Últimas indefectivações

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

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"8
Registo de 8 jogos, 7 vitórias e 1 empate, liderança isolada no campeonato só com triunfos e presença na fase de grupos da Liga dos Campeões. Há 39 anos que o Benfica não tinha um início mais prometedor. Na época da estreia de Eriksson, vencemos as primeiras 8 partidas. A época 2021/22 tem o melhor desempenho desde então (considerando todas as provas oficiais, incluindo a Taça de Honra e a Taça Ibérica);

10
A rotatividade promovida por Jorge Jesus resulta em somente 10 jogadores com utilização superior a 50% do tempo (792 minutos, incluindo tempos adicionais);

14
Golos marcados pela equipa neste início de temporada, 2 em cada jogo excepto em Eindhoven frente ao PSV. Rafa, com 3, é o mais goleador, entre 9 marcadores (incluindo 1 autogolo). Seguem-se, com 2, Lucas Veríssimo, Gilberto e Waldschmidt. No capítulo das assistências (9), Pizzi e Yaremchuk lideram com 2 cada;

15
São 15 os que já alinharam no onze inicial em pelo menos 4 jogos;

17
Número de jogadores utilizados em mais de um terço do tempo dos 8 jogos disputados pelo Benfica.

24
Contam-se 24 os utilizados por Jorge Jesus nestas 8 partidas, 19 delas na condição de titular em pelo menos 2 ocasiões;

97:45
Minutos de média por jogo, uma consequência do incremento dos tempos adicionais, devido à utilização de VAR. Na última temporada sem VAR (2016/17) a média de tempo dos jogos do Benfica sitiou-se ligeiramente abaixo dos 95 minutos;

782
Odysseas é o único totalista na presente temporada em campo nos 782 minutos das primeiras 8 partidas. Seguem-se Otamendi (683), Lucas Veríssimo (615), João Mário (552), Grimaldo (511) e Gonçalo Ramos (497), os únicos com utilização superior a 60% do tempo."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1 - Valter Neves e André Almeida são dois símbolos do Sport Lisboa e Benfica pelo seu compromisso, pela sua dedicação, pelo exemplo que representam para todos os atletas que envergam o manto sagrado. Merecem especial destaque nesta edição do jornal O Benfica, o que muito nos orglha.

2 - A série sobre a recuperação de André Almeida, 300 Dias, expressa uma forma diferente e inovadora de nos ligarmos com os adeptos, mostrando muito do profissionalismo, da excelência, da camaradagem e vitalidade com que se trabalha no Sport Lisboa e Benfica. O futuro de uma relação cada vez mais envolvente com os sócios e com todos os apaixonados pelo dia a dia do Clube implica, cada vez mais, a aposta neste tipo de conteúdos. Uma abordagem distante de uma comunicação de guerrilha, negativa para a sustentabilidade da própria indústria do futebol e da relação com todos os parceiros, em contraste com uma ideia de envolvência, de proximidade e emoção com quem verdadeiramente exulta sempre que a sua equipa entra em campo.

3 - Os números são concludentes e provam que o caminho merece ser trilhado com perseverança e determinação: a série 300 Dias gizada pelo jornalista Ricardo Soares e com imagem de André Araújo teve nas diferentes redes sociais um alcance superior a três milhões de pessoas e gerou mais de um milhão de visualizações. Uma estratégia de excelência, para aprofundar e continuar."

Pedro Pinto, in O Benfica

Cashball vive !!!



"No passado fim de semana jogou-se o Torneio Internacional de Lisboa em Basquetebol, que contou com a presença de Benfica, Cashball, Obradoiro e Betis. No último jogo do torneio, defrontaram-se Benfica e Cashball. Se o Benfica ganhasse o jogo seria o vencedor do torneio, face aos resultados obtidos com Obradoiro e Betis.
O que aconteceu? Nada de novo. O habitual desde que o Cashball voltou ao Basquetebol. Favorecimento premeditado e sem vergonha de árbitros adeptos do Cashball que teimam em inquinar aquela que foi uma das modalidades mais limpas das últimas décadas. No ano passado, fizemos aqui a primeira denúncia do estado lastimável a que está a chegar a arbitragem no Basquetebol, na altura os visados foram Sónia Teixeira e Fernando Rocha
Desta vez, foi Sérgio Silva, que nem num amigável conseguiu despir a sua pele de adepto do Cashball e anti-benfiquista-primário. Fiquem com o vídeo.
Mais uma vez fica a questão: porque é que o Benfica oficialmente nada diz e nada faz? Estamos seriamente preocupados com a ausência de uma alternativa válida ao Vieirismo personificado na candidatura de Rui Costa. A eleição de Rui Costa vai-nos manter neste registo de ser desrespeitado e sovados por tudo e todos sem qualquer tipo de acção ou reacção da nossa parte.
Quando aqui dizíamos o que dizíamos de Luis Vieira, era porque eramos uns vendidos aos hambúrgueres, ou eramos portistas ou lagartos. O tempo (e os factos deram-nos razão).
Lançamos aqui um apelo desesperado: que alguém nos ajude a recuperar o Benfica, por favor!"

