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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Chama Imensa... Formação & Tuguices...

Lixívia 14

Tabela Anti-Lixívia
Benfica ........ 33 (-2) = 35
Corruptos... 36 (+3) = 33
Sporting ..... 36 (+8) = 28

Mais uma semana onde a Coação dá pontos a quem não os merece!!!

O que se passou em Setúbal é muito grave:
- o 1.º golo dos Corruptos (desbloqueador da partida) é inacreditável...
Primeiro, todos os Benfiquistas, recordam-se das centenas de bola paradas favoráveis ao Benfica, que quando a bola vai a caminho da 'molhada', sem ninguém dar por isso, antes da bola chegar à área, já está o árbitro a marcar uma qualquer falta ofensiva!!! Ainda a semana passada no antro da Corrupção, na área do adversário, um empurrão de um jogador Corrupto a um colega de equipa, com o Jardel nas proximidades, deu falta contra o Benfica...!!!
Portanto, a não marcação da falta ao avançado Corrupto, é algo completamente 'contra-corrente'... Aliás se repararem, o próprio Aboubakar inicialmente nem festeja, olha para o árbitro, e só depois reage...
Depois, a não acção do VAR! O VAR está lá para quê?! Alguns 'defendem' o VAR dizendo que o árbitro de campo não pediu a intervenção! Absurdo... Todos os golos são revistos automaticamente! A falta é óbvia...
Tudo isto só pode ser explicado, por uma coisa: Medo, muito medo...!!!
Como o Tugão está sempre a surpreender-nos, ainda tivemos que ler no Nojo, que afinal o golo irregular dos Corruptos, devia ter sido penalty a favor dos Corruptos!!!
Meteram uma fotografia, num momento onde a camisola do Aboubakar, com o muito vento que estava no Bonfim 'abanou', para insinuar que o Edinho agarrou a camisola, quando nada disso aconteceu... As mesmas pessoas que a semana passada, nem sequer consideram um Caso o empurrão do Danilo ao Luisão na área dos Corruptos, 'defenderam' um agarrão ilusório que nunca aconteceu...!!!
A aplicação do VAR em Portugal até pode ter alguns problemas, mas o principal problema é a desonestidade intelectual dos Corruptos e dos seus comparsas...

Neste jogo, ainda houve outro erro grave: já revi o lance várias vezes, mas não consigo ver contacto entre o Vasco Fernandes e o Aboubakar. A existir contacto, é no é direito do avançado Corrupto quando este está no ar... muito antes da queda. Queda que foi claramente teatralizada...

No resto da partida, ficaram alguns cartões no bolso, ao Vasco Fernandes, mas também a alguns jogadores Corruptos!!! Mas como o Felipe ficou de fora por opção (ressaca da amarelinha talvez?!), não houve agressões graves...!!!

O Tiago Martins está bem encaminhado para substituir o Proença como o 'melhor árbitro do mundo' e dos arredores!!! Nos últimos tem tido actuações completamente desastradas... se não tivesse a protecção que tem, ainda arriscava a despromoção no final da época!!!


Na Luz, tivemos uma arbitragem razoável!!! O João Pinheiro faz parte do grupo de árbitros acusados de serem 'benfiquistas' no pseudo-caso dos e-mails! Como praticamente nenhum desses árbitros tem apitado jogos do Benfica, só o facto de ter sido nomeado, merece ser realçado...
Sendo que o João Pinheiro, foi o principal responsável da derrota do Benfica em Setúbal na época anterior...!!!
Dito isto, houve dois erros graves do árbitro de campo:
- o primeiro foi o penalty que o Fejsa, fez, que acabou por ser 'rectificado' pelo jogo, com o Estoril a marcar segundos depois, na mesma jogada...
Não sei se o VAR iria actuar, creio que sim... mas acabou por não existir qualquer 'benefício'!!!
Academicamente, podemos discutir como deverá ser o protocolo nestas ocasiões: as leis dizem que em caso de penalty, não existe lei da vantagem... mas agora, com o VAR, como é óbvio não fazia sentido, neste caso, anular o golo ao Estoril, e marcar penalty... O bom senso acabou por prevalecer...
- o segundo erro, o 2.º golo do Estoril, acabou por ser 'rectificado' pelo VAR, correctamente... Nem o portista Manuel Oliveira, teve coragem de não anular o golo, como VAR!

