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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Vermelhão: Qualificação... com golos!!!

Benfica 4 - 0 Lech Poznan


Goleada Europeia, num jogo que começou mais ou menos complicado, mas com dois golos de rajada no início da 2.ª parte, ficou resolvido... A nota mais positiva desta partida, foi mesmo a diferença abismal entre a partida da Polónia e o jogo de hoje, na forma como nos posicionámos na pressão defensiva! Na Polónia fomos constantemente ultrapassados por bolas nas costas dos nossos Laterais e nas costas dos nossos Centrais, hoje isso não aconteceu, uma única vez!!! Isto contra uma equipa que tem um estilo de jogo muito rígido, e que assim permite fazer uma comparação fiável entre as duas partidas...

Os Polacos individualmente tem debilidades técnicas, mas enquanto têm forças, são chatos, dão porrada, e correm muito... e tacticamente estão bem orientados, mas quando as forças começaram a falhar, foi tudo mais fácil para o Benfica. No jogo da 1.ª volta já tinha acontecido o mesmo...

Finalmente, um golo de Canto... Mais um golo na pressão ofensiva... Pela 3.ª vez consecutiva, o Pizzi, marcou com a canhota... voltou a ser o MVP da partida!!! E até o Weigl marcou!!!

Aos regressados do Covid, ainda tivemos o regresso do Pedrinho...
A confirmação que o Chiquinho é uma opção válida para '8', neste tipo de jogos... E até o Gilberto, esteve regular...!!!
Weigl e Gabriel ao mesmo tempo em campo... algo raro que devia acontecer mais vezes!!!

No domingo, com o Paços, temos um jogo complicadíssimo: o Paços está a jogar bem, com bons resultados, e o tempo de recuperação é curtíssimo... Sendo que a rotação foi só feita na frente, na defesa e no meio-campo jogámos com os 'mesmos': Otamendi, Vertonghen, Grimaldo, Gabriel, Pizzi, Rafa e Everton têm sido muito utilizados... principalmente o Gabriel (e o Vertonghen) que fez os 90 minutos em todos os jogos deste Glasgow!!!
Mas com esta vitória, e respetiva qualificação na próxima Quinta-feira, em Liége, já poderemos rodar toda a equipa, se o treinador assim o entender...

Objectivo: vencer


"Um triunfo, esta noite no Estádio da luz, frente ao Lech Poznan, garantirá o apuramento para os 16 avos de final da Liga Europa ainda com uma jornada por disputar na fase de grupos da prova. O jogo está marcado para as 20 horas.
Tanto o treinador Jorge Jesus como o autor do segundo golo benfiquista ao Marítimo, Everton, realçaram este dado, ontem, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo.
Somar três pontos, além de proporcionar o referido apuramento, permitirá ainda abordar a partida da última jornada em função do calendário muito exigente neste mês. O desafio com os polacos será o primeiro de oito em dezembro, referentes a cinco competições diferentes, nas quais o Benfica se assume como candidato à vitória em todas as nacionais e a chegar o mais longe possível a nível europeu.
Na partida anterior com o Lech Poznan, realizada na Polónia, vencemos por 2-4, com golos de Pizzi e Darwin. O jovem uruguaio, que já regressou aos treinos após paragem devido a COVID-19, fez um hat-trick, na Polónia, no jogo que marcou a sua estreia enquanto goleador de águia ao peito, depois de cinco jogos em que fora autor de cinco assistências. Nuno Tavares e Weigl também já estão à disposição de Jorge Jesus após paragem.
Refira-se ainda a curiosidade de o Benfica poder manter a invencibilidade na prova, desde que é denominada por Liga Europa, na qualidade de visitado. São já 25 os jogos sem conhecer a derrota, o que se constitui como a melhor série na competição, sendo que em vinte saímos vitoriosos (18 vitórias e três empates com Jorge Jesus no comando da equipa).
O jogo ficará também assinalado por se tratar da estreia, neste Estádio, frente a um clube polaco, não obstante o Benfica já ter disputado 93 partidas referentes a competições europeias e vinte jogos particulares com adversários estrangeiros desde a inauguração. Nas duas partidas caseiras anteriores frente a polacos, o Benfica obteve dois triunfos, curiosamente ambos na primeira mão da primeira eliminatória da extinta Taça dos Vencedores das Taças: 1-0 ao Katowice (1993); 5-1 ao Ruch Chorzow (1996).
Estão lançados os dados. E Pluribus Unum!"

Modalidades: Semanada...

O Cantinho Benfiquista #11 & 12 - Rangers & Marítimo...

Competências!


