Últimas indefectivações

sábado, 6 de setembro de 2025

Vitória na Supertaça Ibérica...

Beti-Onak 24 - 25 Benfica
10-12

Muito superiores, apesar de algumas limitações, numa partida que só acabou emotiva, porque a arbitragem caseira assim o obrigou!
Com a Matilde na baliza a ser a heroína!

Na Final, com o Bera Bera, não somos favoritos, mas tenho a certeza que o Benfica vai dar tudo... mas com arbitragens destas, será impossível...

Gigante...

Especulação acertada!

Urgente...

João Neves a lateral-direito? Não, obrigado


"O otimismo com a Seleção e uma preocupação com as escolhas de Roberto Martínez

Que privilégio. Portugal tem uma das melhores duplas de médios do mundo, Vitinha e João Neves, que pedem meças a Pedri e Zubimendi, ou a Bellingham e Declan Rice, ou a Enzo Fernández e Mac Allister, ou a quaisquer outras combinações, em Espanha, Inglaterra, Argentina e nos outros, que possamos idealizar.
Basta ver, aliás, que na lista de 30 nomeados para a Bola de Ouro só outro país tem dois médios — a Espanha (com Pedri e Fabián Ruiz, em vez de Zubimendi, numa lista muito influenciada pela conquista do PSG na UEFA Champions League).
João Neves e Vitinha não jogam só juntos em Portugal, também o fazem no PSG, e como titulares. O entendimento que ganham no clube seguramente que será precioso para a Seleção, e com Bruno Fernandes ou Bernardo Silva uns metros mais à frente a segurança e a criatividade estão asseguradas. Com meio-campo assim, não surpreende que tantos analistas coloquem Portugal como um dos principais candidatos à conquista do Mundial-2026.
Mas seria provavelmente vantajoso que Neves e Vitinha jogassem juntos... no meio-campo. Não sei se Roberto Martínez ficou escaldado com o desastre de março na Dinamarca (0-1 lisonjeiro na primeira mão dos quartos de final da Liga das Nações), mas na última época foi a única vez em que viu (com Bruno Fernandes também no onze e Bernardo Silva no banco).
Os dois jogadores do PSG também foram titulares no meio-campo na Croácia (1-1), em novembro de 2024, mas em 3x5x2 e num jogo que contava para pouco ou nada. E na final da Liga das Nações, frente à Espanha, Neves e Vitinha foram titulares... mas o primeiro jogou a lateral-direito (e saiu ao intervalo).
E essa experiência do selecionador nacional deixa-me preocupado. Porque ontem, com a lesão de Diogo Dalot, em vez de chamar outro jogador para a direita decidiu convocar Nuno Tavares, lateral-esquerdo. Para o outro corredor ficou apenas com João Cancelo — e João Neves?
É verdade que o antigo médio do Benfica também já fez o lugar em Paris. Mas perder um médio de classe mundial, ainda mais habituado a jogar ao lado de outro médio de classe mundial, para ter alguém que desenrasca como lateral-direito parece-me uma péssima gestão de recursos.
Percebo que entre Rúben Neves, João Neves, Vitinha, Bruno Fernandes e Bernardo Silva não haja lugar para todos no meio-campo (embora Bernardo possa jogar na direita). Mas João Neves a lateral-direito não, obrigado."

BF: Análise ao Mercado - Avançados...

Zero: «Sudakov [Benfica] é um craque em qualquer campeonato»

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Portugal rumo ao Mundial: questões e dúvidas

Observador: E o Campeão é... - João Neves vai jogar novamente a defesa direito?

Observador: Três Toques - Ameaçou ou não? David Luiz está envolvido em escândalo

ESPN: Futebol no Mundo #488 - Como combater a liga dos bilhões?

Tony: Live - Mercado...

Apoiar quem precisa


"O lançamento do programa Benfica Social é o tema em destaque na BNews.

1. Benfica Social
Conheça o programa de inclusão lançado pelo Sport Lisboa e Benfica e pela Fundação Benfica, que visa apoiar os sócios do Benfica que se encontrem numa situação económica vulnerável, oferecendo-lhes condições mais acessíveis para continuarem a apoiar o Clube e a participar nas suas atividades.

2. Contributos internacionais
São 18 os atletas do plantel profissional de futebol do Benfica ao serviço de várias seleções.

