Últimas indefectivações

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Bernardo...

O regresso dos Heróis: Simão & Jonas...

Derrota na Alemanha...

Rhein-Neckar 39 - 30 Benfica
20-17

Resultado normal, 'anormal', foi o jogo na Luz, onde podiamos ter ganho, e acabámos por perder no último segundo...
O resultado foi pesado, mas mais uma vez, acabámos por não ter pernas para os últimos minutos! A equipa está exprimida, e sem rotação, chegamos sempre aos últimos 10 minutos, em grande quebra...

E os nomeados da Globe Soccer Awards para Melhor Clube Masculino e Feminino 2023, são:

Reconhecimento da excelência


"O Sport Lisboa e Benfica esteve em grande evidência na Gala Quinas de Ouro 2023. Este é o tema em destaque nesta edição da BNews.

1. Quatro distinções
No evento organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol e Associação Nacional de Treinadores de Futebol, o Benfica foi distinguido pelos títulos de futebol masculino e feminino e de futsal feminino, em 2022/23, e recebeu o prémio Excelência na Formação.

2. Campeão nacional de futebol no masculino
Líder desde a 1.ª jornada, o Benfica sagrou-se campeão nacional pela 38.ª vez. Após receber o galardão, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, lembra que "este troféu é muito de Roger Schmidt, de todos os jogadores e de todos os adeptos, que são e serão sempre a grande força do Clube."

3. Tricampeão nacional de futebol no feminino
Rui Costa salienta: "É grande orgulho fazer parte do desporto feminino, e a nossa equipa tem sido um grande exemplo de sucesso."
Uma das capitãs de equipa, Pauleta afirma que "é um orgulho representar o Benfica" e explica: "Conseguimos conquistar o tricampeonato e temos de agradecer à Direção pela aposta no futebol feminino. É preciso muita coragem para apostar na mulher no Desporto, e, no Benfica, há essa coragem. Os resultados estão aí e queremos fazer ainda melhor."

4. Hexacampeão nacional de futsal no feminino
O treinador Alex Pinto refere um dos segredos do sucesso: "Estou duplamente orgulhoso e honrado. Orgulhoso por receber esse troféu, mas sobretudo honrado por representar uma equipa que é hexacampeã e que me ensina todos os dias que a ambição não tem limites."

5. Excelência na formação
A conquista da Taça Intercontinental Sub-20, os títulos nacionais Sub-17 e Sub-15 e os muitos jovens futebolistas chamados às várias seleções nacionais justificam o prémio Excelência na Formação, recebido por Pedro Mil-Homens, diretor-geral da formação do Benfica.

6. Distinções individuais
João Neves foi homenageado pela primeira internacionalização A, assim como Carlos Monteiro, Edmilson Sá (futsal masculino), Inês Matos (futsal feminino) e Ana Seiça (futebol feminino).
As nove futebolistas do Benfica participantes no Mundial pela seleção portuguesa foram celebradas no evento. À semelhança de Lúcio Rocha, Pedro Marques, Diogo Carrera, Afonso Serra e Tomás Colaço, campeões europeus Sub-19 de futsal por Portugal.
E Bernardo Silva e Rúben Dias, formados no Benfica, foram homenageados pela conquista da Liga dos Campeões ao serviço do Manchester City.

7. Compromisso europeu
O Benfica joga na Alemanha, em andebol, em mais um desafio a contar para a fase de grupos da EHF European League. De visita ao Rhein-Neckar Löwen, Jota González refere que a equipa se apresenta "com a ambição de tentar surpreender".

8. Troféu conquistado
A equipa de paintball do Benfica venceu a Taça de Portugal. Na final, ganhou 2-1 ao Sporting."

5 minutos: Diário...

RND - Carrega: O pior Carrega de sempre...

Águia: Diário...

Jogo pelo Jogo #15 - Flops da seleção, Roberto Martinez, AG Porto

Matias: Sporting...

Quinas - Gala

A Justiça e a justiça


"1. Foi rapidamente identificado o adepto do Benfica que entrou no relvado no final do dérbi e se dirigiu com gestos obscenos a um jogador do Sporting. Reparem como digo 'a um jogador do Sporting' e não digo 'a um jogador da equipa adversária'. No Benfica não há complexos. Não há complexos, na verdade, porque não há motivos para os ter.

2. A autoridade para a Prevenção e o Combate á Violência no Desporto (APCVD) anunciou na terça-feira que o adepto em causa foi identificado pela Unidade Metropolitana de Informação Desportivas de Lisboa (UMID/Spotters) da Polícia de Segurança Pública. O adepto esteve mal, e a PSP esteve bem, que não haja dúvidas sobre a matéria em apreciação.

