Últimas indefectivações

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Vitória...

Benfica 5 - 1 Caxinas

E até podiam ter o dobro ou o triplo...!!!

PS: Mais um Sorteio, desta vez da Final Eight, totalmente manipulado...

Fever Pitch - Domindo Desportivo - Desculpem Gostar de ver o Benfica Ganhar

O Benfica Somos Nós - S04E39 - Mónaco...

Terceiro Anel: Bola ao Centro #105 - Os Reis do Principado!!!

Europa, Sporting e Benfica: não haverá mesmo rabo para duas cadeiras?


"Ficou célebre a frase de Béla Guttmann nos anos 60 do século passado. Mas será mesmo melhor perder e desmoralizar? Ou será melhor ganhar e ter alento? A Liga promete Sim, o futebol é um jogo mágico que só termina quando o árbitro apita.

Sim, o Sporting ainda pode passar aos oitavos de final da UEFA Champions League e o Benfica ser eliminado. Sabemos isso tudo, mas sejamos práticos: o Benfica tem pé e meio na fase seguinte, o Sporting está com um pé e quatro quintos fora dela. E isso pode ter implicações nas contas do campeonato nacional, que quer queiramos quer não — sobretudo para o atual campeão que busca o bi — é o que mais interessa aos adeptos dos clubes. É fantástico ter uns assomos europeus de vez em quando, e ninguém retirará aos clubes portugueses, sobretudo Benfica e FC Porto, as glórias conquistadas além-fronteiras num passado mais ou menos longínquo. Mas a prova dos nove, anual, é feita cá no burgo.
Em 1962, o Benfica conquistou o bicampeonato europeu mas falhou o título nacional. O treinador Béla Guttmann justificou ao então presidente Maurício Vieira de Brito algo como «não há rabo para duas cadeiras».
Esta asserção do treinador húngaro está na moda nos dias que correm, em que a sobrecarga dos calendários competitivos marca (com razão) as narrativas: os jogadores cumprem minutos a mais, lesionam-se, treinam pouco, descansam menos do que deviam. Mas esta verdade valeu, até agora, para quase todos, e merece reflexão profunda das instâncias nacionais. Deve aproveitar-se o período de mudança que aí vem, com as eleições na FPF e (previsivelmente) na Liga, para continuar a refletir sobre o melhor modelo para as competições em Portugal. Sim —porque no que toca ao nível internacional poucas possibilidades haverá de fazer marcha-atrás. Se a Europa e o Mundo nos seduzem, então não tenhamos medo de adaptar a nossa realidade às necessidades. O que terá de passar, diria assim de repente, por redução do número de clubes nas ligas profissionais.
De volta ao burgo: entrados na segunda e ainda mais decisiva metade da temporada, a maior curiosidade será perceber que efeitos este play-off da UEFA Champions League terá em Sporting e Benfica. Prevalecerá o pragmatismo leonino de poder dedicar-se a tempo inteiro às competições nacionais, que lhe darão a glória que busca há 70 anos? Ou o alento de seguir para os 16 maiores da Europa terá efeito mais eficaz no Benfica?
Ao nível das condições de treino e recuperação, as equipas equivalem-se (incluindo todas as outras que disputam a Liga). O resto decide-se no talento, sim, mas também na força psicológica."

Lage tem planos para todos, mas alguns saem furados


"Afinal, não foi precisa sequer uma semana para vermos Aursnes a lateral-direito

«Temos um plano para todos os jogadores»
Bruno Lage, treinador do Benfica, a 17 de janeiro

No domingo, horas depois das lesões que acabaram com as épocas de Bah e Manu Silva, escrevi que, após um mercado de janeiro sem contratar um lateral-direito, mesmo com a saída de Kaboré, Bruno Lage ficaria a rezar «a todos os santinhos para que mais ninguém se magoe, ou ainda teremos de rever Aursnes a lateral...». Foram precisos apenas quatro dias...
Nem vale a pena repisar a falta de lógica de não ir buscar mais um defesa (até um central, caso a ideia fosse que Tomás Araújo continuasse como lateral-direito). É perfeitamente admissível que Bruno Lage confie mais em Leandro Santos do que em Kaboré, ou do que noutro Kaboré que a SAD lhe tenha proposto este janeiro.
Mas se o treinador tem um plano para todos os jogadores, como anunciou há um mês, quando confrontado com a escassa utilização de Prestianni, aposto que o plano para o jovem lateral-direito da equipa B não passaria por lançá-lo às feras na segunda mão do play-off da UEFA Champions League contra o Mónaco (caso Tomás Araújo esteja mais de seis dias de fora), porque aí nem Aursnes será opção — com o castigo de Florentino o norueguês faz muita falta no meio-campo...
Os planos têm esse problema, por vezes saem furados. E (mesmo sabendo que a probabilidade de ver dois jogadores importantes sofrerem a mesma gravíssima lesão no espaço de três minutos seria mínima) era isso que o Benfica deveria ter considerado em janeiro, para que Leandro Santos não passasse de repente a ser, à força, o plano A para um jogo decisivo da UEFA Champions League."