3. Treinos prosseguem
Jogadores que não participam em trabalhos de seleções trabalham no Benfica Campus.

4. Bilhetes
Os ingressos para o jogo com o Santa Clara já estão à venda. Para o embate com o Qarabag estão disponíveis no dia 5 de setembro.

5. Supertaça para ganhar
Em futebol no feminino, o Benfica disputa a Supertaça com o Torreense no próximo domingo, dia 7 de setembro, às 17h15, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

6. Outros jogos do fim de semana
Os Iniciados recebem a Ac. Santarém no domingo, às 11h00. Em andebol, a equipa masculina é anfitriã do Belenenses no sábado, às 17h00, e a feminina joga nesta sexta-feira com o Beti-Onak, em Pamplona, Espanha, às 19h30 de Portugal continental, para as meias-finais da Supertaça Ibérica.

7. Sorteio
Já são conhecidos os adversários e os calendários do Benfica na WSE Champions League de hóquei em patins em masculinos e femininos.

8. Renovação
A basquetebolista Marcy Gonçalves continua de águia ao peito.

9. Convocatórias
Seis atletas do Benfica integram a mais recente convocatória da Seleção Nacional feminina de futsal. E sete constam na chamada da Seleção Nacional feminina de polo aquático.

10. Campeão do mundo
Fernando Pimenta conquistou a medalha de ouro de K1 short distance no Campeonato do Mundo de Maratona de canoagem.

11. Mundiais de atletismo
São 12 os atletas do Benfica participantes nos próximos Mundiais de atletismo, em Tóquio, de 13 a 21 de setembro."

História Agora


Em que Vuelta te meteste, João Almeida!


"Perante o desgoverno e quase anarquia na equipa, não se augura nada de positivo ao apoio que o português deveria dispor para continuar a enfrentar tamanha batalha com Vingegaard. Está visto que João Almeida terá uma tarefa hercúlea: Se vencer, será épico

João Almeida ascendeu à segunda posição da Volta a Espanha após onze etapas cumpridas. No arranque da segunda metade dos 21 dias totais de competição, o português está a 50 segundos de Jonas Vingegaard, reconhecido, certamente pela quase unanimidade dos observadores, como o principal candidato à camisola vermelha final.
Superado, até agora, apenas pelo dinamarquês, vencedor de dois Tour (2022 e 2023), o desempenho de Almeida nesta Vuelta só pode ser classificado de muito positivo. Em termos desportivos, bem dentro do objetivo primordial, os dois primeiros lugares do pódio. Todavia, está longe de ser perfeita – bem pelo contrário - no apoio que o corredor luso tem tido dos companheiros de equipa durante a corrida, à luz do estatuto de líder na forma UAE Emirates – inicialmente em parceria com Juan Ayuso. No entanto, as exceções são mais do que muitas.
Desde logo, do jovem espanhol. E nem sequer é uma surpresa. Logo na primeira etapa mais seletiva demitindo-se da responsabilidade de competir pela classificação geral que a coliderança lhe impunha, ao atrasar-se, reagiu com uma vitória categórica na etapa seguinte, alienando-se da proteção a João Almeida, quem deveria passar coadjuvar nas montanhas. Mais do que falta de solidariedade e companheirismo, foi uma afronta à direção desportiva, elevada de patamar na chegada em alto seguinte, em que rapidamente se descartou da corrida.
Almeida perde alguns segundos para Vingegaard, e no final da etapa não conteve a insatisfação, afirmando ter-se sentido desamparado pela equipa. No dia seguinte, o português retrata-se publicamente, e bem, uma vez que generalizando a crítica poderia perder (em definitivo) toda (ou quase toda) a equipa.
Só que, em resposta à insolência de Ayuso, a direção da UAE Emirates acossou o corredor, divulgando em comunicado a rescisão contratual acordada para o final da temporada, que supostamente só deveria ser tornada pública após a Vuelta. Consequência, o espanhol rebenta na imprensa e diz que impera a ditadura na equipa.
Nas etapas seguintes ao caso, Ayuso deu uma mãozinha ao português, tal como Jay Vine, que embarcou cedo numa cruzada, também pessoal, pelo título de melhor trepador, que implicada dispêndio de energia e um foco à parte. Marc Soler lança-se em iniciativas igualmente individuais em fugas, até agora inconsequentes, e que deixam sem forças para auxiliar Almeida. E o terceiro tenente de montanha da equipa, Feliz Grosschartner, está em claro sub-rendimento.
Perante o desgoverno e quase anarquia na equipa, não se augura nada de positivo ao apoio que o português deveria dispor para continuar a enfrentar tamanha batalha com Vingegaard. Está visto que João Almeida terá uma tarefa hercúlea. Até o segundo lugar, que parece perfeitamente ao alcance do português, pela clara superioridade face à concorrência, poderá ficar em causa se o isolamento se mantiver. Os rivais não vão deixar de tentar explorar a desproteção do corredor luso."