3. Como medida cautelar, de acordo com a informação pública prestada pela APCVD, o adepto encontra-se 'impedido de aceder a recintos desportivos até final do processo de contraordenação'. Eis aqui uma medida mais do que razoável. A APCVD alerta ainda que, em caso de desobediência, o adepto 'poderá ser detido pelas autoridades policiais'. Nada mais normal e adequado como punição. Finalmente, o adepto 'incorre numa coima entre os 1000 e os 10000 euros e numa sanção acessória de até 3 anos de interdição de acesso lugar a que assim suceda. E é bem mais justo que seja o 'adepto' a pagar a coima do que o Benfica, não concordam?

4. Concordarão também, certamente, que a prontidão e a eficácia com que este incidente foi sanado, com que foi identificado o seu autor e com que foram divulgadas as punições em que incorre contrasta, de modo abissal, com o incidente de há cinco anos no estádio do FC Porto, quando um adepto entrou em campo e agrediu Pizzi. É verdade de que o agressor foi identificado no local - assim rezaram as notícias sobre o acontecimento - e prontamente entregue à Polícia de Segurança Pública do Porto.

5. O que a PSP fez com esse adepto, se é que fez alguma coisa, nunca se soube. O adepto só pode ter sido reintegrado na vida civil e - quem sabe? - se, à conta do seu fervor no relvado, não subiu um degrau na hierarquia do grupinho a que pertence. Justiça para todos, é o que se pede.

6. Foi com a maior da outra justiça, a justiça desportiva, que o Benfica bateu no último domingo o Sporting subindo ao 1.º lugar da tabela do campeonato nacional de futebol em igualdade de pontos com, precisamente, o Sporting. Os momentos finais do jogo ficam para a história. Que cada um de nós escolha o seu momento preferido, o teremos motivos para as nossas conversas por décadas e décadas.

7. Mas há mais a tirar de positivo desses acontecimentos. Que o Benfica, a partir de agora, saiba navegar naquela onda de energia e de paixão que irrompeu na Luz e levou milhões ao céu."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Um espectáculo memorável


"Artistas do Teatro do Cinema e da Rádio proporcionaram momentos de boa disposição, levando o Pavilhão dos Desportos ao rubro.

A grande aventura que foi a construção do antigo Estádio da Luz levou à criação por parte da Comissão Central do Novo Parque de Jogos do SLB, de inúmeros eventos com o objetivo de angariar todo o dinheiro necessário à concretização deste empreendimento.
Foi dentro desse espírito que, em 16 de Julho de 1954, se realizou no Pavilhão dos Desportos um festival artístico-desportivo que contou com a presença de figuras do teatro, da rádio e do cinema.
O primeiro ato ficou marcado por um jogo de hóquei em patins entre antigos jogadores do Benfica e do Sporting. Presentearam a assistência com um desafio bastante equilibrada, tendo culminado com a vitória dos encarnados por 3-0. No final, coube ao pequenino ator Vasco Morgado, filho do empresário de teatro com o mesmo nome e da famosa artista Laura Alves, entregar, equipado à Benfica, a taça com o seu nome a Leonel Costa, antigo avançado encarnado.
Seguiu-se uma original partida de andebol de sete, entre artistas portuguesas e espanholas pertencentes ao Cabaret Maxime. Apesar dos treinos efetuados por António Gonçalves, antigo atleta benfiquista, as intervenientes nem sempre revelaram talento desportivo - chegando a correr com a bola nas mãos para a sua própria baliza! Apesar destas divertidas peripécias, o desafio ficou manchado pelas infelizes decisões por parte de Manuel Vítor, simultaneamente árbitro e treinador da equipa espanhola. Quando a equipa portuguesa vencia por 2-1, inventou um penálti a favor da sua equipa que levou a um coro de protestos e assobios por parte da assistência. No final, aquando da marcação dos penáltis para se apurar o vencedor, quis anular às portuguesas a grande penalidade que as consagrou como as justas vencedoras da partida. Felizmente o público esqueceu depressa esta 'bronca', voltando ao recinto um ambiente de festa e desconcentração.
Na terceira a última parte do festival, apresentaram-se em campo os artistas da rádio e do cinema para a disputa de um jogo de futebol de salão arbitrado por Inácio Rebelo. No final da contenda, a turma da rádio levou a melhor, tendo José Galvão, conhecido benfiquista, marcado o único golo da partida. Seguiu-se o momento mais esperado da noite, o desafio de hóquei em patins protagonizado por figuras do teatro e da rádio, que proporcionou momentos de grande risota. Entre algumas quedas e outras peripécias, Camilo de Oliveira, Raul Solnado e Luís Piçarra foram as grandes figuras desta partida, ganha pelos homens do microfone por 5-1.
Durante os vários intervalos, Edite Cruz e Tila Pedroso abrilhantaram a festa com números de patinagem que foram muito ovacionados. O festival terminou com um ato de variedades que se prolongou até às 4 de manhã perante uma plateia vibrante de alegria.
Saiba mais sobre esta e outras histórias da relação do Benfica com a cultura na área 16 - Outros Voos, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ricardo Ferreira, in O Benfica