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Boavista: o renascer e o risco!

Sports Market Makers #33

Rabona: Man City: MASTERS of Implosion & Dortmund stun! | UCL This Week

Pre-Bet Show #111 - Pavlidis abriu o frasco de Ketchup 🥫

Zero: Afunda - S05E39 - O último terço da época vai aquecer!

Vitória no Mónaco


"O Benfica ganhou no Mónaco, por 0-1, em jogo da 1.ª mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Em vantagem
O treinador do Benfica, Bruno Lage, dá os "parabéns aos jogadores", pois "interpretaram a estratégia", assinala que há uma 2.ª mão por disputar, e, antes, um embate importante para o Campeonato Nacional: "Olhando para o jogo e para as nossas oportunidades, podíamos ter feito mais um golo. Fica o resultado, mas, independentemente disso, aquilo que previmos é que este seria o primeiro jogo e que a eliminatória se iria decidir no Estádio da Luz. Agora há dois dias para recuperar, e foco total no jogo com o Santa Clara."

2. Coletivo forte
Pavlidis, autor do golo e considerado o homem do jogo, refere que a eliminatória "não está terminada". "Ganhámos um jogo muito importante. Primeiro, vamos ter de nos focar na Liga, e, depois, veremos o jogo contra o Mónaco", disse, sublinhando que os adeptos "são incríveis": "Onde quer que vamos, eles apoiam-nos, e eu estou feliz por eles estarem aqui."
Leandro Barreiro salienta: "Estamos felizes pela vitória, merecemos ganhar o jogo e tivemos oportunidades para marcar mais um golo."
Tomás Araújo enaltece a exibição da equipa: "Esperávamos ter feito mais golos. Mesmo assim, acho que fizemos um bom jogo e estamos orgulhosos."
Florentino corrobora a opinião dos colegas e lembra que a eliminatória não está decidida: "O objetivo foi conseguido, que era a vitória. Claro que podíamos ter feito mais golos, mas estamos com um pensamento muito positivo. Sabemos que nada está resolvido. O trabalho que a equipa está a fazer está a ser muito importante, porque está a dar confiança a todos, e estamos a conseguir fazer um bom caminho."

3. Transferência
Rollheiser passa a ser jogador do Santos.

4. Na final
A equipa feminina de futebol do Benfica garantiu a presença na final da Taça da Liga ao ganhar, por 3-0, frente ao Torreense, com um hat-trick de Cristina Prieto. Antes do início da partida, Beatriz Cameirão e Andreia Norton foram homenageadas por atingirem 100 jogos de águia ao peito.
Filipa Patão enaltece o plantel: "Este grupo de trabalho demonstra todos os dias que, independentemente da equipa que nós coloquemos lá dentro, ou do alinhamento do jogo, a equipa é sempre competitiva e entra sempre para ganhar."

5. Convocatória
Na mais recente convocatória da Seleção Nacional Sub-19 de futebol constam 10 jogadores do Benfica.

6. Jogo do dia
O Benfica recebe o Caxinas, às 20h30, na Luz, em futsal.

7. Agenda para 6ª feira
Em andebol, o Benfica é anfitrião da Avanca (20h00). Em voleibol, visita o Leixões (20h30).

8. Sorteio
Na final eight da Taça de Portugal de futsal, o Benfica defronta o Braga nos quartos de final. Em caso de passagem, o adversário seguinte é o vencedor do embate entre Quinta dos Lombos e Leões Porto Salvo.

9. Título em análise
Gerson Baldé e Miguel Moreira, em entrevista à BTV, falam sobre a conquista do Campeonato Nacional de atletismo em pista curta."

