Últimas indefectivações

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Não baixamos os braços

Recordações: Chiquinho...

Recordações: Hassan...

Recordações: Nelito...

Mensagem do treinador da equipa feminina de Hóquei em Patins, Paulo Almeida

"Enquanto treinador e, principalmente, como cidadão, são amargos os tempos que tenho vivido. Estou privado de exercer não só a minha profissão, bem como esta minha paixão que é o desporto e mais concretamente a minha modalidade, o hóquei.
Apesar dos pontos negativos como a distância social entre familiares e amigos, este período deu-nos tempo para ver e perceber a pressa no mundo em que vivemos, passando, assim, a valorizar as coisas mais simples do nosso dia a dia, como, por exemplo, uma simples ida à praia ou um jantar de amigos.
Os meus dias, mesmo com esta abertura progressiva que está a acontecer, limitam-se a pequenas caminhadas, compras de bens essenciais e o mais importante tempo de qualidade com a minha família. Como amante do cinema que sou, permite-me, ainda, pôr a par das novidades ou rever alguns dos grandes filmes que fizeram parte da minha adolescência.
Queria deixar uma mensagem de esperança e de apoio para todos aqueles que continuam na linha da frente a combater, por nós, este vírus. Apelo também ao bom senso de todos para que cumpramos as recomendações das autoridades competentes, pois só assim venceremos, todos juntos! É que ainda não é tempo de baixar a guarda, uma vez que a luta contra este adversário continua.
Por fim, queria expressar o meu orgulho pelas medidas que o Benfica adoptou antecipadamente, mostrando o exemplo que a sociedade deve seguir. Queria deixar, ainda, o meu agradecimento a toda a estrutura do Sport Lisboa e Benfica, que mais uma vez demonstrou a enorme instituição que é, dando primazia ao bem-estar de todos os profissionais desta casa. Cuidem-se e protejam-se.

Paulo Almeida"

Golo: Jonas

Bruno...

Anúncio...

Descubra as diferenças!!!

"Meirim continua o seu ataque ao SL Benfica, desta vez com uma multa de 30 mil euros… por pedir árbitros estrangeiros.
Gostaríamos só de entender o critério para o valor das multas. Para o Benfica foram 40 mil, 30 mil e 20 mil euros.
Para o #PortoaoColo foram 15 mil euros cada vez que foram multados pelas mesmas críticas à arbitragem e 1150€...por uma tarja em que acusam árbitros, primeiro-ministro e juíza de influenciar e decidir campeonatos de futebol
Será que o estado de pré-falência dá desconto nas multas do Meirim?"

PortoaoColo, in Facebook

Pesos e medidas...!!!

"Nota no site do Benfica a sugerir árbitros estrangeiros - 08 Fev 2020
26 Mai 2020: multa 30.600 € 
Crítica directa à arbitragem do Sonseição - 08 Dez 2019
Até 27 Mai 2020: multa de 0 €
É por isto que choram a saída do Meirim, a personagem mais parcial que alguma vez passou pelo Conselho de Disciplina. E é por isto que trataram de meter toda a cartilharia a trabalhar para assassinar a imagem da sua sucessora.
É o Fóculporquistão no seu auge!"

Benfica Podcast #365 - Light at the end of the tunnel

Foi uma noite incrível e, para mim, um momento especial: ganhava a segunda Champions League consecutiva e em dois clubes e países diferentes

"Foi uma noite incrível para milhares de adeptos alemães, para as centenas de pessoas envolvidas nesse caminho de sonho dentro do clube e, para mim, um momento especial: ganhava a segunda Champions League consecutiva e em dois clubes e países diferentes.
A minha melhor fase enquanto jogador foi no Dortmund. Foi um período curto da minha carreira, logo após uma lesão, que fora um dos motivos que me empurrou para a saída da Juventus. Naquela época, a Serie A era o melhor campeonato do mundo, e a Juventus a sua melhor equipa. Mas o futebol que se jogava e vivia na Alemanha era muito especial: os estádios estavam sempre cheios, os adeptos com uma atitude sempre positiva e de apoio e jogadores super motivados em resultado disso.
 