As crises do Benfica


"A do treinador, que já perdeu, desde que chegou ao Benfica, um dos sete jogos frente a Sporting e Porto, ganhando somente quatro, três na presente temporada, um deles valendo a conquista da Supertaça, não conseguindo sequer, neste particular, apresentar um número redondo como os 10 clássicos e dérbis consecutivos sem ganhar de Rúben Amorim ou arranjar desculpa atrás de desculpa para justificar insucessos como é costume de Sérgio Conceição. E que, em 45 jornadas do campeonato com Roger Schmidt, o Benfica só tenha estado na frente em 35, agora e em todas de 2022/23;
A do plantel, por ter vários jogadores lesionados ou que já se lesionaram na presente temporada, não podendo tais ocorrências, como é óbvio, conferir qualquer margem de tolerância relativamente ao desempenho. Também por terem deixado tudo em campo com o Sporting, tornando a recuperação física mais exigente;
A exibicional, sobre a qual o último jogo, frente ao Sporting, é elucidativo: mais golos, mais remates, mais remates enquadrados, mais oportunidades de golo criadas, mais golos esperados, mais bolas nos ferros, mais cantos, mais posse de bola, mais toques na bola, mais dribles bem-sucedidos e percentagem de sucesso mais alta de dribles, mais duelos ganhos, incluindo aéreos, mais recuperações de bola, mais passes efectuados, acertados e decisivos, mais garra, mais cabeça (e, segundo os analistas, mais dois possíveis penáltis sonegados)… tudo, mas mesmo tudo mais, menos as faltas cometidas, os erros e os golos sofridos, além, claro, da justiça da vitória, que essa, como só poderia ser, deve ser atribuída por inteiro ao Sporting porque sim;
A institucional, cuja instabilidade já motivou desacatos e pancadaria na mais recente Assembleia-Geral do FC Porto;
A financeira, pelos capitais próprios da SAD que, apesar de se situarem acima dos 113 milhões de euros, em gritante contraste com a do FC Porto e muito acima da sportinguista (mesmo com a caríssima ajuda da banca), estarem muitíssimo abaixo da valorização bolsista de todas as empresas do Nasdaq e do Nyse, em conjunto;
Por fim, a associativa, porque, se é provável que o Sport Lisboa e Benfica tenha mais sócios do que todos os outros clubes juntos e angarie receitas de quotização em idêntica proporção, a verdade é que somos menos de dez milhões e não conseguimos ter uma média de 200 mil espectadores por jogo no Estádio da Luz.
São tantas as crises que nem sobra uma, por mini que seja, para os outros."

João Tomaz, in O Benfica

Carta a um amigo benfiquista


"Ainda me lembro quando o nosso hino tocava, e os teus olhos se enchiam de lágrimas. Quando a pele se arrepiava de cada vez que subíamos as escadas para o Terceiro Anel. Íamos com todo o tempo do mundo e descarregávamos os nervos numa bifana e numa imperial. Ou duas. Discutíamos o onze inicial, fazíamos as contas aos 3 pontos, à posição na tabela e a como era importante aquela vitória para os nossos objetivos.
Lá dentro, sentados, sem artifícios de luz ou de som, entoávamos cada grito, cada canção acompanhada pelos palmas, pelo bater com os pés no chão. Ali dentro, fosse no antigo ou no atual estádio, o importante era apoiar, puxar pelos nossos, acreditar sempre, não achincalhar quem vestia o manto.
Não sei quando é que isso mudou. Não percebi quando se tornaste politicamente correto, quando deixaste de sentir a mesma paixão pelo Clube, quando passaste a usar argumentos com que os adeptos rivais nos insultam. Até me podes dizer que o futebol é uma indústria podre - concordo! -, controlada por fatores externos, por jogadas de bastidores e por máquinas de comunicação, mas não é o futebol que me move, é o Sport Lisboa e Benfica, seja em que modalidade, escalão, género ou competição for.
Não percebo quando é que te perdi para a 'visão equidistante das coisas'. Na paixão clubística, a equidistância é um contrassenso, faz perder a irracionalidade das horas perdidas por um bilhete, das molhas monumentais na antiga Catedral, das noites mal dormidas depois de desaires históricos. Pouco me importa quem é o treinador, o presidente ou os jogadores, irei apoiá-los sempre, sejam mais ou menos dotados. Só me interessa o Benfica."