História Agora


Seleção de andebol: afinal ainda existem projetos


"Passaram mais de dez dias desde a enorme proeza da nossa Seleção de Andebol na Noruega. Dez dias que não deveriam permitir que tudo se esqueça rapidamente. Dez dias que devem permitir que se retirem boas ilações sobre o que foi conseguido por uma seleção que, tal como afirma o treinador Paulo Pereira, anda a fazer história há vários anos, e que jogou com seleções que consideram o Andebol um dos desportos principais nos seus países e com reais estratégias e culturas desportivas.
Sempre fui apologista de que as outras modalidades não deveriam olhar para o Futebol como um inimigo. Diria, é o que é, é o nosso contexto e ambiente e é nele que temos de trabalhar, por vezes aproveitando as boas sinergias que se podem realizar. O Andebol, e nestas coisas ninguém vence sozinho tal como não há um único só responsável pelo que de mau acontece, tem vindo a escalar uma montanha muito difícil. Especialmente num País mono-modalidade, quer nos seus dirigentes quer na cultura (pseudo)desportiva que temos. A Federação, a dinastia que o FC Porto montou, os tempos mais recentes de hegemonia do Sporting CP, a vitória do SL Benfica na EHF, os restantes clubes (e são vários e bons) que permitem dotar o modelo desportivo com jovens de qualidade, os estabelecimentos escolares que apostam no Andebol, são obreiros desta escalada até ao topo que se vai conseguindo.
E isto deve ser uma oportunidade, uma lição, um olhar para o vizinho do lado, que é possível clubes e federações realizarem algo com cabeça sem no entanto termos a certeza que a vitória irá cair para nós. Ou isto não fosse desporto de alto rendimento. Mas que ficamos todos mais perto, não haja nenhuma dúvida. E apesar de existirem sempre (boas) exceções, ainda mantemos um hábito de chorar muito mais do que o tempo que investimos em procurar soluções e direções para o que se pretende. Seria outro tópico, a formação e mindset do dirigente, mas o que gostaria mesmo de destacar neste artigo é a Federação de Andebol de Portugal, os atletas da Seleção (e aqueles que ficaram de fora mas que obrigam estes a serem ainda melhores), o pessoal de apoio, médico, logística e, porque adoro a posição de treinador, o Paulo Pereira e o seu staff! Porque, e mais uma vez, nestas coisas ninguém vence sozinho!"

Falando do Tanque Tricolor e do pequeno Lorde Inglês


"Charles Miller, Henry Welfare, Sidney Pullen… tantos ingleses na génese do futebol brasileiro.

