Últimas indefectivações

terça-feira, 20 de maio de 2014

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Depois das celebrações, é tempo de começar a trabalhar exclusivamente na próxima época. O anuncio da contratação do jovem Polaco Dawidowicz, é um bom indicador...
Nas últimas vezes que fomos Campeões, passámos demasiado tempo a festejar, e acabámos por começar a época seguinte, mal preparados... Espero que isso não aconteça, desta vez. É sempre bom recordar que na época 2010/2011, começamos a época, com 9 pontos roubados nas primeiras 4 jornadas, e só não foram 12, porque o Roberto defendeu um penalty, na Luz, com o Setúbal!!!
O Benfica não pode cair no conto do vigário: Corruptos fragilizados !!! Nós sabemos que ele não precisam de treinadores ou jogadores, para serem competitivos... quem se deixar iludir que algo mudou no futebol português, está a ser ingénuo!!!

Se querem provas que o Sistema anti-Benfica está vivo, bem vivo, basta ouvir ou ler, a quantidade de atrasados mentais, que estão a tentar empurrar o Jesus para fora do Benfica!!! Inventam os argumentos mais parvos, para defenderem a saída do Jesus... Eles estão aflitos, desesperados...!!! Como já afirmei anteriormente, o Presidente do Benfica, nunca iria aceitar uma saída do Jesus, neste momento. Por isso, Jesus só sairá, forçando a saída, contra a vontade do Presidente, e isso é algo que o Jesus nunca fará ao Presidente, depois de tudo o que Vieira fez por ele... Nunca!!!

Resolvida a questão do treinador, vamos aos jogadores: as declarações do Rodrigo, e a indefinição no Valência deram-me algumas esperanças, mas a recente confirmação da compra do Valência pelo Peter Lim acabou com a novela: Rodrigo e André Gomes vão ser jogadores do Valência na próxima época. Ponto final. Hoje, é notícia a possibilidade do Garay, também ir para Valência, não sei se é verdade, mas se não for para Valência, deverá ir para outro Clube...
Não podemos ser hipócritas, quando são publicadas as contas do Benfica, é ver muitos escandalizados, com o Passivo, com a massa salarial, entre outras discussões. Também é 'praticamente 'público que o Benfica pretende baixar os custos fixos (salários) nas próximas épocas, sendo assim ninguém se poderá indignar quando o Benfica decide não acompanhar as ofertas salariais que se praticam fora de Portugal. Se fosse eu (adepto), a decidir, se calhar oferecia o salário que o Garay quisesse, mas ainda bem (para o Benfica!!!) que sou só adepto!!!
Mas no geral creio que os Benfiquistas já estão mentalizados, a saída do El Negro é praticamente inevitável, o regresso do Lisandro López deixa a maioria descansada, mas curiosamente, eu, não estou convencido!!! Até agora, ainda não vi o Lisandro jogar como Central do lado esquerdo!!! Para alguns jogadores, jogar num lado ou noutro, não interessa, mas para outros (Luisão por exemplo...) o rendimento é completamente diferente... Sempre vi o Lisandro como um possível substituto do Luisão e não do Garay... espero que os meus receios não se confirmem...
Estas três saídas (Garay, Rodrigo, Gomes), são aquelas que dou como garantidas. Aceitaria também com algum 'agrado', as saídas do Artur, do Sulejmani, e do Djuricic, caso tivéssemos propostas interessantes... Pela primeira vez, também aceitaria a venda do Cardozo!!! A meio desta época, o Benfica mudou a forma de jogar (também desconheço se o Cardozo está totalmente recuperado do problema nas costas), sabendo da necessidade do Benfica em efectuar receita com a venda de jogadores, entre perder o Enzo, ou o Gaitán, ou o Salvio... prefiro perder, neste momento, o Tacuara!!! Em vez de fazermos uma grande venda, como temos feito nas últimas época, podíamos chegar a um valor próximo, vendendo vários jogadores (o Kardec por exemplo, já conta para a soma...), que neste momento não são titulares... creio que é a melhor estratégia. Temos ainda vários emprestados, que também podem fazer parte destas contas...
Com a titularidade do Oblak, e com a excelente época do Bruno Varela na equipa B, creio que faz todo o sentido uma venda do Artur. O Sulejmani, foi bastante irregular, chegou a custo zero, e tem mercado nos Países Baixos. O Djuricic foi a grande desilusão da época, ainda é bastante jovem, mas se oferecerem um valor igual, ao que gastámos na compra, eu, vendia!!!
Digo já, que não acredito nas vendas do Salvio ou do Enzo. Mas no caso do Enzo é preciso renovar o contrato, com uma actualização salarial.
O caso mais bicudo pode ser o Nico. Só venderia o Gaitán por um valor a rondar os 30 milhões. Mas se ele sair temos que ir buscar outro jogador de valor idêntico, algo que não será fácil. O 'falado' Candeias, não chega!!!
Para fechar o dossier das saídas, falta falar dos emprestados: os dois defesas-esquerdos!!! A renovação do empréstimo do Sílvio creio que será fácil, devido à lesão... Mas no caso do Siqueira prevejo uma grande novela de Verão!!! O ideal seria mandar o Mitrovic à troca para Granada, mas também já li que o problema é o ordenado que o Siqueira pede!!! Com a lesão do Sílvio (se ficar...), temos que ter outro defesa-esquerdo logo no início da época. Este é daqueles assuntos que não pode ser adiado, até ao final da janela de transferências...