SL Benfica | Os 5 melhores guardiões a passar pela Luz


"A posição de guarda-redes pode ser considerada a mais ingrata de todas, e num clube como o SL Benfica pode ser ainda mais.
Ou o guardião é muito bom e agarra a titularidade, ou tem de esperar que o colega de posição se lesione ou cometa um grande deslize para conseguir a oportunidade de pertencer ao onze inicial.
Todos sabemos que Jorge Jesus não é fã de elogiar guarda-redes, mas a verdade é que Vlachodimos tem sido uma figura de destaque da equipa e merece muitos elogios.
Uma vez que o grego tem estado em grande plano, decidi fazer um top com os cinco melhores guarda-redes que passaram pela Luz. Tarefa algo complicada, uma vez que os encarnados já tiveram grandes nomes a defender as suas redes.

1. Michel Preud’hommeQuem não concorda que me perdoe, mas Michel Preud’homme foi o melhor guarda-redes que passou por Portugal. Se para descrever os anteriores escolhidos para este top foi uma tarefa difícil, falar da extraordinária qualidade do belga torna-se quase impossível.
Ao longo de cinco temporadas, realizou 199 jogos oficiais pelos encarnados. Apesar de ter vestido o manto sagrado numa fase menos positiva do clube, deixou uma grande marca no futebol português.
Conquistou uma Taça de Portugal ao serviço do SL Benfica e pôs fim à carreira em 1999, num jogo frente ao FC Bayern de Munique, onde foi aplaudido por 80 mil adeptos. “Saint Michel” é um daqueles jogadores raros, que já não se encontram facilmente.
Tenho pena de não ter tido o privilégio de o ver jogar, mas basta ver algumas defesas do belga ao serviço do SL Benfica para o colocar na primeira posição do top.

2. Ederson Moraes O brasileiro chegou ao SL Benfica ao mesmo tempo que Oblak. Até representar a equipa A, esteve ao serviço das águias nos escalões de formação e representou outros clubes portugueses.
A 5 de março de 2016 foi chamado para substituir o grande Júlio César, num jogo frente ao rival Sporting CP. O SL Benfica precisava de ganhar esse jogo para entrar na corrida pelo título e assim foi.
A vitória veio dos pés de Mitroglou, mas uma grande parte do triunfo deveu-se à frieza com que Ederson defendeu as redes encarnadas. Pôs o nervosismo de lado e brilhou! A partir desse momento, conquistou a titularidade.
Em duas épocas, realizou um total de 58 jogos, tendo sofrido 39 golos. Esteve 32 jogos sem sofrer, venceu dois campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Liga.
No meio disto tudo, podemos destacar a sua qualidade exímia a jogar com os pés: desde passes longos, até às assistências, como aquela que fez para Jiménez no jogo frente ao Vitória SC. Ederson põe a bola onde quer, algo digno dos melhores do mundo.

3. Manuel Bento Um guarda-redes com apenas 1,73 metros. Podia não ser muito grande em altura, mas era enorme em termos de qualidade. Deixemos que os números falem por si.
Bento chegou ao SL Benfica em 1972/73 e por lá ficou até 1991/92, época em que pendurou as luvas. Foi dono e senhor da baliza dos encarnados, tendo realizado 636 jogos com o manto sagrado.
Apontou um golo e conquistou 22 títulos: oito Campeonatos Nacionais, cinco Taças de Portugal, duas Supertaças Cândido de Oliveira, uma Taça Ibérica e seis Taças de Honra de Lisboa.
Estes números juntos com a frieza e os reflexos magníficos fizeram com que o “homem de borracha”, como era conhecido, fosse considerado pela UEFA, em 2015, o melhor guarda-redes português de sempre. Posto isto, tem obrigatoriamente de ocupar um lugar no pódio.

