Últimas indefectivações

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Nós, o dinheiro dos outros e o futuro...

"Continua a pré-época, as equipas vão surgindo mais afinadas e paradoxalmente, dos três grandes, quem parece mais disposto a evoluir na continuidade é o FC Porto, afinal o único que mudou de treinador. Mas até ao fim de Agosto e ao fecho do mercado será importante tirar conclusões absolutas de plantéis relativos.
Deixando um pouco de lado a árvore portuguesa e olhando para a floresta europeia, conclui-se: há bolsos mais fundos do que nunca, movimentam-se no mercado clubes que podem gastar 400 ou 500 milhões sem desequilibrarem a tesouraria e o fosso entre os ricos e os outros é cada vez maior.
O fair-play financeiro é travão apenas para os remediados do pelotão e com a entrada em campo de novos players (primeiro russos e norte-americanos, depois árabes e finalmente asiáticos, especialmente chineses) as regras alteram-se, criando dificuldades acrescidas aos clubes nacionais. Não será fácil, nos anos que se seguem. Portugal recuperar a posição perdida no ranking da UEFA. Este quadro remete-nos para uma pergunta obrigatória: por quanto mais tempo estarão fechados os capitais de Benfica, Sporting e FC Porto aos investidores estrangeiros?

PS1 - Bruno de Carvalho reagiu no seu estilo de elefante em loja de porcelana à entrevista de Octávio Machado à CMTV. No ar fica a ideia de estarmos perante o início de uma querela entre o presidente dos leões e o ex-director para o futebol, que não é de levar desaforo para casa. Quem sairá vencedor desse confronto, não sei. A perder, é fácil: o Sporting.

PS2 - Onde terão ido parar os acórdãos do CJ de 2014/15? E porquê?"

José Manuel Delgado, in A Bola

O respeito!

"A regra de ouro no desporto, em minha opinião como é óbvio, é o respeito que temos pelos adversários e dessa forma por nós próprios. No desporto, qualquer que seja a modalidade, temos oponentes de que gostamos mais ou menos, mas nunca inimigos. Valorizamos mais uns do que outros, reconhecemos talento ou falta dele, mas quando acaba a prova, ou o jogo, o mais importante é comemorar ou tentar perceber porque motivo não conseguimos o objectivo. Ficamos aborrecidos, por vezes revoltados, nem sempre aceitamos os erros, nossos e de terceiros, mas isso não nos dá o direito de fazemos dos adversários... inimigos! Isso é matéria que nem para os adeptos deveria ser prioritária. Infelizmente tem vindo a tornar-se comum transformar rivais em inimigos. Uma forma de sobrevivência, desportiva e até política.
Habituei-me, desde muito jovem, a ler este jornal. A Bola tinha um formato maior, era trissemanário, e não havia edição que não fosse recebida com satisfação. Não tínhamos televisão ou internet. As notícias desportivas eram recebidas pela rádio ou pela imprensa escrita. O mesmo jornal era lido por vários leitores. Depois discutia-se, discordava-se, mas no fim acabava tudo como no início. Amigos como sempre, e lá íamos jogar. Pouco importava a cor clubística de Vítor Santos, de Homero Serpa ou de Carlos Pinhão.
Vem isso a propósito do clima que dirigentes e comentadores têm criado em redor dos clubes de futebol, com destaque para os de maior dimensão. Quando leio em tom jocoso que o Sporting empatou 0-3 e o Benfica levou 5 no dia seguinte, como forma primária de afirmação perante os adeptos, recordo-me desses tempos antigos em que lia A Bola mesmo sem a conseguir comprar. Esgotava. Não sou propriamente um saudosista militante, mas assim estamos a regredir. Com este comportamento, as elites, ou pseudo-elites, apenas transformam a rivalidade desportiva num combate entre inimigos. Deviam corar de vergonha. É lamentável!"

José Couceiro, in A Bola

PS: Três notas:
- as palavras do Sílvio Cervan (o Sporting empatou 0-3) foram escritas num contexto, onde o alvo da critica, não era a instituição SCP, mas sim a forma como os maus resultados do Sporting são analisados e 'amparados' pela comunicação social desportiva...
- em tese, todos nós concordamos com este artigo, só tenho pena que José Couceiro não tenha tido a coragem de referir o nome do dirigente que tem contribuído mais do que qualquer outro, para o actual clima...
- já agora, será que agora a Direcção d'A Bola já permite que o colunista, critique outro colunista?!!!