Vou dizer-te como te odeio, Messi!


"O sentimento de abandono por parte do melhor jogador de tempos — perdoa-me, Diego — começa a bater forte. Ainda o veremos mais uns tempos, contudo o desconsolo é já total

Nota: este texto foi escrito antes do Argentina-Venezuela, a fim de entrar na edição impressa de A Bola desta sexta-feira

É uma conclusão como outra qualquer. Messi é, presunção à parte, o inimigo público número 1 de qualquer cronista. Escrevo-o mais uma vez já depois de tanto o ter escrito, antes que entre em campo diante da Venezuela para aquele que será, deu o tio a entender, o último jogo com a Albiceleste no país que finalmente ainda foi a tempo de o idolatrar após tanto o criticar. Que miras, bobo?! Foi o que pensei.
Andamos nós, desde que nos conhecemos minimamente, a dar palmadas em seco no ar, enquanto ele, qual inseto quase invisível e chato, salta de letra em letra no ecrã, do p de puta para o m de madre, esperando ainda uns míseros centésimos a zombar de nós no ponto de exclamação. De puta madre! Rais’parta, falhei outra vez...
Léo quebrou paradigmas para lá colocar os seus, criados com a sua verdade. Elementos de ligação para o recorde seguinte, fosse esse qual fosse. Se não agora, César, seria amanhã ou depois, não te iludas! Torna impossíveis os meios-termos, os quases, os ses. Inúteis resultam os lamentos de passes mal feitos, de cruzamentos mal medidos, de bolas aos ferros. Um golo de Cristiano, belo como poucos, parece filmado em technicolor devido ao contraste. Coisa de outros tempos, em que o futebol não era bem a mesma coisa. Dizem!
O que encantou sempre foi a simplicidade. Tudo parecia fácil, como a lendária insinuação que faz confessar o criminoso em ambiente de sauna e beatas, todas do arrogantezinho de meia tijela, a fumegar. O que poderiam fazer? Prendê-lo?
Os defesas quase que se afastam, fecham os olhos perante o que se avizinha. Os guarda-redes sofrem de nanismo momentâneo, as balizas crescem para o dobro, em altura e largura, impossíveis de cobrir mesmo por super-heróis. Bola e bota não descolam, e a Pulga acelera girando as pernas sem respeito por ligamentos e articulações, como num desenho animado do passado, daqueles que Vasco Granja (paz à sua alma!) teimava em esquecer, antes de fechar com vaselina e punch line para a história.
Os outros gigantes que o acompanharam no passado e aqueles que respiram o mesmo ar no presente, de Kaká a De Bruyne, de Ozil a Odegaard, de Xavi a Pedri, de Iniesta a Gavi, de Rooney a Kane, de Nani a João Félix, de David Silva a Saka, de Alexis a Mbappé, de Di María a MacAllister, de Agüero a Álvarez, de Busquets a Rodri, de Forlán a Vini Júnior, de Salah a Yamal, de Neymar a Rodrygo, entre tantos outros, arriscam o anonimato.
Um grande golo, mesmo de bicicleta e de fora da área, torna-se obsoleto quando a bola vira ouro ao primeiro toque do seu pé esquerdo, naquele jeito desinteressado de quem aparenta fazer as coisas sem querer. De quem corre sem haver outra hipótese que não seja chegar primeiro.