O VAR voltou a estar bem no 2.º golo do Benfica, ao analisar a posição do Salvio como regular... Bastante diferente do lance do Benfica - Portimonense, onde o avançado Algarvio estava mesmo adiantado, ao contrário do que o Portimonense veio hoje deturpar para as redes socais... fazendo o trabalho sujo, do clube-mãe (os Corruptos)!!!

No resto do jogo, um fora-de-jogo muito mal tirado ao Cervi... e um critério disciplinar que voltou a penalizar o Benfica, com os cartões ao Jardel e ao Luisão completamente parvos...

No Bessa, um Boavista com muitos lesionados foi presa fácil...
Alguns cartões ficaram no bolso, para os dois lados...; o golo do Boavista sem 'linhas virtuais' é impossível de verificar; o penalty 'pedido' pelos Lagartos sobre o Podence é absurdo... o facto dos ex-árbitros nas TV's e nos jornais terem jurado que ficou um penalty por marcar sobre o Podence é o cumulo da parvoíce!!!
Destaco também a 3.ª nomeação do Luís Godinho para jogos do Sporting (e ainda não chegámos a meio do Campeonato), e ainda mais uma como VAR (a semana passada)!!!
Em 14 jogos, foram apitados 9 vezes por árbitros Sportinguistas!!! Sendo que nos outros 5 jogos, em 4 deles tiveram VAR's Sportinguistas!!! Portanto, só por 1 vez não tiveram um Sportinguista como árbitro e como VAR em simultâneo!!!
Só por curiosidade, o Benfica, nas 14 jornadas, se analisarmos os 14 árbitros e 14 VAR's, só 1 é assumidamente Benfiquista!!!!

Anexos:
Benfica
1.ª-Braga(c), V(3-1), Xistra (Verissímo), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
2.ª-Chaves(f), V(0-1), Sousa (Tiago Martins), Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
3.ª-Belenenses(c), V(5-0), Rui Costa (Vasco Santos), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Rio Ave(f), E(1-1), Hugo Miguel (Veríssimo), Prejudicados, Impossível contabilizar
5.ª-Portimonense(c), V(2-1), Gonçalo Martins (Veríssimo), Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
6.ª-Boavista(f), D(2-1), Soares Dias (Esteves), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Xistra (Hugo Miguel), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), E(1-1), Sousa (Godinho), Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
9.ª-Aves(f), V(1-3), Almeida (Vítor Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
10.ª-Feirense(c), V(1-0), Godinho (Xistra), Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
11.ª-Guimarães(f), V(1-3), Soares Dias (Malheiro), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
12.ª-Setúbal(c), V(6-0), Godinho (Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (8-0), Sem influência no resultado
13.ª-Corruptos(f), E(0-0), Sousa (Hugo Miguel), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
14.ª-Estoril(c), V(3-1), Pinheiro (Manuel Oliveira), Beneficiados, Sem influência no resultado

Sporting
1.ª-Aves(f), V(0-2), Tiago Martins (Pinheiro), Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(1-0), Paixão (Hugo Miguel), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(f), V(0-5), Hugo Miguel (Sousa), Nada a assinalar
4.ª-Estoril(c), V(2-1), Godinho (Tiago Martins), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Feirense(f), V(2-3), Soares Dias (Tiago Martins), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(2-0), Manuel Oliveira (Tiago Martins), Nada a assinalar
7.ª-Moreirense(f), E(1-1), Godinho (Pinheiro), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
8.ª-Corruptos(c), E(0-0), Xistra (Hugo Miguel), Nada a assinalar
9.ª-Chaves(c), V(5-1), Rui Costa (Esteves), Beneficiados, Prejudicados (5-2), Sem influência no resultado
10.ª-Rio Ave(f), V(0-1), Sousa (Capela), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-Braga(c), E(2-2), Xistra (Rui Costa), Beneficiados, (1-4), (+1 ponto)
12.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-2), Tiago Martins (Xistra), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
13.ª-Belenenses(c), V(1-0), Almeida (Godinho), Nada a assinalar
14.ª-Boavista(f), V(1-3), Godinho (Vasco Santos), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Estoril(c), V(4-0), Hugo Miguel (Luís Ferreira), Nada a assinalar
2.ª-Tondela(f), V(0-1), Veríssimo (Malheiro), Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Moreirense(c), V(3-0), Manuel Oliveira (Tiago Martins), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Braga(f), V(0-1), Xistra (Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Chaves(c), V(3-0), Rui Oliveira (Hugo Miguel), Nada a assinalar
6.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Sousa (Godinho), Nada a assinalar
7.ª-Portimonense(c), V(5-2), Luís Ferreira (Sousa), Nada a assinalar
8.ª-Sporting(f), E(0-0), Xistra (Hugo Miguel), Nada a assinalar
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(6-1), Manuel Oliveira (Veríssimo), Beneficiados, (5-1), Sem influencia no resultado
10.ª-Boavista(f), V(0-3), Hugo Miguel (Tiago Martins), Nada a assinalar
11.ª-Belenenses(c), V(2-0), Veríssimo (Luís Ferreira), Beneficiados, (0-2), (+3 pontos)
12.ª-Aves(f), E(1-1), Rui Costa (Esteves), Nada a assinalar
13.ª-Benfica(c), E(1-1), Sousa (Hugo Miguel), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
14.ª-Setúbal(f), V(0-5), Tiago Martins (Rui Oliveira), Beneficiados, (0-3), Impossível contabilizar

