a vitória maior não se mede em medalhas (e há muitas, mesmo muitas…), mas em autonomia conquistada, em respeito mútuo, em superação diária. Estes atletas extraordinários ensinam- -nos uma lição de vida: o esforço tem múltiplas formas, que a coragem não depende do corpo, mas da vontade, e a diferença não é fragilidade, é riqueza!
Num tempo em que se misturam perigosamente desafios globais e discursos fáceis, estes atletas mostram-nos, pelo silêncio e pelo exemplo, que uma humanidade e uma sociedade mais justas serão sempre construção de todos, mesmo todos, como algum dia afirmou um conhecido Papa. Será uma construção feita de tolerância, aceitação e oportunidades, não de preconceito ou piedade, mas de respeito e valorização do outro. A lição está aí, mas não é caminho fácil…"

Jorge Miranda, in O Benfica