Últimas indefectivações

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Marcos para a História

"Os atletas e as marcas - além das medalhas, dos troféus e dos ícones, representam chaves da Verdade com que o Benfica construiu o MUSEU COSME DAMIÃO, que hoje abre oficialmente as portas para o Futuro. Trata-se, sem dúvida, de um dos mais relevantes empreendimentos de todos os tempos da fantástica vida do Benfica, à dimensão de todas as realizações maiores da nossa história.
Conte nisso as sucessivas primeiras utilizações dos precários campos das Salésias, às Amoreiras; da compra da velha sede do Jardim do Regedor em 1934, ao novo Estádio da Luz construído a pulso pelos próprios sócios e inaugurado em 54, ou à estreia da luz, na Luz, em 58, e ao posterior fecho do 3.º anel em 85.
E agora, na era moderna, sob o pulso do Presidente Luís Filipe Vieira, a coroar a impressionante consolidação do património do Sport Lisboa e Benfica iniciada em 2003, com o levantamento do imponente conjunto da nova Catedral e os seus Pavilhões e Piscinas; depois da abertura do Caixa Futebol Campus, em 2006 e da inauguração da Benfica TV em 2008, além de todas as pioneiras trilhas de inovação e tecnologia subjacentes a um grupo empresarial estruturado para a conquista do Futuro, e precisamente no mesmo mês em que foi dada a segunda vida à televisão do Benfica, finalmente ai temos o admirável MUSEU BENFICA COSME DAMIÃO!
Nos tempos que correm, em Portugal, quando tantas vezes e em tão difíceis circunstâncias, se nos depara o sistemático desprezo pela lições que a História nos deixou, este exemplo de como o Benfica preserva a sua Memória, ao mesmo tempo que constrói um sólido presente estrutural, constitui um poderoso grito de alma, uma fascinante afirmação de amor próprio e representa um tributo do respeito que nos merecem aqueles que em cento e nove anos de história têm construído a grandeza do Glorioso.
Na nossa nova Casa de Memória, nada escondemos. Tudo está à vista: não se ignorando nem os mais humildes, nem os nossos mais distintos heróis e factos, também não foram esquecidas as respectivas circunstâncias. Tudo ali está exposto com critérios de rigor e com o envolvimento adequado a cada ícone, num ambiente de inovação, tecnologia e constante interactividade que só encontramos nos maiores e mais modernos museus do Mundo.
Ao contrário do que se passa com os nossos antagonistas mais badalados a sul e norte, ao sol nado e ao sol posto, nós só temos de que nos orgulhar. Só razões genuínas para sentimos honra e vaidade, por um passado limpamente construído sócio e sócio, jogo a jogo, por atletas e equipas, técnicos e dirigentes. Sempre de acordo com a matriz da Verdade histórica, na qual também cabem, evidentemente, as derrotas e os empates. Pioneiros em mais este campo da identidade só reconhecível aos maiores Clubes do mundo, assim salvaguardamos, de modo exemplar, à vista de toda a gente, os Tesouros da admirável História do Glorioso Sport Lisboa e Benfica. Para Lisboa e para o Mundo inteiro, para o Presente e para todos os Futuros que havemos de viver com as mesmas certezas do Passado."

José Nuno Martins, in O Benfica

PS1: Nelson Évora, nosso Campeão Olímpico - e do Mundo -, resolveu oferecer ao Museu Cosme Damião, a sua medalha de Ouro Olímpica, conquistada nos jogos de 2008 em Pequim. Um gesto bem representativo do Benfiquismo do Nelson... à Campeão!!!

PS2: Nos últimos dias - e horas - acompanhei com alguma curiosidade os comentários no Forum Ser Benfiquista - para o bem e para o mal o mais representativo do universo Benfica -, no tópico do Museu. Eu sei que o dito sitio, é em toda a Net, o local onde mais se insulta os jogadores, os técnicos e os dirigentes do Benfica!!! Mas ainda pensei que o Museu poderia ser a excepção... Erro meu!!! A falta de respeito pelo Benfica, por parte daqueles que se dizem Benfiquistas, é absolutamente nojenta... O Benfica continua a ter adeptos a mais. Hoje, no dia em que se inaugura o Museu, baptizado com o nome de Cosme Damião, temos um grave problema de falta de cultura Benfiquista... podem-me dizer que é uma minoria, que não passam de troll's cobardes, não me interessa, o problema continua a ser grave... quem não compreender o significado e a importância deste projecto, não percebe o que é ser do Benfica. Isto independentemente de gostar do Presidente ou do treinador, ou dos jogadores...