Jornadas anteriores:
Épocas anteriores:
2016-2017
2015-2016

Félix

Já tinha sido anunciado off the record, que havia acordo de renovação com o João Félix, mas faltava o anúncio público... Foi feito hoje, ainda bem...
Agora, falta fazer o mesmo com o Umaro Embalo (a renovação também já foi 'anunciada' off the record)!!"

Pinto da Costa e o ataque ao VAR

"Pinto da Costa anda no futebol há mais de 40 anos e sempre obedeceu ao mesmo princípio: a defesa dos interesses conjunturais do FC Porto.

O futebol sempre esteve associado à natureza conservadora de quem foi definindo a sua evolução. O jogo separou-se do râguebi em finais do século XIX e criou dinâmica, a passo de caracol, primeiro com a introdução de redes nas balizas, depois com os números das camisolas, até chegarmos a 1925 e sermos confrontados com a primeira grande mudança, na lei do fora de jogo, que esteve na base do êxito do Arsenal de Chapman. Foi preciso aguardar algumas décadas até que o International Board (IB) permitisse a substituições e os cartões, muito depois de outras modalidades terem optado por essa via. Mais recentemente, o IB apostou, e bem, em medidas que deram mais tempo útil ao jogo e, nos dias que correm, está em plena batalha pela introdução da tecnologia no processo de decisão dos árbitros. Em várias competições da FIFA e em determinados campeonatos, entre os quais a I Liga portuguesa, o vídeoárbitro (VAR) está em operação, apontando um caminho de futuro, na certeza de que entre as limitações desde ano-zero e a garantia de verdade desportiva acrescida, estamos na rota do irreversível. Por isso, é preciso perceber as razões de quem se insurge contra o VAR, para poder remetê-las à ínfima expressão que representam. Tomemos como exemplo a recente entrevista de Pinto da Costa ao jornal O Jogo e as críticas que o presidente do FC Porto fez ao VAR. Jorge Nuno Pinto da Costa anda no futebol há mais de 40 anos e se há coisas em que foi sempre coerente foi na forma como defendeu os interesses do seu clube, sem olhar a meios, de olhos postos, inapelavelmente, nos fins. Pinto da Costa nunca esteve interessado na defesa dos interesses da indústria do futebol ou no primado da verdade desportiva. Aquilo que sempre, exclusivamente, o animou foi o benefício do seu clube, contra tudo e contra todos, criando e desfazendo alianças à medida do que entendeu serem os interesses dos dragões. É nessa medida, estritamente, conjuntural, que devem ler-se as críticas que fez ao VAR, susceptíveis de mudar a velocidade de uma ou outra decisão que entenda benéficas às suas cores. Pinto da Costa não é, nunca foi, estratégico, é, e sempre, foi táctico. Diz uma coisa hoje e  seu contrário amanhã, se entender que assim defende melhor os interesses do FC Porto. Sobre o VAR e sobre o resto...

Ás
Luís Castro
Mérito dos dirigentes do D. Chaves que, nestes tempos de gente que não sabe dar tempo ao tempo, foram capazes de acreditar no projecto que lhes tinha sido proposto por Luís Castro, aguentaram um arranque  Titubeante e estão agora a colher os dividendos do investimento. Os flavenses dobraram o Cabo das Tormentas!

Ás
Pepa
Jornada particularmente relevante para o Tondela, que na próxima ronda recebe o Benfica. O triunfo em casa do Desportivo das Aves equipa que joga, como os tondelenses, no campeonato da sobrevivência, colocou algum desafogo no horizonte dos comandados de Pepa. Pontos destes valem mais do que ouro...

