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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Estamos na luta...

Benfica 2 - 3 Karlovarsko
16-25, 22-25, 25-22, 28-26, 12-15

Uma derrota nunca é bom, mas ainda estamos vivos! Começamos muito mal, temi o pior, mas a equipa conseguiu 'entrar' no jogo, e tivéssemos um bocadinho mais de tino nos pontos decisivos, e até podiamos ter ganho!!! Com 15-9 no 2.º Set, conseguimos perder por 22-25!!! Extrapolando, vencendo esse Set, poderíamos ter feito 3-1!!!

A pré-época foi muito complicada, com jogadores no Europeu, algumas lesões em jogadores importantes, várias contratações... Tudo isto, acabou por retardar o entrosamento dos novos, e com um calendário muito preenchido, o Marcel tem optado pela 'fórmula' do ano passado, nos jogos mais importantes, mas muito sinceramente o melhor 7 do Benfica, ainda não foi encontrado... Creio que o 7, no final da época, será outro... Hoje, a entrada do Rapha e do França acabaram por ser decisivas...

Os Checos são muito fortes no Serviço e no Bloco, mas como ficou provado hoje não são imbatíveis, o melhor Benfica tem potencial para ir 'sacar' a eliminatória para a semana...!!!

Todos ao pavilhão


"A expectativa para hoje é a de voleibol de alto calibre na Luz, onde, a partir das 20h00, Benfica e CEZ Karlovarsko disputam a primeira mão da derradeira eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
São esperadas grandes dificuldades para a nossa equipa, em função da expectável qualidade do adversário.
Campeão checo em título, conta com o contributo, no seu plantel, de vários internacionais de países de nomeada no voleibol. Esta época já celebrou a vitória na Supertaça, além de beneficiar da experiência adquirida na alta-roda europeia da modalidade na temporada passada e dois anos antes.
Estes são factos que, simultaneamente, estimulam o respeito pelo adversário e robustecem a motivação e ambição dos comandados de Marcel Matz. Só um grande Benfica passará a eliminatória, é esse grande Benfica que a nossa equipa nos tem habituado a ser e procurará sê-lo também nesta eliminatória.
E um grande Benfica esta noite passará igualmente pela presença massiva de benfiquistas no pavilhão, empenhados em ajudar a equipa a superar este exigentíssimo obstáculo. Cabe-nos o papel de sétimo jogador, façamo-lo com distinção, à Benfica!
Que esta seja uma noite de glória benfiquista no voleibol, sabendo que se trata apenas do primeiro passo numa contenda que conhecerá o seu epílogo no próximo dia 10, na República Checa.
Vamos, Benfica!

P.S.: Excelente vitória, ontem, no basquetebol, na deslocação aos Países Baixos para defrontar o Heroes Den Bosch. Nos quatro jogos disputados da fase de grupos da FIBA Europe Cup, vencemos três vezes e estamos na luta para a passagem à fase seguinte."

Porque não rende Yaremchuk?

Benfica Podcast #423 - What's going on?

Benfica After 90: Bayern...

Bávaro...

Jogar em Casa: Paulo Madeira...

Futebol nos Olivais (um retrato de época)


""Um dia descobri que o Vasco Barreto escrevia no mundo da net. E nos transformava a todos em personagens a sua prosa"