Não há ser mortal que se aproxime e os outros, como Pelé e Maradona, sentem, onde quer que estejam, a imortalidade ameaçada, eles que se ameaçavam reciprocamente praticamente todos os dias. É a tua vez, tio! There can be only one! e os vidros estilhaçam atrás de Connor MacLeod. É tarde, o cansaço já não me deixa grande espaço para a lucidez, e ainda tenho, porque sim, de não me deixar adormecer para ver tudo pela televisão.
É verdade que Messi escreve história a cada finta, mas, perguntem-se, que história teria sido essa com papéis invertidos: a Pulga no Real e Ronaldo no Barcelona, reinventado nas jogadas de Xavi e Iniesta. Ou agora, o português nos Estados Unidos rodeado de amigos em festas pré-reforma e o argentino esfomeado na Arábia Saudita, alcançado pelos recordes que sempre perseguiram o rival. Nunca o saberemos. A vida ainda não se constrói com realidades alternativas.
Houve um tempo em que escrevíamos que enquanto não fosse campeão do mundo não poderia reclamar o título de maior de todos os tempos, até que o foi. Mas se não tivesse sido será que teríamos tido coragem para renegar as evidências? Que tudo parece pequeno ao pé do minorca das Pampas, que não conseguia crescer como os outros, tornando-se o cúmulo da sua própria ironia!
O que os outros fazem está destinado a ser irrisório, facultativo e, se eu tivesse dormido mais umas horas, encontraria mais depressa a palavra que me falta... Dispensável, isso! Nós, mortais, estivemos sempre destinados a escrever sobre as suas jogadas magistrais, os passes inimagináveis, os dribles imprevisíveis, os golos mágicos. As mil e uma vidas reinventadas em campo por um solista que só teve par, aí sim, no Pelusa. Que saudades, Diego! Porque nada mais parecia existir na periferia de ambos. E, mesmo assim, quando escrevemos, será que conseguimos mesmo escrever algo diferente dos demais, que tanto o tentaram e tentam, com tanta vontade como nós? Só te peço mais uma vez: espera pelos outros, Léo! Pela nossa saúde!
Quando lerem isto, o Monumental já terá feito a sua vénia... monumental. Já terá sido homenageado por amigos, pela família e por todo um país que sente o futebol como mais nada e com tanta força que lhe sobra pouco para o resto. Não sei se voaram papelinhos como na primeira imagem que tenho desse mesmo palco, aos quatro anos, na final do Mundial de 1978, mas vou imaginar que sim. Que deu uma volta de honra, que foi como se tivesse vencido o Mundial uma outra vez, ainda que todos saibamos que nova oportunidade surgirá daqui a alguns meses. Ou a Argentina não jogasse como joga. Seria a prova dos nove de algo que nunca precisou de qualquer tipo de prova. Nós sempre o sentimos, apenas não o conseguíamos dizer.
Vivi no tempo de Maradona e o futebol nunca mais foi o mesmo. Vivo ainda no de Messi e sei, sem precisar de citar fontes, que haverá um antes e um depois do argentino. Mesmo que me apaixone por outros no tempo que me resta e Cristiano Ronaldo consiga cumprir o seu destino de ser o maior do que todos os outros menos um. E tal como o Olé um dia virou Culé, numa manchete para a história, aviso-vos este espaço corre o risco de mudar de nome. Talvez «Lá, onde o génio dos génios descansa». Mas esperarei pelo momento certo, pela última crónica."