Ás
Krovinovic
Em ano de escasso acerto nas aquisições, Krovinovic, que estava à mão de semear em Vila do Conde, está a confirmar todo o potencial que lhe reconhecia. Neste momento de dúvidas existências do Benfica, o croata de 22 anos surge como referência do meio-campo, ganhando claramente espaço entre os titulares da Luz.

Jesus esteve em Camp Nou a pensar no Bessa
«Os atrasados mensais só dizem asneiras (...) Foi devido às minhas decisões em Barcelona que ganhámos no Bessa»
Jorge Jesus, treinador do Sporting
Em Barcelona, não foi só Valverde a poupar a equipa. Jesus também o fez, de olhos postos no Bessa, dando de barato que a qualificação na Champions era uma causa perdida. Percebe-se o pragmatismo de JJ. Mas o que não se entende é a dramatização do tema: porque, de facto, nenhuma das opções de Jesus em Camp Nou teve por objectivo a vitória do Sporting. E isso não foi assumido em tempo útil.

CR5
À quinta Bola de Ouro do France Football, Cristiano Ronaldo disse que desejava fechar a carreira com sete destes troféus em exposição no museu do Funchal. Ao madeirense, não falta talento nem ambição. Poderá faltar, quanto muito tempo. Mas, por aquilo que vai sendo possível ver, o céu continua a ser o limite...

A tempestade perfeita
Pep Guardiola manteve-se fiel à sua ideia de jogo e ao fim de quase dois anos foi capaz de criar uma máquina de jogar futebol que vai dominando a Premier League e já é apontada como a principal favorita à vitória na Liga dos Campeões. Poderá dizer-se que teve à sua disposição fundos quase ilimitados, mas a verdade é que, no futebol, o êxito nunca é apenas uma questão de dinheiro, há um know how específico que é condição sine qua non para o sucesso. Ontem, em Old Trafford, José Mourinho, parece ter ficado destinado a lutar pelo segundo lugar."

José Manuel Delgado, in A Bola

Jesus e a raça superior da bola

"A função dos "atrasados mensais" não é ter razão: é criar razão. Até os pobres futexcluídos conseguem

Jorge Jesus chamou "atrasados mensais" a quem o censurou por não ter discutido a Liga dos Campeões até ao último metro. A minha interpretação do trocadilho é esta: mais ou menos uma vez por mês, algum treinador faz questão de nos lembrar de como é inferior a raça dos que, não tendo a pureza genética necessária para jogar, insistem em meter nos mistérios da bola os seus gémeos atrofiados e os seus narizes intocados pelo fedor do balneário. Podíamos misturar muitos assuntos num só; falar do que cada profissão sabe das outras; da complexidade que o futebol tem ou não; do conhecimento que se traz de outras modalidades; do trabalho específico de um comentador; ou do muito que se aprende (é verdade) nos livros e com a simples observação. Mas a lição de hoje, dedicada a Jorge Jesus e aos outros autoproclamados representantes da raça superior, não entra por aí. A função dos críticos, numa sociedade saudável, não é ter razão; é criar razão. Levantar discussões. Debater. Não ganha sempre quem está certo, infelizmente, e neste tempo do Facebook e do Twitter cada vez a razão importa menos. O crítico está a ser trocado pelo militante e as discussões trocadas pela demagogia reles. Em todos os colóquios e conferências sobre comunicação, a conversa é sempre a mesma: "Já ninguém ouve o outro lado". E ouvir ou ler os nossos "atrasados mensais", em vez dos nossos fanáticos pessoais, é a única forma de irmos sabendo se ainda temos razão ou se, como costumo dizer, não a teremos perdido pelo caminho. Nunca precisámos tanto dos críticos. Jesus acima de todos, parece-me."


PS: É sempre bom ler, o atrasado mental, do director avençado, do principal órgão de desinformação Corrupta, a enviar a carapuça... metida por outro atrasado 'mensal'!!!