Antes de o futebol brasileiro ter aquele jeito manso de andar na areia, havia nele muita gente do velho estilo canela-até-ao-pescoço, isto é, sobretudo ingleses que, aliás, tinham trazido o magnífico jogo bretão até àquelas partes do mundo. Não apenas o futebol, acrescente-se, mas também o rugby que na antiga colónia portuguesa não medrou. Aí precisamos de falar de Charles William Miller, natural de São Paulo, filho de um escocês com origens portuguesas, John d’Silva Miller, que foi para o Brasil trabalhar na São Paulo Railway Company, e de uma brasileira de ascendência inglesa, Carlota Antunes Fox. Miller foi enviado para Inglaterra com apenas dez anos e estudou na Bannister Court School. Apaixonou-se pela esfericidade: ou seja, jogava futebol, ténis, críquete e polo aquático. Pegou em todas as bolas que lhe vieram parar às mãos, incluindo aquela mais ovalada – dizem os dicionários que o objeto não precisa de ser absolutamente redondo, e até pode mesmo ser quadrado, uma frustração para os brasileiros que até ao dia 19 de julho de 1966, em Liverpool, diziam que nós jogávamos com bolas quadradas – e regressou ao Brasil para espalhar novos desportos. Ah! Levou também um cadernos com as regras do futebol, o que deu um jeitão.
Há que sublinhar que Charles Miller pode ter sido o primeiro, mas houve outros dignos de especial atenção. Como Henry Welfare, nascido em Liverpool, em 1888, chegado ao Rio de janeiro em 1913 para ser professor de Geografia e Matemática no Gymnasio Anglo-Americano. Apenas sete anos depois do regresso de Miller, portanto. Se Charles sempre gostou de jogar à baliza, Henry, a quem também chamavam de Harry, era apaixonadamente avançado-centro. Nesse tempo um indivíduo não podia ser inglês ou similar (bom, não estou a ver nada similar a um inglês, by Jove!, mas you know what I mean) que era logo convidado para treinar numa equipa. Habituado ao kick and rush do Norther Nomads e do Liverpool, por onde passara, ficou rapidamente conhecido no Fluminense, ao qual se dedicou, por O Tanque Tricolor. Mário Filho, o jornalista que deu nome ao Maracanã, escreveu sobre ele em Romance do Football: «Com Welfare, o Fluminense usava uma metralhadora enquanto seus adversários lutavam de espada».
Ora bem, podia falar aqui igualmente de Edwin Cox e de Harry Robinson, mas eu queria mesmo era chegar aos irmãos Pullen, Sidney e Eustace Pullen, especialmente ao primeiro. Porquê? Ora, há coisas que até eu desconheço sobre esta mania de escrever. Talvez por ter sido o primeiro estrangeiro a vestir a camisola da seleção brasileira, ainda não canarinha mas branca-lençol. Foram apenas cinco a fazê-lo: Sidney Pullen, Casemiro do Amaral, Francisco Police, Adolpho Milman e Andreas Pereira, este último já em 2018, 76 depois do seu predecessor, Milman, aliás O Russo. Com quinze anos já o mais velho dos irmãos Pullen jogava no Paysandu Cricket Club. Nascido em Southampton, em 1895, nunca renegou a sua condição de inglês (era o que faltava, by cracky!). Quando foi parar ao Flamengo, entre 1915 e 1925, onde voltou a jogar com Eustace, e até com o pai Charles Gordon Pullen, atingiu o auge da carreira e foi chamado à seleção para jogar o Sul-Americano de Futebol de 1916, tendo aproveitado para ser árbitro na competição quando, na partida contra a Argentina, o tipo chamado para dirigir o encontro resolveu, assim muito à portuguesa, dar de frosques com medo que argentinos e brasileiros entrassem num festival de porrada. Sidney foi reconhecido como a melhor solução para ambas as equipas. O empate (1-1) não permite saber, como é moda dizer-se, se teve influência no resultado. Veio a I Grande Guerra e como bom inglês Sidney Pullen marchou para combater nas trincheiras da Flandres. Era um fulano magrinho, quase enfezado, muito longe da largura de peito e do metro e noventa de Welfare. Mas batia-se com a alma cheia, e era antítese da ideia oxfordiana da superioridade sem esforço. Em 1917 desembarcava novamente no Rio de Janeiro para gáudio dos adeptos do Flamengo que o adoravam e admiravam a forma como dominava o meio-campo com movimentos precisos e passes milimétricos. Também era a antítese dos jogadores ingleses da sua geração. Capitão e líder, sucessor do grande Alberto Borgerth, cujo pai, o Dr. José de Siqueira Alvares Borgerth, foi advogado e chefe de segurança de D. Pedro II, chamavam-lhe o Inglesinho, ou o Lorde Inglês. Sempre era gente fina, pois então. E com medalhas ao peito por bravura. Apesar de tímido, chegava a ser conspícuo como uma mulher ruiva."

A noite em que Pavlidis se transformou em Di María


"O golo do grego não foi golo, foi golaço. Se fosse de Di María correria Mundo. Talvez este corra Mundo na mesma. Classe pura na finalização com o pé direito.

Melhor em campo: Pavlidis (8)
Merecia 10 pelo golo, 9 pelo empenho e 5 pelo resto da exibição. Média: 8. Correu 30 metros logo no início do jogo e, quando devia fazer passe vertical para a entrada de Aursnes sobre a direita, fez passe quase lateral e o lance, bem perigoso, perdeu-se num corte de um adversário. Grande trabalho, perto do intervalo, junto à quina esquerda da área do Mónaco, oferecendo o golo a Carreras. Que rematou sem força e demasiado colocado às mãos de Majecki. Ao minuto 48, transfigurou-se de Di María e, de pé direito, como se fosse um tecnicista ao nível de Messi ou Salah, por exemplo, enviou a bola para o fundo da baliza: 0-1. Brilhante, brilhante, brilhante. Aos 62, porém, voltou a ser Vangelis e já não Ángel: recebeu a bola de Schjelderup e encostou tão frágil que Majecki defendeu sem esforço. Mas aquele golo, não é golo: é golaço.

