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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Demasiada artilharia para um FC Porto sem balas | Basquetebol Nacional


"O SL Benfica consagrou-se, no passado dia 10/06, o novo campeão nacional de basquetebol. Posto isto, os encarnados derrotaram o FC Porto no Dragão Arena (3-1) e levaram para casa o 28.º campeonato de basquetebol cinco anos depois da última conquista.
Relativamente à série (porque a análise irá se cingir no global dos quatro jogos), podemos descreve-la com o poder, astúcia, domínio e controlo total de uma equipa (SL Benfica) perante outra (FC Porto), que se revelou limitada, sem poder de fogo e com pouco engenho para dar a volta ao rumo dos acontecimentos.
Em suma, quatro jogos das duas melhores equipas do campeonato, não obstante tenha sido uma série recheada de jogos de pouca emoção, baixa competitividade, margens de diferença muito grandes (excetuando no jogo dois, onde a diferença foi, ainda assim, de oito pontos) e baixas percentagens de lançamento.
Apesar deste prefácio pouco sorridente e algo «frio» sobre os quatro jogos das finais, estas, tiveram vários aspetos bem interessantes de ressalvar (também não estivéssemos a falar de duas equipas com dois enormes treinadores), pelo que na análise irei objetivamente centrar-me no primeiro jogo, fazendo a ponte de análise para todos os restantes.

Pressão e Classe
O jogo um sintetiza e abre as hostes para o que seriam os próximos jogos: domínio acentuado do SL Benfica nos dois lados do campo e um FC Porto com muitas dificuldades em transição, em encontrar vantagens, e com o ataque estagnado e pouco fluído.
Obviamente, importa sublinhar que as variações defensivas do SL Benfica (reação forte após cesto, defesa homem a campo todo, zona 1-3-1/2-3) são coniventes desta dificuldade azul e branca, ao passo que Moncho López não conseguiu adaptar-se à adversidade provocada pelos encarnados. Em cima disso, o FC Porto não conseguiu equiparar o talento individual do SL Benfica nem a profundidade em termos de plantel. Não é que o FC Porto tenha «saltado» menos homens do banco que o SL Benfica – por exemplo, nos primeiros dois jogos os portistas saltaram seis jogadores, enquanto os encarnados apenas conseguiram fazer saltar quatro – o problema é que a qualidade/experiência dos homens que o SL Benfica tinha no banco não se aproxima dos homens do FC Porto.
Em termos individuais destaco Makram Ben Romdhane e José Barbosa como os principais elementos do SL Benfica fora do cinco inicial, pela inteligência e maturidade em todas as ações, sendo Makram um jogador claramente diferenciado do ponto de vista da LPB.
No vídeo abaixo será demonstrado algumas ações que, ao longo dos quatro jogos, considerei que tiveram impacto e que traduzissem bem a diferença entre ambos os conjuntos. Por exemplo, a diferença de atuação no 2×2 a meio campo, o modus operandis do SL Benfica em ataque posicional, a compreensão de jogo de algumas individualidades e ainda a forma de atacar do FC Porto.
Os azuis e brancos apenas conseguiram criar perigo, no 2×2, com Max Landís ou Francisco Amarante, pelo que a ameaça ao nível do tiro exterior de ambos acabou por obrigar os defensores do SL Benfica a não saltar por cima do bloqueio direto, ao contrário do que aconteceu com Kloof, que basicamente foi solicitado/desafiado pelos homens do SL Benfica para lançar. Para se entender a dificuldade do neerlandês em marcar triplos, o base marcou 2/11 do tiro exterior, sendo que muitos não foram contestados. Com toda a certeza que Norberto Alves «viveu bem» com os lançamentos de fora de Kloof…

Norberto e Broussard
Tocando em Norberto Alves (o obreiro desta conquista), este impôs uma faceta diferente no SL Benfica: mais versátil, forte defensivamente e, acima de tudo, coletiva. Antes, com Carlos Lisboa, observamos um SL Benfica menos senhor do seu destino, mais apostado na aleatoriedade dos jogadores e da sua destreza individual. Umas vezes teve sucesso…contudo, nem sempre foi do agrado da massa adepta encarnada.
Agora, com Norberto, temos um SL Benfica orientado para ações que potenciem as maiores qualidades dos jogadores, sendo que, por exemplo, o ataque losango liberta os lançadores e, no 2×2, o SL Benfica apresenta jogadores de grandes recursos na tomada de decisão, nomeadamente com Gaines, Broussard e Barbosa, que apesar de não aparecer no vídeo, foi fundamental no pick and roll no jogo 4. Em adição, o SL Benfica conseguiu sempre afrontar o forte jogo interior do FC Porto (a maior valência do jogo portista) e teve em Ivan Almeida, Betinho, Lewis jogadores de alta dimensão para conquistar ressaltos.
Por fim, sem esquecer Aaron Broussard – o MVP da final – ao passo que o norte americano foi sinónimo de classe e contribui de forma decisiva no jogo 4 (18 pontos, três ressaltos, seis assistências, um ressalto), sendo o cerne do ataque encarnado e o principal jogador ao nível da tomada de decisão (lançamento e passe).
Em suma, o SL Benfica, em contraste com o FC Porto, teve sempre em maior proeminência os melhores decisores da equipa – Broussard, Betinho, Gaines – ao contrário do FC Porto que ressalvou um ataque em montanha russa e uma defesa muito pouco característica dos 12 anos de Moncho López."