É preciso pensar no desporto

"“Uma manhã, ao despertar de sonhos agitados, Gregor Samsa deu por si, na cama, transformado num monstruoso insecto”. Assim Kafka inicia A Metamorfose, um dos contos de maior notoriedade, na literatura contemporânea. Eu não sei se o fenómeno não acontece também com algumas pessoas que falam e escrevem, publicamente, de desporto, discorrida e atabalhoadamente. É que o desporto nunca exclui o pensamento filosófico. Convoca-o, integra-o e acompanha-o, ao longo do tempo.
Esta interacção desporto-filosofia não é modalidade muito cultivada entre nós. E, no entanto, sem ela, não se entende porque só no século XVIII, a época áurea do racionalismo, desponta a expressão Educação Física. Antes, em 1569, ainda Hieronimus Mercurialis publicava o livro De Arte Gymnastica, onde a Ginástica se define como o “conjunto dos exercícios físicos”. Sendo o Renascimento um movimento tendente a ressuscitar o mundo clássico greco-latino, a Ginástica, como ampliação da helénica “arte do gymnastes” renasce, no Renascimento, como “arte médica”, mais de cunho profilático do que terapêutico. Em 1534, na abertura solene da Universidade de Lisboa (só 3 anos depois a Universidade seria instalada em Coimbra, por D. João III), sob a presidência do Rei e aplaudido por selecta assistência, o dominicano André de Resende (1498-1573), famoso humanista e o introdutor da arqueologia, em Portugal, proferiu a tradicional Oração de Sapiência. Ficou célebre esta Oração, conhecida hoje pelo seu título latino Oratio pro Rostris e que foi afinal, entre nós, o Manifesto do Humanismo, ou seja, a exaltação das Humanidades, as quais, para a cultura clássica, tornavam mais humana a humanidade, por oposição aos “bárbaros”. Para a renovação cultural que André Resende ansiava se concretizasse, no reino de Portugal, as Humanidades eram absolutamente necessárias.
Seguindo atentamente as palavras de André de Resende, exponho sucintamente as suas ideias: A nobreza das artes liberais, o Trivium (lógica, gramática e retórica) e o Quadrivium (aritmética, música, geometria e astronomia) que só os “homens livres” praticavam e que se opunham às Artes Mechanicae (artes mecânicas), próprias dos servos e dos escravos. A consciência de uma era nova, que despontava da filosofia greco-latina, em tudo oposta à “noite de dez séculos” que fora a Idade Média. O latim e o grego, instrumentos necessários da cultura, para que pudessem conhecer-se os ensinamentos de Sócrates, Platão, Aristóteles e outros Mestres. E ainda a introdução, no meio escolar, da pedagogia humanista e a renovação da teologia. Era o racionalismo que se anunciava e que, nas palavras de André de Resende, se convertia no espaço alternativo ideal ao progresso da humanidade. O próprio dualismo antropológico cartesiano é precedido pela Filosofia do Renascimento, onde encontramos autores como o Nicolau de Cusa (lembram-se do “De Docta Ignorantia”?), Leonardo da Vinci, Copérnico, Kepler, Galileu, Giordano Bruno, Maquiavel, Hugo Grócio, Montaigne, Francisco Sanches (filósofo português, que viveu entre 1551 e 1632 e emigrou muito novo para França, onde ensinou durante 25 anos). Francisco Sanches escreveu um livro célebre, Quod Nihil Scitur, donde respigo duas frases que, ainda hoje, se repetem: “nem sequer sei que não sei nada; nada se sabe” e “para achar a verdade, têm os míseros humanos dois meios: a experiência e o juízo. Nenhum deles pode subsistir bem sem o outro”. Em Descartes (1596-1650) é visível não só o dualismo antropológico, mas também uma “mathesis universalis” que procurava “quantificar o raciocínio”. E da quantificação do raciocínio se tentou chegar, mais tarde, à quantificação de tudo o que era especificamente intelectual, espiritual, emocional, sentimental e psicológico.
No pensamento medieval, notava-se uma sujeição absoluta à autoridade do dogma e da hierarquia eclesiástica. A partir do Renascimento, assistimos ao desmoronamento desta unidade que o dogma exigia e à emancipação da razão, em relação à autoridade aristotélico-tomista. Os descobrimentos marítimos, o aparecimento do capitalismo, a invenção da imprensa, a Reforma, o despertar da consciência nacional e o movimento humanista muito contribuíram ao triunfo da Razão sobre o Dogma. Os nomes que acima citei, todos eles se assumiram como vozes críticas de um mundo em decomposição e simultaneamente preocupados em perspectivar um mundo novo, um homem novo. Só que, de tanto se salientar o homem-animal-racional, não se tinha na devida conta a complexidade humana, onde a razão é um elemento inter-relacionado com outros elementos, sem os quais aliás não funciona. E assim, para o racionalismo, ao estudo do físico, do orgânico bastava a fisiologia. E, porque os mais notáveis fisiologistas eram médicos, a tolice, que parece ter ainda fervorosos adeptos, de subordinar a educação física e o desporto ao paradigma biomédico. No meu modesto pensar, os chamados “professores de educação física” têm um paradigma fundante próprio. Não precisam portanto de, epistemologicamente, se confundirem com nada, nem com ninguém. Para mim, o paradigma fundante do desporto e da impropriamente denominada educação física é “o ser humano no movimento intencional e em equipa da transcendência, ou superação”. É o ser humano, ou seja, encontramo-nos numa província do saber: as ciências hermenêutico-humanas. Trabalhei durante doze meses, com o meu Amigo Jorge Jesus, no Sport Lisboa e Benfica, e confirmei o que já constituía, para mim, uma conclusão lógica: o desporto só como ciência hermenêutico-humana pode investigar-se e estudar-se.
No livro Para uma epistemologia do discurso e da prática antropológica (Edições Cosmos, Lisboa, 1996) Adolfo Yáñez Casal, o seu autor e professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, escreve: “A Antropologia, à semelhança de outras disciplinas sociais, procurou a sua legitimidade científica à sombra das ciências naturais-exactas, consumando com elas um parentesco de conveniência, que lhe permitiu reivindicar o tão desejado estatuto de cientificidade” (p. 16). Que o mesmo é dizer: triunfou, então, nas ciências humanas, o padrão epistemológico racional-positivista que hoje se contesta e denuncia, nas ciências exactas. O empenho cego num saber, eminentemente quantitativo, desviou as atenções dos cientistas “do seu objectivo principal: pensar o homem na sua totalidade, como ser e como representação, como produto e como actor, como igual e diferente, sem esquecer o fascínio das suas origens, ou as grandes hipóteses teórico-filosóficas de referência” (p. 17). Ora, o grave erro de subordinar o desporto e a educação física “às ciências naturais-exactas” reside aqui: considera os factos sociais e humanos, como coisas, como objectos, como exterioridades sem emoção, sentimento, razão, consciência, ou seja, há neles explicação e não há compreensão. Grave erro (repito) porque esquece que no humano se descobre, para além da natureza, do quantitativo, natural e opaco, a qualidade, os valores, a cultura. Um ponto ainda a realçar: “a essência da cultura é o sentido, a intenção, logo explicar, nas ciências sociais, é compreender sentidos, significações. Intenções”(p. 38). Por isso, se bem penso, os desempenhos desportivos não são simplesmente produto da táctica, ou das ordens do treinador, ou ainda da vontade, da inteligência e personalidade dos jogadores, mas também do sentido que emerge do processo de interacção entre as pessoas (de todas as pessoas, incluindo a direcção, o departamento médico e todos os assessores e adjuntos). É aliás, a partir da compreensão deste sentido, que se pode começar a pensar o desporto (neste caso, o desporto de alto rendimento)…"