Em relação às entradas, com o anuncio do Dawidowicz, se confirmar-se como opção para a equipa A, resolvemos o problema da saída do Matic. Ainda por cima com o Amorim e o Fejsa, muitas vezes lesionados, temos que ter mais opções para o meio. Basta recordar como o Enzo terminou o jogo do Jamor!!! Aliás a questão das lesões recorrentes do Amorim e do Fejsa, faz-me mesmo duvidar, se além do Pawel, não deveríamos ter um 5.º médio-centro no plantel!!!
Sem o Rodrigo, e provavelmente sem o Cardozo, o principal problema do mercado, vai ser encontrar avançados para fazer companhia ao Lima. Pontas-de-lança de qualidade raramente são baratos... Gosto da atitude, e até reconheço algumas qualidades no Funes Mori, mas falta-lhe o faro pelo golo... Precisamos de 2 avançados de qualidade para fazer companhia ao Lima. Ponto final!!! E aviso já que o Belga do Standart, Batshuayi, não me convence!!!
O resto das contratações depende da confirmação das saídas: com Siqueira e Sílvio não precisamos de outro defesa... Com o Nico, não precisamos de mais Alas (Markovic, Salvio, Nico, Candeias(?), Hélder Costa...)

Para terminar a conversa, espero que o Bernardo faça parte do plantel principal. Neste momento, não reconheço ao Djuricic qualquer qualidade que o Bernardo não tenha, bem pelo contrário!!! Pessoalmente, o Lindelof também poderia fazer parte das opções, seria um 2.º André Almeida!!! O Sueco, pode fazer 3 posições, e neste momento até pode ser o melhor substituto do Maxi na lateral direita...
Em relação ao Cavaleiro, espero que seja uma opção para o lugar do Rodrigo. O Ivan não é extremo, é avançado... Quem pode fazer o papel de 5.º Ala, pode ser o Hélder Costa...!!!

Dos vários emprestados que o Benfica tem, além do Lisandro: Pizzi, Ola John, Nélson Oliveira, Farinas, Sidnei, Jara, Correa, Ascues, Djaló, Michel, Mitrovic, Airton, Varela, Correa, Liz, Rojas, San Martin, Clésio... de todos estes, aquele que está mais próximo de entrar na equipa, podia ser o Pizzi, mas não creio que seja jogador para o Benfica. Entre o Candeias e o Pizzi, acho que o Candeias tem mais capacidade de drible curto do que o Pizzi, e isso num Ala do Benfica é importante, porque o Benfica não joga em contra-ataque, um sistema que se adapta mais ao estilo do Pizzi. O Nélson Oliveira é uma questão de atitude. O Mitrovic fez uma boa época em Espanha, mas continuo a pensar que não tem qualidade para jogar no Benfica, devemos aproveitar a boa imagem que ele tem neste momento no mercado Espanhol... 