Trubin (7) - Guarda-redes de equipa grande é assim: pouco jogo, total segurança. Estou aqui, disse ele aos 9 minutos quando Akliouche sobre a esquerda, o obrigou a desviar a bola pela linha de fundo. Estava frio, sim, mas o ucraniano esteve em grande logo desde o início. As mãos pareciam ter cola. Também no remate de Golovin, aos 43’. Passou mesmo frio na segunda parte, sem grande coisa para fazer. Só mesmo para ver.

Tomás Araújo (7) - O menos exuberante dos defesas do Benfica. O que se compreende. Apesar de já levar muitos jogos na lateral direita, uma coisa é ser central, outra é ser lateral. E Tomás, acima de tudo, é central. Porém, a abrir a segunda parte, transformou-se mesmo em lateral e abriu, de forma soberba, em Pavlidis para o golo do grego, ficando nós tentados a apagar do texto a ‘menor exuberância’. Mas fica. Saiu com fadiga muscular.

António Silva (7) - Se até Beckenbauer cortava bolas para onde estava virado, por que não António Silva fazer o mesmo? E fez. Já na compensação do primeiro tempo, desviou a bola, quase de calcanhar, como se fosse Ricardo Quaresma. Era bonito, sim, mas não teve efeito prático. Perto do final do jogo, voltou a quase marcar.

Otamendi (7) - Completou ontem 37 anos, mas pareceu sempre ser erro do ano de nascimento: não foi em 1988, antes em 1998. Pelo menos fica ideia que sim. Imperial a defender e impetuoso a atacar, sobretudo de cabeça, em lances de bola parada.

Carreras (6) - Correu, correu, correu e, logo ao minuto 5, enviou tiraço rentinho ao poste esquerdo da baliza monegasca. Ficaria condicionado por ter visto, logo aos 15’, um amarelo? O futuro diria que não. A um minuto do intervalo, a bola endossada por Pavlidis foi para o pé direito de Carreras. Se fosse para o esquerdo, seria golo quase certo. Assim, o remate, relativamente frouxo, foi para as mãos do guarda-redes dos monegascos. Já na segunda parte, entrou na área como se fosse um atacante, mas a bola ficou emparedada num defesa. Esteve sempre prestes a explodir, mas nunca verdadeiramente explodiu.

Aursnes (6) - Foi extremo-direito, médio-direito e defesa-direito. Se houvesse um guarda-redes direito também o teria sido. Não fez jogo enorme, mas teve competência suficiente para não ficar ligado a nada de errado. Ponto alto? Tiraço, já na parte final, desviado para canto pelo peito de um adversário.

Florentino Luís (5) - Pareceu sempre um pêndulo, mas, desta vez, pêndulo de menor amplitude. Cumpriu e, após ter visto cartão amarelo aos 56’, pareceu afetado por saber que não jogaria a segunda-mão. Saiu nove minutos depois, não fosse o senhor Maurizio Mariani mostrar-lhe um segundo amarelinho.

Kokçu (6) - Começou por fechar muito bem o lado esquerdo da defesa, sempre que Carreras decidia subir. Quase parecia um lateral-esquerdo ou mesmo um terceiro central, compensando as aventuras do espanhol. Muito mais ousado na segunda parte, sobretudo a partir da expulsão de Al Musrati, aparecendo diversas vezes em posição de remate. Sempre sem sorte.

Akturkoglu (6) - Apagado em quase todo o primeiro tempo. Melhorou muito após o descanso. Grande trabalho antes do quarto de hora da segunda parte, rodando sobre dois adversários e rematando para grande defesa de Majecki. Nem o fora de jogo assinalado retira beleza à jogada do turco. Muito bem a oferecer o golo a Amdouni, perto do fim, demonstrando não ser egoísta.

Schjelderup (6) - Cresceu muito na segunda metade da segunda parte. Meteu a bola, redondinha, redondinha, redondinha, em Pavlidis e o golo parecia certo. Mas o encosto do grego foi frágil e para a mãos de Majecki. O norueguês era para sair para entrar Di María, acabaria por sair, mais tarde, para entrar Amdouni.

Di María (3) - Pouco mais de 15 minutos em campo e, de novo, a bandeira vermelha levantada: lesão muscular. No mesmo local ou não, ver-se-á. O vírus de Alcochete parece ter contaminado o Seixal.

Leandro Barreiro (5) - Entrou já com o Benfica a jogar com mais um homem e limitou-se a cumprir no lugar de Florentino. Controlou o jogo e ajudou a defender.

Belotti (3) - Entrou com a segunda parte bem alta e não se viu. Um ou outro contacto com os defesas do Mónaco, mas ainda sem poder expressar-se ao mais alto nível.