Ricardo Santos, in O Benfica

O Benfica ganhou!


"Já assisti mais de 20 vezes ao período de compensação do dérbi e, se tudo correr bem, ainda vou assistir pelo menos outras tantas. A euforia do momento é irrepetível, é verdade. No entanto, sempre que olho para o cronómetro e vejo que aos 90+3', com apenas 3 minutos por jogar, o marcador assinala 0-1 a favor do Sporting, tenho receio de que não haja tempo para chegarmos ao empate. E o António Silva apercebe-se sempre de que ainda há tempo para chegarmos à vitória.
Já vibrei com alguns triunfos inesperados perto do apito final. Com o sabor deste, creio que nunca tinha degustado nenhum. Talvez o momento mais parecido tenha sido aquele com o Gil Vicente (2-1), também na Luz, com o Markovic e o Lima a transformarem a nossa tristeza em felicidade já depois dos 90 minutos - iniciando assim o caminho para o tetracampeonato. Não sei se esta reviravolta frente ao Sporting pode da ar origem à conquista de quatro Ligas consecutivas, mas origem à conquista de 40 horas semanais com o mesmo pensamento na cabeça já deu.
Pelos vistos, há quem garanta que o resultado é extremamente injusto. Parece que o Benfica esteve muito apagado. Ainda assim, não tem apagado quanto a memória de quem se parece esquecer de que, aos 25 minutos, o jogo até podia estar 3-0. A partir daí, o Sporting equilibrou a partida, conseguiu passar para a frente do marcador e, mesmo depois de ficar reduzido a 10 jogadores, foi uma equipa serena a impedir as investidas do Benfica. Só não conseguiu impedir que a força da mística carregada no corpo do menino João Neves fizesse explodir as bancadas e interrompesse os destemidos olés. E, depois, Tengstedt decidiu que o jogo iria fechar com a Luz a cantar que o Benfica ganhou. Sinto-me capaz de ajudar os especialistas que têm feito variados esforços para explicar racionalmente o que se passou naqueles instantes finais: não sei se conhecem o fenómeno, chamam-lhe futebol."

Pedro Soares, in O Benfica

Épico!


"Daqui a muitos e muitos anos, sempre que alguém evocar a história dos dérbis lisboetas, seguramente não irá esquecer o jogo de domingo passado no Estádio da Luz.
Houve os 6-3, houve os 7-1, o golo do Luisão em 2005, o golo de Mitroglou em 2016. Muitos golos de Eusébio que infelizmente não cheguei a tempo de testemunhar. Não sei se este será o dérbi dos descontos, do Tengstedt, do João Neves ou de outra coisa qualquer. Seja qual for o epíteto que lhe atribuímos, tem entrada direta nos livres de história, na galeria dos inesquecíveis.
É por situações como esta que o futebol é apaixonante e arrasta multidões por todo o mundo. Quando um jogo parecia perdido, quando muita gente já abandonava as bancadas de queixo caído e alma ferida, quando, com uma anunciada derrota, a classificação virtual nos mostrava uma desvantagem de 6 pontos face ao rival - que seria, convenhamos, difícil de reverter -, eis que 4 minutos à Benfica viraram tudo de pantanas. O jogo, o resultado, a classificação e o ânimo da família benfiquista - de novo exultante e confiante na sua equipa, no seu treinador e nos seus jogadores, a viver o primeiro dia do resto de uma temporada que, subitamente, nos surge agora pintada a cores muito mais vivas.
Foram, seguramente, 4 dos mais vibrantes minutos vividos em 20 anos do novo Estádio da Luz. E independentemente do conjunto de jogadores que acreditou até ao fim, e lutou bravamente pela sorte que acabou por lhe sorrir. Quem consegue ir ao fundo do poço resgatar, com aquele brio, com aquela entrega, com aquela coragem e com aquela mística, um jogo que parecia perdido, merece indubitavelmente ganhá-lo.
E se houvesse mesmo que dar nome àquilo, apetecia-me chamar-lhe, simplesmente, Benfica."

Luís Fialho, in O Benfica