O lote 484 da Avenida Cidade de Luanda pertencia ao Ministério da Justiça. Era habitado por juízes e representantes do Ministério Público. Magistrados a sério, quase todos eles, nada desta palhaçada de garotos (e sobretudo fedelhas) que vomitam sentenças à revelia dos códigos, numa prepotência insuportável e antidemocrática, fazendo fazer o seu poder infelizmente incontrolado, o desses prostitutos dos jornais e televisões que vendem a dignidade num negócio escabroso que troca o segredo de justiça por uma simpática biografia publicada nas páginas às quais se vendem.
Aos domingos de manhã, os juízes do prédio para onde fui morar a partir de 1975, ignoravam os processos, vestiam calções e desciam para o estádio de relva que crescia na parte sul do lote 484 e jogavam connosco, adolescentes, um futebol de rua que há muitos anos deixou de existir. De certa forma, abdicavam, durante uma ou duas horas, das sua poses de beca para serem garotos outra vez, correndo atrás de uma bola, essa mágica senhora das paixões. Tivemos um Ministro da Justiça guarda-redes, o dr. Laborinho Lúcio, imponente na forma como aproveitava a sua altura para controlar as bolas altas; um ponta-direita de pés de belbutina, que ainda por cima jogara a sério, no Beira-Mar e tudo, o dr. Arlindo; um defesa-central arranca-pinheiros, ainda que com um joelho meio desfeito, o dr. Samagaio; um médio centro de visão periférica e passes concretos, o dr. Pipa; um matemático fininho de jogo comedido, o dr. Atanásio; um amante do futebol recortado, adorador de dribles, aos quais ele chamava de ‘crochet’, o dr. Álvaro, pai do meu querido e desaparecido Justino Pamplona com o qual fiz a promessa de escrevermos um livro a duas mãos, promessa que ele não cumpriu ao deixar-se morrer à revelia do amor que tinha pelas noites.
Entre mais novos e mais velhos, pais e filhos às vezes, as pelejas eram rijas e as derrotas eram tidas como frustrantes. Eu vivia na ambição de marcar golos o mais originais possíveis, de bicicleta, de moinho, de longe num pontapé de três dedos à maneira do Éder, Patada Atómica, e desprezava tudo o que não fossem movimentos de ataque, ao primeiro toque, à ‘ingalesa’, como gostava de dizer. Pedia que chovesse, queria a relva escorregadia, fazia questão de regressar a casa cheio de lama como se estivesse estado a pisar a ‘glorious mud’ dos campos de futebol para lá da Mancha.
Um dia, nesse mundo infinito da internet, descobri que o Vasco Barreto escrevia. Pensei: «Saiu-se das cascas, o Vasquinho!». Era bem mais novo do que eu. E do que a geração que praticava futebol britânico, ora em desafios contra o prédio dos militares, logo em frente, ora contra a Vila de Catió – recheada de craques como o Facadas, na baliza, o Lizé, da patada mais atómica do que o Éder, do Brasil de 82, o Janjan, o Paulo Conde, o Berkmaeier, o Paleta e por aí fora. O irmão do Vasco, o David, era dos nossos: tinha uns pés enormes e umas fintas curtas, baralhadas. Já não era futebol do domingo. Era futebol sem doutores, às vezes no relvado aos solavancos do Vale do Silêncio, onde nasceu o clube Os Cordeiros do Vale, às vezes no cimento do Maracangalha, sobre a Drivimpe, campo que só servia os propósitos dos que jogavam futebol de merda, tão desprezível como futebol de cinco. Comecei a ler: «Há duas décadas, os oito ou nove anos que o A. leva de avanço valiam muito mais do que agora. Era um tempo marcado pelas canções de Paul Simon, Camarate e uma febre incipiente de escrita, que deixou muitos de nós em delírio. O A de que falava o Vasco não me era estranho, pelo contrário. Encontrei-me nele. «Do grupo, o meu preferido era A. Comecei a gostar dele dentro das quatro linhas. Temperamental e com aqueles olhos claros e melenas à revolucionário, parecia mais um jogador italiano e tinha até uma camisola da Juventus, o que era uma afronta ao estilo de futebol que grupo idolatrava. Detalhes. A. era, sobretudo, justo e correto. Em jogos que juntavam miúdos de 10 anos e adolescentes de 17 e 18, o abuso da força era uma constante, da carga de ombro ao pontapé vingativo, passando pela simples ameaça. A., que era dos mais fortes entre os mais velhos, nunca tratou mal a canalha e estas coisas ficam gravadas, agigantando-se com o passar do tempo. Como se não bastasse, de noite, quando ainda só ficávamos pelas imediações do prédio, A., regressando da cidade, trajando a preto e branco, já com toda a competência do boémio e com aquele andar naturalmente cambaleante ainda mais marcado, juntava-se a nós e demorava-se em relatos. Os bares ainda nos eram desconhecidos e ele tomava ares de mensageiro de outros mundos. Muitos anos depois, é reconfortante saber que ele ainda anda por aí a respirar futebol, quando já ninguém joga à ‘ingalesa’, a começar pelos próprios ingleses». Os joelhos falharam-nos, a nós, os ‘ingaleses’ da praceta, André e Vasco Pipa, Luís Cantante, Nuno e Rui Veloso, Rebordão, José Manel Mesquita. Tornou-se mais fácil jogar contra os magistrados. Mesmo sabendo que, se aparecesse a polícia, eles eram os primeiros a fugir para dentro do prédio que era o seu castelo."

