"Benfica, dois treinadores; Sporting, três treinadores; FC Porto, dois treinadores; SC Braga, dois treinadores; Vitória Sport Clube, três treinadores. No dia em que escrevo, já houve 12 mudanças de comando técnico em clubes da primeira liga. Não tenho memória de coisa igual. Se não é um recorde, andará lá perto.
É certo que houve motivações diferentes para todos estas mudanças. Cada uma delas teve a sua história. Mas, em paralelo com elas, também o próprio Campeonato tem sido um constante turbilhão de emoções cruzadas. Uma espécie de dança: 'ora agora estás em crise, ora agora estou eu'.
Em diferentes momentos da temporada, Benfica, Sporting e FC Porto tiveram momentos empolgantes. Todos estiveram, a dada altura, ou no 1.º lugar, ou com possibilidades de lá chegar. Todos já sofreram, também, a sua dose de assobios, tochas e insultos - manifestações de minorias cuja repetição, ora aqui, ora ali, começa a tornar ridículas.
Uma liga repleta de incerteza e com constantes mudanças na classificação seria, à partida, algo de positivo. Sobretudo se a isso correspondesse um incremento de qualidade dos clubes mais pequenos. Francamente, não é o que me parece. Creio que se tem tratado, sim, se um caso de grande irregularidade por parte dos principais candidatos ao título. De oscilações de rendimento desportivo por vezes difíceis de entender. E no caso do FC Porto, até mais do que isso.
Enfim, em Maio alguém terá de ser o campeão. Pelo andar da carruagem, será aquele que, daqui para a frente, menos oscilar. Aquele que melhor conseguir disfarçar os momentos de debilidade. Aquele que melhor resposta der a lesões ou quebras de forma dos seus atletas. Também - e isso é connosco - aquele que souber criar de apoio mais favorável à estabilidade e à confiança da equipa."
Luís Fialho, in O Benfica
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