"Vasco Santos e Rui Oliveira. Rui Oliveira e Vasco Santos. E não saímos disto. As dezenas de vezes que aqui já falámos de ambos!
É oficial que apenas temos que levar com estes dois senhores porque ambos estão ao serviço do Calor da Noite. Vasco Santos como adepto, Rui Oliveira como lagarto de nascença, adoptado pelo Calor da Noite em idade adulta.
Isto é pior que vergonhoso. Já não há palavras para o silêncio do CA sobre os erros destes dois senhores e para a manutenção de ambos como VAR e árbitro, respectivamente. Não há justificação nenhuma para que isto continue! Foram ultrapassados todos os limites!"

Golo...

«Segurola y Habana, 4310, 7.º piso»


"«Segurola y Habana, 4310, 7.º piso. Vamos ver se ele dura 30 segundos.»
O regresso de Maradona ao Boca Juniors, em outubro de 1995, terminou a ferver.
De tal forma que, no final desse jogo contra o Colón, El Pibe revelou em direto para toda a Argentina a sua morada e marcou ali mesmo, com microfones e câmaras de TV, um ajuste de contas com Julio César Toresani, o médio com quem acabara de ter um arrufo no relvado da Bombonera.
A direção do triplex naquele cruzamento de um bairro rico de Buenos Aires ficou tão famosa que, na adolescência, Dalma, filha de Diego, já nem precisava de abrir a boca sempre que apanhava um táxi. Fosse qual fosse o motorista, a pergunta precedia as mãos no volante: «Segurola y Habana, no?» 
Toresani era valente, mas só reencontrou com Diego na época seguinte, quando foi contratado para reforçar precisamente o Boca Juniors.
Ficaram amigos.
Por cada golo de antologia de Diego, há um episódio para o imaginário do futebol argentino, italiano, mundial que o tem como protagonista.
Não é só o talento, é o carisma. É conjugar a arte quase teatral e a espontaneidade mais inconsciente. É ser génio e louco. Em Maradona é a glória e a decadência que nos atrai.
Que estrela do futebol mundial organizaria, por exemplo, um jogo de beneficência num lamaçal, enfrentando o próprio clube, para ajudar uma criança doente?
Maradona foi do melhor que o mundo já viu com uma bola nos pés? Ninguém duvida. 
Messi também.
Aliás, para Lineker, melhor marcador do México’86, que viu o golo do século e a mão de Deus à boca de cena, Lionel alcançou o impensável: ultrapassar Diego.
Objetivamente, Messi tem na sua carreira mais do triplo dos títulos (falta-lhe o tal Mundial com a Argentina, mas já ergueu quatro Ligas dos Campeões, por exemplo), mais do dobro dos golos (acima de 700) e leva mais de década e meia a fazer a diferença na ribalta do futebol mundial.
No entanto, o campeonato de Maradona é o da transcendência para lá das quatro linhas. Como nenhum outro, ele tornou-se num símbolo de rebeldia, um líder dos de baixo, fossem eles do bairro de lata de Villa Fiorito, os renegados do Sul de Itália ou fervorosos bosteros.
Maradona tem uma aura gloriosa e trágica, como Garrincha ou Best, também desaparecido num 25 de novembro.
É esse cruzamento entre o dom divino e os defeitos mais terrenos que o torna numa personagem com uma tão densa carga dramática e numa incomparável figura da cultura popular. Por algum motivo não há futebolista que tenha mais livros, filmes ou canções que lhe são dedicadas.
Voltando a Toresani: suicidou-se há um ano e meio. O desemprego e o divórcio tinham-no levado a um quadro depressivo agudo.
Quando o outrora inimigo de circunstância morreu, Maradona vociferou contra o River e contra o Boca, por terem deixado à sua sorte um seu antigo profissional. Contra a federação argentina também.
Sentiu também necessidade de se justificar. Até teria pensado em contratá-lo como seu adjunto para o Dorados de Sinaloa: «Não sabia que o seu estado era tão grave.»
Quando Toresani morreu, Maradona deixou uma mensagem ao filho dele, de 11 anos: «Agora és o chefinho. Quando estiver em Buenos Aires quero encontrar-te para ver se jogas como o teu querido pai. Sabes que éramos inimigos, mas acabámos amigos. O teu pai era um homem fantástico.»
Em Maradona a fúria não se transformava em rancor. Todo ele era controvérsias e paixões.
Quando Maradona morreu, o cruzamento entre Segurola e Habana encheu-se de adeptos. Entre cânticos e palmas, penduraram flores nos postes e autocolantes nas placas, rebatizando as duas artérias.
Na última semana, a comuna 11 de Buenos Aires passou a ser a 10 e «Segurola y Habana» tornaram-se nas avenidas «Diego y Maradona».
Entretanto, ontem, corria pela internet uma petição para que a rua 10 da cidade de La Plata seja oficialmente designada como «calle Maradona».
Assinei-a na hora.
Como pode a toponímia resistir à vontade do povo?

P.S.: sobre o adeus a um homem sábio e bom como Vítor Oliveira não há nada a acrescentar ao silêncio que nos permite escutar este sentido testemunho do seu amigo Henrique Calisto."

Fever Pitch - João & David... Inglaterra!