"O grande objetivo da época é sermos campeões na primavera, mas se sermos campeões de inverno significa preencher mais uma prateleira do Museu Cosme Damião, então venha daí a atribuição dessa distinção acompanhada de mais um troféu. Esta faixa vem em boa hora, até porque o inverno não estava assim tão simpático - e não me refiro ao frio.
Apesar de já o ter experimentado diversas vezes, já não me lembrava assim tão bem da sensação de ganhar a Taça da Liga, e a verdade é que é bastante agradável. Muito mais do que perder, disso não tenho dúvidas. Aliás, o tempo de jejum do Benfica sem conquistar esse troféu, que nos escapava desde 2016, foi suficiente para trazer desaparecer a ideia de que ninguém faz questão de o ganhar. Se bem me lembro, quando quem não o conseguia vencer assistia, ano a ano, ao Luisão a erguer mais um caneco, a Taça da Liga era de carica, no entanto, a partir do momento em que também lhe começaram a tocar, perceberam que, afinal, o seu revestimento não era de plástico. Eu próprio, que, na verdade, nunca cheguei a pôr efetivamente as mãos em nenhuma, cheguei a questionar a qualidade dos materiais, mas, à medida que outros clubes também começaram a ganhar, fui percebendo através desses mesmos entendidos que as propriedades de fabrico da taça foram ficando cada vez mais refinadas. Os tempos foram mudando. Felizmente, isto hoje já nem sequer é alvo de discussão, e até há jogadores a sair do relvado lavados em lágrimas por saírem derrotados. Pelo menos, enquanto o Benfica não voltar a ganhar três ou quatro de seguida e o valor dos elementos que compõem a Taça da Liga voltar a ser tema de conversa."
Pedro Soares, in O Benfica
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