4. Jan Oblak O que dizer do esloveno? Com tanto talento, até fica difícil descrever um guarda-redes como este. Agilidade magnífica, posicionamento exímio e reflexos extraordinários são talvez as características que mais se destacam.
Jan Oblak chegou ao SL Benfica em 2009/10, mas passou grande parte do tempo emprestado. Em 2013/14 esse panorama mudou: disputou um total de 26 jogos, tendo sofrido apenas seis golos.
Em 22 jogos manteve as redes das águias inatingíveis. Venceu o campeonato, a Taça de Portugal e a Taça da Liga nessa mesma época. Um autêntico muro, que até poderia estar num lugar mais elevado do top, só não está porque a “concorrência” é alta.

5. Júlio César O astro brasileiro chegou ao SL Benfica em 2014/15. Considerado por muitos como um guarda-redes de renome, Júlio César disputou um total de 83 jogos, tendo sofrido 69 golos.
Se os números podiam ser melhores? Podiam, mas a verdade é que também esteve 38 jogos sem sofrer golos, foi três vezes campeão nacional, venceu uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Liga.
A qualidade é inegável, mas as lesões que o acompanharam dificultaram muito as prestações do brasileiro. A época de 2017/18 é um bom exemplo disso: jogou apenas quatro jogos, devido a lesões nas costas e tendinites. Apesar disso, é um nome que merece estar no top."

Rui Águas...

Um súbito raio negro de luz


"William Hubbard era um marrão. Mas, pelo caminho tornou-se no primeiro negro a ganhar o ouro olímpico pelos EUA

Na Coimbra da velha Cabra, essa Coimbra do Mondego onde a sombra da capa do Zeca Afonso deu no chão e abriu em flores, chamar-lhe-iam, certamente, um Urso. Na altura de mergulhar nas sebentas, não havia farra nem confraria, nem copo de bourbon ou amor de estudante, daqueles que não duram mais do que uma hora, que o fizessem tirar os olhos das palavras dos mestres. Marrava a fundo. E ninguém ficou surpreendido com o facto de ter sido um dos oito negros que se graduaram na Universidade de Michigan num total de 1546 alunos promovidos a doutores.
William DeHart Hubbard nasceu no dia 25 de novembro de 1903, em Cincinnati, no Ohio, num tempo em que os afro-americanos não eram propriamente bem vistos nessa terra de liberdade a que resolveram dar o nome de Estados Unidos. «God bless America, land that I love/Stand beside her and guide her/Through the night with the light from above...». e por aí fora, como no final dessa obra prima do cinema assinada por Michael Cimino, O Caçador, mas, sabemo-lo de cor e salteado, que a música não passava de um sonho ou, pior ainda, de uma propaganda barata na qual ninguém acreditava.
Hubbard já era um marrão na Walnut Hills High School e, ainda por cima, um atleta com particularidades extraordinárias. Foi mais por elas do que pelo seu cérebro intrincado que a Universidade de Michigan lhe ofereceu uma bolsa para que pudesse continuar nela os seus estudos. A conclusão do curso com honra e mérito no ano de 1927 surgia após a obtenção, três anos antes, de um tempo bastante impressionante nas pistas de atletismo: 9,8 segundos nos 100 metros. Juntou-lhe, pelo caminho, 7m53 metros no salto em comprimento. E com números como estes, apresentou-se nos campos de treino da Universidade de Harvard para tentar a sua sorte perante os selecionadores da equipa norte-americana que iria participar nos Jogos Olímpicos de 1924, em Paris. Foi aprovado, como não podia deixar de ser. William DeHart Hubbard estava destinado a ser um homem muito especial.
Ao mesmo tempo que Johnny Weissmuler se tornava Tarzan nas piscinas, arrebatando três medalhas de ouro e uma de bronze, só lhe faltando bater no peito com os punhos e soltar o inevitável iááááiááááá no momento de subir ao pódio, a sorte mantinha-se estranhamente apática no que dizia respeito aos esforços de Hubbard. O melhor que conseguira até aí no salto em comprimento fora três saltos nulos, com o bem visível pisotear da linha, e uma lesão no tornozelo esquerdo. Faltava-lhe ainda mais um salto, mas faltava-lhe ainda mais acreditar em si próprio.
Fazia um calor bruto no Stade Olympique Yves-du-Manoir, em Paris, no dia 8 de julho de 1924. Hubbard olhava em seu redor e observava as manobras de concentração dos 33 adversários, representando 21 países, que tinha de bater. Uma tarefa impossível, dir-se-ia. E foi precisamente isso que William disse aos seus botões enquanto esperava a chamada para o salto derradeiro.
Passava pouco das quatro da tarde. Hubbard partiu como um raio negro de luz: 300 mil quilómetros por segundo, e o seu voo foi perfeito. Por momentos parecia que pairava no ar como um beija-flor. Depois aterrou na caixa de areia a 7m45, arrasando o seu compatriota Edward Gourdin, conhecido por Ned, um marrão como ele que não tardaria a completar o curso de Direito e a tornar-se Assistente do Procurador em Massachussets. Gourdin ficou-se pelos 7m25. De repente, a América acordava do seu pesadelo estúpido de puritanismo vitoriano serôdio e incompreensível – William DeHart Hubbard era o primeiro negro a ganhar uma medalha de ouro para os Estados Unidos. Um rapazinho de 21 anos provocava uma fratura num país cujos sulistas ainda exigiam a escravatura e mãos inferiores que sangrassem na apanha de algodão. Enquanto a Stars and Stripes subia no mastro de Paris, Hubbard não ouvia o hino. Estava demasiado preocupado em regressar à Universidade para terminar o seu curso.
Nos dois anos que se seguiram, William continuou a competir, embora cada vez mais desinteressadamente.
Arrebatou vários títulos importantes, tanto em torneios indoor como ao ar livre. Em junho do ano seguinte, estabeleceu o recorde do mundo de salto em comprimento em 7m90 numa prova realizada em Chicago e, em 1926, igualou o recorde do mundo dos 100 metros com a marca de 9,6 segundos.
Com o canudo nas mãos, entrou na guerra pela igualdade rácica e aceitou o cargo meio confuso de directo do Department of Colored Work for the Cincinnati Public Recreation Commission. Teve uma vida longa e tranquila, esse homem que era longo e tranquilo. Quando George Gershwin compôs Porgy and Bess, sentava-se numa cadeira e ouvia como se o som brotasse do passado: «Summertime, and the livin’ is easy/Fish are jumpin’ and the cotton is high/Oh, your daddy’s rich and your ma is good-lookin’/So hush little baby, Don’t you cry». E as lágrimas corriam-lhe pela cara, impossíveis de prever."