Vitória sobre os Heroes !!!

Den Bosh 76 - 78 Benfica
19-16, 19-31, 14-16, 24-15

Estivemos quase a repetir a 'branca' da Luz!!! Chegámos a ter 16 pontos de vantagem, iniciámos o último período com 11 pontos a mais... e acabámos por vencer, à rasca, com uns últimos segundos impróprios para o coração!!!
Independentemente de mais uma arbitragem super-caseira, principalmente na recta final -como já tinha acontecido com o Opava -, temos que anular estes 'bloqueios'!
Suspeito que  Makram esteja a jogar condicionado, pois hoje fez um jogo horrível... Chuva de triplos, com o Farr em destaque... e porque razão do Broussard não joga sempre assim?!

Dito isto, estamos na frente do grupo, com três vitórias consecutivas, tudo isto sem o nosso jogador, potencialmente mais desequilibrador... 

Lombos duros!!!

Quinta dos Lombos 2 - 3 Benfica

Jogo pós-Champions, com poucos dias de preparação, com a viagem pelo meio, num pavilhão tradicionalmente complicado, por tudo isto, a vitória pela margem mínima, com a equipa a 'aguentar' bem no final o 5x4 do adversário, acaba por ser um bom resultado...
Nota para a lesão potencialmente grave do Afonso... a nossa rotação de formados localmente já é curta, se alguém se lesionar gravemente, vamos ter problemas... Hoje, por exemplo, ficaram na bancada do Ronca e o Fits!

Pela matina tivemos o sorteio da Ronda de Elite, que se irá realizar na Luz, e como não podia deixar de ser, a 'fava' saiu ao Benfica!!!
Levante de Espanha, Haladas da Hungria e o Uragan da Ucrânia!

Modalidades #59 - Semanda...

Definição – O tempo e o Espaço – De João Mário para Darwin, Com determinante Rafa Silva


"O segundo golo do Benfica na Alemanha é uma lição de Contra Ataque, com ingredientes de excelência. Do momento da recuperação da passe, até à definição final de João Mário – Que categoria na condução e no timing escolhido para soltar a bola – E no espaço para onde a soltou! Sem ignorar um elemento absolutamente determinante para todo o sucesso da jogada. Rafa Silva. Sem a sua primeira recepção o Contra Ataque jamais sairia. Sem a sua aceleração e movimento a passar à frente de Upamecano, levando o central francês a persegui-lo para que não pudesse receber isolado em corredor central, dificilmente Darwin teria tantas condições para receber bola com tempo e espaço. No meio da avalanche, um fogacho de boas decisões e execuções."