Amdouni (4) - Minuto 83: quase golo. Mas quase golo não é golo e o suíço falhou o remate, que saiu enrolado. Pouco depois podia ter voltado a rematar, mas, talvez lembrando-se do lance anterior, preferiu oferecer o golo a Belloti. Que estava demasiado adiantado para poder finalizar.

Arthur Cabral (-) - Entrou a frio para o lugar do lesionado de Di María e não teve oportunidades para mostrar serviço."

Da timidez ao esplendor... eis a águia das duas faces


"Benfica deu primeira parte de avanço e, nessa fase, bem pode agradecer a Otamendi e Trubin. Alarme ao intervalo acordou o suspeito do costume: Pavlidis resolveu, mas, pela segunda parte, 1-0 peca por escasso

Tudo começou com uma grande surpresa no onze do Benfica e continuou com uma primeira parte de quase total ausência dos encarnados do jogo. Porém, após dois avisos ainda antes do intervalo, a águia surgiu na metade final com dinâmica e atitude diametralmente opostas e tudo mudou. De tal modo, que nesse despertar em todo o seu esplendor, o sonho de chegar aos oitavos de final da UEFA Champions League ficou bem mais perto de tornar-se realidade.
Mas vamos por partes. Apesar de dado como apto, Di María ficou no banco, por opção, como o próprio Bruno Lage admitiu pouco antes da partida. Algo que, perante a dinâmica de jogo do Mónaco - defesa sempre muito subida e tantas vezes no meio campo do adversário - poderia dar sentido à aposta na velocidade de Akturkoglu e Schjelderup, perfeitos para lançar nas costas da linha mais recuada dos monegascos. Ideia bem pensada, mas que, porém, não se refletiu na realidade, com o turco algo lento e a revelar certa inadaptação à ala direita (ele que, claramente, prefere andar pela esquerda) e o norueguês muitas vezes hesitante.
A isto juntava-se um Kokçu apagado nas compensações aos avanços de Álvaro Carreras pela ala canhota e, contas feitas, em campo estava um Benfica com sinal menos em quase toda a primeira parte e que mal se viu em jogo entre aquele lance logo ao minuto 5, quando Carreras atirou com perigo, mas ao lado, e os dois instantes mesmo a fechar a primeira parte, de novo com o espanhol como protagonista (44’) a rematar para a primeira defesa de Majecki e, depois, aos 45+2’, num toque de calcanhar de António Silva, com a bola, contudo, a sair ao lado.
Depois de uma sofrível exibição, demasiado cautelosa, de quase 40 minutos - que o Mónaco aproveitou para dominar e criar lances de perigo, muito bem travados ou controlados por Trubin e Otamendi, fundamentais a segurar o 0-0 –, aqueles dois momentos de Carreras e António Silva à beira do intervalo, acabariam por dar novo alento às águias para a segunda parte.
De tal modo que, decorridos apenas três minutos da metade final, e eis o suspeito do costume, Pavlidis, a ganhar a Salisu na garra e, com classe, de ângulo já muito apertado, a picar para o fundo das redes. O grego está mesmo de pé quente e, depois de abrir o ketchup frente ao Barcelona, soma agora oito golos nos últimos seis jogos. Imparável!
Tudo corria, entretanto, bem ao Benfica. E, tal como a 27 de novembro, na vitória por 3-2 no mesmo estádio Louis II na fase de liga, também na primeira mão deste play off de acesso aos oitavos da UEFA Champions League, os encarnados se viram em vantagem numérica, desta vez por expulsão de Al Musrati, aos 51 minutos.
Finalmente, a águia voava, mostrava-se dinâmica e dominante, de asas bem abertas, obrigando os monegascos a encolherem-se no seu meio campo, a caírem a pique. Os lances na área dos anfitriões sucediam-se, a pressão era cada vez mais alta, mas a mira, essa, estava torta. E que gritante aquele lance de Pavlidis (61’) na cara do golo, após excelente domínio e passe de Schjelderup, a atirar, contudo, para as mãos do guarda-redes.
Lage ia refrescando a equipa (com Leandro Barreiro no lugar de Florentino, que falha a segunda mão, e lançando Di María (o azarado da noite, que entrou aos 66' e saiu lesionado aos 86'), Amdouni e Belotti, em estreia absoluta na UEFA Champions League.
O tempo, esse, ia passando, o Benfica mostrava-se superior a este Mónaco, mas ia desperdiçando a oportunidade de fazer o 2-0 e resolver já a eliminatória... Todavia, a jogar como na segunda parte desta quarta-feira, decerto, não deixará escapar o apuramento para os oitavos de final no duelo decisivo de dia 18 na Luz."

