Últimas indefectivações

sábado, 5 de setembro de 2015

Entrada à Benfica !!!

Benfica 29 - 22 ISMAI

Entrada muito forte, em poucos minutos decidimos o jogo, de tal maneira que na 2.ª parte até tivemos tempo para as habituais desconcentrações, sem que isso tivesse posto em causa o resultado!!!
O ISMAI venceu na Luz, o ano passado. Mudou de treinador, perdeu alguns jogadores, mas não são tão fracos, como pareceram naqueles primeiros minutos...
Como já era esperado o Belone, como lateral direito, entrou muito bem... depois do que tinha visto do Uelington com o Sporting, fiquei apreensivo, mas hoje pareceu-me mais solto, com alguns grandes golos!!!
O Dragan estreou-se hoje, depois de uma lesão... posso estar enganado, mas duvido que seja útil na defesa, no ataque precisa de maior entrosamento. O regressado Hugo Lima também recuperou da lesão... Falta o Semedo.

Com o play-off no Campeonato, temos tempo para melhorar. Temos muitos jovens, alguns ainda juniores com muito potencial, mas os jogadores mais valiosos têm que fazer a diferença...

Nove fora nada !!!

Rio Ave 0 - 9 Benfica

Goleada, num jogo que acabou por ser fácil, muito por culpa da atitude da equipa: os primeiros golos foram criados com pressão alta, mesmo falhando um penalty, chegámos ao intervalo a vencer 0-3 e podiam ser mais...!!!
No 2.º tempo, aumentámos um pouco o ritmo, e com a nossa rotação do banco, o marcador foi subindo com alguma 'tranquilidade'... continuamos a mostrar trabalho nas bolas paradas.
Destaco a adaptação do Fábio Cecílio, tem um estilo de jogo um pouco tímido, mas hoje voltou a marcar, e fez várias assistências... além da consistência defensiva, será importante no ataque. O Fernando voltou a fazer um grande golo, mas teve algumas falhas (desconcentrações) defensivas!!!
Além do Patias castigado, o Jefferson também ficou na bancada... O Mário Freitas, lesionado na pré-época, estreou-se hoje com alguns minutos...

Liberdade para Augusto Inácio!

"Diz toda a gente que um dirigente do Sporting, Augusto Inácio, se arrisca a três anos de prisão pelo crime confesso, de pirataria audiovisual. Parece, assim, ser perigoso e excepcionalmente castigador o mundo dos visionamentos online de jogos de futebol mesmo quando há razões ideológicas que sustentam o delito, tal como Augusto Inácio, afinal um simples borlista, explicou: "Eu não contribuo 'pó' Benfica TV."
Inácio é um tipo coerente que já em 2011, quando fazia campanha por Bruno de Carvalho, proclamava que com ele no Sporting "ninguém usará botas vermelhas". Ao que acrescentou: "E o ideal seria que todos usassem botas verdes", o que também se aceita em nome das liberdades na vertente fundamental do calçado. E, convenhamos, que mal faz? Vermelhas ou verdes, botas são botas e Inácio, como qualquer um de nós, tem as suas superstições.
No entanto, o que espanta na celeridade com que se produziu a sentença de três anos de prisão para o dirigente que se recusa a pagar serviços de um operador televisivo é, precisamente, a falta de celeridade, e até o desinteresse, com que os mesmos especialistas do Código Civil, e até os órgãos disciplinares da Liga de Clubes e da FPF, se debatem com um outro tipo de delito apontado a um outro tipo de dirigente do Sporting.
A verdade é que é fácil condenar num minuto o simpático borlista a três anos de cadeia por não contribuir com os 9,90 euros mensais devidos à estação do inimigo. Mas não tem sido fácil saber o que pensam estes mesmos juízes, tanto os amadores como os profissionais, e que sentenças têm nas suas imparciais cabeças para punir o clube e o dirigente do clube que, em 2012, já vai para três anos, contribuiu indevidamente com 2 mil euros na conta bancária de um árbitro nas vésperas de um escaldante Marítimo-Sporting.
A maior vítima desta situação de relaxo das várias justiças, incluindo a desportiva, é, obviamente, o Sporting. Como todas as nossas classes laborais, os árbitros abusam de um forte sentimento corporativo. Por isso, solidários com o colega indevidamente gratificado, conluiaram-se e andam a perseguir como malucos o Sporting enquanto não se fizer jurisprudência sobre o infeliz e quase já esquecido episódio Cardinal.
Perante mais esta singularidade dos nossos costumes, é nosso dever gritar: - Liberdade para Augusto Inácio!"