Do 1 ao 11


"Alberto Augusto começou a Taça Associação a defender, mas terminou a marcar

A técnica é a qualidade mais apreciada no futebol. Mesmo um jogador que marque muitos golos não consegue fazer frente ao elemento mais tecnicista. Os golos são sempre momentos de celebração, mas o que faz, verdadeiramente, o público vibrar são as jogadas e fintas fantasiosas. O goleador é sempre um dos preferidos dos adeptos, mas quem, invariavelmente, ocupa o lugar de ídolo é o jogador que possuí a arte de 'embalar' a bola. Alberto Augusto pertencia a esse grupo de atletas que descobrem sempre uma solução criativa para superar os adversários ou furar as defesas.
Dentro do leque de futebolistas que agradam aos adeptos, há, ainda, um tipo que gera consenso a cada discussão: o polivalente. O facto de desempenhar com competência mais do que uma posição torna-o especial. Alberto Augusto era, por isso, especial. O jogador possuía uma diversidade de recursos que lhe permitia actuar em qualquer lugar, desde guarda-redes a avançado. Até nas preferências Alberto Augusto era multifacetado!
Na temporada 1921/22, a sua polivalência foi bastante útil para o Benfica. Em 16 de Outubro, na 1.ª eliminatória da Taça Associação, por impossibilidade do guarda-redes habitual, Alberto Augusto assumiu a posição. Apesar dos dois golos sofridos, o guardião improvisado colaborou para o triunfo do Benfica sobre o Carcavelinhos. Os encarnados passaram às meias-finais defrontando o Vitória de Setúbal. A partida realizou-se em 30 de Outubro, e Alberto Augusto, dessa vez, ocupou a posição de extremo-esquerdo. O benfiquista destacou-se pelo sentido de oportunidade, velocidade e qualidade técnica, causando enormes dificuldades à defesa sadina. Após uma primeira parte sem golos, no reatar do encontro, o extremo recuperou a bola, avançou para a área adversária, fletiu da ala para o meio e com um remate certeiro inaugurou o marcador. O jogador contribuiria, ainda, com mais um golo no triunfo dos encarnados por 5-0.
Na final, frente ao Casa Pia, Alberto Augusto voltou a exibir-se em grande nível, apontando um dos golos da vitória dos benfiquistas por 4-3. Numa competição em que começou a guarda-redes, o jogador acabou por ser dos melhores marcadores da equipa com três golos.
Saiba mais sobre a carreira deste multifacetado jogador na área 22 - De Águia ao Peito, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Uma história portuguesa


"- Ó minha senhora, não terá para aí uns milhões que me possa dispensar?
- Aí, filho, então não vês que sou pobrezinha?
- Bem sei, mas tanto faz serem notas verdadeiras ou do monopólio, é só para enganar uns otários...
- Mas estás assim tão à rasca?
- Nem por isso, quem vier atrás que feche a porta. De vez em quando, se estou mesmo precisado, vou ter com uns conhecidos meus que me adiantam guita de umas coisas que tenho para receber passados uns anos. O problema, agora, é que andam para aí a falar numas tretas que nunca me interessaram para nada chamadas capitais próprios, breiqiuívens e sei lá mais o quê.
- Ah, quem conhece essas coisas é ali o Fanã, o 'contabilista'. Dizem que tem jeito para os números e parece aquele da televisão, o Luís de Matos.
 - O Luís de Matos? Não me diga que está sempre com a cabeça inclinada e não larga o sorrisinho estranho?
- Olha, não sei, está sempre penteadinho e dizem que faz magia.
--/--
- Desculpe, Fanã, tenho este problema assim e assado, arranja-me uma solução?
- Até me benzo quando o vejo, senhor. Claro que sim. Há uns ali para cima e outros ali para baixo na mesma situação. Não tem umas bugigangas quaisquer? Eles têm e de certeza que estão dispostos a trocá-las pelas suas. Basta dizerem que valem muito e, mesmo não valendo nada, os milhões aparecem. Ganham todos e ainda gozam com os otários.
- Estou a ver, parece-me bem, mesmo ao meu estilo. Mas diga-me: o de lá de cima alinha de certeza, já o de lá de baixo, com as manias da nobreza e sempre armado em moralista, não sei, não...
- Homem, confie em mim. Esse, de nobre, já nem  título tem e, se não fosse a banca, há muito que andaria pelas ruas da amargura..."