Grande, Grande Vitória Falta A Segunda Parte Na Catedral


"Monaco 0 - 1 Benfica

Entrar neste estádio é um bico de obra. Para chegar à porta H dos adeptos visitantes foi uma confusão de indicações erradas, zero placas, stewards analfabetos e teimosos, eu sei lá; depois, revistas mais apertadas do que as que se fazem a terroristas em aeroporto, incluindo cães pisteiros à procura de pirotecnia (nada contra!), ordens para descalçar e tudo o mais que possam imaginar.
Finalmente cá dentro. Falta uma hora para o jogo começar. Lugares apertados como no José Gomes, na Amadora. Um Benfiquista diz-me, apontando para as tribunas: "Você devia estar na zona VIP." Sai a resposta que sempre dou nestas situações: "Eu sou adepto de bancada, não de camarote, é aqui o meu lugar."
As equipas entram para o aquecimento. Pelas reações nas bancadas, de certeza que não vamos jogar fora. O maior de Portugal é grande, é enorme, é gigante em qualquer parte do mundo. La-la-la-la-la; la-la-la-la-la; 1904! 1904!

VAMOS AO JOGO (em direto das bancadas, sem repetições)
00 Equipa esperada, com Di María, vindo de paragem, no banco. O jogo dirá se será necessário entrar.
02 E já querem penalti. Lá na outra área, visto daqui, não se percebe bem, não dá para ajuizar bolas destas. Siga!
08 Pavlidis e Aursnes a perderem uma transição oferecida por fífia de defesa deles. A este nível não se podem desperdiçar ofertas destas. E já o Trubin tinha sido chamado a intervenção difícil do outro lado.
15 Reforçaram-se e têm equipa fisicamente poderosa, intensa. Não dão tempo nem espaço aos nossos. Está difícil. Mas o que esperar de nível Champions?
30 Jogo caiu, muito dividido, eles mais em cima como lhes compete numa primeira mão. Pouco perigo nas áreas. E vão caindo uns ralos pingos de chuva. Estádio coberto em todas as bancadas menos na nossa...
40 Tino ladrão-de-bolas a encher o meio campo. Sozinho contra os matulões deles. Como é que há tanta gente a criticá-lo, a desfazê-lo até. Nunca mais se livrará do carimbo que lhe puseram.
43 Finalmente uma grande jogada coletiva e o Carreras, bem dentro da área, bem enquadrado, a rematar de pé direito para defesa tranquila do guarda redes. Que pena! Era lindo para fechar a primeira parte: uma oferta aqui nesta baliza para estes fantásticos adeptos que não têm parado de apoiar.
45+2 O nosso melhor período no jogo. Pena que vai agora para intervalo. 
46 Agora é o Monaco que ataca para esta baliza.
48 PA-VLI-DIIIIIIIIS! Com toda a classe do mundo. Este também já tinha sido enterrado por tantos... Um-zero!
52 Isto está ao rubro!!!
58 Ui, Aktur, quase, bela jogada. Aparecemos mais atrevidos e incisivos na segunda parte. O golo também ajuda, claro.
61 Mais uma de perigo do Pavlidis que o guarda-redes safou. Estamos por cima do jogo.
65 Lage a mexer muito. Espera-se que a equipa não perca as dinâmicas boas que trouxe para a segunda parte.
73 Que exibição está a fazer o Otamendi! Nas alturas, no relvado, brutal.
80 Controlo total. Ter mais um ajuda, mas já tínhamos reentrado a dominar claramente. Trubin a repor as bolas rápidas, a sentir que podemos ir mais longe no resultado.
85 E vamos continuando a falhar oportunidades. Isto já podia estar mais do que arrumado.
90 O Amdouni não acerta uma. Assim pode voltar no fim da época para onde veio.
90+5 Excelente resultado, mas isto não está resolvido. E agora queremos exibição de Champions em Ponta Delgada."