Três temas que são afinal quatro

"Regressaram as dúvidas dos primeiros difíceis tempos de Rui Vitória no Benfica, com muita gente a aproveitar a antena para vincar os zero pontos dos encarnados na Champions. Com isso, o que se pretende é voltar a questionar a capacidade do técnico que um dia Luís Filipe Vieira garantiu ter chegado à Luz para devolver ao benfiquismo o orgulho europeu. Foi, de facto, muito mau, embora uma equipa competitiva não se construa de uma semana para a outra após a saída de jogadores nucleares – viram, ontem, como Ederson impediu o United de alcançar o empate, com duas defesas, consecutivas e magistrais, a negar o golo a Lukaku e a Mata? Pois é, feito o balanço dos dias de glória e das noites de pesadelo, o saldo é positivo e Rui Vitória provou ter sabedoria, talento e resistência psicológica para treinar o Benfica, pelo que espero ver Vieira continuar a resistir aos guerrilheiros da má língua, permitindo o trabalho em profundidade que os furiosos do ganhar "tudo e já" travam, desde que a bola é redonda, para desgraça dos clubes ou das sociedades e dos seus resultados.
Li no Record que Jorge Jesus se referiu a uns "atrasados mensais" que não compreenderão as suas decisões, o que os tornará atrasados mais mentais do que mensais, pelo que não se terá tratado de um ‘lapsus linguae’. E li, igualmente, que José Eduardo Moniz afirmou ser-lhe "indiferente ouvir os outros a ladrar". Não, não são os desqualificados das claques ou das redes sociais os maiores culpados, é de pessoas com percurso, assinatura e responsabilidades a mão que mais incendeia o futebol.
Se fosse Pinto da Costa a mandar, o VAR acabava. Por que será que não existe tema relacionado com a arbitragem em que não se entenda que os outros são sempre beneficiados e nós os eternamente prejudicados? O VAR é um avanço no combate pela verdade desportiva, mas porque depende de interpretação humana jamais fugirá à dúvida dos adeptos inteligentes e à desconfiança das massas acéfalas – e de quem as controla em proveito próprio. É a velha questão: os erros dos árbitros fazem parte do futebol e seria preciso saber viver com eles. Só que a mensagem da discórdia traz popularidade e incendiar as redes sociais dá outro eco à opinião publicada, e potencia as suas consequências – que, em boa verdade, deviam ser nenhumas, assim fossem fortes os organismos do futebol e não dependessem de terceiros os dirigentes.
O último parágrafo vai para Cristiano Ronaldo, menos pela quinta Bola de Ouro e mais pelo seu retorno aos golos: um na quarta-feira e mais dois no sábado. Porque estas secas de remates vitoriosos primeiro que se vão é uma chatice – basta ver como Suárez, Benzema e Griezmann se davam com os golos e as dificuldades que também atravessam. Mas como a temporada nem a meio chegou, muitos e grandes momentos nos esperam, penso de que."