Esconde a rosa dentro do coldre

"O título da coluna até pode ser meio estranho mas não é mais do que uma parte do refrão de uma das últimas músicas do magistral Miguel Araújo.
Axl Rose é o nome da canção que, no fundo, rememoria algumas das figuras, dos pensamentos, das desilusões e dos desenganos de adolescência da minha geração, quando todos andávamos com as rosas escondidas dentro do coldre, mas caiu um bocadinho na realidade quando viu um dos seus deuses, precisamente Axl Rose, estatelado no palco montado no Estádio José Alvalade em 1992.
Fazendo a transposição para o estado actual do futebol português, as rosas há muito que não saem dos coldres. As armas são as palavras em forma de acusações, insultos e incentivos ao ódio de quem não professa a fé do acusador e são cada vez mais os clubes que pagam, encapotadamente, a páginas com títulos pomposos mas de autores anónimos para passarem mensagens que têm vergonha de assumir em termos oficiais.
O futebol jogado dentro das quatro linhas, esse, vai sobrevivendo dentro das possibilidades de um país com nativos com especial apetência técnica - numa boa fatia - para a prática da modalidade.
Os da minha geração, com maior ou menor dificuldade, também sobreviveram à adolescência e até adultos voltámos a ouvir o Angel Dust dos Faith No More, também citado por Miguel Araújo.
As rosas terão saído definitivamente do coldre quando Kurt Cobain fez o que fez. O desejo é que no caso do futebol não seja preciso tanto dramatismo para se desanuviar o clima."

Hugo Forte, in A Bola

Apito desavergonhado

"Eles bem podem andar de artifício jurídico em artifício jurídico, que o conteúdo das escutas ao processo 'Apito Dourado' permanecerá inalterado. Eles bem podem utilizar excertos de e-mails, obtidos sabe-se lá como, e deturpá-los a seu bel-prazer, que nunca conseguirão fazer esquecer o que se passou no futebol português ao longo de décadas e muito menos poderão alguma vez criar a ideia de que os seus esquemas são agora utilizados por outros.
Chega até a ser cómico, sem ter graça alguma, vê-los a acusarem outros de usarem os seus esquemas que, de artifício jurídico em artifício jurídico, afinal nunca foram os seus.
Passados anos, resta apenas um castigado: as empresas de telecomunicações. Nem consigo imaginar os seus prejuízos por aquele gente, aquele gente desavergonhada, despudorada e vigarista, ter restringido o teor das suas chamadas telefónicas. E, já agora, o que pensar sobre a inexistência de qualquer reacção dos patetas alegres? Ai, ai, pobres de espírito... Tanto lhes faz quem ganhará, desde que não seja o Benfica...
Entretanto a vida prossegue e lá continuamos a trabalhar norteados pelo desejo do penta. Não gosto de ver o Benfica perder nem a feijões, e muito menos de o ver goleado, mas o pessimismo desmesurado que detectei em alguns benfiquistas após a derrota frente ao Young Boys parece-me absurdo. E mais ainda atribuir às vendas de Ederson, Lindelof, e Nélson Semedo o estatuto de principal causa da derrocada da nossa equipa no passado sábado. A exibição da nossa equipa esteve longe de ser brilhante, mas enquanto houve pernas também não preocupou. E o mais relevante é que não teria nada que preocupar ou entusiasmar... é pré-época!"

João Tomaz, in O Benfica

Delírios de verão

"Quem aterrar em Portugal e quiser espreitar a realidade do futebol português, escolhendo Julho e Agosto para saber mais sobre o assunto, vai ficar surpreendido. Nestes dois meses, abrindo as páginas dos principais jornais desportivos (e até dos generalistas) - em papel ou na internet - ficamos a saber que há duas equipas fora de série, com contratações maravilhosas de nomes recheados de adjectivos e predicados, planeamentos acima de qualquer suspeita, opções técnicas brilhantes em jogos a feijões e operações financeiras e de charme que deixam roídos de inveja os melhores clubes da Europa e do mundo... Sonham eles... Nestes dias, não faltam elogios e promessas de uma época conquistadora para as duas equipas que ficaram em segundo e terceiro lugar do campeonato nacional de 2016/17. As capas dos jornais e as páginas em destaque nos sites desportivos, bem como os temas em debate nos infindáveis programas televisivos sobre futebol, são dedicadas a esses monstros do futebol da Via Láctea. Risos.
Um não ganha uma taça há quatro anos e continua a sonhar com os anos dourados do apito. O outro não faz parte sequer dos três representantes portugueses nos rankings europeus, além de que, na última vez em que foi campeão, o papa era João Paulo II, Shaquille O'Neal ainda jogava na NBA, e Mike Tyson ainda combatia.
Todos os anos, a história repete-se. Passam o verão a tentar puxá-los para cima, mas na hora da verdade as bailarinas não sabem dançar e metem as culpas no chão, que está torto. Continuem assim.
O tetracampeão está a trabalhar. Não incomodem, por favor."