O desporto e o regresso à escola

"Tempo de regresso à escola. Na agenda principal da discussão, a colocação dos professores, o desemprego no sector, a precariedade dos contratos, a continuada redução de alunos, porque há cada vez menos jovens em Portugal. Ninguém parece interessado em recentrar a discussão nessa questão essencial da qualidade do ensino e da escola. Os jovens não têm voz nos media, e, verdade seja dita, muitas vezes não sabem, não querem, não se interessam por ter voz.
A escola continua a ser uma quinta do ensino, cercada por tradições, preconceitos e uma estranha sobrevalorização do que se poderia chamar as ciências avulsas.
A escola, no seu conceito, na sua relação com o mundo, na sua natureza formadora, continua a ter uma sensação de perigo quando se aproxima da liberdade, da inovação, do concreto.
A visão alcatifada em que, desde há muitos anos mergulhou a escola, refém dos seus pensadores de gabinete, há muito que lhe retirou capacidade para se renovar ao ritmo do conhecimento que o homem conquista nos mais diversos sectores, numa sociedade que, na prática, rejeita as vantagens de um ensino estereotipado e velho, obrigando qualquer licenciado a adaptar-se à vida profissional aprendendo na escola prática das organizações empresariais.
A escola precisa de se relacionar com o mundo e de acompanhar o seu natural crescimento. Para isso, precisa de sair da escola e de ter a coragem de abandonar os velhos e ultrapassados conceitos cartesianos. Basta ter atenção ao olhar da escola sobre o desporto, sobre a música, sobre todas as artes. Basta perceber como a escola faz questão em manter uma estúpida hierarquia do conhecimento, dividido por patamares de disciplinas, sem entender que o conhecimento é, afinal, tão inteiro como o corpo e o espírito no homem.
Por essa mesma visão ultrapassada, preconceituosa e decadente, a escola desvaloriza a importância do desporto no crescimento e na afirmação de personalidade dos jovens portugueses. Portugal tem, hoje, uma das maiores taxas de obesidade jovem na Europa, os nossos jovens não têm mobilidade, são descoordenados, têm níveis de sedentarismo inimagináveis, mas o poder político (não apenas este) e as direções de escola continuam a promover a desvalorização do desporto, reduzindo a níveis caricatos a carga curricular, defendendo a ideia de que o desporto interfere no estudo das disciplinas que interessam e demitindo-se de uma séria organização do desporto escolar à escala nacional.
Claro que poderíamos encontrar por aqui, nesta situação relapsa e indigente do desporto nas nossas escolas, uma das principais razões do definhamento da qualidade internacional da alta competição. Convenhamos, porém, que face à questão essencial, que é a questão educativa, a questão do crescimento inteiro dos jovens portugueses, a questão da formação do homem e da mulher modernos, a deplorável situação competitiva em que manifestamente vivemos, salvo honrosas exceções que beneficiam do talento e do investimento humano de alguns, é uma questão menor face à dimensão da sociedade portuguesa do futuro.
O que mais intriga é que professores e políticos não entendam que não é de desporto que se trata e muito menos de conseguirmos criar novos campeões dos estádios. O que está em causa é criar condições para termos campeões para a vida, para os difíceis e complexos desafios das sociedades modernas, cada vez mais exigentes no conhecimento, cada vez mais competitivas. E não é possível fazer nascer um homem moderno e preparado sem incluir o desporto (coletivo e individual) na sua formação, no seu crescimento."

Vítor Serpa, in A Bola

Boas-novas vindas de Espanha

"E depois da profunda decepção que se revelou a Volta à França, no que tange à presença portuguesa, em especial pela prestação e subsequente desistência de Rui Costa, bem como pela ausência de um vencedor nacional da nossa Volta, eis que na magnífica Vuelta ainda em curso dois corredores lusos se têm destacado de forma a roçar a exuberância.
Primeiro foi José Gonçalves, o qual, aliás, já tinha sido merecedor do maior destaque na nossa principal prova doméstica. Agora em Espanha confirmou, e até reforçou, o que parecem ser os seus maiores predicados, como a coragem e a combatividade (que não são sinónimas...), além do talento próprio, claro está. Atributos que já lhe poderiam ter rendido uma vitória. Mas ela acabará por chegar, é seguramente só uma questão de tempo.
Já quanto a Nélson Oliveira, o campeão nacional de contra-relógio, não se poderá falar, em bom rigor, de mais uma revelação, e muito menos de uma promessa. A verdade é que se trata de uma real e indiscutida confirmação, porquanto vem demonstrando, época após época, um desenvolvimento competitivo manifestamente sustentado, por exemplo ao nível do desempenho em alta montanha, conforme esta semana ficou comprovado, a título definitivo, com a contundente exibição na etapa rainha da Vuelta. E ainda está por disputar aquela em que se deverá tornar a todos patente a sua valência mais distintiva, a saber, a luta contra o cronómetro, em que conquistará o reconhecimento como membro efectivo do restrito clube dos melhores especialistas do mundo. A sua vitória de ontem foi assim, estou certo, a prova do amadurecimento de uma classe inata. E por isso apenas a primeira de uma carreira ascendente."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

Selecção e clubes

"A nossa Selecção é hoje, na sua essência, uma entidade completamente diferente do que foi até há 20 anos. Antes da globalização, a Selecção assentava num clube - fosse o Sporting (no tempo dos 5 Violinos), o Benfica (no tempo de Eusébio) ou o FC Porto (mais recentemente). Depois da globalização, porém, deixou de haver um clube-base da Selecção. Os jogadores começaram a emigrar, e a equipa tornou-se uma manta de retalhos, com jogadores vindos daqui e dali.
Claro que, neste processo, também se ganhou muita coisa. Enquanto no passado os jogadores só estavam habituados aos despiques caseiros, passando o ano inteiro a jogar contra equipas de meia tigela, hoje os jogadores da Selecção portuguesa, actuando no estrangeiro, estão familiarizados com os grandes palcos. 
Fenómeno idêntico se passou com a selecção brasileira, embora noutra escala e com piores resultados. O Brasil fornece futebolistas para o Planeta inteiro, mas tem uma selecção fraca. E a Argentina, produtora de estrelas de primeira grandeza, também não consegue rentabilizar totalmente o seu imenso potencial humano. 
Entretanto, no Mundo globalizado, ainda há selecções que assentam em equipas de clube, com óptimos resultados. Estão neste caso a Espanha, que replica o modelo de jogo do Barcelona, e a Alemanha, que assenta no Bayern Munique. Somando perdas e ganhos, é indiscutível que a Selecção portuguesa, ao contrário da brasileira ou mesmo da argentina, ficou a ganhar com a internacionalização dos nossos jogadores. Esperemos que na Albânia esta realidade volte a confirmar-se... "


PS: Acreditando no Brunão, a actual Selecção nacional, é o espelho do Sporting... os resultados e as exibições parecem confirmar!!!