Não calaremos as críticas


"São vários os temas nesta edição da News Benfica, com destaque para decisões do Conselho de Disciplina e para a defesa do nosso jogador Ivan Almeida, porque o racismo condena-se e não se relativiza.

1
O Conselho de Disciplina decidiu, na sua sanha persecutória habitual ao Benfica, multar o clube em 33 660 euros por críticas justificadas perante atuações do VAR que prejudicaram em muito o Benfica.
Em nenhum momento se procurou atingir a honorabilidade ou diminuir a dignidade de quem toma decisões durante um jogo de futebol. Mas não podemos ser condenados pelo exercício da opinião livre e construtiva como sempre fizemos. Isto é uma aberração de um mesmo Conselho de Disciplina que consegue atirar castigos para as férias e outros para as calendas, consoante os interesses dos visados.

2
Os mais recentes campeões nacionais de basquetebol foram ontem homenageados por muitos adeptos que se deslocaram à Benfica Official Store, no Estádio da Luz, para comparecerem na sessão de autógrafos. Veja as fotos do evento.

3
Um dos nossos grandes campeões é Ivan Almeida, vítima de insultos racistas no Dragão Arena durante o jogo 3 da final com o FC Porto.
Como temos dito e repetido, o racismo é abjeto e o Sport Lisboa e Benfica está e estará sempre empenhado no combate a este flagelo da sociedade. Repudiamos todas e quaisquer manifestações de racismo.
O racismo não se relativiza, condena-se e combate-se. O que torna ainda mais incompreensíveis as recentes declarações de um dirigente do basquetebol portista sobre este episódio lamentável.
A forma digna como ambas as equipas lutaram pelo Campeonato Nacional não merecia nada disto. E sobretudo ninguém merece ser vítima de insultos racistas.

4
Está consumada a transferência de Darwin para o Liverpool. O jovem uruguaio fez questão de se mostrar agradecido ao Benfica e aos benfiquistas pelos dois anos passados na Luz. E o Benfica enaltece o empenho, o compromisso e a competência do jogador. Veja o vídeo sobre a curta, mas muito marcante, passagem de Darwin pelo Clube.

5
A Casa Benfica Loures e a sua equipa de futebol de praia, recentemente vitoriosa na Taça Europeia, foi recebida e homenageada na Câmara Municipal de Loures, um evento que contou com a presença de Rui Costa. Veja a reportagem."

Onde?!


"O Benfica é um dos clubes mundiais que mais receitas gerou com a venda de jogadores na última década. Em virtude disso, conseguiu reduzir dívida bancária e passivo, aumentar ativo e apresentar, de forma sistemática, capitais próprios positivos.
Mas, no saldo entre compras e vendas, o FC Porto também se destaca. E não ouvimos ninguém na comunicação social perguntar por que motivo se encontra numa situação de completo desastre financeiro, em falência técnica, com capitais próprios negativos e com um passivo assustadoramente galopante.
Para onde foi, afinal, o dinheiro?"

Mihailo Ristic


"Lateral esquerdo, 26 Anos, 1,80, internacional pela Sérvia. O chamado Bom suplente. Iniciou a sua carreira como extremo tendo recuado para potenciar as suas características. Um jogador que se sente melhor em zonas exteriores do campo tendo uma passada larga. É claramente melhor no momento da transição do que em ataque posicional pois tem dificuldades técnicas, de decisão e falta de criatividade com bola. Desequilibra muito pela capacidade física e tem um bom cruzamento. Mais um jogador com um perfil certo para modelo de Roger Schmidt. No processo defensivo é rápido e agressivo, atributos que o ajudam no 1x1. Tem muitas dificuldades ao nível do posicionamento (fechar jogo interior) e também ao nível no jogo aéreo por má colocado no terreno. A sua capacidade física minimiza alguns destes problemas. Pode evoluir. Em suma, um jogador vários níveis abaixo de Grimaldo em ataque organizado mas que em transição tem maior capacidade de chegada a zonas da frente. Mais forte a pressionar mas com mais debilidades em comportamentos defensivos coletivos. Pode ser muito útil ao longo da época."

Falar Benfica #67

Extinção?!


"Algum parecer em que o FC Porto seja extinto e se abra um aterro sanitário no Dragão?
Voto nesse!"