Já tinha jogado duas vezes contra aquela equipa do Borussia, tanto na Taça UEFA como na Champions League (94/95 e 95/ 96 respectivamente). Nesses jogos, tive a oportunidade de analisar a equipa: muito boa a nível individual na maioria das posições, muito forte física e tecnicamente. Quando cheguei, pude confirmar que era mesmo assim. Aquele Borussia foi uma equipa em que me pude integrar, trazer o meu jogo e elevar o nível para estarmos aptos a conquistar troféus internacionais.
Essa sempre foi a minha mensagem, tanto para dentro como para fora: vinha para Dortmund para ganhar a Champions League.
Ottmar Hitzfeld era um treinador muito inteligente. Para mim, tinha duas características que o destacavam, e que penso que foram fundamentais para o seu sucesso: primeiro, o instinto que utilizava para a sua tomada de decisão, que era fora do comum. Para um treinador não é só preciso saber ler o jogo, mas também tomar decisões muito rápidas, baseadas em algo mais do que a análise. 
Em segundo lugar, a forma como lidava com diferentes jogadores e personalidades, e o facto de não precisar de formar uma hierarquia para ser respeitado. Era um líder que conseguia agregar vários sublíderes dentro do grupo para poder discutir ideias. Naquele tempo, em que a grande maioria dos treinadores ainda actuava como ditadores, era uma abordagem totalmente diferente. Este aspecto foi para mim um grande ensinamento, algo que valorizo muito ainda hoje, como treinador.
Aquela era uma equipa fantástica: jogadores como Mathias Sammer, Jurgen Kohler, Andreas Moller, entre outros. Todos juntos, sob a liderança do Ottmar, a debater ideias para o nosso jogo e a levá-las adiante. Era uma equipa destinada ao sucesso. Quando decidi integrar essa equipa, sabia que era para chegar e causar impacto, mesmo havendo já muita qualidade presente.
Acredito que, numa final, tudo é possível. Sou muito positivo e acreditava plenamente naquela equipa. A 28 de maio de 1997, isso provou-se: a Juventus era favorita, mas tinha a certeza de que poderíamos ganhar aquele jogo. A Juventus tinha feito grandes contratações, como Zidane ou Boksic, e era uma equipa ainda mais forte do que aquela em que eu tinha estado durante dois anos. Mas, pela minha experiência de duas eliminatórias contra o Dortmund, sabia que éramos uma boa equipa e sabia que poderia trazer algo mais para sairmos vitoriosos.
Os primeiros vinte minutos desse jogo foram difíceis: a Juventus mostrou que tinha um grande impacto. A certo ponto, disse ao Paul Lambert: “Vês aquele tipo [era o Zinedine Zidane]? Só tens que te preocupar com ele. Tudo o resto a meio-campo, eu trato. Mas não o largues!”. Acredito que foi um dos momentos chave do jogo.
Outro momento está relacionado com o tal instinto do Ottmar: a entrada em jogo do Lars Ricken. Há momentos na nossa vida em que há luzes, mas são poucos os que as conseguem ver. A entrada do Lars Ricken, a sua capacidade de fazer aquele gesto técnico na perfeição, no seu primeiro toque, 11 segundos depois de entrar, para fazer o 3-1, revela tanto da sua capacidade como da visão do Ottmar Hitzfeld.
Como jogador, sempre gostei de assumir a responsabilidade do jogo, em campo. Acredito que seja algo que tenha transportado e me tenha transportado, anos mais tarde, para a carreira de treinador. Esse jogo, que guardo com muito carinho, foi um exemplo de como encarar a competição, o momento decisivo que é uma final, e executar um plano, adaptando-o à medida que o jogo evolui, para chegar ao resultado desejado: a vitória numa das maiores competições do mundo como a Champions League."