Cosme Damião

"É este o nome escolhido para designar e encabeçar o Museu do Sport Lisboa e Benfica... e, com franqueza, dificilmente poderia ser outro!
Cosme Damião é Mística.
Cosme Damião é Benfica.
Cosme Damião é gloria e Glorioso.
Cosme Damião encerra em si mesmo, extrapolando como nenhum outro, o que é Ser Benfiquista... O ter na alma a chama imensa das papoilas saltitantes, cantado por Luís Piçarra e sentido, na alma e no peito, por todos nós... arrepiante como só nós sentimos.
Cosme Damião é exemplo. Cosme Damião é entrega, abnegação, serviço em prol do que se ama... o nosso Benfica, o Benfica de todos, todos nós.
Cosme Damião sonhou... e do sonho se fez Benfica, se fez Luz, a luz que na nossa Luz ainda hoje, diariamente palpita, jorra e vibra. Sentimentos...
Cosme Damião é uma - a(!) - das figuras mais emblemáticas do Sport Lisboa e Benfica, a quem dedicou grande parte dos seus 62 anos de vida: fundador, jogador, técnico, dirigente e capitão... só nunca quis ser presidente.
Os seus valores, princípios e forma única de estar na vida encarnam, encerram e diluem-se no próprio Clube... Num Benfica intemporal, de sempre e para sempre.
Mais do que uma homenagem, um obrigado profundo, sentido tal abraço apertado... O Museu Cosme Damião é inaugurado hoje, dia 26 de Julho.
Nesta edição assinalamos esta data de forma especial, tão especial como a própria. Esta 1.ª Página, uma cópia quase fiel da 1.ª Página de vida do nosso Jornal datado de 28 de Novembro de 1942, honra todos aqueles que, pelo seu passado brioso, fizeram com que o hoje, presente, nos orgulhe e guie rumo a um futuro que é já ali..."

Sónia Antunes, in O Benfica

Uma obra pelo futuro

"Cumpre-se, com a inauguração do Museu Cosme Damião, mais do que uma promessa presidencial, um anseio de todos os benfiquistas. Temos os nossos alicerces bem cimentados numa História de que nos podemos orgulhar. Sabemos quais as nossas origens e temos a noção de que sem elas seríamos uma massa desenraizada e condenada ao efémero. A nossa perenidade vive num permanente anseio de futuro quase messiânico e numa evocação orgulhosa do passado. Fomo-nos construindo Benfica, agindo com os diferentes tempos. Soubemos, na sociedade, ser resistência quando os tempos queriam obrigar o país à modorra passiva. De igual forma sabemos dizer “não” à corrupção desportiva quando os tempos no-la apresentam em apitos ameaçadores em tons de dourado. Pelo meio somos vitórias, cicatrizes, dores, sorrisos, luta e resistência.
Tudo isto teria de estar presente no nosso Museu. Não poderia ser um depósito brilhante de troféus e ‘memorabilia’. Teria de ser um espaço que nos remetesse para o Benfica como agente do seu tempo e para os benfiquistas como alma do Clube. Ao visitar o Museu percebemos bem que estes anseios estão lá orgulhosamente cumpridos. Simbolicamente, podemos vê-los naquele corredor que permite a subida ao primeiro andar, aquele momento em que visualizamos o Benfica como uma realidade bem maior do que um clube; aquele momento em que sentimos que o Benfica se construiu construindo o tempo, o seu tempo. O tempo que, através do Benfica, é o nosso tempo e que podemos e devemos viver e reviver, em sucessivas visitas, para que nos inspire a construir o tempo futuro do nosso Benfica."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

La última sonrisa de Miklos Fehér

"Hace un par de semanas viajé a la siempre cálida y acogedora Lisboa ("quem nâo viu Lisboa nâo viu coisa boa") para hablar sobre proyectos editoriales con Prime Books, uno de los sellos más importantes de temática deportiva, cuya implantación en nuestro país es cada día más significativa.
Tardé en llegar a la capital portuguesa menos que a Barajas. En el aeropuerto de Portela me recogió Jaime Abreu, dueño de la editorial, con su porte de gentleman y su cordialidad de amigo. Comimos en el restaurante del estadio del Benfica, un recinto esplendoroso, radiante de color y de luz, como su propio nombre indica. Con unas inmejorables vistas al terreno de juego (sede de la próxima final de Champions), conversamos brevemente con Rui Costa y después compartimos mesa y mantel con Joao Gabriel, cerebro del club y hombre de máxima confianza del presidente Luis Filipe Vieira, y con Luis Miguel Pereira, periodista y escritor, brillante en ambas facetas.
Como atención especial, tras los postres Gabriel nos invitó a recorrer el Museo del club, bautizado en honor de Cosme Damiâo, un fabuloso escenario de vanguardia, con una interactividad y un patrimonio abrumador. Recorrimos pausadamente el edificio, moderno, imponente, al mismo tiempo que atravesábamos la historia del club, de la ciudad... de la humanidad.
De repente llegamos a una vitrina que nos estremeció. Allí estaba, hecha jirones, rota con la violencia de una situación límite, la camiseta roja que portaba el húngaro Miklos Fehér la triste noche que el corazón se le paró a él y se nos partió a todos, sobre el césped de Guimarães.
Me vino a la mente el profundo sentimiento de tristeza que me produjo aquel episodio, en enero de 2004. Y recordé también la portada del periódico A Bola del día siguiente.
Había cientos de imágenes sobrecogedoras, algunas muy duras, otras muy impactantes, para elegir. Pero los compañeros del rotativo luso, en un ejemplo de elegancia, sensibilidad y delicadeza, escogieron para la capa una foto de Fehér sonriendo, momentos antes del fatal ataque cardíaco. Bajo esa imagen amable y tristísima a la vez, titularon: 'La última sonrisa de Miklos Fehér'.
Me pareció un homenaje solemne y perfecto. Una manera emotiva y cálida de contar la noticia sin entrar en morbosas y dolorosas recreaciones. Desecharon las imágenes del futbolista tumbado, de los intentos por reanimarle, de sus compañeros llorando y rezando sobre el césped y optaron por mostrarle sonriendo. Para que todos le recordásemos así.
Hoy he visto en algunos periódicos fotos muy duras del accidente de Santiago. Y me he acordado de aquella portada. No es mi intención criticar, simplemente quiero dar mi opinión: cuando la muerte, traicionera, se cruza en el camino, algunos no necesitamos comprobar la crudeza de su guadaña en imágenes perturbadoras: Prefiero recordar a las víctimas con una sonrisa en el rostro. 
Y créanme: duele igual.
Mi abrazo desde aquí para todos los afectados por tantas vidas rotas."