Existe um direito a jogar no desporto português?


"St. Juste tem razão? Sim: não pode ser 'despachado' para a equipa B. Pode resolver o contrato de trabalho, tendo direito a uma indemnização. O futebol não é um mundo à parte.

Existirá, no direito do desporto português, a consagração do dever de ocupação efectiva do praticante desportivo?
A Lei n.º 54/2017 consagra o dever de ocupação efectiva do praticante desportivo no seu artigo 11.º, alínea b). Assim, a entidade empregadora desportiva tem o dever de «proporcionar aos praticantes desportivos as condições necessárias à participação desportiva, bem como a participação efetiva nos treinos e outras atividades preparatórias ou instrumentais da competição desportiva».
A par da lei, importa ressalvar que a existência do referido dever é também amplamente reconhecida pela jurisprudência e, no caso específico dos jogadores profissionais de futebol, encontra-se ainda plasmado no artigo 12.º, alínea c) do CCT aplicável aos jogadores profissionais de futebol.
Ora, em bom rigor, o atleta não é titular de um direito de participar nas competições desportivas nas quais a sua entidade empregadora também participa. Isto é, o atleta não tem o direito de ser “titular” A entidade empregadora tem o dever, contudo, de proporcionar ao atleta todas as condições necessárias para que este participe nas referidas competições desportivas. Ou seja, estar integrado na equipa, treinar em grupo, etc.
Assim, no caso do futebol, sendo este, essencialmente, um desporto colectivo, para que o atleta esteja munido das condições necessárias para participar nas competições desportivas, revela-se indispensável que o mesmo tenha o direito de treinar juntamente com o resto da equipa. Do mesmo modo, tem o praticante desportivo direito a que lhe sejam asseguradas outras condições de carácter preparatório e/ou instrumental relativamente às referidas competições, em condições de igualdade com os outros atletas, como o acesso aos ginásios e enfermarias do clube, o acompanhamento por médicos, nutricionistas e fisioterapeutas do clube, a utilização dos equipamentos e materiais de treino, participação em sessões de análise tática; etc.
No entanto, pode a entidade empregadora, (nos termos do artigo 14.º, alínea d) do CCT), em situações excecionais, por razões de natureza médica ou técnica, impedir o praticante desportivo estar inserido no normal grupo do trabalho.
Neste ponto, importa sublinhar que as mencionadas razões de natureza “técnica” ou “médica” não podem ser entendidas de forma excessivamente ampla, sob pena de, em virtude de tal interpretação, se abrirem espaços para práticas abusivas da entidade empregadora (nas quais esta, por exemplo, utiliza justificações ou fundamentos vagos, genéricos e ambíguos para excluir o atleta dos treinos). Tratam-se, na verdade, de situações pontuais e objetivamente fundamentadas.
Quando o praticante desportivo é excluído sem que se verifiquem as referidas situações excecionais, tem este direito à resolução do contrato, como resulta do artigo 23.º, n.º 1, alínea d) da Lei n.º 54/2017 e, no âmbito dos jogadores profissionais de futebol, segundo o disposto no artigo 43.º do CCT, na alínea c) do seu n.º 1 (por violação de uma garantia decorrente do artigo 12.º)
A lei espanhola é mais explícita, ao referir: «Los deportistas profesionales tienen derecho a la ocupación efectiva, no pudiendo, salvo en caso de sanción o lesión, ser excluidos de los entrenamientos y demás actividades instrumentales o preparatorios para el ejercicio de la actividad deportiva» (artigo 7, n.º 4, do RD 1006/1985).
No Brasil vigora a Lei n.º 9.615/98, mais conhecida por Lei Pelé. Segundo esta, é dever do clube proporcionar aos atletas profissionais as condições necessárias à participação nas competições desportivas, treinos e outras actividades preparatórias ou instrumentais, ao passo que é dever do atleta participar nos treinos, jogar em estágios e outras sessões preparatórias de competição com a aplicação e dedicação correspondentes às suas condições psicofísicas e técnicas.
Para que seja respeitado o contrato e a dignidade profissional, impõe-se que sejam concedidas oportunidades de trabalhar, in casu, praticar desporto. Não o fazendo, o empregador viola o dever de ocupação efectiva e, com isso, exerce assédio laboral sobre o profissional desportivo.
Quando a entidade empregadora incumpre o dever de ocupação efectiva, coloca o trabalhador numa posição extremamente debilitada, uma vez que a sua reputação e imagem pública podem ficar invariavelmente manchadas (especialmente tendo em conta a durabilidade típica da carreira de um desportista). Nestes casos, o praticante desportivo, pode resolver o contrato de trabalho, tendo direito, concomitantemente, a uma indemnização.
O futebol está cheio de exemplos. Lembram-se de Vladimir Bestchastnykh, do Racing de Santander? De Rodrigo Fabri, do São Paulo? De Albelda, Canizares e Angulo, do Valencia FC? Todos foram vítimas de assédio laboral e os respectivos clubes condenados.
E o Sporting até já tem experiência, isto é, cadastro. Em 1999, despromoveu Hamilton de Souza – Careca – colocando-o a treinar à parte, sem bola, por se ter recusado a renovar o contrato. Acabou livre e indemnizado. Em 2015/16, colocou o peruano André Carrillo a treinar na equipa B, de castigo, por se ter recusado a renovar o contrato. Acabou por se transferir livre para o rival lisboeta.
O futebol não é um mundo à parte."

BolaTV: Lado B - S02E05 - Histórias antigas