Para que não se esqueça. De quê? Da importância dos laços, do outro, da família, dos amigos, dos vizinhos, dos colegas, dos animais

"Para que não se esqueça a importância dos laços, a importância do Outro, da Família, dos Amigos, dos Vizinhos, do grupo de pessoas com que trabalhamos e até dos animais de estimação que connosco privam diariamente.
Para que não se esqueça a importância da Comunidade e do contributo individual de cada um de nós para a mesma que, inevitavelmente, consciente ou inconsciente, positivo ou negativo, acaba sempre por acontecer.
Para que não se esqueça é, de facto, importante definir como o podemos homenagear e integrar naquele que é o nosso quotidiano – afinal, nas nossas acções.
Chegámos “partidos”, emocionalmente anestesiados, cognitivamente “viciados” e, naturalmente, isolados e com um imenso sentimento de solidão preenchido demasiadas vezes por picos de adrenalina (activação) que teimamos confundir com “felicidade”.
As “dores de crescimento” que muitas famílias e empresas atravessam resultam não do confinamento e clima de medo a que fomos sujeitos, mas sim da já parca qualidade afectiva das nossas Vidas na fase “pré-covid” – essa sim, a maior responsável pela desintegração dos laços afectivos, do sentimento de pertença, do nosso entendimento do que é “ser equipa” (em contexto de trabalho), da nossa responsabilidade connosco próprios e, por essa mesma razão, com o “outro” (pessoa ou organização).

Do Saber Para o Saber-Fazer - O Desafio Que Se Impõe
Está na hora pois, de “retirar da gaveta” todos os cursos de desenvolvimento pessoal, de liderança autentizótica, de competências emocionais, de teambuilding, de desenvolvimento espiritual, entre tantos outros – enfim, todos aqueles cursos e acções de competências que “borbulharam” à nossa volta na última década e que, por momentos, nos fizeram sentir “especiais” pela possibilidade de podermos promover a mudança em nós próprios , nos outros e no mundo – uma mudança que, em boa verdade, dificilmente chegou a acontecer (pelo menos, em igual proporção ao número de “cursos” que foram sendo promovidos).
De facto, os Líderes (de família, de organizações empresariais, desportivas, escolares) que exerciam já uma influência na sua “tribo”, fazendo desenvolver um clima de pertença, de confiança intra e inter-individual e, consequentemente, que fizeram sempre com que cada individuo sentisse a importância da sua ação pessoal para o bem-estar (e performance, em muitos casos) do grupo tem sido, indubitavelmente, os que têm conseguido dirigir as suas equipas nesta “águas turvas” que todos sentimos navegar.
Esta não é, por isso, a hora de “aprender” mais, mas sim a hora de fazer mais.
É a hora de se ganhar a consciência da força da Comunidade (família, amigos, escola, empresas) que nos protege e do compromisso que precisamos assumir com a mesma.
É a hora de entendermos a Comunidade como um “organismo Vivo” que precisa ser nutrido diariamente, nas mais pequenas acções, e para o qual precisamos contribuir e não apenas “nos servir” quando entendemos ser necessário para o nosso “mundinho pessoal”.
É hora de actuar.
Para quaisquer que sejam as pessoas cuja função implique dirigir pessoas (gestores, professores, treinadores e outros líderes de equipa), torna-se prioritária uma reflexão profunda sobre a qualidade dos laços, do sentimento de cooperação, entreajuda e orgulho de pertença da sua equipa pré Covid 19 – na realidade, precisam reflectir sobre que áreas da sua Liderança estariam já “doentes” e a necessitar de revitalização.
Mas este não é só um tema de liderança, mas também de quem é liderado – muito em particular, é também uma hora importante para quem não se sente “ligado” à sua equipa, ao seu trabalho, à sua família ou aos seus amigos. Quanto mais tempo irão “escolher” permanecer assim? Quanto mais tempo se ocuparão com os “erros ou faltas” dos Outros, evitando “olhar dentro”, onde a verdade se esconde e a mudança se opera?
Não é um caminho fácil, mas não precisa ser feito sozinho – é antes de mais uma escolha – sair da “anestesia” e da “fuga para a frente”, tornar os processos mais claros para que as escolhas possam ser mais óbvias (mesmo que não se consigam, ainda, fazer).
Para que não se esqueça... precisamos mesmos recordar que comportamentos actuámos nos últimos 10 anos e que nos trouxeram até ao dia de hoje – muito em particular, porque os próximos 10 anos podem começar agora.
Seja essa a nossa Escolha."