O VAR é um monstro

"O videoárbitro vai dar cabo do futebol tal como o conhecemos, mas não vai andar para trás. Porquê? Porque quando se abre uma caixa de Pandora não é possível voltar a fechá-la

Antes discutiam-se as decisões dos árbitros – agora discutem-se as decisões dos árbitros e dos videoárbitros. E, como muitos lances são de interpretação subjectiva, há sempre margem para os discutir. “Como é que o videoárbitro não viu isto?” “E porque não interveio ali?” “E como se explica que noutro jogo o tenha feito?” É um pandemónio! Perante estas polémicas, já se exige o alargamento da área de intervenção do videoárbitro. Além dos lances de golo, dos penáltis e dos cartões vermelhos directos, seriam também abrangidos os amarelos. E porque não os livres perigosos, que podem dar golo? E certas faltas a meio-campo, que podiam ser sancionadas com cartão se fossem bem observadas?
A tendência imparável é para o videoárbitro intervir cada vez mais, transformando o árbitro num robô que executa as suas ordens. E como o videoárbitro precisa de rever os lances duas ou três vezes para fundamentar uma decisão, vai haver cada vez mais paragens no futebol. A introdução do videoárbitro resulta de uma ilusão do ser humano de que as novas tecnologias poderiam acabar com os erros no futebol. Ora, isso não é possível. O futebol não é um jogo de playstation, é jogado por humanos, muitos lances dependem da interpretação humana. Assim, a atitude certa seria: aceite-se o erro. Na certeza de que, no fim de um campeonato, os erros acabariam por se compensar.
Esta seria a atitude razoável. Com a introdução do videoárbitro, a situação já não é carne nem peixe: mantêm-se alguns erros humanos, eliminam-se outros. Fica-se a meio caminho. E é exactamente esse meio caminho que alimenta depois as polémicas, porque as pessoas veem em tudo segundas intenções. “Porque se recorreu aqui ao videoárbitro e ali não?”
Para eliminar todas as suspeições há já quem exija a revelação das conversas entre os árbitros e os videoárbitros! Ora, nessa altura, não só se discutirão os árbitros e os videoárbitros mas as posições de uns e outros – acusando-se um de alinhar com o clube A e o outro com o clube B. Aí, o futebol descerá ao nível do Mercado da Ribeira…
E já se pensou no dinheiro que se gasta com tudo isto? Para lá da tralha tecnológica, é preciso pagar a mais uma série de pessoas, que tenderão sempre a aumentar com o pretexto de diminuir os erros. Sempre fui contra a introdução das novas tecnologias no futebol porque sabia que ia acabar nisto. A multidão é como uma manada de cavalos com palas nos olhos que, quando arranca, só sabe correr em frente. A trupe do futebol funciona do mesmo modo. No futebol como em tudo, a atitude certa seria simplificar. Pois o videoárbitro veio complicar as coisas muito mais."


PS: O 'monstro' se calhar não é o VAR, mas sim, a desonestidade intelectual e a anti-clubite doentia que grassa por aí...!!!