O meu plantel para o ano, com uma margem de erro grande, a esta distância:
GR: Oblak, Bruno Varela, Paulo Lopes
DC: Luisão, Lisandro, Jardel, Steven
DE: Siqueira(?), Sílvio(?)
DD: Maxi, Almeida, Lindelof
MD: Fejsa, Dawidowicz
MO: Enzo, Amorim, (?)
AD: Salvio, Markovic
AE: Nico, Candeias(?), Hélder Costa
AV: Lima, Cardozo(?), (?), Cavaleiro, Bernardo

Pawel Dawidowicz

Primeira contratação oficializada. Já cá tinha estado, já estava oficiosamente contratado, mas só hoje tirou a 'foto'!!!
Parece que os jornaleiros são unânimes, em apontar este jovem Polaco para a equipa B. Pessoalmente, sem ter acesso a informação privilegiada, não me parece que vá para a B. Aliás a minha confiança é tanta, que estou a escrever este post, porque se fosse para a B, não perdia tempo!!!
Tendo em conta a grande margem de erro, que os videos/resumos do YouTube merecem, este parece que não engana... Se tiver que apostar, aposto que vai ser opção para a equipa principal!!!
Ainda por cima alguns jogadores vão chegar atrasados devido ao Mundial, sendo assim é praticamente seguro o Pawel vai ter oportunidades na pré-época, e o Jesus não o vai desperdiçar. Provavelmente será uma opção para o lugar do Fejsa!!!
Agora só temos que aprender a pronunciar o nome dele... se calhar é melhor esperar pelo Jesus, ele seguramente vai traduzir a coisa por miúdos!!!

Cento e quarenta e três quilómetros para Oeste

"Não foi a primeira vez que o Benfica decidiu uma final europeia em Itália. A outra foi em 1965 e foi infame! Contra o Inter, em Milão, em pleno S. Siro. Ficou para a lenda!

DE Milão a Turim são 143 quilómetros. Para Oeste. Não foi esta a primeira final disputada pelo Benfica em Itália. Houve outra, em 1965. Injusta final, essa. Um pouco por toda a parte, havia o incómodo, o desconforto: a UEFA, pela voz do presidente do Comité Organizador da Taça dos Campeões, José Crahay, anunciara, após as meias-finais, que a final se disputaria em S. Siro, a casa do Inter, Campeão Europeu em título. A decisão era inédita, inacreditável. Mas foi levada por diante. Em caso de empate, finalíssima em Bruxelas.
S. Siro encheu, claro! 180 milhões de liras de receita, recorde absoluto do grande estádio de Milão, qualquer coisa como 8.500 contos da época.
80.000 pessoas estariam nas bancadas para assistir à segunda vitória da equipa de Moratti e Heleno Herrera na Taça dos Campeões da Europa.
«Lasciate ogni speranza, voi chi entrate», dizia Dante, no «Inferno».
S. Siro seria o inferno. Não havia esperança para o Benfica.
O Benfica contrariou o Inferno, no entanto.
«Esse Benfica que a UEFA quis transformar num grupo de convictos cristãos da era moderna, a lançar às feras famintas da grande arena de S. Siro, fora a grande sensação do jogo e dera uma 'lição de bola' ao estranho e 'irrealizado' Inter, edição H.H., com o seu futebol manhoso e sádico, marcado por aquilo que se chama em Itália de 'profundo realismo'» escreveu Vítor Santos em «A Bola».
Impressionante! Frente a um conjunto enrolado na sua casca, como o bicho-de-conta, o Benfica efectuara uma exibição estupenda de determinação e de autoconfiança, produzindo um futebol construtivo, profundamente atacante e sempre imbuído daquilo que se pode chamar o espírito imperecível do 'association'.
O Benfica foi, em S. Siro, personagem principal de um dos momentos mais dramáticos do futebol português. A três minutos do intervalo, um remate enrolado do brasileiro Jair, faz a bola fugir, em jeito de galinha assustada, por entre as mãos, por debaixo do corpo, pelo meio das pernas de Costa Pereira. Grande especialista do futebol de não perder Herrera era o mestre dos mestres no futebol de guardar vantagens inesperadas. O Inter defendeu-se, recolheu-se, fechou-se. Todos os verbos que pudesse utilizar seriam reflexos: eram onze homens trancados sobre si próprios, auxiliados pelo lamaçal em que se transformou um relvado infame. E contra isso nada pôde a valentia lusitana.
Aos 12 minutos da segunda parte, Costa Pereira, herói de Berna, réu de Milão, não resiste a uma hérnia discal e a um traumatismo no pé direito. Não sendo ainda tempo de substituições, é Cávem quem se prepara para vestir a camisola de guarda-redes. Mas é Germano que toma, finalmente, o seu lugar, incapacitado, também ele, por uma rotura muscular na coxa.
São dois infernos: o de S. Siro e o das lesões.
Nenhum ser humano seria capaz de atravessar dois infernos assim.