Ricardo Santos, in O Benfica

Ferramentas de trabalho

"Recordemos alguns dos resultados das últimas quatro pré-temporadas.
Em 2013 o Benfica perdeu a Eusébio Cup em casa perante os brasileiros do São Paulo por 0-2, e depois foi perder a Nápoles por 1-3.
No ano seguinte perdeu a Taça de Honra com o Sporting (0-1), voltou a perder a Eusébio Cup, desta vez com o Ajax (0-1), perdeu com o Marselha (1-2) e com o Atlético de Bilbau (0-2), e na Emirates Cup foi goleado por Valência (1-3) e Arsenal (1-5).
Em 2015 o Benfica saldou os jogos de pré-época com 2 empates e 3 derrotas. A última das quais novamente na Eusébio Cup, por 0-3 com o Monterrey.
Há um ano atrás, mais uma derrota na Eusébio Cup (Torino, nos penáltis), seguida de desaires Sheffield (contra adversário da segunda divisão inglesa) e frente ao Lyon.
Sabemos como terminaram todas estas temporadas: no Marquês de Pombal.
Serve isto para dizer que os resultados de Julho, antes de as competições a sério terem início, com plantéis ainda em formação, com jogadores internacionais ausentes, com 8 ou 9 substituições, por jogo, nada significam relativamente ao que depois se passa em Maio. Estas partidas não meras ferramentas de trabalho, e até são mais úteis quando expõem aspectos a ser melhorados nos jogos a doer.
A pesada derrota com os suíços do Young Boys (equipa em fase muito mais adiantada da preparação, com o seu campeonato a começar mais cedo, e na disputada das pré-eliminatórias da Champions League) insere-se nesse processo, e não belisca minimamente a confiança que todos temos em mais um ano de grande sucesso.
O trabalho continua. Os resultados? Só interessam a partir do dia 5 de Agosto."

Luís Fialho, in O Benfica

Academia das Modalidades

"O Sport Lisboa e Benfica inicia a nova época com muitos projectos e com a ambição redobrada de fazer sempre mais e melhor. Quando outros clubes se vangloriam por terem um pavilhão novo, precisando de 13 anos para construir um novo equipamento para as suas modalidades, nós, em 2004, estreámos dois pavilhões. Mas o Sport Lisboa e Benfica não pode estagnar e tem pela frente dois grandes projectos que merecem toda a nossa atenção e disponibilidade. Além das obras já em curso para dotar a nossa Academia do Seixal de ainda mais condições para subir a excelência e qualidade do trabalho realizado, temos pela frente um desafio que merece ser destacado. Como já é público e notório, o SL Benfica vai ter uma Academia para as Modalidades, inspirado no modelo no nosso Caixa Futebol Campus, as Modalidades do nosso Clube e o Benfica Olímpico terão a grande oportunidade de dar o salto que faltava dar ao nível do Alto Rendimento, permintodo-nos atingir patamares de excelência competitiva nunca alcançados em termos internacionais. Trata-se de um projecto liderado pelo Presidente e que irá transformar por completo o SL Benfica. O projecto tem toda a lógica - se ao longo das últimas 12 épocas fizemos volumosos investimentos na área das Modalidades, com resultados significativos, o que é que nos falta? Desenvolver uma nova abordagem ao treino de Alto Rendimento das Modalidades individuais e colectivas que vise criar a vantagem competitiva
E para que isso aconteça necessitamos de dotar o Clube de uma infraestrutura de alto rendimento com todas as valências de equipamento que permita desenvolver processos de treino únicos e inovadores."

Pedro Guerra, in O Benfica

Alvorada... nos Algarves!

Benfiquismo (DXXXVI)

Geniais...!!!

Aquecimento... pós-Bétis

Vermelhão: "golões" !!!

Benfica 2 - 1 Bétis


Não consegui ver o jogo todo, por isso não me vou alongar...
É sempre bom vencer, mesmo na pré-época, ainda por cima após o resultado anormal da Suíça.
Algumas estreias, com o regresso de alguns Internacionais, além do jovem Buta... Não sei se o Buta é o jogador que precisamos para defesa-direito, mas neste momento a seguir ao André Almeida é claramente a 2.^melhor opção...
O nosso 'esferovite' vai dar-nos muitas alegrias, até aquela cara de pouco sorrisos parece imitar o Mitro!!! O Benfica não tem um avançado com estas características à muito tempo! O Raul até tem potencial para ser idêntico ao Seferovic, mas o excesso de voluntarismo faz com que o Mexicano esteja fora de posição muitas vezes... Talvez o Lima seja o nosso último avançado mais parecido, mas mesmo o Lima acabava muitas vezes por ser o 2.º avançado! O Seferovic até tem potencial para ser o avançado de apoio, mas conhece muito bem as movimentações de ponta-de-lança... aquele tipo de pontas-de-lança que sabe aproveitar a última 'linha' do adversário, com uma mistura de velocidade e força... Vai ser muito útil nos jogos da Champions, e nos jogos internos de grau dificuldade mais elevado!
Tem-se notado alguma dificuldade na fase de construção, a ausência do Pizzi explica muita coisa... e o facto do Krovinovic estar ainda a recuperar da lesão, faz com que aqueles que deverão ser os dois '8' prioritários estejam de fora... A soma destas duas ausências explica de facto muita coisa! O facto que nem assim o Horta tem minutos, poderá antever um empréstimo...

Continuo a pensar, que é obrigatório neste momento, comprar um defesa direito, um guarda-redes... e um central, todos com perspectiva de serem titulares.
Sábado temos novo jogo, desta vez com o Hull... será um jogo diferente, porque o adversário tem características bem diferentes dos nossos adversários anteriores... Será importante para dar minutos aos últimos jogadores a juntarem-se ao plantel... Só em Londres, na Emirates Cup, vamos ter o plantel 'completo'...