No principado, não houve mentalidade assassina do Benfica. E fineza só de Pavlidis


"Encarnados vencem Monaco por 1-0 e a decisão fica adiada para a Luz. Após 1.ª parte muito pobre, Benfica teve mais bola no 2.º tempo mas, mesmo com o adversário a jogar com menos um durante mais de uma hora, não conseguiu matar a eliminatória

Talvez “mentalidade assassina” não tenha a classe e até a subtileza de um “killer instinct” em inglês, mas a mensagem de Bruno Lage nas horas que antecederam o playoff com o Monaco ficou clara: o Benfica deveria ter a capacidade para, metaforicamente, matar no principado. Matar a eliminatória, leia-se. E houve mais do que condições para tal acontecer.
A incapacidade dos monegascos seguirem o ritmo da equipa portuguesa foi notória a partir do momento em que se viram a jogar com menos um, depois de Al Musrati ter sido bizarramente expulso por pedir um amarelo a um adversário. Mas faltou ao Benfica qualidade técnica e cabeça fria para tomar boas decisões. Se a vitória foi magra, os encarnados bem que se podem queixar de si próprios.
E as queixas de si próprios podem ter várias camadas. A 1.ª parte do Benfica é francamente pobre, com uma incapacidade gritante de não ter bola e muito desconfortável nos poucos momentos em que a teve. Multiplicaram-se os passes errados, a inabilidade de dar um fio à meada que é o jogo. Florentino resgatava a equipa com as (muitas) interceções que evitaram que o Monaco criasse verdadeiro perigo. Ainda dentro dos primeiros 10 minutos, uma bela jogada coletiva da equipa do principado fez Trubin voar para uma defesa tão vistosa quanto eficaz. O final da 1.ª parte trouxe alguns fogachos de Benfica, sempre na ótica do talento individual: aos 44’, Carreras respondeu com um remate frouxo a um slalom brilhante de Pavlidis e posterior presença de mente do grego em fazer o passe menos óbvio para o sítio onde apareceu o lateral espanhol, que não correspondeu. Minutos depois, António Silva, de calcanhar, quase enviava, algo fortuitamente, a bola para a baliza de Majecki.
Para primeira amostra, era pouco, o jogo em era pouco, quase até pouco digno de Champions.
No local da terra com talvez mais carros de luxo por metro quadrado, Pavlidis parecia ser o único a querer jogar a condizer. O golo marcado logo a abrir a 2.ª parte foi um momento de requinte. A começar pelo passe de Tomás Araújo na profundidade, na correria do grego e no subtil pique cheio de efeito já quase sem ângulo, que levou languidamente a bola para dentro da baliza do Monaco. Minutos depois, a expulsão de Al Musrati criava condições para o Benfica crescer.
E o Benfica cresceu. Em volume. Em posse de bola, em remates. Mas falta qualidade à corrente de jogo da equipa de Bruno Lage. Com o Monaco a conceder espaço até mais não, para mais numa terra em que o metro quadrado é caríssimo, o Benfica voltou a ser uma equipa desastrada, pouco ligada, desastrada na hora da última decisão que foi, quase sempre, má. As dificuldades técnicas de Aktürkoglu prejudicam a voltagem da equipa - foram inúmeras as bolas perdidas por más receções -, Schjelderup esteve apagado e Pavlidis, sozinho aos 61’ rematou à figura de Majecki, desaproveitando o impossível. Com imenso espaço para pulular nas laterais, houve muito jogo por ali. Mas quase sempre mal pensado e concretizado.
As entradas de Amdouni, Belotti e Di María trouxeram mais pressão ao Monaco, mas se o argentino saiu logo de seguida, ressentindo-se da lesão, o italiano pouco foi servido e Amdouni acumulou erros de julgamento. Aos 84’ rematou fraco depois de uma das poucas jogadas de ligação do Benfica e dois minutos depois geriu mal a força de um passe atrasado, que saiu destravado para a lateral.
Fica a impressão que faltou fineza ao Benfica. Aquela fineza das equipas que já jogam de olhos fechados, que têm todos os automatismos oleados, que conhecem perfeitamente as dinâmicas e as movimentações dos companheiros. Se o Benfica de Bruno Lage fosse essa equipa, o Monaco podia ter saído desta 1.ª mão com uma goleada às costas.
Mas, como muito nesta equipa parece ser feito à base do esforço e de momentos de inspiração individual, fica tudo em aberto até à próxima semana. Ter o tal “killer instinct” também passa por essa subtileza dos metódicos assassinos a soldo, que não deixam provas ou rasto. E o Benfica farta-se de dar oportunidades para a presa ripostar."

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