Alerta vermelho

"Apesar das polémicas com as arbitragens, do descalabro europeu de que não há memória e da fase exibicional que muito deixa a desejar, a verdade é que o Benfica está perfeitamente dentro da corrida daquele que é o seu principal objectivo da época: a conquista do histórico penta. Rui Vitória teve toda a razão quando afirmou que os rivais já quase davam a águia como moribunda, mas o que nos diz a classificação é que, independentemente das razões que possam assistir a este aceso debate, o facto é que tanto o F C Porto como o Sporting não conseguiram descolar como pretendiam.
O cenário está longe, contudo, de ser fácil, dado que estão no horizonte testes complicados, como são os casos, já esta semana, de Rio Ave para a Taça de Portugal, devendo acrescentar-se ainda o Sporting nos primeiros dias de Janeiro e logo a seguir o Sp. Braga, em ambos os casos para a Liga. Vieira percebeu que não pode falhar na correcção dos erros de planificação que os próprios sócios têm apontado, estando já em marcha um plano para aliviar os pesos-mortos do plantel.
A partir do momento em que a estrutura do Benfica seja capaz de voltar fazer a diferença no mercado, o escrutínio será com certeza mais apertado para Rui Vitória, um treinador que, com surpresa, tem recebido repetidos votos de confiança do seu presidente, o que não deixa de ser preocupante. Perante tudo isto, é claro que a margem de manobra de Rui Vitória é muito curta e terá de ser ele próprio, antes de mais, a encontrar a resposta para as dúvidas que se mantêm em relação a esta crise de rendimento."


PS: Este é um dos poucos colunistas, assumidamente adepto dos Corruptos, que escreve, sem demonstrar anti-Benfiquismo primário diariamente!
Mesmo assim, às vezes, também é contaminado pela propaganda Corrupta!
Sendo assim, seria interessante perceber qual o alcance da primeira afirmação desta coluna: as polémicas da arbitragem, são as não expulsões do Felipe; ou os penalty's não assinalados a favor do Benfica; ou muito provavelmente as 'polémicas' manipuladas e mentirosas do tweet do Insolvente?!!!

​Para não (var)iar

"Dos jogos da Luz e do Bonfim, onde Benfica e Porto somaram mais três pontos cada, sobraram de novo polémicas sobre a arbitragem e o vídeo-árbitro.

Mais do que de futebol, falou-se e discutiu-se por estes dias sobre certas polémicas que ficaram a marcar alguns dos desafios da jornada catorze, à qual faltam ainda dois jogos para ficar completa. Daí que hoje à noite tenhamos Vitória de Guimarães-Feirense e o expectante Marítimo-Sporting de Braga, por sinal das melhores equipas em prova, a justificar o quarto e quinto lugares que ocupam na tabela classificativa.
Desta vez a discussão incidiu sobre os jogos disputados por Benfica e Futebol Clube do Porto, tendo o Sporting marcado folga.
Diga-se, no entanto e desde já, que os leões saíram incólumes do estádio do Bessa, onde se previam dificuldades, mercê de uma excelente segunda parte dos comandados de Jorge Jesus, durante a qual a qualidade desse período não teve nada a ver com a primeira.
Dos jogos da Luz e do Bonfim, onde Benfica e Porto somaram mais três pontos cada, sobraram de novo polémicas sobre a arbitragem e o vídeo-árbitro.
Em ambos os casos houve decisões infelizes, a darem de novo voz àqueles que se têm manifestado contra a introdução de um sistema que, usado e levado muito a sério, traz inegáveis benefícios ao futebol moderno.
Queixava-se o FCPorto – em entrevista recente, o seu presidente chegou mesmo ao ponto de afirmar que o VAR deveria ser já posto de lado -, mas coube-lhe em sorte um erro que penalizou claramente o seu adversário sadino.
Ou seja, a situação não tem conhecido melhoras, muito antes pelo contrário.
E com jogos ainda mais escaldantes no horizonte próximo há razão para preocupação acrescida.
O Benfica-Sporting, importante para o futuro de ambos e do próprio campeonato, é já no dia 3 de Janeiro, uma quarta-feira, às 21h30.
Há todas as razões para ser criada uma enorme expectativa, mas apenas em relação ao jogo em si.
É que, felizmente, o tempo dos incêndios já passou.
Só que os incendiários do futebol ainda teimem em permanecer no terreno."


PS: O Sr. Ribeiro Cristóvão devia explicar quais foram as decisões 'infelizes' do árbitro ou do VAR no Benfica - Estoril!!!
A 'velha' técnica de 'meter tudo no mesmo saco'!!! Então duas decisões erradas no Setúbal - Corruptos, com beneficio para os Corruptos, é igual a duas decisões certas do VAR na Luz?!!!
Estamos naquela 'fase' onde decidir correctamente nos jogos do Benfica, a 'favor' do Benfica, é considerado polémico!!!

Alvorada... do Júlio

Benfiquismo (DCLXXXIV)

Amesterdão... 1962