É muito mais o que não se vê

"O ano de 2013 ficará marcado na vida do Sport Lisboa e Benfica pelo novo projecto da Benfica TV (concorde-se ou não com a estratégia de Luís Filipe Vieira) mas sobretudo pela inauguração do Museu Benfica Cosme Damião, que levará hoje ao complexo da Luz a chama e a alma da mais importante, popular e marcante instituição desportiva portuguesa do último século. E quanto ao museu, nenhuma dúvida: se é obra de Luís Filipe Vieira, que nunca deixou de perseguir o sonho real de a ver erguida, que divida, no mínimo, os louros nos órgãos sociais com o seu vice-presidente Alcino António, um dos mais antigos dirigentes encarnados da actualidade, que em meados da década de 80 deu na velha Luz os primeiros passos de uma impressionante mas sempre discreta dedicação ao clube, impossível de ignorar agora que o Museu Benfica Cosme Damião se abre, por fim, ao País com a sua vincada assinatura, à frente, é certo, de uma equipa - chefiada pelo incansável, profissional e muito talentoso António Ferreira - que conheci no dia em que A BOLA e A BOLA TV puderam testemunhar o que a partir de agora todos os olhos poderão ver.
O Museu Benfica Cosme Damião é o grande compromisso da Direcção de Filipe Vieira com o passado, com a memória e com a história do clube, mas é sobretudo o grande compromisso do Sport Lisboa e Benfica com o futuro. Não se trata apenas de mais uma exposição de algumas centenas de troféus; não se trata apenas de exibir memórias desportivas de glória como se tudo se resumisse a vencer. O Museu Cosme Damião é aliás muito mais o que não se vê. E vê-se muito mais do que a história do Benfica.
É um Museu de Portugal!"

João Bonzinho, in A Bola

Hoje é dia de Cosme Damião

"É inaugurado hoje o Museu Cosme Damião, paredes-meias com o Estádio da Luz. São 109 anos de história do Benfica enquadrados na sociedade portuguesa e mundial desde 1904 a que os visitantes terão acesso, numa viagem trepidante, susceptível de não deixar ninguém indiferente.
Haverá várias formas de olhar este novo espaço de referência do universo encarnado. Poder-se-á dizer que quem não respeita o passado não terá futuro; também é possível olhar o Museu Cosme Damião como uma galinha dos ovos de ouro que gerará riqueza suplementar; pensar-se-á no fortalecimento do ego benfiquista após uma visita ao Museu do clube; e até não faltará quem questione o investimento que foi ali feito, uma obra que mistura arquitectura, história e era digital, como não há outra em Portugal, que coloca o Benfica na vanguarda mundial, sem medo de pedir meças a todo e qualquer grande clube.
Primeiro foi o estádio, depois o Caixa Campus do Seixal, a Benfica TV que caminha para os 100 mil assinantes e agora o Museu Cosme Damião. O património do Benfica tem crescido na era Vieira e a ideia que fica é a de um clube que se prepara para os desafios do futuro. Faltarão títulos, no futebol. É verdade, o investimento feito e a qualidade dos plantéis dos últimos anos justificavam mais. Mas o rumo global do Benfica está traçado e apenas erros de casting poderão atrasar um sucesso desportivo com outro fôlego.
PS - Por falar em erros de casting, salta à vista que, das duas uma, ou o Benfica mantém Cardozo, ou terá de encontrar outro avançado com as características do paraguaio. No actual grupo às ordens de Jesus não há quem saiba jogar com Djuricic (ou mesmo Markovic...) nas costas."

José Manuel Delgado, in A Bola