Rescaldo | SL Benfica x FC Twente (Fem)

Antevisão...

História !!!

Benfica 4 - 0 Twente


Partida história do futebol feminino português, com a primeira qualificação de uma equipa portuguesa para a fase de grupos da Liga dos Campeões! Estamos no grupo restrito das 16 melhores equipas europeias!!!

O 1-1 da 1.ª mão foi mentiroso, o nosso desperdício, fazia-me temer que sendo melhores, podiamos ter dificuldades em passar as campeãs da Holanda, mas uma exibição praticamente imaculada, desta vez, sem demasiado desperdício, e com uma gigantesca exibição da Cloé, chegou para fazer história!!!

Parece que encontrarmos a 'fórmula' europeia: defender no nosso meio-campo, com saídas rápidas, com passes verticais... Com muitos jogos da Liga sem competitividade, não é fácil encontrar as rotinas para este tipo de jogo, mas este início de época, super-carregado de jogos, parece ter dado à equipa o ritmo necessário para este tipo de partidas!

Recordo que a Holanda, é uma das principais selecções europeias, com algumas das melhores jogadores do Mundo... é verdade que a maioria joga em equipas fora da Holanda, mas o nível da formação Holandesa, nos últimos anos (no pós-Europeu da Holanda), subiu muito... Ainda não estamos ao nível das 'gigantes' equipas Inglesas, Francesas, Espanholas e Alemãs, mas estamos muito mais perto... O ano passado a eliminação do Anderlecht já tinha deixado o aviso... este ano, se voltarmos a defrontar o Chelsea, suspeito que vamos equilibrar mais o jogo!!!

Uma nota para algumas das nossas jogadoras mais criticadas: a derrota na Supertaça, as dificuldades no jogo da Liga e o empate na Holanda, deixaram um rol de criticas a várias das nossas jogadoras e treinadora nas redes sociais, mas como nós já sabemos, os génios do teclado, estão por todo o lado... até no futebol feminino!!! O Benfica tem uma equipa boa, excelente ao nível interno. Não é perfeita, como nunca poderia ser, faltará algumas opções, para determinadas posições, mas as jogadoras que estão cá, são extremamente solidárias, demonstram muita determinação em todos os jogos, e merecem o nosso apoio...

PS: Destaque mais que merecido para o nosso Campeão Olímpico, Pedro Pichardo, pela 2.ª vitoria da Liga Diamante, a competição mais importante do mundo do Atletismo, extra grandes Campeonatos!