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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

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Rabona: Varane’s FORCED retirement: the story behind a sad end for a LEGEND

Sou só eu que não percebo os árbitros em Portugal?...


"Temos 24 árbitros de 1.ª categoria, a que se juntam mais 16 especialistas no VAR. Ou seja, 40 juízes, que têm de saber os critérios do Conselho de Arbitragem.

Mais uma jornada, mais polémica em torno da arbitragem. Há muito que me esforço para tentar entender os critérios adotados em Portugal pelo Conselho de Arbitragem da FPF, mas, convenhamos, é difícil. Muito difícil. Pelo menos para mim. Para simplificar a questão e contornar a clubite, que é talvez a maior inimiga dos árbitros, vou recordar dois lances a favor do Sporting, um no qual os leões poderão considerar-se beneficiados e no outro prejudicados. Isto apesar de terem ganho ambos os jogos e de forma confortável.
Diante do Farense, no Estádio Algarve, Tiago Martins assinalou penálti por mão na bola de Lucas Áfrico. O VAR da partida da 3.ª jornada, Fábio Veríssimo, considerou que a bola sofreu um desvio em Pedro Gonçalves «imediatamente antes» e que o defesa tinha «o braço em posição natural» e, como manda o protocolo, deu essa indicação ao árbitro, que reviu as imagens e manteve a decisão. É soberano e foi mesmo assinalado penálti. Critérios.
No Sporting-Aves SAD, na 6.ª jornada, Ricardo Baixinho não assinalou penálti após Fernando Fonseca ter cortado com o braço um cabeceamento de Conrad Harder. Alertado pelo VAR, Rui Costa, foi ver as imagens e manteve a decisão. É soberano e não considerou falta, porque, como explicou em Alvalade, o defesa tinha o braço em «posição natural».
No primeiro caso, o vice-presidente do Conselho de Arbitragem, João Ferreira, explicou, duas semanas depois e publicamente, na Sport TV, no programa Juízo Final, criado para o efeito, que Tiago Martins errou e que o lance não era motivo para penálti. «O defesa está parado, a evitar que o atacante se vire, ele não faz nenhum gesto... A bola sofre um desvio de trajetória em cima do defesa e esta acaba por bater no braço. Na prática, diria que este lance não tem nada de penálti», disse.
Veremos agora o que dirá João Ferreira. Como o leitor, há muito que vejo futebol e todos temos um entendimento sobre o que se considera «posição natural» ou mesmo «volumetria», como os especialistas de arbitragem gostam de dizer. Estou curioso para ouvir a explicação do Conselho de Arbitragem, mas arrisco a dizer que João Ferreira vai considerar que devia ter sido assinalado penálti. Arrisco, pois, sinceramente, não percebo quais os critérios adotados.
Sei, perfeitamente, que no futebol não há dois lances iguais, mas, que me desculpem os árbitros, há lances idênticos e para os quais têm de ser adotados o mesmo critério. Temos 24 árbitros de 1.ª categoria, a que se juntam mais 16 especialistas no VAR. Ou seja, 40 juízes, que têm de saber os critérios do Conselho de Arbitragem.
Eu, confesso, não percebo os critérios. E não sou o único, pois não?..."

Graeme Souness, um figurão do futebol


"Antigo treinador do Benfica é de leitura obrigatória

«Reparei esta semana que o Anthony Martial foi para o AEK de Atenas, da Grécia. Talvez seja esse o seu nível»
Graeme Souness, antigo jogador e treinador e atual comentador

A frase que transcrevo acima é a primeira do artigo de Graeme Souness, seguramente no top 5 de melhores jogadores de sempre da Escócia e treinador polémico que passou pelo Benfica no final do milénio passado, antes de se dedicar ao comentário sobre futebol, desta semana no Daily Mail. Com ela, consegue uma proeza assinalável: destrói Martial (um flop de nove épocas no Manchester United), o AEK e a qualidade geral do futebol grego sem que seja preciso parar para respirar.
As opiniões de Souness são de leitura obrigatória. Não é Valdano, um filósofo do futebol. É diferente, talvez mais interessante — não tem medo das palavras (de tal forma que vários comentários na televisão já lhe causaram problemas) nem de assuntos. Fala da atualidade ao mesmo tempo que recorda episódios da sua carreira, no relvado e no banco. Atira a matar e não faz prisioneiros, sobretudo quando aborda tudo o que seja Manchester United, como bom ícone do Liverpool que é.
Há 25 anos, em Lisboa, ouvi-o dizer de Vale e Azevedo: «Este homem não é de palavra, não se pode confiar nele, este homem mente enquanto te olha nos olhos. É um homem perigoso.» O então presidente do Benfica ainda estava mais ou menos em estado de graça e poucos ouviram o aviso, mas Souness tinha razão.
Não foi enquanto treinador o que conseguiu ser enquanto jogador, mas é um figurão do futebol e deve ser apreciado."

Verão de recordes no futebol feminino


"As janelas de transferências do futebol sénior feminino apenas agora encerraram na generalidade dos mercados dos países europeus, mas a FIFA avançou já com balanço que permite concluir que 2024 é o melhor ano de sempre neste setor em vendas e compras. Segundo o relatório datado de 3 de setembro último — numa altura em que o mercado feminino continuava aberto —, os gastos em transferências internacionais neste verão de 2024 alcançaram os 6,8 milhões de dólares (cerca de €6 milhões), mais do dobro do obtido em idêntico período da época passada, que foi 3 milhões de dólares (sensivelmente €2,6 M).
Neste verão, até à data em que o documento foi fechado, registaram-se 1.125 transferências, isto é, 272 atletas a mais do que comparando com a época passada. O que representa um aumento de quase 32 %. E se no verão se bateram recordes, o mesmo aconteceu com as transferências em janeiro, em que o investimento totalizou cerca de €2 M, um aumento de mais de 150% relativamente a janeiro de 2023, quando foram gastos pouco mais de €700 mil.
São, assim, números que — embora ainda insignificantes face às somas que as transferências do futebol masculino representam — começam a ganhar peso no âmbito do mercado global. O investimento efetuado durante este ano é 16 vezes superior ao registado em 2018. E a tendência é para continuar a crescer, já que clubes e patrocinadores cada vez mais manifestam interesse em investir na modalidade… sobretudo nos países em que as ligas já se profissionalizaram. O que ainda não é o caso português.
Portugal tem razões, ainda assim, para estar… moderadamente otimista. O nosso País surge em terceiro entre os mercados europeus que mais venderam: € 811 mil, valor onde sobressaem as transferências de Kika Nazareth, do Benfica para o Barcelona, de Olivia Smith, do Sporting para o Liverpool, e ainda de Telma Encarnação, do Marítimo para o Sporting. Apenas a França (€1,1 M) e Inglaterra (€1M) superaram o mercado português de vendas.
Entre os que mais compram, o nosso País está apenas em nono, somente com €140 mil. A diferença é abissal e o fosso tende a alargar-se. Porque o nosso mercado não tem capacidade para lutar com a realidade dos mercados mais fortes. Por exemplo, a zambiana Racheal Kundananji, foi vendida pelo Madrid CFF, de Espanha, ao Bay FC, dos EUA, por cerca de €720 mil.
Outras realidades…"