João Tomaz, in O Benfica

Saltos para a piscina


"Manouchehr Fasihi é um perfeito desconhecido em Portugal. E, muito provavelmente, em todos os países que não o seu - o Irão. Em 1964, Fasihi fez história ao participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O iraniano tinha 24 anos e representou o seu país na prova de saltos para água desde a plataforma de três metros. Chegava à competição com uma medalha de bronze na disciplina, nos Jogos Asiáticos de 1958, que decorreram também na capital japonesa. Em 1964, no entanto, os seus mergulhos para a piscina só lhe valeram a penúltima posição da classificação geral.
Os saltos para a água constam do programa olímpico desde 1904 (St. Louis, EUA) e da lista de atletas de gabarito internacional, os grandes campeões da modalidade, fazem parte nomes como Greg Louganis ou Tom Daley. O primeiro, norte-americano, é uma lenda. Conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (EUA) e Seul (Coreia do Sul).  O segundo britânico está a caminho de ser um imortal, tendo já conquistado quatro medalhas olímpicas aos 27 anos.
O Irão tem uma vasta tradição olímpica de medalhas noutras modalidades, como a luta-grego romana e o halterofilismo, principalmente. Mas também já chegou ao pódio em taekwondo, atletismo, tiro e karaté. Em saltos para água, não. O feito de Fasihi em 1964 continua por ser ultrapassado, mas pode estar por pouco.
A ver o que se tem passado no campeonato português de futebol nesta época - e na anterior -, há concorrência para Fasihi. O avançado iraniano Medhi Taremi tem mostrado dotes únicos na arte do mergulho, do salto para a piscina de relva. É convincente, arrojado, aproveita todas as oportunidades para um dia, quem sabe?, tentar a sua sorte desde a plataforma de três ou dez metros. O problema é que os juízes olímpicos, ao contrário dos árbitros e do VAR em Portugal, estão bem atentos às falhas e não perdoam os artistas que os tentam enganar."

Ricardo Santos, in O Benfica

Fui a Vizela jantar (e pelo meio vi um golo do Rafa)


"Um cruzamento teleguiado do Pizzi para as coordenadas exatas do pé direito do Rafa representa a diferença entre ir dormir de estômago vazio ou com uma piza familiar no bucho. Lá se foram quatro sessões de treino de abdominais para o lixo, mas o importante é que os três pontos foram no Vermelhão para a Luz.
Este foi o meu primeiro jogo ao vivo depois do regresso do público aos estádios e, pelo que vi, não posso esconder que temi imenso pela saúde de algumas pessoas. Sobretudo dos jogadores do Vizela, que a partir da meia hora de jogo se estenderam várias vezes no relvado. Não podia ser covid, porque cair não é um dos sintomas. Também não foi nenhum ataque fulminante, porque recuperaram todos muito mais rápido do que o Eriksen. Talvez tenham comido algum alimento estragado ao lanche, o que me leva a pensar que o cozinheiro do Marítimo foi contratado pelo Vizela.
O tempo até esteve agradável durante toda a tarde, mas a exibição do Benfica foi muito cinzenta. È verdade que, do outro lado, estava um Vizela organizado, aguerrido e empolgado por um apoio assinalável vindo das bancadas. Porém, o desempenho dos nossos jogadores parecia estar a ser controlado por um comando de PlayStation nas mãos do meu afilhado de oito anos a jogar FIFA.
Fiquei muito preocupado antes de o 4.º árbitro levantar a placa de descontos, porque com mais meia hora de jogo tinha receio de não conseguir chegar à pizaria antes de a cozinha fechar, na eventualidade de o Rafa me encher de apetite. Para minha sorte, o próprio Luís Godinho também devia querer ir lá jantar, então houve apenas sete minutos para lá da hora. Eu, que cheguei a acreditar ser possível virar os 0-3 com o Sporting em 2015 até o árbitro exibir a placa com apenas dois minutos de compensação, desta vez quase perdi a última réstia de esperança quando o Vizela conquistou um pontapé de canto a 20 segundos do fim. Pouco depois, aquele jogador escorregou no pedaço de relva mais bonita de Vizela, a minha fé renasceu, e o resto já se sabe. Resumindo: lá se foi mais um ano de vida."

Pedro Soares, in O Benfica