Uma avalanche de elogios
RODOLFO PAGNINI, jornalista do «L'Unitá»: «Escrevemos estas linhas febris enquanto os jogadores do Inter correm em redor do rectângulo, transportando bem alto, sobre as cabeças, a Taça da Europa. No centro do terreno encharcado de chuva e de suor, distingue-se o vermelho das camisolas do Benfica. Eusébio, Germano, Coluna e os seus companheiros olham para a festa que os envolve, desconsolados, tristes. A alegria do Inter é a sua tristeza. Uma tristeza, uma amargura, plenamente justificada. O público apercebe-se disso. E rompe um aplauso fragoroso e espontâneo. O Benfica perdeu, mas sai de campo com todas as honras. Pode levar consigo, para Lisboa, as armas do nobre vencido. Saído Costa Pereira, todos pensaram: o Inter tem a vitória na mão. E prepararam-se para saborear mais golos. Ao invés, a partida terminava, nesse momento, para a equipa de Milão. Porquê? Porque o Benfica, essa maravilhosa equipa, actualmente a mais forte da Europa, não quis render-se ao inelutável, e fez uma apelo ao seu desmensurado orgulho, lançando-se para a frente, de cabeça erguida, indo buscar forças ao fundo do coração e da alma».
J.L. Manning, jornalista do «Daily Mail»: «Com tudo contra si, o Benfica teve uma actuação memorável em S. Siro. A Taça da Europa foi, no entanto, entregue a uma equipa de Milão pela terceira vez. Mas esta vitória não tem qualquer justificação, desobedecendo a todos os princípios que deveriam balizar um torneio de futebol. Os portugueses foram derrotados por um golo de acaso que nunca teria sido marcado num campo em condições regulares. E durante a última meia-hora suportaram ainda a falta do seu guarda-redes. Ninguém poderá dizer que este jogo se moveu pelas regras da justiça! O Benfica tinha razões suficientes para se queixar da decisão da UEFA de marcar o jogo para o estádio do Inter. Mas presenteá-lo, ainda por cima, com um sepultura inundada, foi um verdadeiro insulto. O jogo devia ter sido adiado».
Jean Eskenazy, uma das figuras do jornalismo francês, conhecido por andar sempre elegantemente vestido e de cravo na lapela, escrevia por sua vez no «France-Soir», no seu estilo curioso e vivo: «Não pretendemos dizer que o Inter foi indigno da vitória. Mas quando recebe, uma pessoa bem educada deve dirigir a conversa. Ora, ontem, em S. Siro, só o Benfica fez as despesas da conversa, só ele recheou o jogo dos melhores trunfos. E mesmo jogando sem o seu guarda-redes obrigou os italianos a defenderem-se ferozmente. Se me fosse dado a escolher uma equipa à qual oferecer a vitória, não teria dúvidas: dá-la-ia ao Benfica. É uma grande equipa, cheia de talento, de coração e de vontade. Caiu como só os grandes sabem cair. Felicitemo-la. No jogo de Milão, foi o vencido que saiu engrandecido e isso força a nossa admiração e respeito».
Cento e quarenta e três quilómetros para Oeste e um sonho por descobrir."

Afonso de Melo, in O Benfica

PS: Afinal, além do Guttmann, parece que existe qualquer coisa entre o Benfica e esta região de Itália!!! Podem assistir aqui ao jogo completo:

O Cota, a dar música na despedida...

Nação vermelha...!!!