Relançar desporto pós-desconfinamento

"A crise sanitária ligada à Covid-19 colocou os cidadãos em casa e os países ficaram “fechados”. Para além das incertezas que esta situação excepcional provocou (e provoca), esta crise oferece também um tempo de reflexão sobre a sociedade que queremos, colectivamente, construir depois desta crise. O desporto, nas suas múltiplas dimensões (prática desportiva, espectáculo desportivo, actividade económica), não se pode afastar deste questionamento. Algumas preconizações (a curto, médio e longo prazo) poderiam ser tomadas em conta quer a nível nacional, quer a nível europeu:
1. A curto prazo: relançar o desporto de forma partilhada e solidária. Na Europa o desporto pesa 2,12% do PIB europeu e representa 2,72% de empregos. Neste sentido, é essencial que o sector seja considerado como um elemento da retoma económica e que possa beneficiar de todos os apoios colocados em prática para fazer face a esta pandemia. A nível nacional: os actores desportivos devem beneficiar das medidas urgentes colocadas à disposição; estabelecer um plano de relançamento do desporto numa perspectiva de longo prazo (via fiscal, por exemplo); favorecer a convergência dos dispositivos de apoio; assegurar uma comunicação fluída e acompanhar os actores, por forma a responder à grande heterogeneidade de situações (associações desportivas, empresas privadas, etc.). A nível europeu: reorientar alguns apoios financeiros, nomeadamente dos fundos estruturais de investimentos europeus (FSE, FEDER), para acções que visem a promoção de bem-estar dos cidadãos, pelo desporto e exercício físico.
2. A médio prazo: apoiar o desporto durante a fase de desconfinamento. O desporto representa um importante instrumento de coesão social, susceptível de facilitar novas formas de viver colectivamente e de acompanhar o processo de saída da crise. A nível nacional: adaptar materiais de protecção às especificidades das disciplinas desportivas; propor, no quadro escolar, um programa de educação e de higiene relativamente aos gestos de segurança apropriados, adaptado segundo as idades (as associações desportivas deveriam ser chamadas para desempenhar essas funções); encorajar a digitalização e a individualização da oferta de serviços desportivos propostos pelos clubes, federações, e privados; coordenar os calendários desportivos, evitando uma concentração de actividades e locais de prática. A nível europeu: encorajar as boas práticas no âmbito do desenvolvimento de ferramentas pedagógicas, mobilizando o desporto e a actividade física na Escola; criar novas oportunidades de financiamento e apoiar as inovações técnicas e sociais associadas à actividade física e desporto.
3. A longo prazo: promover o desporto na sociedade. A nível nacional: encorajar o desporto para todos, nomeadamente para os mais frágeis socialmente; valorizar o estatuto do voluntário (colocar em prática contratos de trabalho associativos, permitindo aos clubes remunerar os voluntários com valores definidos e exonerados de impostos); desenvolver ferramentas informáticas (as universidades e os politécnicos poderiam auxiliar); transformar os espaços urbanos, para fazer das cidades, escolas, empresas, etc. ambientes de vida activos, combatendo o sedentarismo e a falta de exercício físico."

Benfiquismo (MDXXXVIII)

Portimão...